Neste últimos tempos tenho vindo a confirmar que, apesar de todos os defeitos a que não escapamos, o povo português é na sua generalidade um povo solidário, abnegado e atento às necessidades do seu próximo, mesmo em plena crise económica. Exemplo disso são as inúmeras plataformas que crescem na internet e nas redes sociais com vista à partilha ou doação de objectos reutilizáveis, permitindo que uns se desfaçam daquilo que já não precisam e outros façam uso desses bens. O impacto dá-se em muitas frentes: não só se ajuda quem mais precisa e tem lugar um novo ciclo de consumo, como se aumenta o período de duração dos bens, reduzindo o número daqueles que vão parar ao lixo, o que se reflecte também ao nível ambiental. Estas plataformas - de que são exemplo a Dou.pt e a Trocas de Amor - têm tido uma enorme adesão por parte de quem dá e de quem recebe. O sucesso mostra assim que mesmo em tempos difíceis os portugueses não esquecem essa elementar máxima de que «dar é receber» e fazem questão de não deitar fora ou desperdiçar aquilo que sabem poder ser reutilizado por outros. E numa altura em que tanta gente não tem como fugir às dificuldades económicas, estas iniciativas são ainda mais significativas, facilitando a vida a muitos portugueses.
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Natal sem luz... e sem fome
Acabo de concluir que ainda há responsáveis políticos sensatos em Portugal. Pelo menos, lá para os lados de Sintra, nas freguesias de São Marcos, Rio de Mouro e Colares, cujos presidentes entenderam abdicar da iluminação natalícia nas ruas para iluminar o Natal dos moradores de uma outra forma. Os fundos que se destinavam à iluminação das localidades vão ser aplicados em centenas de cabazes de alimentos, bens essenciais que as famílias têm tido dificuldade em obter, pelo que o número de pedidos de ajuda aos responsáveis locais tem aumentado consideravelmente. A medida é, a meu ver, louvável. Um exemplo a seguir por todas as freguesias e concelhos em que os valores destinados à iluminação de Natal possam colidir com os valores atribuídos para a acção social. E para que se tenha noção dos balúrdios que todos os anos são gastos em iluminação natalícia, é espreitar aqui.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Heróis cor-de-laranja?... Não, obrigado..!

A ideia é (ou era...) pedir aos congressistas e observadores que levem um pequeno contributo, o qual pode chegar - segundo as estimativas - às duas toneladas de alimentos. Pois bem, encetaram-se contactos com o Banco Alimentar contra a Fome, distinta Instituição que opera nesta área, a qual se deu ao luxo de recusar - sim, RECUSAR! - a ajuda, recorrendo a um argumento tão primitivo quanto descabido.
Isabel Jonet, Presidente do BA, rejeitou a ajuda vinda dos jovens social democratas invocando tratar-se de uma instituição apartidária. Alguém explica à senhora que ninguém põe isso em causa?! Alguém que lhe lembre que o que está em causa é ajudar quem mais precisa e que quem mais precisa não olha a cores partidárias quando a fome ataca? Melhor, alguém que lhe lembre todos os portugueses que o têm feito ao longo dos anos provavelmente também terão uma inclinação partidária, factor que em tempo algum se ouviu dizer que prejudicava as pessoas que recebem ajuda?!...
E por que não perguntar-lhe sobre a sua posição se a Casa do Benfica de Freixo de Espada-à-Cinta fizer o mesmo?! Será que vai negar à ajuda, receosa da sensibilidade dos adeptos portistas?... ... Por favor, alguém que lhe explique que os alimentos com que os militantes da JSD possam contribuir também matam a fome...
Em suma, num Portugal em que existem mais de dois milhões de pobres e face a uma realidade que se teima em ignorar - os "novos pobres" - o Banco Alimentar dá-se ao luxo de rejeitar ajudas, dada a militância partidária dos ajudantes. Não é dificil de perceber que a acção, a mais de consciencializar os jovens para um problema grave que grassa no nosso país, pretende aproveitar a logística de um evento onde se reúnem mais de um milhar de pessoas para fazer um contributo que seria impensável se 'obrigasse' os militantes a deslocarem-se ao armazém do BA em Lisboa para o fazer...
E mesmo que alguns aqui vejam populismo ou aproveitamento político, é bom lembrar que nestas coisas "valores mais altos se alevantam" e que a maledicência face às juventudes partidárias já enjoa. Se fazemos é porque fazemos, se não fazemos é porque não fazemos... Decidam-se!
sexta-feira, 16 de maio de 2008
O sabor da solidariedade

A atitude, por si só, já é exemplar. Mais ainda, tratando-se de um modesto estabelecimento comercial que não é mais que um negócio familiar e, sublinhe-se, num momento em que a pobreza grassa no país, pese embora os governantes a ignorem.
Num Portugal em que existem mais de dois milhões de pobres e uma nova realidade - os denominados "novos pobres" i.e. gente que tem emprego mas cujo salário não chega para fazer frente às necessidades diárias dado o progressivo aumento do custo de vida - é de louvar esta iniciativa que comprova que pequenos gestos podem fazer alguma diferença - bem sei que esta última frase soa a cliché, mas tem muito de verdade...!
Num Portugal em que existem mais de dois milhões de pobres e uma nova realidade - os denominados "novos pobres" i.e. gente que tem emprego mas cujo salário não chega para fazer frente às necessidades diárias dado o progressivo aumento do custo de vida - é de louvar esta iniciativa que comprova que pequenos gestos podem fazer alguma diferença - bem sei que esta última frase soa a cliché, mas tem muito de verdade...!
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