quarta-feira, 30 de junho de 2010

Descubra as diferenças

Na denominada Zona Mista, ainda a quente, é certo, um sobranceiro jogador saiu-se com um "O que é que eu explico? Perguntem ao Carlos Queiroz!". Esse jogador foi Cristiano Ronaldo que, por sinal, é o Capitão de equipa.

Na mesma Zona Mista, um outro dizia "Não é só quando ganhamos que temos de mostrar união. Quando perdemos, perdemos todos". Palavras de Eduardo, gigante em campo e igualmente grande fora dele.

Boa pergunta...

terça-feira, 29 de junho de 2010

Homem do Jogo

Eduardo Mãos de Tesouro

O Mundial dos Árbitros

Jorge Larrionda [Alemanha vs. Inglaterra]

Roberto Resetti (Argentina vs. México)

Hector Baldassi (Espanha vs. Portugal)

Neste Mundial, os protagonistas não têm sido tanto os craques da bola, mas sim os senhores do apito. Errar é humano, mas resistir à ajuda das tecnologias permitindo estas fantochadas é lamentável.

À atenção da Rede Globo

Quando o futebol acabar para Capdevilla, espera-lhe uma promissora carreira de actor.

Adiós, Adieu...

Nuestros hermanos, é assim que eu vos quero ver:

fotografia do jornal Record

A Imprensa está de Luto [ou não..!]

Musa inspiradora do dia

Brites de Almeida, a padeira de Aljubarrota
foto d'aqui

Muito difícil, mas não custa tentar!...

Momentos em Durban

Vamos fazer uma rodinha?


Agora chega, porque é hora do lanche e há bolos!


Vá-se lá perceber o Pepe...


Ai sim?!

sábado, 26 de junho de 2010

Olha se o telefone toca!

Para a imprensa mundial, a paraguaia Larissa Riquelme já é aclamada como a fã mais famosa do Mundial da África do Sul.
Vá-se lá entender porquê...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Boa pergunta...

Santos (pouco) populares

Via Rtpn constato que o fogo de artifício do São João no Porto foi acompanhado de umas escolhas musicais muito tradicionais e típicas desta festa popular. Do "Samba de janeiro" ao "Funiculì Funiculà", passando por gospel com "Oh happy day" e, claro - este ano não podia faltar -, o som de fundo das vuvuzelas.

domingo, 20 de junho de 2010

Tapar o sol com a peneira

Esta iniciativa das deputadas socialistas em eliminar quatro feriados e transferir outros tantos de forma a evitar «pontes» é, a mais de ridícula, infrutífera. Se o móbil deste projecto de resolução é a baixa produtividade, não me parece que seja por aí que as coisas mudem.

O problema da produtividade em Portugal não se resolve com medidas de fachada, resolve-se na raiz do problema, e não creio que a falta de produtividade deste país se possa imputar apenas e só aos trabalhadores. Eu diria até que, tendo em conta o vencimento dos trabalhadores portugueses, o que estes produzem é, porventura, (proporcionalmente) superior ao que produzem os demais trabalhadores por essa Europa fora.

Mas, voltando ao projecto, se o que se pretende evitar são as «pontes», então basta que o governo em função não as conceda. Desse modo, se um trabalhador quiser fazer «ponte» terá que pôr o dia de férias. Mais fácil é impossível. A menos, claro, que o governo em funções se acobarde. É que a julgar pelo que sucedeu, em tempo idos, com o carnaval de Cavaco Silva... as reacções dos portugueses não serão pacíficas.

E percebe-se porquê. Há que ter em conta que a mobilidade dos feriados não mexe só com o calendário. Implica uma certa interferência na história de um país, nas comemorações de uma comunidade, no costume, na tradição de um povo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Que mal fiz eu a Deus?

Se vem ao Mundial, traga fé

E pronto, instalou-se a depressão colectiva e voltámos a pensar na crise, depois do trapalhão tropeção de ontem contra os “Elefantes”…

Todavia, como é recomendável para todos os que desejam comunicar e não são ilegíveis o suficiente para ganhar o Nobel da literatura, comecemos pelo início: o jogo com a Costa do Marfim foi, de facto, mal jogado, faltando criatividade e inteligência para romper a teia bem urdida por Eriksson (sem curarmos sequer de adjectivar o consulado de Queiroz, sublinho). Para quem foi ao estádio, ainda por cima, houve a novidade que terá destruído o mito africano de muitos: um frio de rachar!

Vendo bem as coisas, Itália, França e Inglaterra também começaram aos solavancos e no nosso grupo tudo continua em aberto, com a familiaridade aconchegante para nossa idiossincrasia nacional de, mais uma vez, estarmos aflitos…

Entrando nos bastidores da epopeia, todavia, a história não é tão convencional, já que ao invés do que aconteceu com outras selecções nacionais (México e Grécia, ao que se diz, e África do Sul, com toda a certeza), a nossa esquadra decidiu não se misturar livremente com a comunidade portuguesa, limitando-se a uma aparição relâmpago num jantar, em que cada degustação ficou por um pouco mais de quinhentos euros por pessoa. Soubessem os dirigentes federativos (ilibo os jogadores que, com exemplo de cima, fariam diferentemente, estou certo) o quanto os portugueses emigrados se emocionam com qualquer “aroma” do seu Portugal (houve quem se comovesse com o simples contacto com um agente da PSP…) e corariam de repúdio pela sobranceria exibida. Mas nós, a espaços e quando temos lugares proeminentes, somos assim: pequenos, narcisistas e insensíveis…

Por fim, uma palavra para os que, mesmo menos alegres, ainda se desloquem para assistir aos embates com a Coreia do Norte (a democracia preferida do jovem-idoso comunista Bernardino Soares) e, sobretudo, com o Brasil: venham, porque a África do Sul está longe do retrato pintado em Portugal e na Europa, em geral.

Um país encantador, de gente simpática (quer os locais, quer a comunidade portuguesa, que o ajudará em tudo, mesmo que o não conheça de parte alguma) e com todas as comodidades e mais algumas (das estradas aos hotéis, dos centros comerciais às telecomunicações, e por aí fora…).

Quanto ao crime – o assunto mais debatido – se é certo que, por exemplo e principalmente, Joanesburgo tem áreas pouco recomendáveis, não é menos certo que não há nada nessas zonas que recomende a sua presença (excepto a Art Gallery que, mesmo assim pode visitar-se, embora com um arrepio na espinha) e que a polícia sul-africana está a fazer um trabalho meritório, patrulhando incessantemente todas as áreas (assim o façam depois do Mundial, digo eu). Acresce que Portugal, nesta fase, joga em cidades bem mais tranquilas.

Em suma, venha sem medo e, acima de tudo, com muita fé, pois é algo de que a nossa Selecção necessita…

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Orelhas moucas

O senhor Presidente bem aconselhou as gentes a fazer férias por cá, mas parece que os portugueses (os que ainda podem fazer férias!) fizeram ouvidos de mercador. Os inquéritos entretanto feitos mostram que um terço da população vai sair do país para veranear. E a própria imprensa dá uma ajuda, já que não se coíbe de anunciar as melhores praias da vizinha Espanha. Como se por cá não houvesse areal e Atlântico que chegue para todos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Já dizia o [visionário] Eça, em 1871...


in "As Farpas", Crónica Mensal da Política, das Letras e dos Costumes
Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão
Coordenação de Maria Filomena Mónica
Edit.Principia, 3. Edição, pág. 312

O trigo e o joio

Perante a actual conjuntura da economia mundial a tenda do “alarmismo” está montada e sucedem a um ritmo alucinante cenários apocalípticos descritos por alguns economistas. E aí há aquela máxima da sabedoria popular que diz que temos de “separar o trigo do joio”.

É que os indicadores macroeconómicos estão para os economistas como um texto está para dois advogados, sobre os mesmos dados dizem coisas completamente diferentes, cada um emite o seu parecer (sem desprimor para nenhuma das áreas do saber, até porque passei parte significativa da minha vida numa Faculdade de Economia).

Isto vem a propósito de há alguns dias, na Fnac/Coimbra, ter folheado o livro de um economista espanhol, Santiago Becerra que aborda a crise de 2010. Aparte o sensacionalismo da escrita, diz este autor que a crise é sistémica e que 2010 será o fim do capitalismo tal como a "crise de 1820" terá sido o fim do "mercantilismo", identificando um conjunto de “sistemas” que tiveram um ciclo de vida de aproximadamente 250 anos/cada.

Escreve ainda que os reais impactos da crise só se sentirão a partir de 2010 e que serão profundos e duradouros, atingindo principalmente a classe média (e aqui estamos "nós" outra vez tramados, como sempre!).

Ora, não dando razão nem colocando em causa o parecer deste professor catedrático (até porque nem tenho preparação para tal!) há um conjunto de dados concretos sobre esta crise e para esses não há “Sócrates” que os consiga desmentir.

Vemos países com défices excessivos, o desemprego a galopar, crescimentos económicos pouco significativos ou mesmo negativos, períodos conturbados nos mercados financeiros, enfim, o far west onde se substitui os duelos de pistola por duelos argumentativos que colocam em causa ou o sistema económico pelo qual nos regemos (Karl Marx deve estar a dar voltas no túmulo!), ou a maior/menor incompetência dos nossos políticos. Penso que devemos abrir ambos os flancos do debate.

Pelo nosso sistema económico:
O Capitalismo é mau? – Sim.
Promove injustiças? – Sim.
Há melhor? – Pois, se há que mo digam. Se continuar a defender a propriedade privada dos meios de produção, a existência de mercados livres e a liberdade de iniciativa dos seus cidadãos, é de estudar.

Pelas nossas lideranças:
Será que estão preparadas e têm o carisma e a inspiração necessárias para os desafios de hoje? – Tenho dúvidas.
Têm a sabedoria e a visão para criar, executar e tomar as decisões necessárias? – Não o têm demonstrado.
Temos líderes carismáticos, inspiradores? – Se olharmos para a Europa, Não! Não se encontra uma liderança política de peso e ninguém que se tenha destacado nos últimos tempos. E a razão parece-me simples, todos são líderes nacionais e não europeus. Antes de olharem para a Europa como um “todo” olham primeiro para a sua “quinta”.

Por norma às crises estão sempre associados períodos de mudança. Esperemos que, como dizem os estrategas, por detrás de uma ameaça esteja uma oportunidade latente. Só temos é de nos posicionar por lá! Seja revendo a nossa organização económica – social e/ou melhorando os nossos líderes. Eu começava pela segunda.

terça-feira, 15 de junho de 2010

«Era importante não perder»


Palavras de Paulo Ferreira (o pior em campo, cumpre dizer) no final do jogo. E não se bastando com isso, ainda acrescentou: «Conseguimos empatar, não foi mau». Para mim, mera espectadora, isto resume o pensamento pequenino e a falta de coragem dos nossos incríveis, que nesta estreia foram tudo, menos incríveis. É certo que o adversário não ajudou, mas isso era já de esperar, havia que contornar as coisas...

Agora segue-se a Coreia do Norte, equipa na qual alinha um jogador que, curiosamente, contraria este espiríto tacanho. Disse, há dias, que «se entramos em campo a achar que um empate é melhor que uma derrota, perdemos de certeza. Queremos jogar para ganhar». Se alguém conseguisse meter isto na cabeça dos jogadores portugueses, dava jeito. Mas isso pressupõe que eles tenham cabeça, e a julgar pelo que hoje se viu, têm - salvo as devidas excepções - muito pouca.

* Na foto acima temos, a meu ver, o homem do jogo;

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Bom momento de entretenimento

Provas da "sua" verdade

Creio que numa iniciativa inédita em Portugal, Carlos Cruz lançou um site pessoal onde disponibiliza o processo Casa Pia e responde a perguntas dos portugueses. O objectivo é que as pessoas possam consultar os elementos documentais e que afiram a inocência do apresentador.

Pessoalmente sempre lhe dei o benefício da dúvida. Nunca o "condenei" mas também nunca o "absolvi". Infelizmente para o próprio, independentemente daquela que venha a ser a decisão do tribunal, creio que a dúvida se manterá para esmagadora maioria da opinião pública.

Apesar de não colocar as mãos no fogo, o meu feeling (agora com a música dos BEP, os feelings estão na moda!) sempre recaiu mais para a sua inocência. Talvez porque sempre duvidei da veracidade dos testemunhos de "miúdos" que apesar de abusados, a ingenuidade e inocência há muito que foi perdida. E segundo consta, as únicas provas que têm contra Carlos Cruz são testemunhais.

Por outro lado, acreditar numa conspiração desta magnitude tendo como alvo um apresentador de televisão sempre me pareceu demasiada ficção.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Que barraca..!


Na Austrália, os preparativos para a visita do Presidente Obama deram numa valente barraca, já que a loja do parlamento local pôs à venda exemplares como o da foto acima. Entretanto a visita de Obama até foi cancelada, não pelo incidente de merchandising, mas devido à crise ambiental no golfo do México. De qualquer forma, há dois sortudos que ainda foram a tempo de comprar uma caneca destas, já que as demais foram, entretanto, destruídas.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Aviso à Navegação

Alguns de vós, leitores, já devem ter reparado que ultimamente alguns textos por aqui são comentados em caracteres como o da foto acima, sendo que isso não significa propriamente que o Lodo seja lido na China. Trata-se de spam, cuja regularidade chateia (sobretudo para quem os tem que apagar...) e, por isso, a única forma de travar estas chinesices é mesmo a de recorrer à verificação de palavras na caixa de comentários. É chatinho, bem sei. Sobretudo porque muitas vezes as letras da palavra a transcrever estão pouco definidas. Mas tem que ser.

Para mais tarde recordar


Enquanto os «incríveis» foram lançados aos leões, numa tarde de folga com direito a um safari nos arredores de Joanesburgo, o seleccionador nacional, o director desportivo da federação e Cristiano Ronaldo tiveram a singular oportunidade de confratenizar com Nelson Mandela, ao que se sabe, a convite deste.

O convite é curioso, sobretudo porque havia sido noticiado que durante o Mundial o mítico estadista não iria dar entrevistas, tampouco receber visitas. Mas ao que parece, houve excepções. E nem mesmo os 91 anos e o delicado estado de saúde de Mandela o vão impedir de marcar presença no jogo de abertura do Mundial, que terá lugar amanhã entre a África do Sul e o México.

Adenda (11/6/2010): Afinal Mandela acabou mesmo por falhar o pontapé de saída do Mundial, devido ao acidente que vitimou a sua bisneta na véspera, uma tragédia que obrigou a uma mudança de planos.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Quando o feitiço se vira contra o feiticeiro


Ainda a propósito das inúmeras escolas cuja morte este Governo já ditou, ouvi hoje que entre elas está aquela que foi considerada uma das mais modernas e inovadoras escolas primárias do Mundo. A EB1 de Várzea de Abrunhais, em Lamego, também não escapa à medida, uma vez que apesar de ser escola-modelo, conta apenas com 16 alunos neste ano lectivo.

A escola havia ganho o prémio da Microsoft por contar com um projecto inovador no campo da utilização das novas tecnologias, com o recurso ao famigerado Magalhães, ex-libris da governação de Sócrates. Mas isso não bastou para que fugisse à regra do encerramento de escolas com menos de 21 alunos, anunciada há dias pela competente Ministra.

Mesmo que o projecto ali desenvolvido seja aplicado ao novo Centro Escolar, parece-me que esta insistência na centralização dos serviços educativos num só local, a mais de quase desumana, potencia a desertificação das aldeias do interior, que no caso do concelho de Lamego resulta no abandono de mais de 30 escolas das várias freguesias.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Cavaco a “Mudar”

Este fim-de-semana mostrou uma nova postura de Cavaco Silva como presidente da república. Conclui-se que Cavaco percebeu (tarde) duas coisas (evidentes há muito tempo):

  1. O governo do PS não vai imitar o governo do PSD (com o primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva). O PS não vai apoiar uma recandidatura ao segundo mandato de Cavaco, assim como o PSD fez a Mário Soares
  2. O votante/apoiante/militante da/do esquerda moderada/centro/direita está descontente com a postura dos últimos anos do presidente Cavaco.

Assim, o presidente Cavaco só tem uma alternativa para esta recta final às presidenciais: mudar!... e por isso até já anda a “puxar dos galões”!!!

À atenção do Futebol Clube do Porto

Sinal utilizado na África do Sul, que indica a proibição de vender FRUTA em algumas estradas...

domingo, 6 de junho de 2010

A dieta do estado!

O estado está pesado. Actualmente e com as facilidades que a internet introduziu no dia-a-dia das pessoas, já nada justifica que o estado tenha tantas pessoas...

É necessário fazer (hoje!!!) um plano a 30 anos, com todos os partidos políticos com assento na Assembleia da República, que preveja o “emagrecimento” do estado.
Naturalmente que a solução não está em atitudes como as que o governo quer tomar relativamente às escolas com poucos alunos: ver aqui e aqui.

Tudo o que entendo ser correcto nesta matéria, não passa pelas reformas antecipadas e pela dispensa de tarefeiros/estagiários que o estado abusivamente vai contratando.

A solução está em contabilizar as saídas (naturais) da função pública para a reforma e, nos serviços em que for possível, compensar com serviços on-line ou mecanizados nos “balcões” do estado.
Ainda se lembram da quantidade de funcionários no atendimento de um banco?... e sempre com muitas filas???
Pois sim, actualmente faz-se quase tudo em máquinas do tipo multibanco. Apenas temos alguns (poucos) funcionários (sempre muito simpáticos) a orientar as nossas tarefas.

Temos de acarinhar e tranquilizar a função pública da actualidade… mas temos de alterar os perfis para a admissão dos futuros quadros da função pública… as necessidades vão ser previsivelmente diferentes.

Só assim entendo o sentido da distribuição de Magalhães pelas crianças, preparando-as para um futuro modo de vida de Portugal…

sábado, 5 de junho de 2010

Viva a Escola!

Em Outubro transacto, aquando da apresentação do novo Governo, congratulei-me aqui com a escolha da sucessora de Maria Lurdes Rodrigues, na pasta da Educação, entregue então a Isabel Alçada. Sucede que se até há bem pouco tempo não havia grandes motivos para falar (mal) da sua actuação, no espaço de uma semana duas medidas anunciadas fizeram-me estremecer.

A primeira delas já se abordou aqui no blog, tem que ver com o encerramento das escolas com menos de 21 alunos pois parece que, segundo o Primeiro Ministro, estas crianças ficam votadas à exclusão. As desculpas que se arranjam! Eu cá fiz a terceira classe com apenas uma colega, integradas na turma da 4.ª classe que, no total, não devia superar uma dezena e isso não fez de mim, que eu saiba, alguém socialmente excluído...

A outra medida passa pelo empurrão do Governo aos miúdos do ensino básico com 15 anos que, coitadinhos, sofrem tanto no 9.º, toca a passá-los directamente para o 10.º! Isto é que é dar-lhes sentido de reponsabilidade. E depois ainda ousam denominar a medida de "incentivo".

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Bernadino, "o Visionário"

Em 2003, o então e ainda líder parlamentar do PCP animava as hostes proferindo a seguinte frase lapidar: «Tenho dúvidas que a Coreia do Norte não seja uma democracia».

A História, como sempre na óptica do PCP, seguiu o seu movimento dialético e confirmou a visão estratégica do envelhecido jovem parlamentar. Falo das declarações do seleccionador norte-coreano, Kim Jong-Hu, que instado pela revista "WorldSoccer" (edição especial para o Verão de 2010) a comentar a importância do apoio de Kim Jong-il (aka "O Querido Líder"), respondeu: "Kim Jong-il deu-nos muito apoio. Ele é o líder do nosso país e, quando pode, vai ver-nos jogar e apoia-nos sempre. Não poderiamos ter-nos qualificado para o Campeonato do Mundo sem o seu apoio" *.

Está assim atestada a liberdade de opinião que confirma as quase-certezas do nosso Bernardino!

* Tradução nossa.

Bonito filme!

Filme sobre os últimos anos e a fase ideológica do imenso Leão (Lev) Tolstoi.

Cores

Pôr-do-sol na zona de Hartbeespoort Dam, África do Sul

África clássica

No passado dia 2, tiver ocasião de assistir a um concerto pela Orquestra Filarmónica de Joanesburgo, no Linder Auditorium da Universidade de Wits, em Joanesburgo.

Do programa constavam:
  • Trittico Botticelliano, de Respighi - uma novidade para mim, tendo gostado pela harmonia dos sons, quase que ilustrando a melodia.
  • Concerto para piano n.º2 , de Saint-Saëns - arrebatadora interpretação do jovem (20 anos) solista convidado, Chung Wang, a merecer quatro (!!!) ovações de pé e obrigado a um encore.
  • e a famosíssima 5.ª Sinfonia, de Beethoven - momentos de puro regalo, com uma orquestra muito bem conduzida pelo maestro Bernhard Gueller.

Creio que ganharam um espectador regular!...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O supra-sumo do raciocínio…

Lê-se aqui: http://www.ionline.pt/conteudo/61967-pcp-contra-reducao-numero-deputados-reduzir-pluralidade
(…)
O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, rejeitou hoje a necessidade de reduzir o número de deputados à Assembleia da República, frisando que qualquer redução traduzir-se-á em maior representação do PS e do PSD e diminuirá a pluralidade.
“Não há nenhuma forma, ao contrário do que alguns dizem, de reduzir o número de deputados e permitir manter uma pluralidade que hoje existe na Assembleia da República”, afirmou Bernardino Soares.
Para o deputado, a “única redução de deputados que beneficiará o país” seria uma redução dos que “têm apoiado a política de direita”.
(…)

Alguém que me explique por favor o raciocínio deste senhor deputado!!!
Por um lado a redução de deputados é prejudicial porque reduz a pluralidade na assembleia da república… por outro lado, só seria justa se implicasse uma redução de deputados que “têm apoiado a política de direita”…

E esta hein?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

“A minha escola”

“A minha escola fica muito longe da minha casinha. São 6 da manhã. Faz muito frio. A minha tia leva-me pela mão até ao centro da aldeia para o autocarro do senhor Mamede. Comigo vão os meus amigos, Sarinha e Gonçalo, todos os dias durante quase 3 horas. A estrada tem muitas curvas.
A minha escola é numa cidade muito grande onde não conheço ninguém. Chego sempre à escola às 9 horas. A minha professora chama-se Dulce. Eu gosto muito da minha professora. Ela ensina-me os números e as letras. Depois fazemos desenhos, trabalhos e testes no Magalhães.
Saio da escola por volta das 5 da tarde. Chego a casa às 8 para jantar. Depois de ajudar a arrumar a cozinha, faço os TPC.
Quando adormeço, sonho sempre muito com a minha escola… e até sonho com o Magalhães, mas o meu maior sonho era ter uma escola perto da minha casa…”

Composição de um miúdo com 8 anos em 2011…

Belenenses… e outras coisas…

Conheço o João Pinho de Almeida (JPA) da televisão… da política. Nunca o associei ao Belenenses. Agora, pela comunicação social, percebo que é do Belenenses desde pequenino…

Outra coisa que não lhe reconheço, é experiência profissional… isto é, se não contar com a política. De facto, e da breve pesquisa que fiz no Google com o seu nome, noto que fez parte de algumas comissões parlamentares relacionadas com o ambiente e a energia (acho?). Pois bem, se isso contar, então tem uma vasta experiência profissional.

Gosto muito de política. Sempre acompanhei e tentei, dentro de algumas limitações regionais e pessoais, estar a par dos assuntos do estado e das decisões que os políticos (com ou sem experiência) tomam para o bem da nação.
Posso estar a cometer um erro crasso… pois como referi inicialmente, não conheço nem acompanhei ao detalhe o percurso profissional do JPA.

No entanto, acho que o país precisa actualmente de jovens na política mas com mais experiência profissional do que política… e provavelmente o Belenenses, também.
… o mesmo se aplica a Bernardino Soares (excepto a parte do Belenenses)!

Quero o meu Porche!

"Não sei para que é que querem gastar dinheiro no TGV se podem perfeitamente oferecer um Porche a cada português gastando menos."

Luís Campos e Cunha, ex-Ministro das Finanças

A "massa" do povo

A entrada em vigor do Código dos Contratos Públicos (DL 18/2008) trouxe um conjunto de inovações no que toca à matéria da contratação pública. Uma delas, inerente ao princípio da transparência prende-se com a obrigatoriedade de publicação, num Portal criado para o efeito e acessível ao cidadão comum, de uma ficha de ajuste directo para todos os procedimentos cujo valor contratual seja superior a 5.000€ (s/IVA).

Deixando de lado a parte legal, o tratamento deste tipo de informação pode dar um oásis político e/ou jornalístico. O exemplo do que acabo de escrever é o destaque da revista Sábado.

Tendo por base conteúdos do Portal dos Contratos Públicos, a Sábado resolveu dar à luz um conjunto de despesas do Estado consideradas (e bem!) supérfluas. Há de tudo, desde concertos do Tony Carreira e Quim Barreiros, passando pela degustação de Espumante (vá lá, não é Champagne!), flores para a futura residência de Passos Coelho, combustível para a elevada frota automóvel, decorações de Natal, entre muitas outras...

Aparte o impacto que tais despesas teriam no controlo do deficit, a conclusão a retirar é que andam a gastar a “massa do povo” em demasiadas festas quando a época é de sofreguidão.

Quem quiser surfar pelos ajustes directos feitos por este país fora é só ir a www.base.gov.pt.