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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Corajoso!

Numa altura em que muito se diz que a classe política cada vez mais de afasta daqueles que representa, António Costa foge a essa tendência e tomou medidas no sentido de se aproximar da população lisboeta, transferindo o seu recatado gabinete dos Paços do Concelho para a problemática zona do Intendente. Uma atitude louvável (e corajosa!), tendo em conta que a degradação do bairro e os seus conhecidos problemas de droga, crime e prostituição, que finalmente merecem uma dedicação especial. O objectivo, segundo o edil alfacinha, é a proximidade com o trabalho social de fundo que quer levar a cabo para pôr ponto final à má fama de que goza o bairro e revitalizar a sua imagem. Oxalá tenha sucesso!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dezoito Anos de CCB

antes

durante

na inauguração

Já dizia o poeta que «Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce». No caso, alguns homens (Santana Lopes, Cavaco Silva, etc.) e mulheres (Teresa Patrício Gouveia) sonharam a construção de um equipamento arquitectónico digno de acolher a presidência portuguesa da União Europeia (1992) que, posto isso, se tornasse num pólo dinamizador de actividades culturais e de lazer. E o controverso projecto do Centro Cultural de Belém lá inaugurou para a sua finalidade primária em Janeiro de 1992, encerrando no final desse semestre para só reabrir aos 21 dias de Março de 1993.

Dezoito anos volvidos, é inegável que o CCB é um marco arquitectónico da cidade de Lisboa e um projecto cultural de sucesso. Para alguns talvez tenha sido um projecto megalómano e, nos primeiros tempos, terá sido entendido por muitos como o «elefante branco do regime». Nada de anormal: afinal, as grandes obras são sempre alvo de grandes críticas.

Apesar de, no seu arranque, ter caído num certo marasmo cultural, o que também não contribuiu para melhores opiniões... a verdade é que ao longo dos anos e na actualidade, o CCB assumiu-se como um pólo cultural dinâmico, contando com exposições, espectáculos, salas de congresso e um museu que cativam, não só os lisboetas, mas também os turistas, sobretudo o Museu Berardo, no qual se concentram interessantes obras do espólio de Joe Berardo.

Numa altura em que também se delineiam planos para grandes obras públicas (como o TGV ou o Aeroporto) dá que pensar se vale a pena sacrificar (ainda mais) as contas lusas para projectar estas obras e acrescentar valor ao país, ou se o caminho mais sensato não será refrear os ímpetos de desenvolvimento...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

2º direito

Que a vida contemporânea é conflituosa, já o sabia... Basta andar na estrada ou em certos estádios de futebol.

Porém, sempre cultivei a cortesia entre vizinhos. Pois sucede que, no prédio de Lisboa onde passo a semana, há tempos, o 2º andar direito ganhou uma nova inquilina (e família, presumo).

Algum tempo volvido, a mesma recebeu a administração do pequeno condomínio (rés-do-chão e três andares), em mais uma reunião em que não pude estar, visto que ocorrem ao fim-de-semana, quando me desloco para Coimbra, como faço desde que vim trabalhar para a metrópole. Aliás, sou dos que acredita que, em certas circunstâncias, a abstenção em um sinal de satisfação com o estado das coisas.

Ora bem, na semana passada, apercebo-me de que a parte inferior da minha varanda (ou seja, a que faz parte da fachada exterior) tem o revestimento a cair em dois pontos, à semelhança do que sucede no 3º andar e do que, mais mês menos mês, sucederá no 2º; é o decurso do tempo num prédio com quase 40 anos e que há muitos não vê obra de conservação.

Com diplomacia, subo ao 2º andar, sendo que a própria diligente administradora já deixara recado na vizinha do lado, afirmando peremptoriamente que a responsabilidade era minha... Esquecera-se de ler o Regime Geral das Edificações Urbanas que, salvo melhor opinião, impede que retalhemos as fachadas, seja para pôr antenas parabólicas, seja para colorir cada varanda de uma cor ou tom diferente...

O meu propósito era apenas o de solicitar uma reunião, recebendo como resposta que qualquer um pode fazê-lo e eu que tratasse disso. Com a mesma falta de educação, a dita senhora (com quem nunca falara e a quem não dei confiança alguma) ainda se achou no direito de me admoestar por não ir a reuniões, assim lhe causando a maçada de repetir discussões, alegadamente, já havidas... Respirei fundo e continuei cortês... Mas, guardado estava o bocado: sendo a conversa à sua porta, ainda me disse que, naquele momento, tinha mais que fazer!...

Resultado, vou "remendar" o problema, pois pago para não me reunir com cavalgaduras assim!... Havia necessidade?! Não creio...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Onde pára a polícia?


Parece que há meia dúzia de dias as autoridades acordaram para o consumo de droga nos festivais de verão, tendo então apreendido avultadas quantidades de estupefacientes no Sudoeste (Zambujeira) e no Freedom Festival (Elvas). E que tal trazer até à Capital aqueles comandos da GNR? É que ao contrário dos lisboetas, aqueles dão provas de serem mais actuantes nesta matéria (contrariando muito aquela ideia de que os alentejanos são preguiçosos..!).

Passo a explicar: Numa das ruas mais emblemáticas desta cidade, Rua Augusta, vende-se droga a cada esquina, sem que alguém se maçe com isso. Há dezenas de homens com mau aspecto (facilmente identificáveis) a abordar jovens, particularmente os turistas. À luz do dia, sem medos ou preocupações, uma vez que os polícias nos seus segways parecem estar a milhas da realidade.

Numa rua por onde passa diariamente uma imensidão de turistas, a imagem que se dá do país é esta. E o problema não é de agora. Já há uns anos um grupo de amigos italianos me dizia que nunca tinha visto tal coisa numa zona nobre de uma cidade. É preocupante, é vergonhoso e é um sinal claro da incúria das autoridades. O que não se percebe, uma vez que estes marginais estão mesmo ali de baixo do nariz da polícia. Volta não volta vangloriam-se de desmantelar redes, mas apanhar os tipos que com a venda ao consumidor sustentam essas mesmas redes, é que não. Vá se lá entender.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ainda as vacas


Mal sabem elas que dão tanto que falar. Mas pelo que se tem visto, as vacas também dão azo a oportunismo político. Não é que depois das ridículas declarações da Associação Animal vem o Bloco de Esquerda (quem mais poderia ser...!) ajudar à festa? Preocupados com as vaquinhas que por uns dias habitaram a Praça de Espanha no âmbito de uma promoção do turismo dos Açores, os lisboetas da esquerda-caviar criticaram a iniciativa. Nada têm a dizer quando degustam um suculento fillet mignon nos restaurantes de luxo da capital mas depois lembram-se das vaquinhas, coitadinhas, meia dúzia de dias a degustar o insípido relvado urbano e a ter que conviver com os sensaborões lisboetas..! Enfim, mais uns que não sabem o quão precioso é o silêncio...

O mais curioso é que a concelhia lisboeta do BE não se ficou por criticar a iniciativa, mas também quem a permitiu. «Denunciamos igualmente a prática, cada vez maior, por parte da autarquia de cedência dos espaços públicos da cidade de Lisboa para fins publicitários e comerciais, em prejuízo da livre circulação e usufruto desses espaços pelos cidadãos e da qualidade do ambiente urbano». Ora, quem tem na CML o pelouro dos espaços públicos e dos espaços verdes é precisamente o vereador do Bloco, José Sá Fernandes...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

...e Portugal tem destas!

Se o Japão tem destas coisas, Portugal - ou melhor, a Praça de Espanha - tem até dia 25 meia dúzia de vacas a passearem-se com a vaidade (e o alívio!) de quem veio dos Açores até Lisboa de uma outra forma que não fatiada e conservada em arca frigorífica.

A estratégia promocional da Associação de Turismo dos Açores inicia-se hoje e conta ainda com uma baleia a mergulhar lá para os lados do Saldanha, um campo de golfe nos Restauradores e um campo de hortenses a florescer em Entrecampos, tudo isto com a finalidade de trazer até à capital uma pequena amostra da oferta do arquipélago.

Claro que a Associação "Animal" já veio protestar pelo facto dos "animais estarem até domingo na rua, expostos ao frio e à chuva". Não pondo em causa o trabalho que estas associações de defesa do animal levam a cabo - o qual, ademais, louvo - parece-me ridículo que, desta feita, se preocupem com isto. Parece-me até que esta indignação só pode partir de quem passa a vida enfiado num gabinete, mal saiu de Lisboa e nunca viu uma vaca in loco! Ou então faltaram a umas aulas de Ciências da Natureza....

É certo que hoje Lisboa acordou mais fria que o normal, mas os animais no seu local de origem estão nas mesmíssimas condições - e se chove nos Açores! - sendo que o pêlo e a gordura que têm é-lhes suficiente...
Aos senhores da "Animal": Há alturas em que o silêncio é mesmo de ouro!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Lisboa, ele há meninas e moças

É de louvar a capacidade de adaptação e reinvenção que Santana demonstrou ao longo dos últimos cinco anos.

Se os ciclos políticos se deveriam construir com base em legislaturas e mandatos autárquicos, desde 2003 que este dirigente laranja vem a provar as vicissitudes que marcam o trajecto político de um homem. Fazendo as contas, vemos um candidato a Lisboa, líder do PSD, primeiro-ministro, candidato a primeiro-ministro, político em período de reflexão, 'escritor', parlamentar, líder da bancada parlamentar, candidato às directas do PSD contra a Dra. Ferreira Leite e Pedro Passos e, novamente, candidato a Lisboa.

E pasmem-se os demais, bem capaz de vencer as eleições na capital.
Basta para tal a conjugação de alguns factores:

A fragmentação de votos à esquerda, com a candidatura de Helena Roseta sem apoio partidário do PS e a lógica esquerdista presente na vaga de Manuel Alegre;

A campanha certa, a do menino guerreiro que volta a 'casa' para concluir o sonho de Lisboa, com a preciosa ajuda da Figueira da Foz - novamente.

Uma coligação à direita, que não dispersa os votos do centro laranja - os eleitores do centro PPD lisboeta não são tão sensíveis ao CDS PP como se de legislativas se tratassem.

E a mais importante, que a bem dizer já está conquistada - as juntas de freguesia que são laranja. Poderá parecer acessório para quem faz belíssimas análises, mas em cada bairro lisboeta a junta é fundamental no enraizar de relações e dependências, e se estes núcleos tão importantes (tão mais importantes que qualquer outdoor) no contacto com o eleitorado fizerem a candidatura do Dr. Santana, as probabilidades de Lisboa voltar a ser laranja são... boas.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

De boas intenções está o Governo cheio

No final de 2006 e no âmbito das comemorações dos 30 anos do Poder Local, o Governo apresentou pela mão de António Costa, então Ministro da Administração Interna, uma carta aos autarcas propondo um sem número de medidas com vista a uma bem intencionada descentralização de áreas como a Educação, Saúde e Acção Social.

Hoje mesmo o Governo concretizou, no tocante à Educação, a transferência de responsabilidades para noventa e dois municípios portugueses. A medida parece, a priori, louvável. Mas este processo de descentralização que José Sócrates humildemente baptizou de "a maior operação de descentralização desde o 25 de Abril" representa uma mão cheia de vantagens e de boas intenções, ou, no fundo, não é senão o passar da batata quente aos autarcas?

É que se fica bonito dizer que a proximidade do poder local com as comunidades pode traduzir-se em eficácia de acção, mais valias e melhoras na Educação, por outro lado afigura-se preocupante o estofo financeiro e logístico que as autarquias serão obrigadas a ter. E mesmo que o Estado Central preveja a dotação financeira das autarquias para tais fins, quer-me parecer que nem todos os problemas se resolvem com numerário...

Bem pelo contrário... Não sejamos ingénuos: dinheiro em pequenos centros de decisão como o são as autarquias pode bem ser augúrio de problemas! Interesses, criação de empresas municipais em cima do joelho, jobs for the boys, desarticulação com a administração central, etc. etc vão dar muitas dores de cabeça aos nossos autarcas. E mesmo que nalguns caso esta gestão venha a produzir bons resultados, cedo ou tarde os autarcas se aperceberão de que no fundo, o que o Estado Central fez foi atirar responsabilidades ao Poder local, deixando-lhe à guarda um tema tão complexo e sensível como a Educação.

Curiosa é a atitude de António Costa, um dos mentores destas medidas, que hoje enquanto edil da Câmara de Lisboa não respondeu ao repto. Caso para dizer, "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço"...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Lá vai Lisboa

Não sou cá de previsões, mas o certo é que há cerca de uma semana atrás, ao subir a pé a artéria mais emblemática da capital, a Av. da Liberdade, comentei com um amigo o quão desolador é ver um leque de edifícios bonitos - o antigo cinema Condes, actual Hard Rock Lisboa; o Palácio Foz; o Cinema Éden; o Avenida Palace, etc... - a conviver com outros tantos prédios devolutos numa zona nobre e turística como aquela.

Ontem à noite, foi precisamente um desses prédios devolutos que deu origem a um incêndio na zona dos Restauradores. Tratava-se de um dos mais de 4600 edíficios alfacinhas em estado de degradação que, quais nódoas no melhor pano, envelhecem, empobrecem e põem em perigo esta cidade maravilhosa.

Já muitos se debruçaram sobre esta problemática mas, na verdade, ninguém se 'chega à frente'. Da autarquia aos proprietários, nada é feito quanto à falta de conservação, abandono e destruição dos prédios e lá vai Lisboa, envelhecida e empobrecida.

Recentemente, a propósito do incentivo ao arrendamento jovem, uma juventude partidária (JSD) defendeu - e bem - a reabilitação dos edificios localizados nos centros históricos das cidades com vista à colocação daqueles imóveis no mercado de arrendamento destinado aos jovens. Só não ouviu quem não quis. Uma solução nas mãos do Estado, autarquias e proprietários que traz vantagens a todos, sendo solução para colmatar de uma só cajadada vários problemas: combate a desertificação e degradação dos centros urbanos, evitar sinistros como o que ocorreu esta noite e, simultaneamente, uma preciosa ajuda no acesso à habitação jovem.

No tempo idos de Santana, a ideia da reabilitação urbana foi bandeira com o objectivo de atrair o regresso dos jovens entretanto expulsos para as periferias. Santana envidou esforços nesse sentido e encetou obra nalgumas zonas alfacinhas como Alfama e Bica. Mas não findou o hercúleo trabalho e desde aí rejeita-se o seu projecto, creio, só pelo seu mentor.

E mesmo depois do susto de ontem, continua-se a fazer orelhas moucas. Volvido um ano de gestão socialista na Câmara, nada foi feito no que toca à reabilitação urbana (e quanto ao resto por ora não me pronuncio...) e é certo que a um ano de eleições se acabará por adiar a resolução desta problemática. Alega António Costa que um primeiro passo já foi dado: o levantamento dos prédios devolutos. Eu espreitei aqui e a lista estava... vazia. Assim vai Lisboa...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

É a Cultura, estúpido!

Roubei a epígrafe à denominação das tertúlias que outrora tinham lugar no São Luiz porque o que me leva a escrever este post é a indignação que se me aflorou na passada quinta-feira, quando constatei, de novo, o quão menosprezada é Cultura neste nosso país. Bem sei que já devia estar habituada... mas há sempre quem nos volte a relembrar que a ela tudo (mas mesmo tudo!!) se pode sobrepôr.

Decorreu nas últimas duas semanas a 78ª Feira do Livro de Lisboa. Esta edição chegou a estar em causa mas lá tiveram juízo e ultrapassaram as muitas tricas entre as partes envolvidas, terminando assim com o folhetim que se gerou à volta daquilo que deveria tão somente ser uma iniciativa cultural mas que se tornou numa iniciativa subordinada ao factor comercial.

Estive lá numa visita relâmpago na primeira semana e planeei um regresso mais demorado pelo recinto na passada quinta-feira, véspera de feriado cá pela Capital. Visitei nesse mesmo dia o site oficial para confirmar os horários e para saber com que programa cultural e sessões de autógrafos podia contar.

Pois bem, chegada ao recinto no final de uma tarde de trabalho e desejosa de me perder por entre aquele infinito universo de livros, começo gradualmente a aperceber-me do corropio dos vendedores, a arrumar, a fazer contas ao lucro e a fechar as barraquinhas! Sem qualquer aviso, a APEL achou por bem encerrar a feira às 21h, com o agrave de ser véspera de feriado. Uma Feira do Livro dependente dos Santos Populares, portanto.

Pergunto-me: de que mais dependerá uma feira do livro? Do futebol?! Não estive lá nos dias em que a nossa selecção jogou, mas se alguém me disser que fecharam as barraquinhas para assistir aos jogos, não me admiraria! É que ali não faltava nem o ecrã gigante (!!), uma verdadeira heresia naquele lugar que eu tomava como uma espécie de templo do conhecimento.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Descubra as diferenças (III)

2008

Ontem, estreou na RTP pela mão de Maria Elisa, "E depois do Adeus", um programa que evoca momentos que marcaram indelevelmente o país, incitando à introspecção política, social e cultural. O tema escolhido para a primeira emissão foi o das cheias de 1967 - a maior catástrofe natural ocorrida em Portugal depois do terramoto de 1755 - bem como as de 1983 e 1997.

Hoje, Lisboa acordou inundada e no resto do país o cenário não foi muito diferente.

Afinal, as cheias não são problemática do passado e de quando em quando, insistem a marcar a actualidade. E não vale a pena remeter as culpas para S. Pedro. É certo que o tempo é cada vez mais incerto e as alterações climáticas têm revelado a sua pior faceta. Contudo, os problemas que estão na origem das maior parte das incidentes relacionados com o mau tempo podiam ser evitados com coisas tão elementares como limpeza de algerozes e dos sistemas de escoamento, a regular manutenção das vias rodoviárias e fiscalização periódica de infraestruturas públicas. E há ainda que alertar para os efeitos da urbanização descontrolada, que na maioria dos casos é imune ao ordenamento de território.

O certo é que já era hora do país estar preparado para fenómenos metereológicos como este, ao invés de continuarmos a olhar para o passado (como no aludido programa), sem no entanto sabermos retirar lições dele. E insistimos nesta lógica a la portuguesa do "remediar, sobre a qual ainda há dias aqui falei.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Ah, e tal, a Juventude...

Tal como aqui previ, os cobres que o Sr. Costa tanto deseja amealhar nos cofres da malograda CML, falaram mais alto que o interesse e o serviço público.
Com efeito, o fim do ano transacto significou também o fim do portal LX Jovem e dos demais organismos àquele associados – as lojas LX Jovem, os gabinetes de planeamento familiar e de aconselhamento e orientação profissional, bem como a plataforma de cooperação e dinamização de um sem fim de eventos por essa Lisboa fora.
A juventude era o móbil de uma pequena equipa que foi gigante no esforço e na dedicação aos jovens alfacinhas e a todos aqueles que por cá (sobre)vivem.
Acresce que ademais de se tratar de um equipa constituída por seis (!!) pessoas, houve um contínuo empenho daqueles em obter apoios financeiros que sustentassem o projecto.
Ainda assim, foi-lhes decretado o fim.
Dá vontade de perguntar ao Sr. Costa e demais vereadores, quantos são os assessores e administrativos inertes que passeiam pelos paços do concelho..?!
Dá vontade de perguntar aos mesmos senhores, se já lhes ocorreu a importância da juventude nesta cidade cada vez mais envelhecida.
Os tais senhores que declamam sem a menor pontinha de remorso:
“Ah, e tal, a juventude... sim, sim, é muito bonita..! Mas é quando está bem quietinha...”
Dá vontade de ripostar:
Perdoai-os Senhor, que eles não sabem o que fazem, nem tampouco o que dizem!”
(E a mim, perdoem-me a insolência... , mas não resisti.)

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

CML de COSTAs voltadas à Juventude

Na ânsia de mostrar trabalho, poupança e transparência, a renovada CML empreendeu uma verdadeira «caça aos avençados».
Desconheço o real estado da CML e compreendo que em nome do plano de saneamento financeiro se leve a cabo determinadas medidas que, mais cedo ou mais tarde seriam inevitáveis.
Mas há que estipular critérios, avaliar caso-a-caso e reflectir sobre as repercussões que essas medidas possam ter.
De outro modo, acaba-se por - ao rescindir serviços de equipas inteirinhas... - condenar à morte projectos de interesse municipal, como é o caso do Portal LX Jovem, que neste momento tem os dias contados, dado que os responsáveis pela sua manutenção estão literalmente na corda-bamba.
'Contenção de despesas' é um argumento forte, mas não plausível quando estão em causa projectos de reconhecida relevância e de extrema utilidade aos munícipes, como é o caso do Lx Jovem.
E quando, por arrasto, se dirá 'adeus' às lojas LXjovem (que disponibilizam gratuitamente orientação profissional, planeamento familiar, etc... ) e iniciativas como a "Futurália", "Semana da Juventude", Festival "Tocabrir", etc.. o caso é grave.
Mais que grave, é sintomático do menosprezo que os senhores do poder têm pelos jovens deste país.