sexta-feira, 30 de maio de 2008

Afinal havia outro...

Sem desprimor do nosso Capitão e tendo em conta a paralisação por tempo indeterminado do sector das pescas, ei-lo, o nosso Salvador.

Dor de cabeça

O Governo bem pode preparar-se para um fim de semana merecidamente intranquilo. É o que se adivinha: depois da agitação na Saúde e Educação, agora é a vez dos consumidores protestarem a escalada do preço dos combustíveis com um boicote às gasolineiras nos dias 1, 2 e 3. Os pescadores ficam em terra por tempo indeterminado e os agricultores prometem juntar-se aos protestos. Mesmo já tendo recuperado da gripe, sugiro ao nosso PM que continue em insistir no Melhoral. Vai ser cá uma dor de cabeça...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Efeito Passos Coelho

A temática da falta de confiança da sociedade civil na classe política não é de hoje e tem causas várias. Por um lado temos, em alguns casos, comportamentos pouco dignos de agentes da classe, desadequados aos cargos que ocupam, pelo outro, o desgaste que provoca o aparecimento das mesmas caras à frente dos partidos, onde as renovações pós congressos mais não são do que rotatividade de cadeiras.

Para agravar ainda mais esse descrédito associam-se crises financeiras constantes para as quais os políticos dizem não ter solução, vigorando a proclamação da praxe, falando do “cinto” e da “tanga”. Mas enquanto isso, os salários não aumentam, o desemprego e o preço dos bens essenciais sobem e o que se ganha é pouco para fazer face às despesas correntes (nem falo de poupança)...

Alheio a tudo isto parece estar o Eng. Sócrates, expelindo diariamente propaganda política, onde no seu país das fantasias tudo está bem: estamos no bom caminho, o Governo por si liderado está a tomar as medidas correctas e devemos ter confiança no futuro... Mas todos nós questionamos: “Ó Eng. se estamos tão bem, porque nos sentimos tão mal?”

Face ao contexto dos últimos tempos, qual tem sido o papel do PSD? Discutir líderes e tipos de liderança.

Tenho imenso respeito e admiração pela Dra. Manuela Ferreira Leite, como já aqui referi, mas qual foi o seu papel nestes últimos meses? Como auxiliou Marques Mendes, candidato que mereceu o seu voto no último conclave e que liderou o partido? De Luís Filipe Menezes nem vale a pena falar... Mais: se o problema principal que afecta Portugal neste momento é social, que concordo, então quais foram as propostas que fez nesta matéria?

Não quero ir às urnas escolher mais um líder para o curto prazo, como tem acontecido. O próximo(a) tem que ter visão estratégia, deve ter condições para unir o partido e ser eleito para vários anos... de poder. Em suma, por muito injusto que possa estar a ser para com MFL, prefiro um candidato “sem pecados” e com uma grande margem de progressão à sua frente.

Por isso mesmo, votarei em Pedro Passos Coelho.

Coisas verdadeiramente importantes II


Mesmo que os dons não lhe chegassem para prever a detenção, faltou-lhe perspicácia: já havia quem lhe tivesse dado o recado. Agora, à falta de Bambo, temos o Professor Karamba. Com facilidades de pagamento, que estes profissionais são gente sensível que se compadece com os portugueses que atravessam dificuldades económicas...

PS - espero bem que esta brincadeirinha de ocasião não nos dê direito a um qualquer quebranto...

Quem brinca com o fogo...


"Qualquer dia também tenho de ir apagar o fogo do PSD, que aquilo está tudo a arder". Quem o disse foi, pasme-se, Rui Rio. Saiu-se com esta graçola impertinente numa visita a um qualquer quartel de Bombeiros e agora arrisca-se a deixar de cair nas boas graças de muitos militantes social-democratas.

Não é motivo para questionar o seu valor e o seu reconhecido prestígio junto da sociedade civil, mas que o que disse é de uma imensa leviandade e irresponsabilidade, lá isso é. Fosse outro o contexto e até poderia soar a inofensivo. Agora dizê-lo num acto público e oficial e sabendo-se envolto em comunicação social, é grave e não espelha qualquer respeito por aquele que é o seu partido. Ademais, vindo dele, que nos últimos tempos foi incitado a vestir a farda e, qual soldado da paz, assegurar a salvação do PSD.

Rio hesitou e acabou por negar-se a cumprir tal missão. Onde nunca hesita, como tantos outros, é na hora de lançar achas à fogueira. Depois, quando a chama vai alta e são chamados a intervir, recuam. Se os nossos bombeiros fossem assim, Portugal "já era".

28 de Maio

Ontem foi dia 28 de Maio.
Dita a evidência, relembro que falamos do dia em que, em 1926, em Braga, o General Gomes da Costa lidera um movimento militar que poria fim ai Governo do Partido Democrático, assim estabelecendo o início do que viria a ser, na realidade, fim da I República.

Leia-se com o “olho esquerdo” ou com o “olho direito”, creio que os compêndios de história reconhecem, mais ou menos unanimemente, que falamos de um período (aquele que vinha de 5 de Outubro de 1910) que permitira altos índices de inflação e, logicamente, de desvalorização da moeda, intolerância religiosa, convulsões sócio-laborais, instabilidade política (o ano 1920 conheceu 8 governos…) e até de assassinatos políticos (veja-se o dia 19 de Outubro de 1921, por exemplo, sem citar o assassinato de Sidónio Pais).

Quem lesse a “Seara Nova”, em 1924, podia ver apelos à ditadura, como menciona José Hermano Saraiva (in”História Concisa de Portugal”, Publicações Europa-América).

O resto, sabemo-lo bem; a 27 de Abril de 1928 era convidado, com o fito de sanear as finanças públicas, o Professor de Coimbra, António de Oliveira Salazar que, a 5 de Julho de 1932, ascendia a Presidente do Conselho. Com o virar do calendário, uma nova Constituição assinalava o nascimento do Estado Novo.

Volvidos 82 anos sobre o golpe militar e tudo o que dele decorreu, o que herdámos e em que nos tornámos?

Da I República se conservámos o bulício intelectual e opinativo, também mantivemos alguns anátemas. Começo pelo nosso crónico problema com as contas públicas: é insuportável que andemos, há anos, obcecados com o défice, o “despesismo” e a clara falência do nosso Estado Social. E o problema é que, como povo estúpido que somos, ainda não aprendemos a alimentar-nos de conceitos como “despesa pública”, a pôr no depósito do carro “receitas extraordinárias” ou a pagar a escola ou o hospital com “carga fiscal”… Continuamos, barbaramente a precisar de dinheiro cada vez mais rarefeito no nosso mealheiro para comer, vestir e viver…

Acresce que, retirada a carga religiosa, não nos tornámos tão tolerantes quanto isso… Culpe-se o “capitalismo selvagem” que nos converte em peões de um jogo em que são poucos os ricos, que ganham cada vez mais (só a Letónia tem maior disparidade entre ricos e pobres, na União Europeia!) ou Luís Filipe Vieira (que mantém sombrios os alegados seis milhões de seguidores do “Dínamo” da Luz – perdoe-se a evocação soviética…), o facto é que da estrada aos tiroteios nocturnos seguimos divididos, sem que a classe política veja o “estrago” da Nação, em vez de perder tempo com inócuos debates sobre um putativo estado de uma crescentemente quimérica nação.

E dos tempos do “Senhor Professor”?! Ultrapassada a vergonha imposta pelo 25 de Abril, as editoras inundam o mercado, a terra natal quer evocar o seu filho mais célebre com a recuperação para museu da sua casa e, de além-túmulo, o próprio estadista ganha o concurso da RTP “Os Grandes Portugueses”, em 2007.

Tenho dito que me pareceu estúpido – e veio a provar-se a minha razão – que se falasse em ressurgimento do “salazarismo”.

Todavia, só mesmo a nossa autista classe política pôde achar que não havia recado algum naquela votação… No meu modesto parecer, creio que muitos dos votantes disseram que, em tempo de crise (ou não é desta sorte o nosso?!), Estado sólido e em paz, comida na mesa e ordem pública são bens de primeira necessidade. E nem vale a pena lembrar a penúria e ignorância em que muitos viveram esses tempos. É um tempo em que se olha para o umbigo e se deseja – hoje sem o respaldo da economia de subsistência que disfarçava a miséria de muitas famílias – uma esperança de solução, ainda que por isso se ceda algum poder de intervir em face de modelos mais autoritários de liderança.

Sem o lastro cívico dos britânicos (que se mobilizam enquanto sociedade) olhamos em busca de um “Paizinho” que nos oriente, ainda que ralhe. E assim vamos, curtos de Educação e nulos de Cultura. Vibramos com a selecção de futebol e chorámos por Timor, mas “depois do adeus”, procuramos um D. Sebastião ou um qualquer salvador, pois descremos de uma política que generalizamos nos tons cinza, ao ponto de acharmos que todo o político que mexe é corrupto ou aceita “cunhas”.

O facto é que nem todos conseguem explicar o novo emprego ou a recente fortuna e que muito poucos têm ideias que mobilizem os portugueses para um desígnio patriótico.

Data sombria, esta em que as nuvens pairam sobre um país ainda com escassa renovação de elites. E já começa a “uivar” o vento de mudança – General Garcia Leandro, Presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, falou mesmo em risco de implosão social….
Nota: fotografia do General Gomes da Costa. O texto foi pré-publicado no "31 da Armada".

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Decadência

Segundo o "Relatório de Estabilidade Financeira de 2007" do Banco de Portugal, a situação da nossa Nação é dramática e só tem piorado, sobretudo se olharmos às promessas de sucessivos líderes partidários que dizem que com eles sairemos da cauda da União Europeia... A menos que a UE tenha a cauda cortada, dificilmente vejo algo atrás de nós...

Olhado o documento do BP, pode ler-se que:
  • As dívidas de particulares ascenderam a 129% do rendimento disponível anual, atingindo 91% do Produto Interno Bruto.

  • A taxa de poupança dos portugueses - olhada pela fatia do rendimento disponível - ficou pelos 7,9% (5,5 % do PIB), só encontrando par nos sombrios anos 60.

  • A taxa de endividamento das empresas, por seu turno, chegou aos 114% do PIB, sendo a taxa de poupança de 4,3% do mesmo indicador de medida.

Ou seja, pese embora muitas das dívidas dos particulares sejam de longo prazo, devemos mais do que aquilo que ganhamos! Não nos sobra nada de jeito, ao fim do mês!

Temos o 2º maior fosso entre os que ganham muito e os que ganham pouco na União Europeia!

Os nossos políticos não resolvem nada, desde meados dos anos 40 do século passado!

E ninguém vê (excepto o Instituto Nacional de Estatística nos seus estudos) que a solução para a nossa pobreza é a qualificação dos portugueses (90% dos pobres tem, no máximo, o 3º anos do ensino básico; ou seja, a 3ª classe).Aliás, não sei o que é a que a nossa miserável classe política precisa para aplicar o tridente que nos tira da lama:

  1. Aposta forte na Educação, com exigência, rigor e mérito.
  2. Nichos de especialização (clusters) em que façamos melhor e mais barato do que os outros, de preferência em sectores de ponta.
  3. Fiscalidade aliciante.

E será preciso muito para se entender que só com estas medidas em conjunto é que nos livramos da ruína para que resvalamos, ano após ano?...

Nota: a fonte deste texto é a edição de hoje do Diário de Notícias.

O apocalipse segundo Ribau

O autodenominado "único preso político de Portugal" e Secretário-Geral cessante do PSD, Ribau Esteves, declarou que apoia Santana Lopes, porque é "o mais próximo do verdadeiro Portugal"*.

Teremos futuro enquanto Pátria?
* Cfr. Diário de Notícias, de hoje.

Coisas verdadeiramente importantes

O Professor Bambo, vidente que resolve problemas de "família, amor, trabalho, herança complicações com filhos e mau-olhado", foi detido pela PSP do Porto, para interrogatório com base em suspeita de crimes de extorsão e, em um dos casos, de violação.
Como se atrevem?!... Um benemérito que resolve problemas tão sérios detido?!... Andam dezenas de tipos a falar de défice, que ninguém sabe o que é, e um senhor que partilha connosco dons únicos e que educa crianças (filhos), nos enriquece (herança), serra as hastes (problemas de amor) e encanta por nós (idem), entre outras coisas que realmente nos lixam o dia a dia é incomodado e vê casas e "consultórios" (ah ah ah) devassados?!
Só podia mesmo ser a PSP do Porto! A mesma que, há anos, bateu nos angélicos adeptos do Manchester United e que tinha (tem?!) um agente que disse na tv que "preferia ser corno a ser do Benfica" (confesso que, ainda assim, preferia o SLB...).
Todavia, subsistem-me algumas dúvidas filosóficas:
  • Os dons não chegaram para prever a detenção?
  • Quem me diz agora qual o próximo presidente do PSD? Terei que ver o que "está escrito nas estrelas"?
  • Será que a PSP vai levar com um mau-olhado?
  • A extorsão não é um problema de resolver problemas de "herança" e de "trabalho"?

Mais a sério: o que valia a pena era as pessoas com responsabilidade pensarem no estado de necessidade em que está a nossa sociedade para que milhares de concidadãos encham os bolsos destes sujeitos!

Lê-se

"Os militantes do PSD têm este fim de semana a responsabilidade de não olhar apenas para as directas como uma disputa interna, mas sim como um processo de renovação da actividade política em Portugal, de afirmação de uma identidade própria ao seu partido, que o diferencie do PS de forma clara.
A questão não é simples: o êxito futuro do PSD depende de uma escolha que provoque mudanças, que afirme a diferença e que seja capaz de atrair aliados e alargar o campo de influência partidário. Por isso, eu que não sou filiado em nenhum partido, baseado no que é a história de cada candidato e nas propostas que agora apresentam, acho que a escolha de Pedro Passos Coelho é a que melhor pode contribuir para que o PSD tenha um papel activo e dinâmico na renovação do sistema político e partidário e para que possa contribuir para tirar o país do impasse onde nos encontramos. Na realidade, PPC é o único que traça um caminho diferente e essa é a sua grande vantagem. E esse caminho, outra vantagem, não passa pelo Bloco Central."


Manuel Falcão, na Esquina do Rio, em "Por que é que as directas do PSD interessam a todos?"

O meu voto, porque…


Porque é mulher. *

Porque é credível.

Porque é corajosa.

Porque é determinada.

Porque acredita na vitória em 2009.

Porque decidiu “incomodar-se”, em vez de se acomodar.

Porque não tem medo de dizer a verdade, mesmo que com isso nem sempre cative os Portugueses, logo...votos.

Porque me identifico em vários aspectos com a sua atitude e forma de estar na política.

Porque vejo nela a capacidade de voltar a unir o (que está) partido, contemplando a unidade na diversidade.

Porque pode levar os Portugueses a confiar novamente no PSD, como alternativa ao poder.

Porque acredito que pode abrir caminho a um futuro de renovação e dinamismo no PSD e em PORTUGAL, futuro este que (no meu "mundo ideal") deverá passar por um trabalho conjunto com pessoas como Pedro Passos Coelho.

Eis o porquê dos 12,5% na sondagem do Lodo!

* obviamente este argumento só é válido porque, aliado a todos os outros, pode marcar a diferença pela positiva =)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O golpe continua

No Zimbabwe, a ansiada transição ainda não se deu e aumentam as dúvidas quanto à possibilidade de Tsvangirai vir a chefiar o governo. Depois das eleições de Março, Mugabe lá conseguiu forçar uma segunda volta e prepara-se para forjar os resultados desta. Enquanto aguarda pelo abrir das urnas – a 27 de Junho - entretém-se a perseguir os seus opositores, a ameaçar embaixadores e a fazer preparativos para a sua vitória (leia-se: política de repressão e manipulação que culminará num possível golpe de Estado Militar, evitando a eleição do líder da Oposição). Aliás, Mugabe recomeçou ontem a sua campanha dando-se ao luxo de afirmar: “Posso assegurar-lhes que está tudo preparado para a segunda volta das eleições e que ganharemos”. (Infelizmente) Não duvidamos.
*Ilustração by Leo Martins

Pudera..!

Manuela Ferreira Leite é a favorita do PS – lê-se. Em nada surpreende esta manchete de jornal. Numa estratégia para influenciar o eleitorado laranja, os socialistas apontam a Dama de Ferro como a adversária ideal de Sócrates no combate de 2009. É clarividente que se trata de jogo político de um PS que teme – e bem – a chegada de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD.

Na política a novidade traduz-se muita vezes em vantagem. Pedro Passos Coelho é um rosto novo para muitos dos portugueses e pode ser visto como um arauto de mudança. Aqui Manuela Ferreira Leite parte em desvantagem, pois dela e dos que a rodeiam todos sabemos o que esperar e caso ganhe as directas tornar-se-á tarefa árdua superar as expectativas dos portugueses.

Depois, sem desprimor do seu mérito e capacidade, a verdade é que a candidata à São Caetano à Lapa não colhe grande simpatia dos portugueses, mercê – creio - de medidas governativas impopulares que outrora levou a cabo. Já Pedro Passos Coelho conquista a cada dia o povo português. A propósito, tive recentemente a oportunidade de registar a popularidade crescente e a simpatia genuína e mútua entre PPC e os portugueses e garanto-vos que é absolutamente singular. Sócrates que se cuide..!

Compreende-se assim o porquê de termos um PS a opinar sobre as eleições do PSD... Aliás, estou desconfiada que no próximo dia 31 muitos dos socialistas gostariam de poder desdobrar-se em dois e votar nestas directas do PSD...

domingo, 25 de maio de 2008

Felicidade pura

O Teatro São Luiz teve, a meu ver, uma ideia genial ao, gizando o mote "Vinte Canções de Amor e um Poema Desesperado", convocar, por dois dias cada um, Maria João (que aprecio), Rui Reininho (que venero) e Pedro Abrunhosa (cujo trabalho me não seduz, embora o respeite).
Como está bem de ver, Rui Reininho foi a minha escolha (e o bilhete um dos mais gostosos presentes de aniversário recebidos)!...

E aí esteve ele, versátil, mimético, culto, dialogante e ensimesmado, claustrofóbico e agorofóbico, grave e agudo, pop e chanson, magnífico e soberbo!...

Música?! De todo o tipo. Destaco as viagens por David Bowie (Space Oddity), Lou Reed (Perfect Day), Japan (Nightporter), Rolling Stones (Sympathy For The Devil), entre tantos outros nomes que polvilharam adolescências e "adultices", ao longo dos tempos.
Porém, só o Rei Ninho se atreveria a evocar Doce (Bem Bom) e 10cc (I'm not in love)...

Os Tony's deste Portugal podem vender mais, mas ninguém oferece mais e/ou melhor arte!

sábado, 24 de maio de 2008

Calem esta tipa

Ainda não tinha assistido ao regresso de Manuela Moura Guedes à televisão, pelo simples facto que evito o telejornal da TVI, não gosto, é sensacionalista, cor-de-rosa e com peças jornalísticas onde o principal objectivo é o de fazer chorar as pedras da calçada.

Por força do debate entre os candidatos a líder do PSD tive que sintonizar a TVI e deixem-me que vos diga que fiquei revoltado com a moderação do debate. Aquela senhora foi claramente parcial, arrogante e gesticulava de forma desadequada ao questionar os candidatos.

Ontem (e quase sempre), esta ex-deputada Popular que andou, à época, a fazer analogia política com “tachos” de cozinha foi uma jornalista propagandista. Tentou dominar a opinião pública e a dos militantes do PSD tendo uma acção coerciva para com dois dos candidatos: Patinha Antão e Pedro Passos Coelho, sendo no caso do segundo, inqualificável.

Provavelmente pensará que a sua mensagem é doutrina. Outros, como eu, consideram-na ridícula.

"Pega um pega geral, também vai pegar você"

Tendo tido a oportunidade de assistir à ante-estreia daquele que me dizem ser o mais visto e o mais pirateado filme da história do cinema brasileiro, não resisto a dizer o que penso de tão polémica película.
Em primeiro lugar, creio que o filme - que aborda a actividade do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) do Rio de Janeiro - está muito bem realizado e representado.
Depois, creio que a violência que percorre todo o enredo e que pode chocar os mais susceptíveis é fruto da proximidade do guião à realidade do combate ao crime no Rio de Janeiro.
Porém, onde podemos entornar o caldo é quando vos disser que acho louvável o que vi e o que investiguei sobre a acção dos "Caveiras".
Poderá dizer-se: violência puxa violência e há vítimas inocentes. Pois sim... A verdade é que os políticos tardam em apostar nas soluções menos bélicas, como se fez, por exemplo, em São Paulo, onde a criminalidade se encontra contida. Ao que sei, nesta sedutora cidade, a mais de forte policiamento (bem notório), houve um esforço de eliminação das favelas e sua substituição por habitação social.
Estas medidas, a par de aposta na escolarização e num sistema de assistência social universal e de uma política de emprego eficaz podem ser a óbvia chave da solução para um país que transborda de recursos naturais e, logo, de riqueza.
Enquanto nada disso acontece, como combater o reinado de bandos terroristas que se apoderam de favelas do tamanho de cidades portuguesas? A solução é esperar que a droga e as armas se cansem dos donos? Ou será deixar que os corpos de polícia regular, minados que estão pela corrupção, façam da derrota destes impérios do mal o seu voto de ano novo para 2058?
É claro que há excessos, como só poderia haver quando legiões de cobardes se escondem entre civis e os usam como fantoches... É certo que são homens que têm que fechar o coração a certo tipo de sensibilidade, quando lhes pedem que entrem em mundos labirínticos onde a morte os espreita a cada dobrar de esquina... Mas de tal maneira a sua acção é meritória que grupos de operações especiais de todo o mundo pedem para aprender as tácticas de combate ao crime urbano do BOPE.
Sei que, mais uma vez. a opinião da esquerda a soldo dirá que isto é terrorismo de Estado, sem olhar ao elo mais fraco - os milhares de brasileiros governados pela lei de terror dos "comandos" - e ao risco que correm os "bopes" desse mundo para que mesmo os palhaços libertários e anarquistas que lhes cospem na honra possam dormir em paz...
Não obstante, com os meus ou com os seus "óculos", veja o filme!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Poderia ser em Manuela Ferreira Leite

Após uma época em que tanto Marques Mendes como Luís Filipe Menezes não conseguiram atrair para junto de si uma imagem de vitória e um capital de esperança para o PSD tendo em vista o conclave de 2009 com o Eng. Sócrates, surge-nos agora uma oferta diversificada.

Inicialmente cumpre manifestar o meu agrado pela diversidade na oferta actual, não esquecendo no entanto que a mesma deveria ter sido mais recheada há uns meses atrás, porque se tal tivesse acontecido não teríamos dado um avanço de oito meses ao Eng. Sócrates.

Muitos com responsabilidades de se assumirem como alternativa nas últimas eleições internas não o fizerem, deixando andar o desgastado Marques Mendes que salvo algum milagre de Fátima nos levaria quase de certeza a uma derrota em 2009. No entanto, indo ao encontro do que já aqui escrevi, desenganem-se os que ao abrigo deste argumento julgam que se os tais notáveis não tivessem dificultado a vida a Menezes este poderia sonhar com S. Bento.

Mas como se diz: “um ano em política é uma eternidade”, e se há bem pouco tempo o cenário de derrota em 2009 era o mais preconizado entre os social-democratas, temos assistido nos últimos dias a uma inversão desse sentimento, a um partido mobilizado e moralizado em torno das suas candidaturas.

Neste momento considero que temos dois candidatos que podem levar o PSD à vitória: Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho, ambos com formas e conteúdos diferentes, é um facto, mas detentores de um capital de confiança junto da sociedade civil que nenhum dos últimos três líderes teve, nem soube alcançar.

Não teria pejo nenhum em votar na Dra. Manuela Ferreira Leite. É uma mulher a quem ninguém fica indiferente, detentora do conhecimento indispensável sobre as pastas da governação e quais as medidas necessárias para levar o barco a bom porto, com uma imagem de credibilidade junto dos portugueses que soube angariar fruto de decisões que apesar de impopulares, necessárias.

Mais acredito na possibilidade de vitória de Manuela Ferreira Leite em 2009 (caso vença as primárias laranja) quando vejo a inteligente escolha que teve ao direccionar a sua mensagem para o lado social, associando a imagem da mulher que gosta de ter contas consolidadas à de humanista, dando a entender que é perfeitamente possível conciliar ambas as vertentes, algo que Sócrates manifestamente nunca conseguiu. E não tenhamos dúvidas que os portugueses estão com indicadores de auto-estima baixíssimos...

Por agora fico-me com algumas das razões que me levariam a votar em Manuela Ferreira Leite, nos próximos dias direi porque votarei em Pedro Passos Coelho.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Lê-se

"Quem observa diariamente o mundo dos blogs, como eu faço, não pode concordar com o Presidente da República: gente interessada com a politica, é o que não falta. Como escrevia Gonçalo Capitão no blog Ainda Há Lodo no Cais, talvez a solução para a preocupação de Cavaco passe por aqui: «é tempo de envolver no projecto da casa quem vai ter que a habitar...». Gonçalo falava do PSD, eu alargo a ideia ao país e à politica que o rege."

by Pedro Rolo Duarte na sua "Janela Indiscreta"

Sondagem LODO - Eleições PSD

Sondado o universo dos militantes do PSD e associados da Lodo, S.A.D. (8 em 10*) que podem votar nas eleições directas, eis os resultados:
1 - Pedro Passos Coelho - 75 % (6 votos)
2 - Manuela Ferreira Leite - 12,5 % (1 voto)
3 - Pedro Santana Lopes - 12,5 % (1 voto)
*Se votassem os demais, a drª Manuela Ferreira Leite passaria a deter 3 votos, pelo que passariam as percentagens respectivamente para 60%; 30% e 10%.

Lê-se

"Passos Coelho é o denominador comum da rejeição de Ferreira Leite e de Santana Lopes e não tem verdadeiramente apoios por convicção."

in Semanário, edição de hoje, pág. 10
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Gostava de perceber como pode um jornalista inferir tamanha imbecilidade. Juro que gostava.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Grandes Portugueses


Cannes estendeu este ano a passadeira vermelha a Portugal. Manoel de Oliveira traz a tão merecida Palma de Ouro. Durão Barroso esteve presente para assinalar o Dia do Cinema Europeu. João Bénard da Costa, presidente da Cinemateca Portuguesa também marcou presença. E o 'nosso' Nobel atravessou a fronteira a propósito do filme "Blindness", adaptação à 7ª arte do seu "Ensaio sobre a Cegueira". Goste-se ou não dos senhores, o certo é que se tratam de personalidades a deixar a marca "Portugal" no mítico festival de cinema.
Foto AFP

Paços para Coelho II - Epílogo

Se na semana transacta expliquei por que não apoiava os outros dois candidatos “a sério”, digo-vos hoje as razões pelas quais voto em Pedro Passos Coelho para líder do PSD.

A primeira razão é, aliás, exactamente essa: mais do que um presidente, elegerei um líder, já que o candidato da minha preferência detém todas as características que preconizo para o comando de um barco em riscos de naufrágio (falemos do PSD ou, subsequentemente, de Portugal): inteligência, militância sem olhar a lugares (eis a abordagem positiva ao que Santana Lopes converteu em enxovalho ao adversário), humildade (Passos Coelho vai a todo o lado, fala e debate com todos e jamais se arvora em salvador da pátria) e elevação. Detenho-me um pouco mais sobre este ponto último, para sublinhar o quão digna tem sido a campanha de Pedro Passos Coelho que a desconsiderações sobre a sua idade e sobre a sua alegada inexperiência tem reagido com moderação e cavalheirismo e que tem sempre uma palavra de respeito por todo e qualquer adversário ou apoiante de outra candidatura. É um pouco desta serenidade e deste fair-play democrático que faz falta ao debate interno social-democrata, não falando já no bem que faria à estratégia de comunicação do Primeiro-Ministro, José Sócrates.


Depois, acredito que Pedro Passos Coelho, ao debruçar-se, como tem feito, sobre o próprio Estado que temos (ou não temos), demonstra que se preocupa com algo que é uma das magnas questões para o nosso futuro enquanto país: o “estrago” do Estado social.


Como já escrevi noutras ocasiões, sucessivos governos vêm, desde o 25 de Abril, procurando iludir-nos ao fingir que é possível, num pequeno país como o nosso, manter um Estado pesado e ineficiente. Os exemplos que suportam o que digo são mais que muitos, começando na Saúde, onde encerram urgências e maternidades, com que isso importa de natalidade em Espanha e na nossa rede viária e sem que se veja real motivo que não a falta de meios.


Depois, há a Segurança Social, em que se tentam remendos para que a falência seja o mais tardia e nunca num governo em funções na altura das medidas paliativas.


E que dizer da Educação, em que se mascara com razões pedagógicas (aqui e além verdadeiras, reconheço) o encerramento de escolas do 1º ciclo, quando sabemos que é a penúria que dita a socialização com meninos de outras escolas? A mesma socialização que sofre tratos de polé quando se corta o financiamento aos centros de ocupação de tempos livres que não integram o sistema público... Ponto de coerência?! Falta de dinheiro, pois claro…


E podíamos continuar o rosário de lamentações com o vergonhoso subfinanciamento da Cultura – sem perceber o seu valor essencial para protecção da nossa identidade nacional – ou com a indigência da Defesa, que nos leva a pedir empréstimo de blindados para missões no estrangeiro e a comprar dois submarinos, desconsiderando as regras navais que fixam em três o número para a sua operação eficaz, a mais de ficar por saber a sua capacidade de intimidar qualquer adversário minimamente dotado de meios navais.


Percebendo que há que reformar e emagrecer o Estado, tenho ainda a esperança de que Pedro Passos Coelho acabe com o relativismo ético que herdámos do 25 de Abril e que faz com que se tenha fugido como o diabo da cruz da crucial distinção entre o que está certo e o que está errado. Actualmente, ao invés, qualquer opinião é boa, apenas por ser veiculada, caldo de cultura que faz com tenhamos uma baixa qualificação de recursos humanos, já que o sistema educativo fica sem argumentos de disciplina e rigor, centra-se no pavor de traumatizar os jovens e ensina pouco porque se convencionou que estudar tem de ser tão agradável como comer gelado de baunilha…


Em 1991, ouvi uma entrevista a Pedro Passos Coelho, em que este dizia que é preciso explicar às pessoas o que se quer fazer com o seu voto antes de lho pedir. Entendo que, em 2008, é exactamente isso que tem feito, e bem.


Em suma, penso que, não existindo regra estatutária alguma que impeça a vitória de Passos Coelho neste momento, é desculpa de mau pagador dizer-se que “ainda não é o seu tempo”. Por que não?! Para mim, como ele afirma, “o futuro é agora” e passa por Pedro Passos Coelho.

"eh, posso fumar???" - é tão simples perguntar...



A credibilidade de Sócrates já teve melhores dias. Este episódio do cigarro, deixa fumo no ar sobre a forma e o jeito com que o PM encara as decisões que o seu governo promove para o país…


A dança entre o problema e a solução, até parecem simples para José Sócrates:
“Fumei no avião. Não podia. Apanharam-me… agora vou deixar de fumar…”


Para além deste refrão, o PM fala à comunicação social a gracejar sobre a agitação que tamanha má atitude provocou na política nacional…


De facto num ponto estamos de acordo… existem muitas outras coisas relevantes e graves no país para a oposição comentar, em vez de perder tempo com os cigarritos que o sr. engenheiro (?) fuma em pleno voo para a Venezuela…


Em suma, releve-se o facto de ficar demonstrado o carácter do PM com esta atitude… e sobre isto, julgo estar tudo dito...


Sócrates, afirma sobre o assunto que “lamenta” (termo recalcado do seu vocabulário)…
Em resposta: “Nós é que lamentamos sr. engenheiro, por isto e muito mais… “

Momentos Paulistas IV

É mesmo na Praça da Sé, em frente ao dito templo... Não sei se também fazem a barba.

Telenovela dobrada



Espero não vir muito atrasada nesta consideração. Ando aqui a matutar nisto há uns dias e pronto, cá está:

Pior do que o cigarro no voo para a Venezuela não terá sido a participação do nosso PM na telenovela do seu irmão Chavez? Epá, é que assinar meia dúzia de acordos económicos em plena paródia propagandista é muito baixo mesmo. Ultrapassa o domínio da apregoada real politik de Sócrates.

Xiça, dois socialistas, um deles defensor da democracia participativa que corta os pés a quem tem voz (encerramento dos media privados que não dizem "Olé Chá(vez)!" por exemplo) e outro da ala... vá lá, supostamente mais audaz ao centro português a congratularem-se pela cooperação entre países amigos. A minha alma está parva. Então mas e a UE? E a CPLP? E Espanha? Sei lá... A quantos quilómetros está a Venezuela de Portugal? Hã?

"Investimento estrangeiro em Portugal cai 50%" CALMA! Vêm aí os venezuelanos safar a malta.

Há coisas que não entendo.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Não havia necessidade


Com ou sem razão, era dispensável o ataque feroz de Menezes a Manuela Ferreira Leite na entrevista que o líder demissionário laranja deu ao Jornal de Notícias de ontem. Pelo timing e pelo tom impiedoso mas, sobretudo, por uma certa incongruência - eu, pelo menos, ainda tenho memória de ver Menezes, em pleno Congresso, bafejar de elogios Manuela Ferreira Leite, convidando-a inclusive a assumir de novo a presidência da Mesa do conclave laranja...

Está melhorzinho, senhor Engenheiro?!

A prova de que o ridículo não mata é o que se tem passado na política nacional, nos dias mais recentes.

Enquanto o PSD continua num processo de auto-esfrangalhamento, José Sócrates já nem se dá ao trabalho de mencionar o maior partido da oposição. De facto, anteontem, ao falar numa sessão de esclarecimento do PS, em Braga, e pese embora o debate sobre questões laborais seja, tradicional e erradamente, polarizado à esquerda, a verdade é que o Primeiro-Ministro já nem se deu ao trabalho de enfrentar senão os partidos à esquerda do PS.

Mas mais surreal ainda me parece o resto da agenda que o Premier tem pautado, seja porque fumou e vai deixar de o fazer, seja porque apanhou uma gripe e passou no hospital para tomar antibiótico e analgésicos.

Será que só temos trivialidades para debater? Que comunicação social temos para, depois de, no passado, terem noticiado uma sesta do PM Santana Lopes, se afoitar a saber deste tipo de coisas fúteis?!...

Ao que o PSD deixou que isto chegasse!...

Limito-me a desejar que o próximo contratempo não seja do foro gastro-intestinal, pois temo o detalhe das notícias que teremos de gramar...

sábado, 17 de maio de 2008

Tomara o Real...

Pois é... Tivera o Real Madrid olheiros assim e mais celebraria.
Depois da Marta Rocha na JSD de Felgueiras, a LODO, S.A.D. celebra a eleição do Ricardo Leite como Presidente da Comissão Política Concelhia de Cascais do PSD, nesse histórico dia de 9 de Maio.
Prometemos aos associados, fornecedores, clientes e amigos mais notícias destas, em breve.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O sabor da solidariedade

Numa Itália de outros tempos a pizza era considerada alimento das gentes humildes pela preparação fácil e barata. Hoje colhe adeptos por todo o mundo sem olhar a estratos sociais. E em Lisboa, num louvável gesto de solidariedade, a pizza alimenta quem mais precisa. Isto a propósito de uma pequena pizzaria situada numa nobre zona da capital que oferece cerca de 30 refeições por dia a sem-abrigo e outros carenciados.
A atitude, por si só, já é exemplar. Mais ainda, tratando-se de um modesto estabelecimento comercial que não é mais que um negócio familiar e, sublinhe-se, num momento em que a pobreza grassa no país, pese embora os governantes a ignorem.

Num Portugal em que existem mais de dois milhões de pobres e uma nova realidade - os denominados "novos pobres" i.e. gente que tem emprego mas cujo salário não chega para fazer frente às necessidades diárias dado o progressivo aumento do custo de vida - é de louvar esta iniciativa que comprova que pequenos gestos podem fazer alguma diferença - bem sei que esta última frase soa a cliché, mas tem muito de verdade...!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Descubra as diferenças * (V)


Eleições no PSD à parte, gostei de ver Manuela Ferreira Leite em entrevista à SIC Notícias a pôr o dedo na ferida, alertando para a urgência em olhar e pensar as graves questões sociais que estão a corroer o país. Até a dama das Finanças já percebeu que basta de andarmos obcecados com o défice e de olhos focados somente nas estatísticas e no que elas possam espelhar lá fora, ignorando o que se passa cá dentro: desemprego, novos pobres, sobreendividamento das famílias portuguesas e a sequente desigualdade económico-social que prolifera pelo país. São problemas com carimbo "Sócrates" a que não podemos fechar os olhos. À atenção dos interessados, aí está uma abissal e clarividente diferença entre Ferreira Leite e Sócrates: enquanto a primeira enxerga a realidade, este último impinge-nos um país ficcional fingindo desconhecer o estado do país real.

*grau de dificuldade: baixo

quarta-feira, 14 de maio de 2008

e por falar em juventude...

Excelente escolha, a meu ver, a de PPC quanto à sua Mandatária para a Juventude. A jornalista Filipa Martins não é figura da lide partidária mas isso não se afigura primordial. Conheço-a essencialmente daqui (mas também daqui) e o que por ali escreve é mais do que suficiente para perceber que talento, jovialidade e espírito crítico não lhe falta. Coaduna-se, portanto, com o perfil de Passos Coelho e espelha bem os valores inerentes à candidatura deste, o que se pode confirmar aqui. Na mouche!

Adenda: Confirma-se que a Mandatária da Juventude de PPC não é militante do partido. A meu ver, é algo precedente que "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Uma mandatária independente numa candidatura interna poderá não soar bem. Mas alegam os intervenientes que é uma escolha simbólica que representa um sinal de abertura à sociedade civil. O certo é que, depois das preocupações expressas pelo PR quanto à morbidez cívico-política dos jovens portugueses, a aproximação de uma jovem sem filiação partidária a um candidato à liderança de um partido significa que é possível cativar os jovens para o debate político sem ter que lhes impingir ideias e ideais.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Ah, e tal, a Juventude... III

Depois das preocupantes conclusões de um estudo encomendado pelo Presidente da República e divulgado em tom de lamúria nas comemorações do 25 de Abril, Cavaco reuniu ontem com dirigentes juvenis para debater a relação da juventude portuguesa com a causa pública. Dali saíram alguma ideias para acicatar as novas gerações e consciencializá-las de que, sem valores, sem capacidades, sem ambições, sem visão, sem sentido, sem rumo... não têm futuro.

A falta de sensibilidade dos jovens para as questões cívico-políticas não é novidade. Cresci com gente que não fazia a menor ideia do papel que pode e deve ter no seio familiar, no seu bairro, na sua vila, na sua escola, na igreja, na associação recreativa, etc, etc. Cresci a partilhar cadeiras de escola com gente que não sabia distinguir um PM de um PR, com gente que achava que cidadania era um qualquer palavrão da família do vírus HIV, gente que se juntava às manifestações por dá cá aquela palha, desconhecendo as motivações das mesmas..., e até gente que achava que uma AE era sinónimo de reduto de alunos nos tempos mortos.

O problema não é de agora. É de sempre. E não se escudem - quer os novos, quer os velhos - naquela ideia de que os jovens tendem a afastar-se da coisa pública porque o cenário político é negro. Este argumento tem tanto de falso como de perverso.
Vejamos: quando é que se nos aflora a vontade de participar, denunciar, propor, defender, agir e exigir? Será que é quando as coisas correm de feição ou... precisamente quando as coisas não vão bem?!...

O comum - e o mais fácil - é imputar responsabilidade aos adultos pela irresponsabilidade cívica dos jovens. Dizer que a classe política tem que saber cativar as novas gerações e que têm que ser criadas condições e estratégias para captar o interesse daqueles - que cliché..!
Se bem me lembro, quando eu era adolescente não havia nem metade das oportunidades - e facilidades - que há hoje para poder participar activa e proficuamente na sociedade civil. E isso não impediu que criasse o meu próprio espaço de actuação cívica aos poucos e fosse adquirindo conceitos de cidadania que hoje muito estimo, que vi reconhecidos e que têm sido decisivos no meu percurso pessoal.

No que toca a cidadania e intervenção político-partidária, os jovens não tem que ser levados ao colinho. Há, e sempre houve, os que estão despertos e sabem (ou pelos menos conhecem) as vias que podem usar para fazer a diferença. E há, como sempre houve e continuará a haver, os jovens que não se envolvem mais na causa pública porque estão centrados no seu umbigo, alheios àquilo que os rodeia ou, pelo menos, àquilo que não lhes toca. E não se pense que estou a ser demasiado incisiva nesta separação (quasi 'trigo do joio' ): muitos destes últimos reconhecerão isto sem qualquer constrangimento.

Ao contrário do que possa parecer - atendendo ao que venho escrevendo - não ilibo totalmente os adultos desta questão. Aliás, creio que desses é imprescindível que parta uma mudança de mentalidade, já que há muito quem subestime ou até mesmo menospreze os novatos. É vital que se dê voz à juventude e que haja uma predisposição para escutar o que eles têm a dizer. Esta mudança influencíará desde logo a integração daqueles na sociedade, bem como o seu progresso pessoal, intelectual e cívico.

Uma outra medida é a desejável intodução no plano escolar de uma disciplina de Cidadania. Se os jovens não adquirem naturalmente valores cívicos no seio familiar ou noutros circuitos, convinha que alguém lhes dissesse que não vão a lugar algum se continuarem imbuídos nas frivolidades que a sociedade actual lhes impinge, vivendo a sua vidinha como se as demais vidas nada importassem. Este despertar de consciências poderia bem passar pela introdução daquela disciplina, alertando-os para o mundo que os circunda e para o contributo que eles podem e devem dar.

Não tenhamos ilusões: não há muito a fazer para inverter estas estatísticas. Uma ou outra medida poderá amenizar o problema e despertar alguns jovens menos propensos ao entorpecimento cívico, mas não se esperem milagres.

Paços para Coelho

Sem rodeios e a abrir vos digo que votarei em Pedro Passos Coelho para a presidência do PSD.

Vamos, pese embora, à exclusão de partes: Neto da Silva e Patinha Antão exercem um direito estatutário, embora ouse dizer, sem ofensa, que, pelo menos num dos casos, se trata mais de uma tentativa de reserva de lugar eleitoral do que um intento real. Passando a presunção, creio que também eu, na bancada, tenho ideias sobre a maneira como gostava de ver a Briosa a jogar, mas, a mais de ser bom o trabalho de Domingos Paciência, não me passa pela cabeça fazer algo para que não tenho sequer propensão e apoio…

Quanto a Pedro Santana Lopes, fundamentalmente, creio que a oportunidade que teve foi, com larguíssima culpa própria, desbaratada. Escusa o próprio e os seus fervorosos seguidores de falar de “pontapés na incubadora”, já que poucos, com ou sem reserva mental alheia, tiveram 90% do partido a sufragar a sucessão, como aconteceu com a passagem de testemunho de Durão Barroso. Devia ter pedido sufrágio interno? Seria melhor ter solicitado ao Presidente da República a realização de eleições legislativas? Talvez, mas é neste tipo de ponderação estratégica que não nos podemos basear exclusivamente na intuição (por muito apurada que seja, como é o caso do dr. Santana Lopes) e é ainda nestas situações que estar rodeado de pessoas que somem ao afecto o estudo e o raciocínio apurado é recomendável. Aqui, santa paciência, o único “pontapé” que houve foi do próprio e para auto-golo.

Todavia, Santana Lopes é um furacão político e creio que, na nossa política, poucos seriam os que, como ele, sobreviveriam à clamorosa derrota eleitoral de 2005. Por isso, manda a cautela que se não subestimem as suas possibilidades e ordena o pudor (apoiei-o de 1999 a 2005, mesmo quando sabia que o apreço já não era recíproco) que me baste com estes leves considerandos, dos quais podem deduzir-se alguns motivos pelos quais não apoio o ex-Premier.
Por fim, chega a situação de mais difícil escolha, já que poderia apoiar Manuela Ferreira Leite sem sacrifício algum. É uma pessoa credível, séria, inteligente, competente e que, sem dúvida, gosta e sabe gostar do PSD.

Resisto a insinuações deselegantes e infundadas sobre idade, pois não creio que seja óbice, sendo que Silvio Berlusconi – a quem outros gostam de se comparar – está longe de ser um cachopo e Itália a léguas de ser uma aldeia. E muitos exemplos brilhantes de estadistas com mais de 60 anos encontraríamos, como facilmente se apontariam casos de jovens lideres com insucesso notório, a começar pela actual contenda. No fundo, o que penso é que perde quem opte por referências pessoais.

Assim, além de noções de solidariedade política (que me escuso de detalhar, mas que se prendem com o xadrez laranja do distrito de Lisboa, onde trabalho), pesa o facto de, acreditando que não será necessário atender ao conceito de “voto útil” (algo que poderia pedir-se na iminência de vitória dos exércitos santanistas), ser altura de lançar linhas políticas a médio e longo prazo e de, se possível, começar a implantá-las desde já.

Como detalharei em próximo texto, penso que as soluções já testadas (e por onde se nota a marca de água de todos os contendores, excepto Passos Coelho) não mostraram a exequibilidade de um ideal social e não provaram a viabilidade do nosso País. Ouvimos falar em orçamento, défice, mais anos de trabalho e outras expressões tecnocráticas, mas vemos tudo quanto é membro da União Europeia a passar-nos à frente.

Acredito ainda que, sem gritos geracionais (seria a chamada ideia de jerico…), cumpre envolver na solução os portugueses mais jovens, já que sentirão em maior medida o problema. Dito de outro modo, é tempo de envolver no projecto da casa quem vai ter que a habitar…

Ditas as razões “negativas”, explicarei em breve as razões “positivas” pelas quais entendo que os paços do PSD devem ser entregues a Pedro Passos Coelho.

Como isto vai... II


Se clicar sobre a imagem acima e visualizá-la em tamanho aumentado vai poder perceber o quão estimada é a nossa Língua Portuguesa pelos sites de informação. Não sei o que se passa com a nossa classe jornalística, mas que é coisa grave, lá isso é. Há dois ou três dias era a SIC Notícias que escrevia «sensura» quando falava da moção apresentada na AR pelo PCP. Se isto continuar assim - a juntar ao maldito acordo ortográfico - vamos longe.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Momentos Paulistas III

Entre outros eventos culturais, em São Paulo, fui ver cinema brasileiro. Com um elenco de primeiríssima água (destaco Tonia Carrero, Betty Faria e Cassia Kiss), mesmo para quem, como eu, não perceba de novelas, "Chega de Saudade" é um bonito filme sobre o início do fim da vida e sobre o declinar do amor ou as suas metamorfoses.
Se estrear por cá, veja.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Explicarei brevemente...

Dá que pensar…








Será que se a Dra. Manuela Ferreira Leite não ganhar as directas no PSD, vão estar reunidas todas as condições para que o novo líder tenha “paz interna” para fazer oposição e apresentar-se como alternativa ao partido socialista???

Momentos Paulistas I

À atenção das interessadas...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Piadas de Bolso na minha Turma I

PDM - hoje sou uma tipa menos séria, estou a tratar dum trabalho sobre ordenamento do território e mais valias urbanísticas.


quarta-feira, 7 de maio de 2008

Capachinho

Vale por Al Pacino e "mai" nada...

Liderança não escolhe idades

Porque é que o factor "idade" é dos que mais pesa quando julgamos as pessoas?
Atente-se aos "Tem desculpa pela idade...", "Já não tem idade para aquilo!" ... ou "Não ligue, é da idade..." ...

A idade de uma pessoa parece-me um indicador traiçoeiro. Sobretudo, porque a idade mental nem sempre anda pari passu com a idade real. Ou vice-versa. Vem isto a propósito da corrida à liderança do PSD, na qual dois dos candidatos têm visto meio mundo a opinar sobre as respectivas idades. No jogo da política, tal como no da vida, a idade não me parece um argumento plausível seja para o que for. Considero hipócrita que se invoque a juventude ou a velhice de uma pessoa para tecer considerações sobre aquela. Pior, para medir a sua capacidade, a sua competência e o seu mérito.

Ter mais rugas não significa que se esteja mais ou menos apto para determinada tarefa. Da mesma forma que ser jovem não tem que ser sinónimo de inexperiência, imaturidade ou ingenuidade. Não tem qualquer lógica que se padronizem as coisas deste modo. Quero com isto dizer que a idade de Manuela Ferreira não tem que ser vista como obstáculo às legítimas ambições do partido. Ou, do prisma inverso, é reprovável que a sua idade sirva de argumento para dizer que está mais preparada para o desafio a que se propõe que os demais. Por outro lado, é de uma enorme leviandade afirmar que a juventude de Passos Coelho é o calcanhar de Aquiles da sua candidatura. Para além de que apontar-lhe o dedo pelos seus bem estimados 44 anos, reconheça-se, soa a inveja.

A variável idade não é um factor determinante para que uma pessoa seja líder. A liderança é uma influência que um indivíduo exerce sobre os outros independente da sua faixa etária. Neste Mundo há lideranças para todas as idades: para velhos (Berlusconi e Yasuo Fukuda, 72) e para novos ( Zapatero, 47) e até para os de meia-idade ( Gordon Brown, 58). O PSD espera que deste combate saia uma liderança firme, credível e auspiciosa. Que o líder tenha 30, 50 ou 70 é-nos (se não é, deveria ser...) indiferente.

A minha força de intervenção favorita

Ver o Grupo Novo Rock ao vivo com a Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana (no passado dia 18 de Abril) foi, para um devoto de Rui Reininho como eu, um momento raro de excelência cultural.
A alegria com que dois mundos antes (judicialmente) opostos se juntaram numa mistura de sons original deixou-me rendido e (mentalmente) detido.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Yes, you can

Na Bélgica uma instituição de ensino que agrega duas fases de escolaridade, tomou a disputa dos democratas para a Casa Branca, Hillary Clinton e Barack Obama, para esta singular campanha publicitária. Why choose if you can combine?

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A factura laranja

No âmbito do novo programa do Governo denominado "Pagar a tempo e horas" - que pretende reduzir os prazos de pagamento de todos os serviços do Estado a fornecedores - foi mediatizada nos últimos dias a ideia de que as autarquias lideradas pelo PSD são as piores a pagar dívidas.
A tendenciosa notícia do DN da passada sexta-feira causou um mal estar entre a generalidade dos autarcas social democratas, muitos dos quais já vieram contestar e alertar para a premissa pouco límpida com que aquele jornal fez manchete.

É que o que efectivamente se pode ler na listagem do Ministério das Finanças é que oito das dez autarquias que mais tempo demoram a pagar aos seus fornecedores são social-democratas. Mas não me parece que daí se possa inferir que os municípios laranja sejam os piores a pagar. Não será um pouco redutor apontar o dedo às autarquias lideradas pelo PSD partindo apenas do top ten dos menos céleres a saldar as suas contas? Cabendo, ademais, sublinhar que o PSD é actualmente o partido maioritário nas autarquias locais.

Ética de informação à parte, uma outra faceta desta problemática da gestão autárquica é o contexto de governação. Com o PS no Governo, até que ponto não haverá tendência para aquele favorecer as autarquias socialistas?

Reconhece-se, é certo, que há autarcas que não pescam nada de gestão. Mas caberá imputar exclusivamente àqueles a responsabilidade pelo cumprimento tardio das dívidas públicas?

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Mediatização da violência dá origem a mais violência

Quem o diz é Carlos Poiares, professor de Psicologia Criminal - que por sinal foi meu professor e dos melhores que tive... - mas não creio que seja necessário ser entendido na matéria para perceber que a excessiva mediatização de casos de violência seja via televisão, cinema ou até mesmo por vídeojogos gera precisamente... mais violência.
Nos últimos tempos, três (entre tantas outras...) formas distintas de violência têm preenchido o nosso quotidiano:

1 - Violência no meio escolar, com o caso do vídeo da aluna que agrediu a professora, ininterruptamente difundido pela tv a descobrir a ponta do iceberg.

2 - Os casos de carjacking e o incidente no Posto da PSP em Moscavide, episódios que proliferam pelo país e que têm sido mediatizados e explanados ao mais ínfimo pormenor.

3 - A crescente criminalidade associada à noite, mormente, na Grande Área do Porto.

Pergunto eu:

1 - O alarmismo (ainda que legítimo, senão inevitável...) não terá efeitos contraproducentes nos jovens?!

2 - Terá isto algum efeito dissuasor? Pôr a nu as fragilidades das nossas autoridades que (sobre)vivem com falta de meios humanos não é quasi estender a passadeira vermelha aos criminosos?

3 - Até que ponto é oportuno bradar aos céus os focos de criminalidade associados à noite? Tal lesa os empresários porquanto afasta clientes e potencia novas rivalidades entre aqueles estabelecimentos.

Posto isto, eis onde eu queria chegar: é legítimo e até necessário que os media divulguem os casos de polícia de um Portugal cada vez mais inseguro, mas nem tudo pode ser feito à mercê da transparência e da liberdade de informação, mormente quando outros direitos tão ou mais importantes estão em causa.

Ninguém tem dúvida de que gratuitidade (e muitas vezes, a impunidade) da violência pode influenciar, se não mesmo incitar irreversivelmente à agressão que começa no seio familiar e escolar e que muitas vezes acaba por se estender ao grave delito criminal.

Se por um lado se espera que os responsáveis tomem sérias medidas e que um Ministro da Administração Interna - que também já foi meu professor, mas este bem menos afável... - venha prestar as devidas explicações; por outro, espera-se que os senhores que se ocupam do conteúdo e alinhamento dos telejornais passem a levar estas notas em conta e revejam as matrizes da informação que prestam. Urge uma informação menos alarmista, mais responsável, mais circunspecta.

"Deixa andar..."

Aí está a primeira consequência de um PSD fraco, sem líder e sem rumo…

Segundo o barómetro deste mês da Eurosondagem para a SIC, Expresso e Rádio Renascença, José Sócrates sobe na admiração dos portugueses. O PS aproxima-se da maioria absoluta. Cavaco desce e todo o resto sobe alguma coisinha…

Quem pelo contrário continua a descer, é o PSD…
A ver vamos como corre esta nova aventura de “Os cinco”…

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Passos Seguros


É em momentos como este que acredito que avançar apoiado nos valores, crenças e projectos políticos nos leva longe, tão mais longe que aos caciques do costume. Aqui não há estratégia de futuro, procurar influências ou lugares. Não há o regresso daqueles que nunca foram ou não sabem ocupar o seu lugar na história. Não há moralismos, nem espingardas (não há vitória). Aqui há projecto político assumido sem medo.

Apoiemos ou não o PPC, há que lhe reconhecer o mérito e a segurança que tem demonstrado nesta "pré-campanha" eleitoral.

P.S. Não estou a fazer campanha, mas sim a partilhar um belo sorriso convosco.