domingo, 28 de fevereiro de 2010

Mudar de vida

O PSD tem de pensar seriamente na vida, para seu próprio bem como da democracia em que vivemos e queremos continuar a viver. Se não há democracia sem organizações democráticas, em particular partidos políticos, há aqueles que tendo esse propósito não têm sabido enquadrar-se, não podendo assim ser suportes de uma verdadeira democracia. Acrescente-se, como todos sabemos, que estas vivem de alternativa, criada entre os partidos existentes.

Dito isto e fazendo uma análise aos partidos com assento parlamentar vemos que apenas o PSD é alternativa ao PS. Miramos um PCP fiel à sua doutrina, não reparando que o mundo de hoje é diferente dos tempos do apogeu soviético, tornando-se no “tumor” democrático mais difícil de combater, que teima no itinerário que o mundo está todo errado e que só eles é que estão certos, apesar dos sucessivos exemplos que contrariam essa forma de estar e de pensar.

Como se não bastasse o PCP, temos também o upgrade Comunista, vulgo Bloco que Esquerda, que tende a esconder-se atrás de blocos para fazer demagogia política, que gosta de gozar os luxos da vida ocidental – a começar na liberdade de expressão, que o BE usa para dizer os mais inimagináveis disparates – sem assumir a obrigação de defender o conjunto de valores que permite essa maneira livre de olhar o mundo. Também estão contra tudo o que seja governo e tenha poder. Todavia, apesar de não usarem gravata, são mais finos que o PCP. Falam melhor e são mais instruídos. É uma nossa classe da extrema-esquerda. Cobardes, como muitos que por aí andam, que se refugiam no facto de nunca terem tido poder e dele fugirem como o diabo foge da cruz. Apenas lhes interessa a maledicência, o escárnio, o mal dizer. Quanto pior melhor, mais votos, mais hipocrisia, mais despautérios.

Temos um CDS-PP que, apesar da responsabilidade com que tem assumido algumas matérias da governação tem o problema de sempre, é um partido pequeno, e esses não ganham eleições. Para aspirar a mais altos voos precisa de se aproximar ao PSD, seja pré ou pós eleições. Tem um líder inteligente, que aproveita muito bem o espectáculo pirotécnico que o maior partido da oposição tem protagonizado nos últimos anos para subir nas intenções de voto.

Ou seja, e em jeito de remate, o PS poderá continuar a fazer os disparates que anda a fazer que enquanto o PSD não se assumir como alternativa continuará no poder. Isto é, até Sócrates e o partido que o segue de forma cega continuarão a ganhar eleições se o PSD não tiver juízo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Boa escolha

Para quem ainda tenha dúvidas sobre a delícia que é ver Diogo Infante representar, ir ver o "Rei Édipo" ao Teatro Nacional D. Maria II é uma boa ocasião para as dissipar.

Com encenação de Jorge Silva Melo e com as participações de Lia Gama e Virgílio Castelo, entre outros, assistimos ao desenrolar da tragédia de Sófocles, que daria origem à denominação do "complexo" homónimo.

A opção pelo cenário e pelos figurinos contemporâneo não choca, já que, a mais do dito problema psicológico, muitos oráculos e muitas fontes de poder ainda se pautam pela descrição do velho texto...

Um pequeno contratempo (que creio que será corrigido em futuras representações) foi a actuação do personagem que trouxe a notícia da morte da Rainha Jocasta (mãe e mulher de Édipo); trôpego e pouco emotivo, recomendam-se mais ensaios e melhores presenças em tão distinto palco.

Quanto ao mais, vale a pena conhecer ou rever o episódio da Esfinge, para que o enquadramento com os dizeres do Infante Rei seja total.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Cabular é que está a dar

Há uns tempos li aqui que por terras de nuestros hermanos havia sido consagrado um novo direito, no mínimo sui generis: o direito a cabular. Isso mesmo, os estudantes apanhados em flagrante com a mão na cábula ou até mesmo a olhar para o exame do vizinho não podem ser reprovados ou expulsos pelo professor, devendo a situação ser posteriormente submetida a uma comissão composta por alunos e docentes que decidirá, então, se houve ou não copianço.

Quem não teve direito a uma comissão avaliadora nesses termos, tendo sido fortemente criticada por ter recorrido a auxiliares de memória foi Sarah Palin, a governadora do Alasca que não pára de nos surpreender (imagine-se se tivesse chegado à vice-presidência dos EUA!!). Desta feita, numa Convenção do Tea Party em Nashville, Palin recorreu às palmas das mãos nas quais havia delineado o seu discurso, qualquer coisa entre «Impostos» (Tax), «Energia» (Energy) e, isto sim é genial, «levantar o ânimo aos americanos» (lift american Spirits). Pelo meio ainda havia uma alusão a «cortes orçamentais» (budget cuts), embora rasurada.

Dá vontade de rir, não só pela asneira básica da Sr.ª Palin (uns post-it amarelos colados no púlpito passariam mais despercebidos), mas sobretudo porque é sabido que governadora muito troçou da dependência de Obama dos telepontos. Uma espécie de "feitiço que se virou contra o feiticeiro" e que deveria servir de lição a Palin.

O que já não dá assim tanta vontade de rir é pensar que esta mulher pode um dia chegar à presidência. A julgar pelo seu discurso, que recolheu muitas salvas de palmas de pé e arrancou vários "Run Sarah Run" em uníssono, não falta quem a apoie nesse sentido...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

2º aniversário de um erro imenso

Como bem lembra o Diário de Notícias, faz hoje dois anos a declaração unilateral de independência do Kosovo. Tal como o autor do editorial do DN, eu discordo, como disse por várias vezes. Até lhes perco a conta...

Bem realizado

A farsa II

Já não bastava a areia movediça que o tema encerra, pelos vistos, precisávamos ainda que o ex-ministro Capoulas Santos viesse animar-nos com um colorido corso de carnavalescas asneiras. Diz o senhor que a oposição deveria apresentar uma moção de censura, tal a indignação mostrada em face do alegado esquema para, via PT, começar uma guerra relâmpago que culminaria no controlo governamental da comunicação social.

Desde logo, é bom que se diga que do dito esquema, para já, nada prova o envolvimento do Governo; creio até que o “carnaval” de notícias que nos soterram prova bem que o Governo não tem mão nos jornalistas. Porém, o que sabemos sobre dois administradores da Portugal Telecom já justificava uma ida para o olho da rua, que mais não seja, por conduta imprópria. Acresce que, deste modo, se manifestava a clara intenção de cavar um fosso para assuntos desta sorte, por parte do Executivo.

Mas voltando ao despautério de Capoulas Santos, creio que o dirigente socialista faria melhor em ajudar o PS a governar e a tirar-nos da crise, já que presumo que tenha sido essa a razão da vitória eleitoral que averbaram. Já bem bastam as miseráveis arbitragens do nosso futebol e o constante assinalar de pretensas faltas perante descaradas simulações, para vir agora um político com truques de algibeira pensar que a “malta” é parva. Dito isto interrogo-me genuína e, se calhar, ingenuamente: será que Capoulas Santos acha que não se percebe a desastrada tentativa de calar a oposição?! Sabendo, como sabe, que ninguém ficaria com o ónus de agravar a situação do País (por razões táctico-eleitorais, mas também por sincero patriotismo), a insinuação é a de que ou a oposição avança para xeque-mate ou abandona o jogo, calando-se.

Artimanha básica, meu caro senhor… Há, no mínimo, dois caminhos que passam pelo meio desse fantasioso “beco do tudo ou nada”: o primeiro é o Governo declarar, sem mais novidades à sexta-feira, que nada tem a ver com o assunto, pondo, na passada, os representantes sem mandato na ordem.

O outro passa por Belém... Nada me tira da cabeça que Cavaco Silva adoraria ter o País em boa situação económica, a reeleição garantida e um PSD que já constituísse uma alternativa credível (será que é desta???). Pois, mas eu também adorava ganhar o Euromilhões e que a Académica vencesse o campeonato. Esse não é, contudo, o Portugal que, de facto, existe. Cavaco Silva responderá em 2011 pela atitude (activa ou passiva) que agora tomar. Espero, sinceramente, que a razão lhe assista!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Morte ao Sol (música dos GNR)

Os mais pequeninos lembram-se de quando os pais falavam da censura no país?
Pois, já não precisam de ouvir histórias, essa “coisa” pelo que percebo está de volta…

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A farsa

Depois de termos pensado um pouco sobre o que quereria dizer o episódio de alegada censura em torno de um artigo de Mário Crespo, eis que o “Sol” – que me aparece como uma fusão de “Tal & Qual” com “Independente” – nos revela escutas “laterais” do processo “Face Oculta” (o tal das sucatas), nas quais Armando Vara, Paulo Penedos e um administrador da PT, supostamente, debatem um plano de José Sócrates para adquirir o grupo detentor da TVI (através daquela empresa de telecomunicações, onde o Estado detém uma posição privilegiada) e, assim, silenciar noticiários adversos.

Ora bem, a primeira coisa que se me oferece dizer é que estamos atolados em processos e suspeitas. Mal vai um país que, a mais de estar em mau estado no que ao nível de vida respeita, ainda vive sem respeito e sem sentido.

Depois, em sede de abordagem política, creio que os partidos da oposição só podem mesmo acreditar que todos “nascemos ontem”. Vale isto por dizer que só mesmo em delírio ou ataque agudo de toleima podem os demais partidos pensar que a coisa se resolve com uma declinação da tradicional dicotomia “céu versus inferno”... Seria assim estilo “o Sócrates é mau”, mas todos nós (leia-se, PSD, CDS, PCP, BE e o inútil PEV) “somos bons e redentores”. Como se diz na América: “for God’s sake” (em bom português podemos sempre bascular entre um salvífico “pelo amor de Deus” ou um zoófilo “vão dar banho ao cão…).

A verdade é, senhoras e senhores, meninas e meninos, que se poderá ter passado pelos corredores do PS a ideia de amainar as noites televisivas de sexta-feira (o que, sendo verdade, é assunto sério) não menos se poderá dizer que o súbito ataque de pudor da oposição e subsequentes projectos de audições em sede de Comissão Parlamentar de Ética (parece ter ficado de fora a ideia de uma comissão de inquérito) também são fruto da sede de exposição mediática; resta saber se a dita o medo de que depressa se acabe o pluralismo informativo ou mesmo a tradicional ideia de que “apareço, logo existo”. Vou pela última hipótese…

De uma ou de outra, que vos não resta dúvida de que os “auditados” vão repartir-se entre o “sim, fomos muito pressionados” e o “não, não sentimos nada disso”…

Se não acreditam na minha acidez analítica, a ver vamos se não serão as “vedetas” de cada grupo parlamentar a protagonizar as inquirições. Ou julgava que seriam os anónimos deputados que fazem quórum na Comissão que iriam ter a sua hipótese de mandar beijinhos lá para casa?! Nada disso! Já quando eu passei por São Bento, sempre que o assunto envolvia câmaras de televisão lá vinha o estado-maior (lembro-me, por exemplo, da demissão do Ministro Pedro Lynce). A única excepção que me ocorre ocorreu aquando da saída de Marcelo Rebelo de Sousa da TVI; aí, suponho eu que devido ao incómodo, não havia ninguém com vagar para questionar Pais do Amaral (então, patrão da TVI e restante grupo).

Nesta fase, o que se perde é a capacidade de separar o que é judicial (e que deve ter o seu curso nos tribunais, doa a quem doer) e o que é carnaval…

E continuamos entretidos pela saga justiceira dos partidos, rezando para que nos façam esquecer de que, lá para Março (creio eu), os juros do crédito à habitação voltam a subir. De todo o modo, os bancos não se esquecerão…

Nice



Não podia deixar de partilhar.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mares encrespados

Um dos assuntos do dia (a não publicação de um artigo de Mário Crespo, no Jornal de Notícias), em si mesmo, não é novo… Estou seguro de que o Amigo Leitor já se lembrou de mais duas ou três situações desta sorte (como, por exemplo, a que lançou para a ribalta um discreto assessor presidencial), sendo altura de passar aos corolários de que me julgo capaz…

Em primeiro lugar - parece óbvio, mas vale a pena recordá-lo – tal turbulência mostra, cristalinamente, a força e a relevância dos media. Não são ingénuas as vozes que começaram a falar, de há anos a esta parte, num novo poder quase insindicável, que faz e desfaz vidas e carreiras (isto sem falar dos blogues, onde se desgraçam reputações, sem fundamento).

Depois, é preciso não esquecer que as próprias vedetas mediáticas estão bem cônscias da sua relevância e que estamos no país em que qualquer avançado (no futebol ou na vida pública) sabe que atirando-se para o chão ao menor “bafo” do adversário, haverá, com certeza, penálti.

No entanto, seria simplista subsumir o caso do artigo de Mário Crespo (disponível, designadamente, no sítio do Instituto Sá Carneiro) a estes comentários genéricos. A meu ver (visto que a minha Avó me proibiu de escrever “na minha óptica”…), a análise requer duas passadas: a primeira para sublinhar que o Director do JN invocou, como razão da não publicação, o facto de tratar-se de um artigo baseado em conversas escutadas num restaurante (que dariam azo a contraditório; seria um caso de “diz que disse”) e relatadas via correio electrónico (fonte rejeitada, pelos vistos).

Ora bem, cumpre dizer que muito me espantaria se o JN (o segundo diário mais lido em Portugal) se atemorizasse com a ira eventual do Primeiro-Ministro, embora já tenha visto de tudo... Por um lado, são várias as crónicas contundentes de Mário Crespo que já publicara naquele jornal (muitas visando José Sócrates) e, por outro lado, creio que haveria, caso assim fosse, um caso de temor reverencial patológico da parte do Director do JN, Pereira Leite.

Contudo, se, ao invés do que fica dito, algo se demonstrar, não apenas seria o regime democrático que estaria em causa, como existe uma instituição a quem incumbiria o dever de agir: o Presidente da República. Na minha opinião, por bem menos, o Presidente Sampaio ofereceu “um bilhete de ida” ao Dr. Santana Lopes.

O segundo aspecto do “caso” Mário Crespo que gostaria de olhar tem a ver com o facto de me parecer que mencionar “gente que ouviu o Primeiro-Ministro” como fonte é um eufemismo, sobretudo se considerarmos que, alegadamente, José Sócrates terá proferido os irados comentários em conversa com o director de programas da SIC, onde trabalha Mário Crespo. A grande questão é separar o desabafo da pressão, algo que só o interlocutor poderá fazer (isto deixando de lado aquilo que pode ter sido uma imprudência do Primeiro-Ministro, mormente tendo em conta os casos mais recentes, como o de Manuela Moura Guedes e outros).

Concluindo, uma certeza tenho eu: esta permanente torrente de suspeições e de confusões envolvendo media, partidos e Governo não deve ajudar nem à participação dos cidadãos, nem aos ratings da República e coisas do género. Torna-se cansativo e desanimador ver a vida a piorar e os políticos e jornalistas a servirem-nos intrigas como alimento!...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Em bom português


Quando a polémica estala, há sempre um sacrificado no Governo que vem à praça pública dar o corpo ao manifesto, numa tentiva de poupar o PM à lapidação. No mais recente "Caso Mário Crespo", Jorge Lacão veio a público não para recriminar a atitude do jornalista, não para refutar veementemente as acusações feitas por aquele ao PM e membros do Governo presentes no fatal repasto, mas tão-só para declarar que o Governo não se ocupa com calhandrices. O esclarecimento foi tão claro e conciso que os portugueses tiveram que recorrer ao dicionário. Veja-se, na imagem acima, qual a palavra mais procurada nos últimos dias no ciber-dicionário Priberam.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Shindelle

Imagine um país cujos recursos trouxeram mais sangue que desenvolvimento, imagine um país desorganizado ao ponto de a fibra óptica chegar antes do saneamento básico, imagine um país cujas desigualdades chocariam o mais insensível dos homens, imagine um país que apesar de tudo isto é pura e simplesmente fantástico. Não encontraria melhor forma de descrever Angola que conheci em Agosto passado, juntamente com o Diogo Gaspar e outros dez jovens, quando estive neste país pela primeira vez numa missão de voluntariado.

O mês que passei em Angola foi sem sombra de dúvida a melhor e mais marcante experiência dos meus curtos 19 anos. Angola marcou-me de diferentes formas, marcou-me pela coexistência de bairros de lata com imponentes mansões, de esgostos a céu aberto com carros blindados em Luanda, marcou-me pela beleza natural da foz do rio Kuanza, das cascatas de Calandula e das suas imensas planícies mas marcou-me sobretudo pelas pessoas conheci no Luau. Uma pequena cidade fronteiriça onde durante três semanas ajudei a montar uma biblioteca, a única no raio de centenas de quilómetros e a melhorar, dentro do possível, a formação dos professores primários da região.

Os angolanos que conheci ali não me ensinaram os grandes tratados da física ou da química, não me explicaram a infinitude do universo e muito menos as razões da minha existência mas mostraram-me uma forma completamente diferente de viver a vida e olhar o mundo. O sofrimento e as privações a que estas pessoas estão sujeitas vê-se nas expressões das mulheres mais velhas, no olhar das crianças ou mesmo nos cânticos que entoam nas missas. O que é surpreendente é que mesmo depois de terem sido discriminadas durante o colonialismo, de terem passado por uma terrível guerra civil e de se verem sujeitas às imposições de um estado profundamente manipulador e corrupto, estas pessoas conseguem sorrir e exteriorizar uma alegria sem paralelo, como que marginalizando todas as aspirações que aos olhos de um ocidental parecem indispensáveis, sejam elas uma carreira de sucesso ou um bom ordenado.

Nunca me esquecerei do respeito e da gratidão que estas pessoas demonstraram por mim de uma forma completamente espontânea, revogando qualquer sentimento de rancor ou raiva que julgava existir face aos portugueses. Da mesma forma que guardarei sempre na memória, a abertura com que os padres da missão católica do Luau me receberam mesmo sabendo do meu agnosticismo e o empenho e dedicação ímpares que colocam no trabalho que fazem para melhorar as condições de vida daquela comunidade.

Angola, não obstante todos os seus recursos e potencialidades, é um país que necessita de ser ajudado para que o desenvolvimento chegue a quem realmente necessita dele. No entanto, as missões de voluntariado não podem constituir a única forma de canalizar esta ajuda, é imprescindível que os nossos empresários e governantes colaborem não compactuando com os vícios do estado angolano, exigindo mudanças para que de uma forma gradual haja uma efectiva democratização quer do sistema político quer da distribuição da riqueza e do desenvolvimento.

p.s. shindelle quer dizer “branco” em tchokwe, a língua falada na província do Mochico, onde se insere a cidade do Luau. A foto foi tirada durante a viagem.

Momentos afortunados

No último sábado, tive a felicidade de assistir, no Teatro Nacional de São João, ao monólogo "O Ano do Pensamento Mágico" interpretado pela imensa Eunice Muñoz e encenado por Diogo Infante.

A mais do interesse do assunto, a rendição ao talento da maior actriz portuguesa é incondicional!

Agrado e interesse


Mesmo bom