sexta-feira, 30 de setembro de 2005

O que é que se diz?

"Santana Lopes deixa o caminho livre a Cavaco Silva"

Título da pág. 27 do Diário Económico de hoje (texto integral na edição de 2ª feira).

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Pasteis para Belém

As presidenciais começam a tornar-se interessantes!

a) Alegre é mais consistente que Soares, e já há tempos que dizia (embora o não escrevesse) que fidelizaria mais a verdadeira esquerda. Eis uma sondagem que o atesta.

b) Cavaco tem de ganhar, desde logo por uma lógica de "freios e contrapesos" (checks and balances na ciência política anglo-saxónica).

c) O eleitorado do Bloco de Esquerda, numa segunda volta, votará maioritariamente em Cavaco Silva, o que confirma o que disse e escrevi: tirando alguns desfavorecidos iludidos com a propaganda da extrema-esquerda trotskista, a verdade é que o BE esconde uma burguesia satisfeita que resolve "virar o barco" com o seu voto, por descontentamento genuíno com a política clássica ou porque não compreende como é que todo o mundo parece renitente em ir buscá-la a casa para missões para que se sente talhada, mesmo que para isso não mexa uma palha.

Quando está bem, está bem...

Boa medida a de dar formação continua aos professores de matemática do primeiro ciclo.
Esta leva anos a dar frutos, mas tem de se começar por aqui. Oxalá não se mudem algumas das coisas acertadas que se têm feito na Educação, quando mudar a Ministra ou o Governo (hábito bem português).

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

O debate mensal com o Primeiro-Ministro (visão de um militante do PSD)

...


(disse)

A nossa campanha alegre

Agora que Mauel Alegre resolveu atestar o perfil consensual de Mário Soares, por que não fazermos ciência política?!
Já imaginaram que justo era conseguirmos uma 2ª volta Cavaco vs Alegre?
É a oportunidade de agradecermos a proba governança das finanças públicas, a "descolonização exemplar", as presidências abertas, e todo um legado que, de facto, não pode ser esquecido!...

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

O nosso choque tecnológico

Irra!
É para aí o 4º ano que tento pagar a quota do PSD (sim, sou daqueles idiotas que não espera que lhas paguem, em altura de eleições internas, na óptica - a do pagador - de um qualquer cambalacho acéfalo, em que temos sido fertéis) na Internet e népia.

Das duas, uma: ou tiram a referência do aviso para pagamento, ou vêem que diabo se passa.

Dar uma de modernidade com conhecimentos a carvão dá choque, mas não é tecnológico...

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Vai uma sopinha?

Noticiou o "Independente" que Saramago combinou o apoio a Soares com o próprio, a uma mesa do Gambrinus (restaurante de luxo, para quem não saiba), algo legítimo, numa economia de mercado.

Com tais mordomias, bem fica a Saramago nem tentar apoiar o candidato do PCP.

Agora, Soares dizer que nos entende a todos, com a crise que vai para lá das portas do Gambrinus...

Tá bem

Há que reconhecer que, na Educação, tem havido medidas positivas:

- concursos plurianuais para colocação de professores (estabilidade para os próprios, para o projecto educativo da escola e para os alunos acompanhados, para o bem e para o mal, ao longo de um ciclo)
- escolas do 1º ciclo abertas até às 17h30, e pelo menos durante 8 horas (os pais de hoje não têm os horários de ontem)
- inglês e infomática no 1º ciclo.

Não ficava mal ao PS reconhecer que os Governos PSD/CDS haviam começado a apostar nestas vias.

A verdade é que também não ficava mal ao PSD saber reivindicar essa paternidade e defender, por exemplo, o Prof. David Justino com outra eloquência e mais carisma.

domingo, 4 de setembro de 2005

Em brasa

A 2ª liga presidencial não deixa, no entanto, de ter alugma razão.
Creio que o facto de o PCP e o BE levarem as candidaturas até ao fim pode ajudar a esquerda, já que há militantes de ambos que, a meu ver, ficariam em casa, se a única opção fosse Soares.
Por outro lado, nada me tira da cabeça que Jerónimo de Sousa ía mesmo desistir (assim poupando o envelhecido eleitorado comunista a mais uma romaria), só tendo mudado o rumo quando o concorrente directo (BE) decidiu ir até ao fim.
Grande é Cavaco Silva que ainda não abriu a boca e já os pôs todos em brasa.

2ª liga

Ouvir Louçã, a mais de repetitivo, é repugnante, para quem, como eu, deteste hipocrisia e desrespeito pelas instituições.

Na sua apresentação como pseudo-candidato presidencial disse, entre outras pérolas, que Portugal, não obstante ser quatro ou cinco vezes menor que Espanha, ardia mais. E nenhum jornalista tem a isenção de lhe perguntar se acha que o combate aos fogos é gizado pelo Presidente? Sintomático (eu ando a avisar...)...

Disse ainda que Portugal andava "profundamente desanimado" (cito de cor). Será que se propõe animar-nos com palhaçadas? Será que acha que nos vamos rir com a demagogia de quem vive como burguês e fala como descamisado?

A verdade é que Louçã não é candidato a Belém, antes fazendo uma fraude política aos princípios da lei e à inteligência dos portugueses, visando aproveitar-se do tempo de antena e continuar a disputar a 2ª liga política com o PCP e outros...

sábado, 3 de setembro de 2005

Afinal, não é da minha vista

Hoje, pela manhã, vi, mais uma vez, os oportunos comentários da jornalista Felisbela Lopes, na edição da manhã da RTP-N.
A dado passo, referiu que o "Expresso" anda numa fase de desacerto, lembrando que o jornal avançava que o PCP iria candidatar uma mulher a Belém e que, ainda na semana passada, apontara Belmiro de Azevedo como apoiante de uma candidatura de Cavaco Silva, algo que o primeiro disse, na edição de hoje, ainda não ter decidido.
Se lerem o post "Beslan", verão as razões do meu alívio...

Cultura rica em país pobre


Agosto de 2004, Yerevan, Armenia.

Memórias de um país esquecido


Agosto de 2004, Tbilisi, Georgia.

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Beslan

Fez ontem um ano sobre um trágico começo de ano lectivo, onde animais, a coberto de um Islão que não prega aquilo, sequestraram crinaças inocentes e familiares.
A intervenção das forças da ordem foi péssima, já se sabe. Mas bem podem os correspondentes das televisões fazer uma pausa na sua bílis anti-Putin, pois nada desculpará o vampirismo insane dos terroristas.

Este episódio fica também marcado por uma enorme decepção com o "Expresso".
De facto, quando a Ministra da Educação foi à Comissão Permanente da Assembleia da República, no ano passado, coube-me fazer a intervenção pelo PSD.
Em jeito de nota prévia, e sublinhando qua nada tinha a ver com o assunto que iriamos analisar (relembro que houvera problemas bem grandes com o concurso de professores), lamentei o que estava a suceder em Beslan (ainda não se dera o "assalto" das forças governamentais), condenei o terrorismo e, para concluir, mencionei que iria entrar no tema da ordem do dia.
Inspirada por um dos muitos canalhas que há na política (como em todo o lado, diga-se), a secção"Gente" da revista daquele semanário, sob o título "Tirada infeliz", disse que eu desvalorizara os problemas em Portugal à luz de uma comparação com a abertura do ano lectivo na Rússia, o que, de facto, seria imbecil.
Entreguei a uma das jornalistas do "Expresso", que costuma cobrir a actividade parlamentar, uma cópia da acta e uma carta ao Director, pedindo a correcção da alarvidade a mim atribuída. E, nada...
Escrevi então ao Director, juntando o registo da sessão em vídeo. E... Recebi um cartão do mesmo, estranhando não ter recebido a carta e informando-me de que naquele jornal não se guardavam "cartas na gaveta" (alguém a arquivou no lixo, digo eu...). Prometeu a sua publicação, em breve.

Resultado?! Publicou a carta na secção destinada a cartas dos leitores, em letra miúda e no fim da revista.

Lição?! Nunca aceitem conselhos (por muito bem intencionados que sejam) para não exercer, formalmente, o direito de resposta, por muito que os jornalistas vos "tomem de ponta", a partir daí.

Mas, de facto, o mais importante é mesmo que rejeitemos o sangue em nome do Islão, seja em que quadrante do globo for.

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Eu bem digo...

Avolumam-se os gritos de denúncia em relação à geração que, hoje, domina os aparelhos partidários.
Claro que nem sempre (ou raramente) falamos dos rostos de primeira linha, mas há segundas e terceiras linhas (os mesmos que conseguem, por exemplo, apoiar com o mesmo vigor e protagonismo a trilogia antagónica: Barroso - Santana - Mendes, no PSD) que se perpetuam e estrangulam novas ideias e desejos de purificação dos procedimentos que tenham por objectivo refrescar o discurso.
Ultimamente, vozes que me parecem credíveis apontam o dedo aos "aparelhos" partidários. Vejamos algumas:

Ângelo Correia (O Independente, 22 de Julho):
"Qualquer dia, só santos e desempregados vão para o poder".
Comentário: dos segundos já é possível colher amostras...

Carlos Monjardino (O Independente, 19 de Agosto):
"Os decisores políticos são sempre decisores espartilhados por máquinas partidárias."
(...)
"Há sempre a preocupação de colocar em determinados lugares pessoas escolhidas não pela sua competência, mas pela sua filiação partidária. O que custa caro ao País.".
Comentário: não me diga?!...

Manuel Alegre (jantar em Viseu, transmitido e reproduzido por inúmeros media, 30 de Agosto):
"Há mais vida para além dos aparelhos".
Comentário: tirando a pantomina do "vai que não vai" a Belém, nada como um poeta para manter a esperança em algo que parece díficil de provar.

Paulo Morais (Visão, 25 de Agosto):
"Pena é que nos partidos ainda haja colunas estalinistas que pretendem cercear o pensamento dos seus membros".
(...)
"Nos partidos (...) mandam os novos profissionais da política, gente que nunca fez nada na vida, para além da política e a entende como um fim em si mesmo. Nem sequer se preocupam com o interesse do partido, quanto mais com o do povo".
Comentário: bruxo!

Quanto mais tempo faremos de conta que não é connosco dar a volta a isto?! Durante quantos anos mais vamos dizer que pode ser tudo verdade, mas que quem afirma "devia ter dito antes" ou "só diz porque não lhe deram lugar"?
Falta-me em força política o que me sobra em indignação, confesso.