quinta-feira, 31 de maio de 2007

E quem é que mexe os bonecos?

Confesso que eu próprio andava com complexos por achar que podia estar com uma anti-mendite obsessiva, pois, nos últimos tempos, creio que o dr. Marques Mendes anda pouco feliz na condução do PSD...

Todavia, ao ler a "Visão", de hoje, acabo por perceber que, bem vistas as coisas, eu sou um "querido" para o Premier do meu partido.

Efectivamente, a revista decidiu ouvir vários psicólogos e psiquiatras sobre as figuras de proa da nossa política. Sem comentários meus, eis excertos do que se diz sobre Luís Marques Mendes, a começar pelo título: "Marques Mendes - A necessidade de afirmação; O líder laranja revela-se 'pouco firme'".

Mais adiante: "Coimbra de Matos diz que Marques Mendes lhe parece 'um boneco dos matraquilhos'.'A ideia que dá é que se deixa manipular ora por uns ora por outros. Não parece muito firme na sua liderança', justifica. João Cabral Fernandes tem uma opinião semelhante. Vê-o como um 'saguim que vai trepando a todos os galhos que escolhe ou que lhe indicam' ".´

A coisa piora, se lermos a opinião de José Carlos Coelho Rosa: " '(...) Está cego por uma doutrina e cego, sobretudo, pelo ódio e pela raiva. Mas é inconsequente, roda a espada no ar, em vez de a usar para lutar', acrescenta".
Com a advertência de que, provavelmente, haverá sanções disciplinares para quem leve uma bola ou amendoins para o conselho nacional, espero, do fundo do coração, que a superficialidade destas análises as leve a provarem-se erradas.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Tens razão, Zé!

Lê-se no Diário de Notícias on-line, de hoje:
Depois do prolongado encontro (duas horas e quarenta minutos) com Vladimir Putin, Sócrates fez questão de enfatizar que domínios como a democracia e os direitos humanos "devem ser discutidos com abertura e franqueza, mas sem ter a pretensão de dar lições aos outros: nem a Rússia à Europa, nem a Europa à Rússia". Putin, então, não podia ter sido mais claro: "Há prisões e torturas em vários países Europeus, há problemas com os meios de comunicação social, e países que têm leis de imigração contrárias ao direito internacional".
Depois disto, resta congratular-me com o facto de Sócrates só ter levado 2h40 para perceber o que custa a entrar na cabeça de muitos governantes europeus e que nunca sequer iluminou as mentes americanas...
A meu ver há, por isso, que sistematizar algumas observações:
  • A Rússia vai ressurgir como potência mundial. As suas reservas energéticas (que Putin usa com mestria, no plateau internacional) e o elevado grau de qualificação dos recursos humanos russos (um exemplo interessante a par do que se passa na Índia) garantem, assim o Estado continue a pôr os oligarcas da era Ieltsin en su sitio, que a "Mãe Russia" vai voltar.
  • Na sua história, o País jamais foi democrático, excepto no pós 1991, se de democracia se pode falar no país dos czares e dos soviéticos (embrenhar-nos-iamos numa enormérrima discussão sob a forma do regime, desde logo com a polémica entre constitucionalistas e sociólogos sobre os requisitos da democracia).
  • A Rússia é o mais extenso Estado do mundo, tem dezenas de etnias e outros tantos conflitos potenciais, dentro das suas fronteiras (a Tchechénia é apenas o mais visível).
  • Se Moscovo for forte, temos contra-peso a Pequim e Nova Dehli, economicamente falando, e moderação na Ásia Central e no Cáucaso, de um ponto de vista do radicalismo islâmico (tem piada que a ONU ande entretida a propor a independência do Kosovo, mostrando que não aprendeu nada com a insana "cóboiada" que os americanos armaram no Afeganistão, com o pretexto de ganharem mais uma das bandeiras em disputa na Guerra Fria).
  • O melhor que pode esperar-se a Leste é ler-se que "diz que é uma espécie de democracia", sugerindo-se o aplauso ocidental, como bem entendeu o nosso Premier.
  • Embora eu seja "pró-ocidental" (seja lá o que isso for) e adepto do modo anglo-saxónico, quando se bate o pé no Kremlin, evita-se que a euforia de Washington resvale para a histeria.

Em suma, creio que José Sócrates já viu o filme. O trabalho vai ser explicá-lo aos "Mários Linos" deste Governo...

P.S. (salvo-seja): oferece-se um fim-de-semana no Gulag a quem souber a posição do PSD sobre o assunto(a invenção a partir do nada deve ser punida).


Recomendo!


segunda-feira, 28 de maio de 2007

81 anos sem parabéns

28 de Maio de 1926...

Acabava a I Republica (em boa hora, digo eu) e começava... (completar a gosto)
Nota: fotografia do General Gomes da Costa, lider do golpe militar que, mais tarde, entronizaria aquele senhor que ganhou "Os Grandes Portugueses".

terça-feira, 22 de maio de 2007

Charrua e a denúncia lavrada

"Dividir para reinar" sempre foi um lema clássico da ciência política, desde tempos imemoriais.
Hoje em dia, parece ser um dogma de fé do nosso Estado laico.
Atenho-me, por ora, num caso concreto: ainda há não muitos dias, tivemos a notícia de que o Governo exortava os funcionários a denunciar casos de corrupção na Administração Pública, a propósito da edição do guia "Prevenir a Corrupção", pelo Ministério da Justiça.
Até aí, tudo bem... A conduta é um imperativo ético e o locupletamento individual à custa de bens de todos é censurável.
Porém, look closer.
Em primeiro lugar, voltamos à eterna mulher de César (nunca vi senhora tão requisitada...); tal seria um estímulo bem aceite numa sociedade anglo-saxónica ou nórdica, em que o bem-estar comum é algo para que os cidadãos entendem que devem contribuir e de que, pela generosidade das oportunidades de melhorar a sua qualidade de vida (mormente no primeiro caso) ou pela excelência das prestações sociais (prima facie no segundo ambiente), usufruem efectivamente.
Ora, Portugal é um país onde se desconfia (com ou sem razão) de que nem todos os que passaram, estão de passagem ou se eternizam nos lugares políticos e/ou da Administração Pública (em sentido estrito) conseguem explicar a sua fortuna (ou a dos familiares próximos) à luz de salários, dividendos ou heranças do círculo familiar mais chegado, seja aquela feita de betão luso, negócios brasileiros (e garanto-vos que não me dirijo apenas a simpatizantes de um só partido) ou notas a bronzear-se num offshore tropical.
Em segundo lugar, falamos de uma sociedade em que a inveja vence a apreciação do valor de terceiros e em que o compadrio oblitera o mérito. Pedir que se denuncie, eventualmente, um colega é apontar a mira para quem ousar cumprir mais do que o expediente, sendo um verdadeiro assalto à diligência (aqui entendida como qualidade e não como transporte, sublinho).
E como se de provas necessitássemos, leio que o ex-Deputado Fernando Charrua foi suspenso das funções que exercia na DREN (Direcção Reginal de Educação do Norte), há quase 20 anos, por ter contado ao colega de gabinete uma anedota sobre a licenciatura de José Sócrates.
Vamos por partes: por um lado, conheço bem o dr. Fernando Charrua e se ele afirma que contou apenas uma piada, não vejo por que há de valer mais a palavra do colega que, ao que sei, alegou algo de mais ofensivo. Fernando Charrua é um profissional competente e foi daqueles deputados que nunca se negou ao que quer que fosse, desde debates em plenário, passando por trabalho de comissão ou mesmo pelas audiências que se concedem a pessoas e entidades exteriores e para as quais muitos se mostram indisponíveis. Acresce que muito do que sei sobre Educação foi com o dr. Charrua que aprendi, já que, mesmo nos momentos mais assoberbados, nunca faltaram a sua disponibilidade e a sua amizade.
Por outro lado, é preciso verdadeiro espírito de lacaio e uma pitada de cretinice por parte da Directora Regional, Margarida Moreira (pode processar-me criminalmente, se fizer favor), para, no País da sátira (ganhamos muito, mas rimo-nos muito), onde já circularam milhares de e-mails sobre a confusão em torno da licenciatura do Primeiro-Ministro, suspender um dos mais valiosos colaboradores da DREN.
Diz a Directora Regional que "o sr. primeiro-ministro é o primeiro-ministro de Portugal" (in "Público", de 19 de Maio). Digo eu: haverá melhor prova da subserviência da dirigente que prefere o "bufo" ao trabalhador?! Para dizer uma evidência, usa duas vezes o cargo e ainda faz a vénia acrescentando "senhor"...
Por último, aposto convosco que José Sócrates nunca encomendaria um frete destes, antes se suspeitando de vulgar "graxa", bem conhecida, por exemplo, de quem, perdendo eleições, tenha de regressar a mares de autoridade ou capitais públicos... Há vários casos (e também excepções, graças a Deus...) de gente que, julgando prestar um honroso serviço, se entretém a pisar quem perde. Da suspeita não se livra a "Senhora" Directora.
Admitindo que tudo possa vir a esclarecer-se num ou noutro sentido (sendo que, como disse, não posso deixar de acreditar na inocência do meu antigo "Senhor" colega), espero que percebam porque é que, há tempos, escrevi profusamente sobre a vitória de Salazar, no concurso televisivo. Para quem não acreditasse, nos gabinetes da DREN ou como estímulo ético, há traços que não morrem.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Olhando o naipe de candidatos: não, obrigado!

Quando acho que já li tudo, aparece sempre algo para me mostrar que não percebo o que quer que seja de política...

Lê-se, hoje, na edição impressa do Diário de Notícias que o sexo oral entrou na política belga como promessa eleitoral, embora jocosa (assim estilo "150 mil novos empregos", estão a ver?!); senão, vejamos:

"A jovem Tania Derveaux, candidata pelo partido NEE às eleições para o senado da Bélgica, deu um novo sentido ao conceito de campanha eleitoral, ao prometer 40 mil felações a quem votasse naquela força política. O NEE faz assentar parte da sua campanha no humor (...). O NEE parodiou os concorrentes oferecendo 400 mil novos empregos. Porém, recebeu centenas de e-mails a pedir não 400 mil empregos (jobs, em inglês), mas sim 400 mil felações (Blowjobs). Tania decidiu corresponder aos apelos, com a condição de que seriam apenas 40 mil. (...)".

Sendo que o disparate não é inédito (lembro-me, de imediato, de exemplos parecidos em Itália, nos EUA e na Ucrânia), olhando o leque de escolhas para a edilidade lisboeta, considerem-se todos dispensados de gracinhas ou ofertas do género...

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Boa sorte, caro Amigo

Não me inscrevendo (por ora) em qualquer tendência de oposição interna ao Presidente do PSD, mas também não sendo dos que floresce à sombra de qualquer sol (e se os há no PSD de Coimbra…), não posso deixar de sublinhar que a propaganda laranja sobre os dois anos do Governo actual também podia, num caso concreto, traduzir o balanço do raciocínio seguido na S. Caetano à Lapa.

Falo do critério adoptado pelo dr. Marques Mendes para decidir quem tem mérito para vestir a camisola social-democrata, por enquanto só aplicado ao plano autárquico.

Apesar de dito pelo autor como político, é indisfarçável o toque judicial ou “justiceiro” do crivo usado, se nos lembrarmos de que os arguidos Valentim Loureiro (Gondomar) e Isaltino Morais (Oeiras) mereceram censura do politburo mendista.

Ora bem, não especulando sobre o “bom gosto” da decisão, a verdade é que o mesmo veredicto político atingiu Gabriela Seara e Carmona Rodrigues (Lisboa), assim que adquiriram a mesma qualificação processual.

Ou seja, fica a clara ideia de que, para o Premier laranja, quem é constituído arguido passa a não ter condições para representar o PSD…

Todavia, a apreensão assalta-me (salvo-seja, senão ainda me tramam também, como “assaltante”): por um lado, a constituição como arguido, por vezes, pretende também aumentar a esfera defensiva de alguém sobre quem recai uma determinada suspeita.

Por outro lado, bem ensina a doutrina (já incorporada até pelo senso comum) que, até sentença transitada em julgado em seu desfavor, um cidadão presume-se inocente.

Isto é: com base numa coincidência com a evolução processual, a Direcção do PSD arreda do seu horizonte de legibilidade cidadãos que a mesma Lei com que o partido se sintoniza para os excluir faz questão de dizer que eles não são, nessa data, culpados. Eis uma contradição complicada, mesmo e talvez sobretudo quando se usa um juízo político sobre alguém.

Depois a torrente de incoerências não cessa, mercê desta mistura pouco feliz de critérios políticos com momentos processuais penais; levado ao limite, o modus operandi vigente no palácio da justiça mendista teria obrigado a sacrificar Isabel Damasceno (Leiria) por dá cá aquela palha e, levando a linha de raciocínio ao absurdo, a excluir Rui Rio (Porto) de funções, já que, mesmo com o acordo relativo ao Túnel de Ceuta a que chegou com o IPPAR, a situação de arguido manteve-se por se tratar de um crime de natureza pública (violação de embargo).

Admitamos, contudo, que, efectivamente, o juízo político de Marques Mendes é moral, porque apoiado na sua ética política. Também aqui, salvo o devido respeito por ambos, me parece estranho meter no mesmo saco Valentim e Carmona.

Em suma, a mistura de uns pozinhos de judicial com uns gramas de político não me parece receita feliz e deu mau resultado em Lisboa.

A última palavra para dizer que, numa eventual derrota laranja na Capital (algo que não desejo), não pega, desta vez, aquela ideia de que foi uma derrota em nome de princípios, pois já foi com base numa opção pessoal que Marques Mendes excluiu a recandidatura de Santana e apostou em Carmona Rodrigues.

E valia a pena que não esquecêssemos as sábias palavras de Santana Lopes, quando ainda pairava a hipótese Fernando Seara, sobre a gritante carência de quadros de um partido que não tem sequer a desculpa de estar no Governo.
Porém, temos Negrão para enfrentar uma situação que, não vale a pena escondê-lo, está negra...
Sobre ele, com quem partilhei alguns tempos na Direcção do Grupo Parlamentar, tenho a dizer que é um gentleman, com todas as qualidades que os britânicos atribuem ao termo, independentemente de juizos sobre arte política que, agora, já não interessam.
E é tanto mais curiosa a escolha, quando reforça a coerência do que disse sobre o errado critério de Marques Mendes: andava o dr. Fernando Negrão a braços com um processo que envolvia uma alegada violação do segredo de justiça e fiz questão, na Universidade de Verão da JSD*, em São Pedro do Sul (na ocasião, organizada em conjunto com a Juventude Popular), de reafirmar a admiração pessoal que por ele tinha e o apoio da JSD (falava enquanto vice-presidente daquela e co-organizador da UV). Ou seja, para mim a presunção de inocência não é mero enfeite processual...
Quanto ao candidato à Câmara de Lisboa, um desejo sincero: boa sorte, caro Amigo.
* Embora o tema já tenha despertado fanatismo pouco democrático no blog do Luís Cirilo, continuo a dizer que a "alienação" da UV ao PSD foi um erro, pois descapitalizou a JSD, de modo irreparável. Tal não põe em causa a excelência do trabalho do seu actual responsável.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Sensibilidade e Bom Senso

A relação entre um sentimento e o outro nem sempre é fácil.
Há acontecimentos que nos provocam sensações como tristeza, cólera, medo, desânimo e impotência. E quando esse cocktail de sentimentos nos inunda, torna-se complicado gerir o bom senso.

É o que me parece que acontece nos últimos tempos relativamente ao trágico acontecimento que marca a actualidade: uma má gestão do melindre que o “Caso Madeleine” suscitou, tem levado a uma insensatez por parte da sociedade civil, mas sobretudo por parte dos operadores judiciários e da comunicação social nacional e internacional.

Revolta-me o que aconteceu no passado dia 3 em Lagos, mas ainda me revolta mais o circo mediático que se criou à volta desta situação.

Inquieta-me esta histeria colectiva.

Incomodam-me os noticiários que dedicam interminavelmente horas a este caso, com directos dispensáveis, com revelações em nada surpreendentes e com entrevistas sórdidas nada conclusivas.

Revolta-me ainda esta espécie de ‘amnistia social’ que imuniza os pais da criança, quando estes são claramente os responsáveis pelo que aconteceu e deviam mesmo ser punidos pelo comportamento negligente que tiveram.

Lamento a não existência de um gabinete de comunicação da PJ que filtre o que deve passar e o que não deve passar para fora, atendendo sempre ao mui legítimo segredo de justiça.

Indigna-me a postura arrogante e ignorante dos que nos olham lá de fora como se fossemos um país terceiro mundista, ao mesmo tempo que fazem da nossa PJ bode expiatório.

Irrita-me o oportunismo mediático de algumas celebridades que fazem declarações que na prática são tão ocas quanto inúteis.

Temo a reacção dos pais que também passaram pelo mesmo mas que não viram os seus casos ser resolvidos nem com a mesma determinação, nem com os mesmos recursos, nem com os mesmos apoios.

Enfim, o “caso Madeleine” (não menosprezando a sua gravidade), acaba por servir também para fazer uma análise ao comportamento da sociedade.

Uma sociedade que perante problemáticas desta dimensão revela uma compaixão compreensível e uma solidariedade imensurável. Mas que tem, simultaneamente, comportamentos excessivos e insensatos ao lidar com estas questões.

É a tal relação difícil entre a inevitável sensibilidade e o desejável bom senso.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

66,6% de razão

Hoje, ouvi Santana Lopes dizer que discorda da hipótese de Fernando Seara concorrer à Câmara de Lisboa, pois tal faz crer que o PSD esté desprovido de quadros, mormente num tempo em que a governação não causa a habitual sangria, dado que é o PS que tem as rédeas do País.

Está certo quando, por outras palavras (não fosse uma ironia do diabo fazê-lo coincidir com a análise de Marcelo Rebelo de Sousa), diz que - independentemente dos inquestionáveis méritos pessoais e políticos de Fernando Seara (acrescento meu) - é triste constatar que é preciso deslocar um edil de renome para disputar a Capital.


Está ainda certo quando percebe a gravidade do deserto intelectual e/ou de mérito (pois, cá para nós, o PSD até tem gente de gabarito que, na realidade, não quer é correr riscos, quando o provento não é seguro...) que atingiu o PSD, fazendo assim 2/3 de considerandos acertados.


Todavia, o que faltou a Pedro Santana Lopes foi reconhecer o seu contributo para essa razia!...
P.S. (salvo-seja): no caso de Lisboa continuo a dizer o mesmo...

Já está!


sexta-feira, 11 de maio de 2007

Comprar... o que é nosso!

“Compro o que é nosso” é o slogan que está por todos os super/hipermercados.
A oportuna iniciativa partiu da AEP (Associação Empresarial de Portugal) e pretende revigorar as marcas portuguesas e aumentar a venda dos produtos “Made in Portugal”.

Através desta campanha de sensibilização para o consumo de bens produzidos no país, a AEP lança o desafio aos portugueses apelando à sua consciência cívica de consumidores e alertando-os para o que pode ser um excelente e simples contributo de cada um de nós para recuperar a nossa convalescente Economia.

Eis, dez boas razões para ‘comprar o que é nosso’:

• Valorizamos a produção nacional – e o empreendedorismo, criatividade, trabalho e dedicação dos empresários portugueses.
• Contribuímos para a motivação dos empresários nacionais e dos seus trabalhadores.
• Minoramos os efeitos da Globalização pouco favoráveis à economia nacional.
• Estamos a criar mais riqueza (aumento do PIB; equilíbrio da balança comercial, etc…)
• Estamos a favorecer a criação de mais emprego.
• E, consequentemente, de mais desenvolvimento económico.
• Estamos ainda a mobilizar os produtores portugueses a serem mais competitivos.
• Ajudamos a dinamizar a nossa economia;
• Potenciamos a internacionalização dos produtos “Made in Portugal”.
• Elevamos a nossa auto-estima e estimulamos um saudável patriotismo

Agora, a tarefa está nas mãos dos portugueses.
Já que somos tão consumistas e cheios de patriotismo quando estimulados a ele, eis uma excelente oportunidade para abraçar uma causa, que no fundo, é a de todos nós.
E é tão fácil… na hora de encher o carrinho de compras, é só procurar os produtos com o símbolo deste projecto e com o mote “Compro o que é nosso”.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

De um conselheiro nacional para outro

Como já "chorei" o suficiente no texto anterior, sublinho apenas que The Mirror and The Mask - Portraiture in the Age of Picasso está no Museu Thyssen, até dia 20 de Maio.

A exposição é óptima, incluindo, entre outros, Van Gogh, Gaugin, Munch, Cézanne, Modigliani, Picasso, Dali, Frida Kahlo, Miró, Francis Bacon e até... Andy Warhol...

Em Portugal? Talvez jamais...

Não consigo é esquecer-me do comentário, que já mencionei, do ex-Ministro e actual (eterno) Deputado que, no último conselho nacional do PSD, afirmou no seu discurso que a Cultura não era relevante como tema político... A avaliar pela sua intervenção, até acredito...

E nós?

Até dia 13 de Maio, no Museu do Prado, em Madrid, ainda pode ver uma soberba exposição do best of (Jacopo) Tintoretto, com quadros pertencentes a grandes museus da Europa e dos EUA.

Enquanto passeava por estas maravilhas artísticas, perguntava-me por que é que a Cultura em Portugal é tão miserável que, além de não termos estas obras nos nossos museus, nem sequer temos recursos para trazer cá estes grandes eventos estéticos...

Vergonha para PS e PSD!

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Se é para ser a sério...

Em matéria de Câmara de Lisboa, se o PSD pretende ter hipótese de discutir o resultado, depois das pantominas da dispensa de Santana Lopes e do afundamento de Carmona Rodrigues, haja quem convença Manuela Ferreira Leite... Reputação imaculada é remédio santo!
Morais Sarmento e Júdice também podiam levar o jogo para prolongamento...
Quanto a Marques Mendes, o mínimo a exigir pela aposta pessoal e pela necessidade de um sinal de valentia é uma candidatura à Assembleia Municipal.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Em "stand by"


Sr. Presidente:
Aguardamos, a "curto prazo" (resta ver o que entende por curto prazo!), declarações sobre a situação caótica que se vive na CML.