quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Triste Poeta Alegre

Que Soares não foi correcto, já não seria novidade para quem goste de prosa, mas Manuel Alegre
- se tinha razões, candidatava-se.
- se não tinha, calava-se.
Arrastar "novelas" e falar em linguagem cifrada, tirando meia dúzia de intelectualóides, descredibiliza tanto a política como os aparelhos partidários contra os quais se vocifera, e bem, hoje em dia.

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

Que seria de nós sem ele?...

Afinal, depois de eventualmente acometido de um surto febril, o prof. Carrilho recuperou o seu normal "ziguezaguear", senão leiam no mesmo DN, um dia depois:
"Tenho um alinhamento claro se Mário Soares avançar, terá o apoio de todo o PS. É um apoio indiscutível de todos os socialistas. Há cerca de um ano, numa entrevista da Judite de Sousa, falou-se nessa possibilidade e eu disse o mesmo", afirma Manuel Maria Carrilho num comunicado em que reage à manchete do DN de ontem, que reproduzia declarações suas nas quais manifestava reservas à candidatura de Mário Soares a Belém.

(...)
Ontem, o candidato socialista à Câmara Municipal de Lisboa desdobrou-se em declarações reiterando o seu apoio a uma eventual candidatura presidencial de Mário Soares.
Que seria de nós sem ele?...

terça-feira, 9 de agosto de 2005

Não é possível dizer asneiras toda a vida

Vejam bem que até os profs. Carrilho e Prado Coelho já dizem coisas com acerto, a acreditar no que os meus olhos vêem no DN de hoje:

Na opinião de Carrilho, a candidatura de Soares é "um mau sinal do sistema político português". Porque, segundo o ex-ministro da Cultura dos governos de António Guterres, "num sistema semipresidencialista", o PS podia e "devia ter tomado a iniciativa". Manuel Maria Carrilho acrescenta também que chegou a conversar com José Sócrates sobre a possibilidade e até a necessidade de o PS resolver o assunto pelo menos "um ano antes" das eleições presidenciais [Janeiro de 2006]. No fundo, diz ao DN, era possível que o PS "produzisse um candidato" presidencial sem ter de recorrer ao antigo presidente da República. Apesar de não comentar argumentos como o da idade de Soares (que faz 81 no fim deste ano), Carrilho alerta para um factor a exposição mediática a que o ex-presidente irá ficar sujeito. "Os media vão mostrar um candidato em condições físicas muito diferentes do outro candidato", sublinha.
Um raciocínio que é acompanhado por Eduardo Prado Coelho, escolhido por Carrilho para primeiro suplente da lista à CML. "Mário Soares é uma solução que os militantes do PS vêem com muito bons olhos, mas que o cidadão normal nem sequer leva a sério", afirma Prado Coelho ao DN. "Já se viu, é uma repetição, um regresso ao passado", acrescenta.
Palavras para quê?

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

Descoberta da pólvora

Ouvi o Presidente da Câmara do Fundão chamar a atenção, com rara sobriedade dadas as circunstâncias dramáticas, para três pontos, em que me parece carregado de razão:
  1. A moldura penal para o "fogo posto" tem de ser agravada.
  2. Não podem saír em liberdade os acusados por este crime.
  3. Se o resto não resulta, há que dar competências às autarquias para a limpeza coerciva das matas.

De facto, por que é que isto se não faz? Será assim tão inusitado o que Manuel Frexes, com frontalidade, propõe?

Prefiro não acreditar na tese dos "interesses".

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

E cá, não?!

No DN de hoje pode ler-se:
"Ucrânia Lugares de deputados à venda
Os partidos políticos ucranianos estão a vender lugares de deputados nas suas listas para as eleições legislativas, previstas para Março de 2006 , por valores que atingem milhares de euros. A denúncia partiu ontem do Comité de Eleitores da Ucrânia. "Todos os partidos políticos estão neste momento em negociações e o preço sobe à medida que se aproxima o escrutínio", explicou o porta-voz da organização não governamental, Olekandr Tchernenko, que diz estar céptico quanto à possibilidade de esta prática ser abandonada nos tempos mais próximos. Os assentos parlamentares são nesta antiga república soviética muito cobiçados devido ao facto de os deputados gozarem de imunidade parlamentar e por causa das possibilidades de exercerem influências na área económica."
Como é que farão? Telefonam aos secretários-gerais a perguntar o que é preciso para o fulano A, B ou C ser deputado?...

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

O PSD tem emenda?

Desde que fui colocado pelo dr. Santana Lopes na lista de dispensados para a nova temporada (atitude que acatei respeitosamente, algo que farei até que me "chegue a mostarda ao nariz"), que a minha opinião é mais desprendida de "linhas editoriais".
Por isso, ao mesmo passo que aplaudo Carmona Rodrigues, também não posso deixar de lamentar que o PSD continue a comportar-se como uma máquina trituradora de valores emergentes, e que a geração dos 40/50 anos do partido seja um eucaliptal que só deixa brotar outras existências se estas não lhes fizerem sombra ou, em alternativa, rastejarem a seus pés.

Em suma: Ana Sofia Bettencourt (que notável trabalho na juventude e na sociedade da informação!!!) e António Proa deveriam ser vereadores.