quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Para mais tarde recordar...

Soube-se hoje que o governo sul-coreano terá cedido às exigências dos taliban, comprometendo-se a cessar o envio de missionários para o Afeganistão e a retirar as suas tropas daquele sempre conturbado canto do mundo.


Creio que estamos impedidos de julgar moralmente a atitude dos responsáveis de Seul. Há reféns e familiares em inimaginável sofrimento.


Porém, salta logo à vista o facto de haver gente, designadamente os fundamentalistas que distorcem e instrumentalizam o Islão e têm uma consideração nula pela vida de gente inocente. Se o sublinho é porque, muitas vezes, esta noção perde-se na torrente informativa e é descurada por alguns comentadores "in" que justificam o recibo "por ir ao telejornal" dizendo alarvidades que se pautam pela masoquista atribuição de culpas ao mundo ocidental e seus aliados.


Depois, há que notar que esta mesma facção planetária está em processo de auto-castração. As democracias mediáticas fazem com que a morte de um soldado ou de um civil seja notícia que choca as opiniões públicas e abala o apoio aos governos, ao passo que em nações fundamentalistas (ou, melhor dizendo, controladas por esses energúmenos) o suicídio é encorajado, a morte dos seus nacionais é martírio e o massacre de inocentes ocidentais ou pró-ocidentais é motivo de celebração.


Assim, o que a Coreia do Sul decidiu fazer estabelece, a meu ver, um grave precedente, por muito ponderosos que sejam os motivos. A mensagem que passa é a de que, quando tocar a dar vidas, a permanência de uma tirania religiosa é um mal menor, que vale a pena sequestrar civis de países democráticos (porque os seus governos não podem dar-se ao luxo de pagar com sangue dos seus) e que basta apontar uma arma a 19 pessoas para que contingentes militares bem mais vastos batam em retirada.


A ser assim, creio que a derrota é certinha e para durar. O que não creio é que a China e a Rússia alinhem por aqui, com o que isso poderá significar de reequilíbrios estratégicos internacionais, mormente se a América "regressar a casa" e a União Europeia continuar com discursos balofos e pouca força...


* A ilustração é do curioso www.britishwars.com

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Rússia - que liberdade de expressão?

Quase um ano após a morte de Anna Politkovskaia - e quando todos já tinham deixado de acreditar na justiça - eis que surge a notícia da detenção de dez suspeitos pelo homicídio da jornalista russa.
Politkovskaia foi morta em Moscovo, a 25 de Outubro 2006 e tudo leva a crer que o seu assassínio está relacionado com o seu trabalho enquanto jornalista. Conhecida pelos seus escritos e investigações sobre a Tchetchenia e a defesa dos direitos humanos no seu país, tornou-se ao longo dos tempos a jornalista mais crítica com a política de Putin. "Atreveu-se" demasiadas vezes a investigar temas incómodos como o abuso de poder e outros crimes políticos cometidos na Rússia, facto que a converteu em persona non grata.
Daí a suspeita de que o seu trabalho de denúncia a condenou à morte.
A provar-se que o seu intenso e premiado trabalho foi o motivo do seu assassinato, estamos perante um gravíssimo golpe à imprensa livre e independente, e consequentemente, um golpe à democracia.
Se assim for, o que se passa na Rússia é um grave problema que deve ser preocupação de todos, particularmente dos Estados e organizações internacionais. Trata-se de uma grave violação dos direitos humanos, de um incrível retrocesso da liberdade de expressão que os demais países não se podem dar ao luxo de ignorar. Até porque, coincidência ou não, desde que Putin passeia pelo Kremlin, já foram assassinados doze jornalistas russos...

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Mas este gajo não tinha que ir para o Brasil, por causa do filho???

"França: Anderson apresentado no Lyon esta tarde
Anderson vai ser apresentado oficialmente como jogador do Lyon na tarde desta quinta-feira pelas 17h30, hora portuguesa, mais uma em França.
Depois do processo disciplinar de que foi alvo no Benfica, o defesa-central brasileiro vê assim o impasse resolvido e vai jogar na ex-equipa de Tiago nas próximas épocas.
" (fonte: Maisfutebol).

O sujeito recusou-se a ficar no Dínamo, digo no Benfica, por motivos de doença do filho, que o obrigavam a voltar a terras de Vera Cruz. Pelos vistos, França vai dar no mesmo.


Perdeu-se um bom reforço para a nossa política...

"Ponha na conta"

O caso de alegado (e reconhecido) pagamento por uma construtora (Somague) de facturas de serviços prestados por outra empresa (Novodesign) ao PSD é um daqueles que, sendo eventualmente sintomático em termos de vox populi, pode bem dar no costume: nadinha.


Ora porque o ilícito é meramente administrativo (o financiamento irregular dos partidos era-o, em 2002, data do sucedido), ora porque prescreveu algo, ora porque não há elementos de prova suficientes, ora porque pode nem ser interessante, ora porque a memória é curta, nas democracias meditizadas, ora... Ora, bolas!!!
Vamos aos factos:

1 - A empresa de construção civil em causa tem ligações a obras públicas e ao futebol.

2 - José Luís Vieira de Castro (então, Secretário-Geral Adjunto do PSD com o pelouro financeiro, à data, a quem desejo rápidas melhoras) é um gentleman que, acredito, terá agido de forma que atendeu de admitir e José Luís Arnaut cumpriu, assumindo a responsabilidade objectiva (a que decorre de ser, então, o Secretário-Geral).


3 - É popular a convicção de que há promiscuidade no financiamento partidário e de que existe o chamado "bloco central de interesses" (que proporcionaria, a existir, cobertura a membros de ambos os lados do arco de governação, que ostentariam ou mandariam parentes ostentar, ainda a ser verdade, fortunas sediadas em Portugal e não só, que dificilmente se explicariam por rendimento, herança ou qualquer jackpot.

E que fazer dos factos? Se for como habitualmente, esperar sentados até que o assunto se apague da agenda mediática. No caso até desejo que nada de grave se passe - é o meu partido e são figuras que aprecio - mas começa a tomar tons latino-americanos o pulsar do mercado político paralelo.

Judas, Morais, Loureiro, Felgueiras, Carmona e por aí fora são nomes que enchem jornais e passam-se anos, com danos irreversíveis para quem prova a sua inocência, até que saibamos que o arguido era inocente ou que o processo deu em nada por motivos menos nobres.

O que quero não é uma fúria condenatória! Deve ser ilibado aquele que não vê provadas as acusações contra si esgrimidas, desejando eu que se chegue aos 100% de arquivamentos ou absolvições.

Mas acredita mesmo que somos o único País do mundo com 100% de rapaziada honesta?

O caso em análise (PSD-Somague) nem é do mesmo estilo. Em 2002, os factos descritos não preenchiam qualquer tipo legal de crime. Mais e como disse, espero que se prove que se tratou de algo meramente operacional e não de um pagamento de qualquer favorecimento (não acredito que Vieira de Castro e Arnaut alinhassem nisso)!

Porém, mesmo fumo sem fogo intoxica a credibilidade do nosso já doente sistema de partidos. Por que não se chega ao ponto de credibilidade em que as meras suspeitas não cheguem a fazer sentido?...

E não é que, se calhar, a "miúda" tinha razão?!...

Lê-se, hoje, na edição on-line do Jornal de Negócios que:
"Accionistas do BCP aceitam eleger quatro novos conselheiros
Ainda não há um acordo fechado entre as duas facções de accionistas do BCP, mas já há um entendimento relativamente a alguns pontos. Consenso que deverá resultar na apresentação de uma lista conjunta de nomes a eleger para o conselho geral e de supervisão (CGS), o único ponto que deverá ser votado na assembleia geral da próxima segunda-feira.
"

E não é que a nossa Dulce já o previra?! Quem disse que não marcamos a actualidade?!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Crónica dos bons tarados


Não aquecer nem arrefecer


Hilariante


Perturbador, mas com jeitinho


Regresso às aulas

Os supermercados já estão cheios de cadernos e a minha caixa de correio (a real, não a virtual) repleta de folhetos a anunciar as mochilas mais baratas. Este ambiente de regresso às aulas, ligeiramente antecipado fruto do hiperconsumismo, suscitou-me uma breve reflexão que partilho aqui.

O nosso sistema educativo constrói-se sobre a obrigatoriedade de frequentar a escola, aprender os programas definidos ao nível nacional e ser avaliado segundo parâmetros o mais paralelos possível.

Quando uma criança falta à escola durante uns dias sem aviso, a escola tem o dever/ obrigação de procurar entrar em contacto com os pais e quando tal não é exequível, é função da polícia fazer as devidas averiguações. Todos já ouvimos histórias onde a polícia vai a casa buscar as crianças que pelos mais variados motivos não comparecem às aulas.

Contudo existem no nosso país comunidades dedicadas a uma vida mais próxima da mãe natureza, que professam ideais ecológicos e defendem um mundo mais saudável. De tempos a tempos surgem na comunicação social, através da qual ficamos a saber que do estilo de vida mente sana em corpo são em que vivem faz parte uma educação "tradicional" praticada dentro da comunidade.

No nosso país existem crianças que não vão à escola, a escola provavelmente não sabe que elas existem, a assistência social idem idem aspas aspas e a comunicação social quando fala no assunto é no sentido de valorizar este comportamento.

Pergunto-me se estas crianças não têm o direito de aprender o mesmo que as outras, pergunto-me o que é feito da igualdade de oportunidades e denuncio aquilo que julgo ser uma discriminação positiva.

Positiva porque a sociedade vê nestas comunidades uma tentativa de regresso às origens, e isto combina muito bem com uma ideia preconcebida e muito difundida de que antigamente é que era bom e que por consequência as crianças educadas no seio da família são priveligiadas.

Mas isto são mitos porque na realidade ninguém sabe o que é que estas crianças aprendem nem o que sabem. E ninguém na realidade se preocupa em saber.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

A História dos 5 Macacos

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, e no meio, uma escada, e sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada com o intuito de chegar às bananas, os cientistas jogavam um jacto de água fria aos que estavam no chão. Passado algum tempo, quando um macaco tentava subir a escada, os outros pegavam-no e enchiam-no de pancada.
O que se veio a assistir posteriormente é que nenhum macaco tentava subir mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas resolveram introduzir variáveis no estudo: substituíram um dos macacos por outro novo. Chegado à jaula, a primeira coisa que ele fez foi subir a escada, sendo no entanto dela retirado pelos outros, que o surraram.
Passadas algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto, e afinal, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo experimentado o banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar nas bananas.

Moral da história: se fosse possível perguntar a algum deles porque é que eles batiam em quem tentava subir a escada, quase de certeza que a resposta seria: "não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui".

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Menos um

Recebi uma simpática mensagem no telefone, da parte do meu amigo José Barroca, informando que desistira da candidatura a favor de Luís Filipe Menezes.
Restam Mendes, Menezes e... Barros.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Em suma

Depois de muito me irritar, sumario uma visão o mais branda possível do que se passa na Cultura.
O episódio da ausência de membros do Governo, especialmente da Ministra da Cultura, nas comemorações do centenário do nascimento de Miguel Torga é apenas mais um, embora grotesco, episódio no percurso desta lamentável equipa ministerial.
E escusam os idiotas de serviço de vir dizer que o Governo se fez representar pelo Director Regional da Cultura. Salvo o devido respeito pela função e pelo titular, se existe protocolo é porque as funções e os eventos obedecem a uma escala de dignidade. O que poderia concluir-se – mas não creio que esta equipa tenha sequer arte para coisa tão subtil – é que Torga não é um autor benquisto pelo regime. Na verdade, creio que é mesmo terceiro-mundismo e arrogância própria de uma visão elitista que já nem o PS moderno (leia-se, ala Sócrates; os verdadeiros, porque agora devem ser todos…) perfilha.
Mas de falta de coerência ninguém pode acusar Isabel Pires de Lima, que tem feito o possível por, constantemente, juntar o pior das suas origens marxistas com a má aprendizagem da vida cultural nos regimes demo-liberais.
Pelo primeiro lado da frase, quero dizer que escolheu centralizar as decisões e afastar quem pode ganhar “vida própria”. Falo designadamente do cepticismo que tenho em relação à fusão da Companhia Nacional de Bailado com o Teatro Nacional de São Carlos na Opart, sobretudo porque, como é hábito, tal servirá para disfarçar misérias e não para criar um “império” de cultura.
Acresce que se sucedem as dispensas polémicas. Depois de Paolo Pinamonti (que voltou a colocar o São Carlos no devido lugar de destaque) foi Dalila Rodrigues, do Museu Nacional de Arte Antiga. E, no último caso, até entendo que quem discorda das linhas da tutela deverá renunciar, mas jamais aceito que se saneie alguém, a pouco tempo do fim da sua comissão de serviço e na sequência de uma opinião divergente. Os casos de Fernando Charrua (professor “corrido” da Direcção Regional de Educação do Norte, em virtude de uma anedota sobre Sócrates) e da ex-Directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho (demitida por, alegadamente, não ter sido lesta a retirar uma sátira ao Ministro da Saúde) deveriam ter sido marcas infelizes e isoladas, mas, pelos vistos, são tiques doutrinais.
Mais ainda, entendo que, dado o soberbo trabalho de Dalila Rodrigues no MNAA, deveria ter sido procurada uma solução diplomática que permitisse a sua continuidade. Todavia, com os preconceitos próprios da ideologia com que formatou o seu modo de pensar, Isabel Pires de Lima preferiu o “Gulag” (leia-se, o desterro) …
E, já que trouxe tantos “vícios de postura” do lado de lá da sua própria cortina de ferro, valeria a pena que também tivesse sido capaz de impor o fortíssimo investimento que a URSS fazia em cultura, embora nem sempre com os melhores propósitos…
Mas a coisa não melhora se virmos o seu desempenho mais encostado aos regimes capitalistas. Apesar de ter necessitado da intervenção do Primeiro-Ministro, andou bem a Ministra quando segurou entre nós a colecção Berardo, que é um acervo muito importante em matéria de arte contemporânea. Todavia, ao contrário do que faria um Governo que realmente apostasse no desenvolvimento intelectual das gerações futuras, varreu-se o problema para debaixo do tapete. Quero com isto dizer que, em vez de começar a amortizar o preço da colecção, adiou a decisão para daqui a dez anos e por um preço colossal, assim manietando um Executivo em que, aposto, já não será Ministra.
Acresce que, numa democracia como a nossa, o sector da Cultura terá sempre de lutar o dobro para ter um orçamento condigno: A irrelevância de Pires de Lima também se mostra nisto, estando eu em crer que passa por aqui a explicação para José Sócrates a manter no lugar: é quase inexistente, não desviando grandes recursos de projectos mais vistosos e que, tradicionalmente, PS e PSD preferem.
Pena é que tal cause danos de monta num país como Portugal, que tem na cultura a chave da subsistência da sua identidade.

domingo, 12 de agosto de 2007

Calhaus

Não há muito tempo, criticara a Ministra da Cultura.
A sua não comparência nas cerimónias de evocação do centenário do nascimento de Miguel Torga, acompanhada da ausência do Secretário de Estado (é estranho, tendo em conta o vício de centralismo de estilo soviético que costuma mostrar...), prova bem a vergonha que é o actual elenco da Cultura.
O Governo esteve representado pelo Director Regional da Cultura que, salvo o devido respeito, estaria à altura de proceder à entrega de prémios de uma exposição média, mas nunca terá estatuto (é da função e não da pessoa) para fazer, em nome do Executivo, a devida vénia a um dos expoentes máximos das nossas Letras.
Engº Sócrates: nem sempre intransigência dá com inteligência. Demita-os por favor.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

"Lodo" decisivo na corrida pelo PSD

Mesmo em slow motion (prometo mais actividade para breve), conseguimos que o "Lodo" fosse interpelado por um dos candidatos à liderança do PSD (cfr. os comentários ao texto).
Recomenda-se calma aos candidatos e aceitam-se utensílios de cozinha, ecrãs de plasma e outros confortos do género, embora se registo o plágio da estratégia de campanha do Major Velentim Loureiro.

Assina: o Capitão.

domingo, 5 de agosto de 2007

So the story goes...

Nos últimos dias, e depois de o Teatro Nacional de São Carlos ter perdido o director que lhe devolveu o prestígio (Paolo Pinamonti), o naipe de servidores públicos distintos ficou mais pobre: Paulo Macedo deixou a Direcção-Geral dos Impostos e Dalila Rodrigues o Museu Nacional de Arte Antiga.
Vejamos o que nos murmuram as situações em causa... Em primeiro lugar, embora não haja insubstituíveis, Paulo Macedo deveria ter sido reconduzido. Em equipa que ganha não se mexe e a calmaria em relação aos nossos elevadíssimos e castradores impostos pode dever-se ao fim da sensação de impunidade que, ainda na década de 90, era tema de debate. Porém, a memória é curta...
Mas, Macedo toca num ponto crucial: não era ele que ganhava muito, mas o Presidente da República e o Primeiro-Ministro que ganham pouco (o salário dos servidores públicos não pode, de algum tempo a esta parte, suplantar esses mealheiros). Verdade! E nem me chocaria que os nossos "empregados" mais ilustres fossem aumentados se, atrás disso, não viesse uma chusma de incompetentes a esfregar as mãos, por via da indexação de salários.
Por exemplo, se há deputados que valem o seu peso em ouro, outros há que deviam pagar pelos tapetes e cadeiras que gastam.
De igual modo, em casos de comissão de serviço (como o de Paulo Macedo), bem podia fazer-se o que se fez (pagar o que ganhava no seu local de trabalho), com a norma cautelar de reportar o vencimento a um ano antes da requisição (para evitar aumentos de última hora, na iniciativa privada). O problema do PR e do PM seria suplantado pela enorme vontade que quaiquer titulares desses cargos sempre terão em trocar dinheiro eventual por real e reconhecido serviço à Pátria.
Já no caso da ex-Directora do MNAA tudo muda. Tirando a cegueira política da Ministra da Cultura - a maior aselha do Governo, se querem a minha opinião - que podia ter deixado o mandato expirar (Novembro), creio que quem manifestamente discorda das orientações políticas da tutela deve pôr-se a andar...
O seu trabalho foi bom? Excelente! Porém, isto não legitima um governo de técnicos.
Deveria a Ministra ter procurado o diálogo, mantendo Dalila Rodrigues? Sim! Todavia, a asneira e a irrelevância políticas são imagens de marca de Isabel Pires de Lima que até para segurar a "Colecção Berardo" precisou de José Sócrates, ainda assim optando por uma solução cobarde para o próximo ciclo de governação: deixando uma monstruosa cláusula de opção de compra para daqui a dez anos, a Ministra cala-se com o seu orçamento de miséria e passa a batata quente.
Em suma: pobres na carteira e pobres de espírito. So the story goes...

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Amigos, como antes?


Paulo Teixeira Pinto falou ontem em entrevista à SIC Notícias, sobre Jardim Gonçalves.
"Não concebo o Millennium BCP sem ele", garantiu.

Ai a tola

Julguei que a oarvoíce tivésse limites, mas a RTP surpreende-me.

Não vi a entrevista, mas li na imprensa de hoje que a jornalista Márcia Rodrigues entrevistou o Embaixador do Irão com véu e luvas.
Ora bem, mesmo que a entrevista haja decorrido na embaixada (território iraniano, portanto) jamais uma televisão pública portuguesa pode rasgar a Constituição, ofendendo a laicidade do nosso sistema político e sendo cúmplice no tratamento de cão (ou pior) que os regimes islâmicos dão às mulheres.
O PS, que tão histericamente defendeu as quotas, devia pedir responsabilidades ao operador do serviço público de televisão. Eu não pago impostos para andar de cócoras (perdoem-me o vernáculo) perante regimes fundamentalistas.
Já bem basta a humilhação para a gloriosa civilização persa que o regime religioso impóe!
Bem andou o CDS que reagiu. Os candidatos todos do PSD, que eu visse, a dormir...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

PGR arquiva... sr. "eng". Sousa suspira!!!


Escusando qualquer comentário à decisão da PGR e porque também (assumo) não estou habilitado para tal, o arquivo do processo relativo à falsificação de documentos sobre a licenciatura do primeiro-ministro, vem dar alguma tranquilidade para as férias de Verão lá para os lados do Largo do Rato.
Não sei se é coincidência, mas que dá tranquilidade, dá!!!
NOTA: Independentemente do "resultado", importa nunca esquecer a "causa"...
"Credibilidade senhor primeiro-ministro, credibilidade..."