terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Era bom, era...

Aproveitando o último arrazoado do ano, desejo a todos os leitores e colaboradores do LODO um 2010 cheio de saúde, projectos concretizados e, já agora, melhor política, pois bem precisamos…

É normal preencher-se a crónica de fim de ano com desejos grandiosos e proclamações sobre o quão maravilhoso será o ano novo. Pois bem, abusando da minha qualidade de fundador do blogue, dou-me ao luxo (a veteranice tem destas coisas) de optar por um registo mais céptico e de desejar coisas simples, que tornariam os meus dias menos penosos, mas que, ainda assim, suspeito que não serão fáceis de alcançar, sem que daí extraia algum indício de malquerença celestial. Eis 10 desejos para… 2010:
  1. Creio que não equivale a pedir este mundo e o outro desejar que os portugueses deixem de cuspir em locais públicos. Acho que no século XXI já era altura de parar de me encolher sempre que ouço um trejeito de garganta do tipo “puxar a culatra atrás”. É porco e feio, mas é ainda muito comum.
  2. As eternas pipocas no cinema... Não levantam considerandos de higiene, mas faz-me confusão um “croc” quando Scarlett Johansson se prepara para dizer algo – perturba-lhe a entoação, mesmo quando o conteúdo não interessa – ou o barulho de garras a vasculhar no balde, quando Al Pacino ensaia uma das suas tiradas. Como eu anseio que os parceiros do lado se engasguem… Quantas vezes já me apeteceu virar o balde de pipocas pela cabeça do comensal abaixo e enfiar dois sopapos no topo do recipiente…
  3. Creio que deveriam inventar um sistema de corte de dedos médios (sim, os do meio) da mão dos condutores semelhante ao existente para os charutos. Deste modo, embora condenados a viver com cada vez menos civismo nas estradas, acabavam as obscenidades.
  4. Sem sair do trânsito, sigo sem perceber que relação há entre conduzir e limpar o nariz com os dedos. Mas que a há, há… Talvez fosse uma boa altura para outros gestos deselegantes que muitos homens fazem em público; afinal de contas, ao volante não se vislumbra a cintura, mesmo a do mais labrego.
  5. Por falar em condutores, se houvesse uma multa para a quantidade de azeiteiros (sem desprimor para os originais) que ouvem música (geralmente horrível, quando não foleira) aos berros e com a janela aberta, o défice das contas públicas resolver-se-ia num ápice, tornando desnecessária a polémica do código contributivo, até ao ano 3000.
  6. Não fica à beira de perder o juízo quando está num café e a criatura que está a lavar as chávenas e pires faz uma barulheira capaz de chamar a atenção de um morto? Em Coimbra, é o único problema do meu poiso de fim-de-semana.
  7. Outra coisa que me deixa insano é o afivelar de um par de trombas pelas pessoas que me atendem em estabelecimentos comerciais, onde lhes peço o sublime sacrifício de me deixarem gastar o meu dinheiro. Hoje em dia, já não passo sem dizer “de nada” aos que não me agradecem e “desculpe a maçada” aos trombudos puros e duros; como a minha estatura previne aventuras dos grosseiros em causa, adoro as reacções…
  8. O mesmo receituário aplico a outros tipos de fenómenos sociais contemporâneo: a falta de gratidão, quando deixamos passar alguém à nossa frente, ou a indelicadeza das pessoas que acham normal caminharem como se fossem carrinhos de choque. Nestes casos, recomendo um “deixe lá; eu estou cá para isso” ou um simples, mas audível “não tem de quê”!
  9. Odeio graffitis nos transportes públicos e nos edifícios. É sujo, geralmente não tem nada de arte (não são, na realidade, graffitis, mas sim gatafunhos) e dão ar de degradação urbana. A mais de recomendar um banho de imersão em tinta aos meliantes, censura-se o laxismo das empresas e municípios; desleixo atrai desleixo.
  10. O ambiente interno do PSD deveria mudar… Lembro-me à vez de um saloon do Far West ou de uma taberna de piratas, sempre que vejo o regime fratricida e “caciqueiro” que domina muitas das estruturas daquele que já foi (e poderá voltar a ser) um “grande partido grande”…

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Uma curiosa adaptação

Nunca julguei que Guy Ritchie conseguisse fazer um filme de massas, mas fez e vê-se bem...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Neste Natal, não perca a cabeça!...


Como sempre, a Lodo, S.A.D. deseja a todos os colaboradores, fornecedores e amigos Festas Felizes

Directas só aos sábados à noite…

Dando o devido desconto a afirmações que não aparecem em discurso directo, li com agrado as notícias que falam da alegada intenção de mitigar o método de voto universal (vulgo “directas”) na eleição do presidente do PSD (abrindo a votação, apenas depois do congresso), por parte de Pedro Santana Lopes.

Como se sabe, foi Santana Lopes o primeiro grande defensor das eleições directas, no Congresso de Viseu, em 2000. Tive, nessa ocasião, o privilégio de participar na fundamentação teórica da moção que defendia a bondade da adopção da eleição directa do líder e de colaborar directamente com o seu autor. As razões da minha luta eram várias, a mais da que advinha do facto de apoiar aquele: por um lado, a matriz democrática da proposta; “um militante, um voto” era um lema que correspondia ao grau máximo de abertura de uma entidade partidária, num sistema democrático. Pensava, ademais, que as resistências à sua adopção tinham a ver com o afã de algumas individualidades em conservarem o nicho de opinião ou que se tratava do receio que, ao longo da História, sempre se manifestou, quando se alargou o universo de votantes (fosse a negros, mulheres ou cidadãos com baixo rendimento).

Cria ainda que rejeitar as “directas” era enjeitar a modernidade, que era necessário dar novo ímpeto a um partido que me parecia saudosista, parado no tempo…

Por fim e resumindo, pensava que o problema maior do PSD era o seu elitismo; ou se pertencia a uma “casta” superior e, de preferência, fundadora, ou não se tinha justo título para determinar o rumo a seguir.

Havia, assim, que fazer a experiência, com a noção de que os avanços no sentido da abertura são dificilmente reversíveis.

Contudo, de algum tempo a esta parte, venho adquirindo a ideia de que optei por um pensamento teórico bem estruturado, mas desligado da realidade sociológica portuguesa e do PSD, em particular. Olhei apenas à teoria política, esquecendo a ciência política, diria.

O facto é que as “directas” não democratizaram o PSD. Promoveram, isso sim, o poder do dinheiro e o pagamento de quotas em catadupa, por vezes, com apoiantes de facções diversas a preencherem vales postais à mesma mesa, ao que se diz. Por outro lado, demoliu-se o espaço tribunício dos congressos, em que os grandes oradores podiam fazer tal diferença, que havia marcações homem a homem, quase como no futebol; onde a retórica podia desequilibrar a balança(os directos televisivos duravam horas), mandam, agora, os caciques e os sindicatos de votos. Obrigar à realização prévia (ainda que por horas) de um congresso, devolve algum espaço à argumentação.

Em terceiro lugar, o que era para ser modernidade redundou em mera automatização de militantes que, satisfeitos com o noticiário nacional, votam localmente sem exigir mais debate e explicações sobre o destino intermédio do seu voto (a quem se dá poder no concelho ou no distrito).

Por fim, agravou-se a miséria franciscana de um País sempre deficitário em matéria de elites.

Quem tenha uma carreira profissional e interesses diversificados na vida não pode competir com máquinas e angariadores profissionais. No entanto, a experiência de quem não viveu uma vida à sombra de lugares de poder e que, por isso, tem uma mundividência realista e informada é essencial ao debate, sob pena de distanciarmos a perder de vista os partidos das pessoas.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Natal é mesmo de Jesus

Apesar do estado do terreno (não há relvado que resista a este temporal), gostei do jogo, que terminou com a vitória do Benfica sobre o Porto por um a zero.

Emotivo, com velocidade e com bons jogadores.

Aliás, atendendo precisamente ao lamaçal, creio que Aimar e Di Maria não fizeram assim tanta falta ao Benfica; são jogadores tecnicistas e muito leves.

Quanto ao Porto, já lhe vi melhores partidas e creio que precisa de, rapidamente, fazer a Hulk o trabalho de educação cívica e de consistência psicológica que o Manchester United fez a Ronaldo. Porém, Jesualdo não é Ferguson...

A título de curiosidade diga-se que 48% dos participantes na nossa sondagem acertaram no seu prognóstico (antes do fim do jogo...). 40% haviam apostado na vitória do FCP e 12% no empate.

Em suma, entendo que jogos assim combatem a desertificação das bancadas.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Contrafacção ao natural

Há alguns dias, dei-vos conta de que Rihanna fora acusada de plágio por Ana Malhoa.

Sucede que a cantora, no seu sítio, vem dizer que se limitou a reproduzir um comentário de uma admiradora. Ora bem, tal prova que é bem mais básica do que pode, à primeira vista, parecer, pois não apenas não identificou a autoria do comentário, como parece não perceber que, ao publicar o dito na sua página on-line, está a dar força a uma informação que ficamos por perceber se corrobora.

Todavia, o que me traz de volta ao assunto é o facto de Rihanna se revelar, cada vez mais, uma macaquinha de imitação, não deixando a amiga do Macaco Adriano fruir a sua esplendorosa e mundialmente conhecida originalidade.

Pois é... Depois de ver a obra prima de José Malhoa na Playboy, Rihanna deixou-se de modas - já antes tirara púdicos retratos para a GQ - e posou com pouca roupa para a mesma revista, quiçá para recuperar a imensidão de pontos de popularidade que deve ter perdido para Ana Malhoa, neste interim...

Há gente que não tem mesmo nada de original (não, Tony; não é contigo...)!...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Portugal liberal?!

Diz-se que o PSD precisa de se tornar um partido liberal ou, numa hipótese mais moderada, que o putativo vencedor da próxima eleição interna (Pedro Passos Coelho) poderá imprimir um cunho mais liberal às propostas políticas do PSD.

Desde logo, começo por sublinhar que me parece errado abandonar o espaço social-democrata (se quisermos, o centro e o centro-esquerda), por razões de ordem substantiva e de ordem táctica.

As primeiras têm a ver com o facto de eu entender que o Estado deve ter um papel regulador (o que faria de nós um partido reformista) ou mesmo proponente em certos domínios cruciais como sejam a segurança social, a saúde, a educação e a cultura. Mesmo nos E.U.A., onde o ideário é muitíssimo mais liberal, a grande batalha de Obama tem sido travada em redor da saúde e da necessidade de assegurar que o mercado não exclui da rede de cuidados médicos os mais desfavorecidos ou mesmo os remediados (um internamento de poucos dias pode bem custar milhares de dólares, além-mar).

O mesmo pode dizer-se na educação, área na qual se acentuaria cada vez mais o fosso entre as escolas de elite e as que serviriam para atribuir alegadas competências sob a forma de papel passado, caso optássemos pelo “Estado mínimo”. Isto, evidentemente, desistindo de imaginar o que seria uma cultura exclusivamente deixada ao sabor do lucro… Por certo, agradaríamos às massas, mas não cumpriríamos o desígnio último da política cultural que é, a meu ver, o de contribuir para o nosso desenvolvimento integral enquanto seres humanos e o de contribuir para o cimentar de patamares culturais e de uma identidade colectiva.

Já as objecções a que chamei tácticas ao abandono do centro político prendem-se com a concessão definitiva ao PS do espaço onde, em Portugal, se ganham eleições. Penso que o nosso eleitorado flutuante é de índole política moderada e aprecia reformas introduzidas com conta, peso e medida. Virar radicalmente à direita seria confinar a disputa eleitoral a um espaço mais pequeno e no qual o CDS-PP tem vindo a afirmar-se com a maestria de Paulo Portas. Pior ainda: se os populares souberem institucionalizar o seu ganho partidário é de temer que parte dos votos que “roubaram” ao PSD nas últimas eleições possam não voltar.

Com o que chegamos ao último ponto deste texto: não só este espaço ideológico já tem inquilino, como haveria que o definir. Ab initio, falamos de um modelo ideológico que pressupõe uma sociedade civil vibrante, que aceite as normas escritas e não escritas pela sua bondade intrínseca, com células intermédias (partidos, famílias, associações, clubes, igrejas e por aí fora) fortes e empreendedoras, com um sector empresarial que fuja da mendicidade junto do Estado e com um sector académico e sociedades de advogados que não vivam tanto de pareceres a grupos económicos de capitais públicos ou de consultorias e, sobretudo, substanciada por um povo que preze a sua independência individual, a sua liberdade, acima de uma qualquer cultura assistencial. Numa sociedade liberal o apoio público resume-se a uma rede de cuidados que configurem o mínimo de dignidade abaixo do qual se não deve deixar cair quem quer que seja.

Está o PSD preparado para isto? Mesmo que haja massa crítica suficiente (tenho reservas), teríamos que mudar de povo e de idiossincrasia.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Só se perdem as que caem no chão

Lia-se ontem, no sítio da BBC e no Público, que Blair teria dito que colaboraria na invasão do Iraque, ainda que tivesse sabido que o país não tinha armas de destruição maciça, o que motivou reacções de condenação desde o chefe da procuradoria britânica à data da invasão, ao inspector chefe da O.N.U., nessa altura, Hans Blix, e mesmo ao antigo advogado de Saddam Hussein.

O jornal The Guardian (citado pelo seu homólogo português) compara a falta de fundamentação da decisão do antigo Primeiro-Ministro com a os crimes imputados aos dirigentes jugoslavos, que motivaram a acção militar nos Balcãs; ou seja, também Blair teria sido parte numa acção criminosa (embora o jornal não proponha, evidentemente, uma acção da N.A.T.O. ou de qualquer coligação internacional no Reino Unido).

Ora bem, resistindo à tentação de apontar o dedo, é preciso que se diga que Blair não afirmou que sabia da inexistência da parafernália bélica iraquina; o que sublinhou, como aliás fez em resposta a uma pergunta que lhe dirigi, nas Conferências do Estoril, foi que, dados os ganhos registados (por exemplo, a realização de eleições democráticas), teria apoiado a invasão, embora com argumentos diversos sobre a natureza da ameaça. Na pior das hipóteses; Blair será culpado de ter exacerbado a ameaça, sendo que parece estar a "criar um clima" para as audições a que será sujeito, numa comissão de inquérito.

Como também disse no evento do Estoril, a cuja organização tive a honra de presidir, a primeira coisa que nos interpela é a disparidade de critérios, mormento em lugares onde não há petróleo: Darfur (Sudão), Somália e, durante muitos anos e com o ouro negro divido entre indonésios e australianos, Timor-Leste.

Depois, há que pensar se, confrontados com a hipótese de não existirem (como veio a saber-se) a.d.m., se todos (e, no caso, os britânicos) apoiariamos (os que o fizeram, como eu) a invasão ou se o fariamos com o mesmo fervor. No meu caso, vou pela segunda via; creio que poderia escutar os argumentos, mas não colocaria a mesma prioridade na intervenção (o que fiz, entre outras ocasiões, num debate com a Deputada do Bloco de Esquerda, Ana Drago), desde logo porque me ocorreriam, já na altura, dúvidas sobre a estranha discrição dos vizinhos iranianos.

Mais grave ainda, fica para a história a total ausência de um plano para o pós-guerra, algo que, aí sim , deve pesar sobre George W. Bush e Tony Blair, em primeira instância.

O que entendo, em conclusão, é que a um pequeno país como Portugal não restará muito mais do que ir, com espírito crítico, mostrando solidariedade para com os nossos aliados, pois dela beneficiámos e poderemos vir a necessitar no futuro. Todavia, fica o aviso para que sejamos menos crentes, em futuras refregas...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Surreal social

É daqueles espectáculos que valem a pena, mesmo para quem não seja adepto incondicional do protagonista.

Falo do espectáculo de Manuel João Vieira, no São Luiz, a que pude assistir, na passada sexta-feira.

"O Artista Português é tão Bom como os Melhores" é uma extravaganza de cerca de três horas, na qual Vieira percorre todas as personagens do seu mundo e seus grupos, desde os Irmãos Catita aos Ena Pá 2000, passando pelo fado interpretado com traje a rigor e pelo jazz & blues com os Corações de Atum, sem esquecer o eterno Candidato Vieira, que cantou e discursou para descanso do eleitorado presente.

Pelo meio, um anão, um apresentador ao estilo de um cabaret, uma stripper e várias bailarinas, naquilo que, mais do que contestação, é uma brilhante encenação de contra-cultura.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Triunfo da Estupidez


À semelhança do sapato arremessado contra Bush, o soco que um louco desferiu no Primeiro Ministro italiano só vem confirmar a estupidificação dos cidadãos, ao acreditarem, ingenuamente, que um acto de violência destes pode mudar alguma coisa. Alguém lhes diga que não é um sapato ou uma boa direita que torna Bush num homem melhor ou que salva a Itália da perigosa mão de Berlusconi, respectivamente. Esta apologia da violência e a sua mediatização são preocupantes, sobretudo, quando nos apercebemos que a sociedade consagra os seus intérpretes em heróis. Veja-se os contornos do fenómeno: em poucas horas, milhares tornaram-se «seguidores» do perfil no Facebook de Massimo Tartaglia, o agressor. E pela Internet, tecem-se elogios: «Que o tornem Santo imediatamente. Que seja nomeado Presidente da República italiana. Todos somos Massimo Tartaglia». Não tarda nada, gestos destes vão ser considerados uma espécie de actos de cidadania, levados a cabo por homens de coragem que se tornam exemplos para a Humanidade.

Mas o mais curioso em tudo isto, é que tende a "virar-se o feitiço contra o feiticeiro", sendo que este caso da agressão a Berlusconi tem tudo para ser usado como campanha de vitimização do Premier, que lhe valerá com certeza a compaixão de muitos italianos. Aliás, basta atentar à imagem acima e ver como Berlusconi continua a cair nas boas graças de muita gente, com manifestações de apoio que com certeza darão uma ajudinha aos já elevados níveis de aceitação de Berlusconi, pese embora a crescente contestação à sua governação.

Sem cópia possível...

Ainda alguns portugueses recuperam das aulas de musculação destra induzidas pela generosidade fotográfica de Ana Malhoa e já temos novos motivos para extâse!!!

No seu blogue, a filha de José Malhoa acusa a vedeta pop Rihanna de plágio!!! Nem mais, a nossa menina mostrou quem manda e se a mocinha barbada (é originária de Barbados) se põe em bicos dos pés, é bem capaz de ser acusada de imitar os implantes da nossa superstar, acabando nós a dizer: "a Ana malhou-a"...

Aliás, a nossa cantora em pêlo dá dez a zero a Tony Carreira, que foi acusado do mesmo por uma data de estrangeiros ingratos, que não perceberam as benfeitorias que o nosso King introduziu nas suas imprestáveis canções. Ana Malhoa deu um passo em frente e acusou primeiro!!!

Resta saber como continuará a nossa diva a mostrar que, ao menos isso, não é despida de argumentos...

Acusará Cher de lhe imitar a suavidade da pele?! Hugh Hefner de copiar a capa da edição portuguesa com uma lambisgóia americana qualquer?! Ou culpará Barack Obama e Gordon Brown por insinuarem que Playboy é um termo da língua inglesa?!

Seja como for, a nossa cantante portuguesa mostrou ao Mundo que se eles não os têm en su sitio, têm-nos elas!!!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Tento na língua!

Abençoado País que nos dá motivos para tantas pilhérias...

Tendo o Inatel organizado uma excursão de idosos ao Teatro São Luiz para mais uma representação de "O Que Se Leva Desta Vida", a plateia sentiu-se chocada com a linguagem dos actores e sabotou a continuação da peça.

Desde recomendações para o plantio de batatas ao estabelecimento de uma relação de causa-efeito entre os termos usados e o consumo de estupefacientes, de tudo aquela gente conseguiu articular, como poderá ver.
Ficam no ar algumas questões mais sérias, todavia:
  • Terá havido cuidado por parte de quem, no Inatel, escolheu este programa?
  • É legítimo interromper uma manifestação artística, quando, ao que se sabe, os teatros portugueses ainda não são cadeias e qualquer um pode sair, a todo o tempo?

Fora isto, creio que assistimos a uma das relações possíveis entre os agentes culturais e o mercado. Fizera o Estado mais uso deste tipo de sondagens e mais bem aplicados seriam os apoios públicos para a cultura (embora, evidentemente, haja que consagrar alguma verba para a cultura experimental e para as primeiras obras)...

Estando eu a caminho do dito São Luiz para ver o espectáculo de Manuel João Vieira, resta-me esperar que a plateia de hoje saiba ao que vai!...

III


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

À rasquinha

Se não visse o vídeo não acreditava...

No jogo contra os romenos do Unirea Urziceni, o guarda-redes internacional alemão do Estugarda, Jens Lehmann, aflitinho (ou "à rasquinha", como se diz por cá) para verter águas, fê-lo ali mesmo, atrás da sua baliza!

Nem sei que mais diga...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Circo de Natal

Chegou mais cedo, e não foi no descampado da aldeia ou nos habituais recintos da cidade. A tenda de circo montou-se lá para os lados de S. Bento, numa Comissão Parlamentar de Saúde que culminou com uma troca de insultos entre a deputada M.ª José Nogueira Pinto e o socialista Ricardo Gonçalves. A senhora perdeu a compustura e o senhor tomou-lhe o "bom" exemplo e não se deixou ficar. Mais dois contributos dos nossos representantes para a dignidade dos órgãos democráticos!

Modernidade de esquerda

Daqui a não muito tempo, de certo como medida para nos “modernizar” (essa palavra mágica que tem servido para nos desnortear), o PS aprovará o casamento entre pessoas do mesmo sexo, com ajuda do Bloco de Esquerda e do PCP.

Já dou de barato o facto de a situação actual aconselhar preferência a ideias que combatam o desemprego e minorem as sequelas económicas de uma crise que só não nos devastou mais pela nossa habilidade de nos safarmos dos maiores apuros. Reconheço, no entanto, que estas prioridades não tiram tempo à meia dúzia de deputados que vai debater o comummente chamado casamento gay.

O que continuo é sem perceber uma das maiores razões de indignação dos cultores da união em causa. Abespinham-se os seus defensores quando alguém (imagine-se…) argumenta que o casamento homossexual não é a inclinação natural da espécie humana. Por muito retórica que seja a questão, a verdade é que se a união com pessoas do mesmo género fosse coisa banal, era a própria subsistência da espécie que estava em causa; ou seja, se, por exemplo, os activistas do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda tivessem pais que, a seu tempo, escolhessem esta nova forma de “naturalidade”, era a sua própria viabilidade que estaria em xeque (em certos casos, permito-me acrescentar, a bem da Nação!). Porém, como disse, este é “apenas” um dilema conceptual.

Como já escrevi por aqui, o que está em causa, isso sim, é uma agenda ideológica que, minando as células intermédias da sociedade, concretiza um sonho de esquerda: isola o poder político na cúpula e as massas não agrupadas na base da pirâmide, assim permitindo a reprise social do projecto socialista, que ruiu pelo lado económico. Senão, vejamos: embora não anteveja uma conspiração global, o facto é que a agilização do divórcio, a despenalização da interrupção voluntária da gravidez e até a contestação de símbolos religiosos nas salas de aula – assuntos sobre os quais tenho posições diversas – servem um enfraquecimento de uma sociedade civil (como é usual dizer-se), que tem sido penhor de resistência contra as nossas imensas carências ao nível da classe política, desde os tempos pré-republicanos.

Acresce que a própria equiparação dos casais homossexuais em termos de direitos não obrigaria a falar em “casamento”, ideia que encerra a mais deliciosa contradição: a de pretender reconhecer a diferença pela consagração de um regime igual. A meu ver, tal finca-pé só prova o lado “politiqueiro” de alguns partidos com assento parlamentar.

Todavia, a situação existe e as pessoas que querem unir-se a outrem do mesmo sexo devem ter protecção jurídica. Pragmaticamente, há que tratar o tema a bem destes concidadãos, mas sem ofender uma maioria que entende, e bem, que “casamento” chancela um laço heterossexual.

Receio apenas pelo destino de tão acentuada erosão de convenções.

A ver vamos onde pára…

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Isso é que é falar!

Pode ler-se no sítio MaisFutebol que o criativo Tiero, médio da Académica, fez a antevisão do jogo com o Benfica, declarando que:


Aconteça o que acontecer, é esse o espírito!

Intimidade Real

Circula hoje nas notícias que o Real Madrid vai lançar uma linha de lingerie, em 2010.

Estou a imaginar a quantidade de adeptos do Barcelona e do Atlético de Madrid que comprarão roupa íntima para as mulheres aí encontrando desculpa legítima para práticas mais violentas nas respectivas alcovas.

Se houver roupa interior para homem, creio que a preferência daqueles rivais dos merengues recairá nas peças com o logótipo à retaguarda...

The LODO Files: Ainda há lodo no Cais… do Sodré

(uma reportagem de Diogo Nogueira Gaspar, Gonçalo Capitão e João Morgado)

A noite prometia… Teria início uma série de reportagens de alto risco – e, por que não, de alto coturno – do Lodo.

O destino era um clássico da decadência lisboeta: o mítico Cais do Sodré que, em tempos idos, apaziguara as ânsias dos marinheiros e, mais recentemente, continuara a animar os transeuntes, fosse na aromatização das fossas nasais, fosse por proporcionar “amor” a preço de saldo (pelo menos, assim rezam os relatos e o deixa adivinhar um mero relance).

A exigência da empreitada pedia reforço estomacal, o que foi acautelado com o Corpo de Intervenção do Lodo razoavelmente amesendado, num restaurante de rodízio ao Chiado. Enquanto a picanha tombava ensanguentada e indefesa nos pratos dos comensais, as mentes divagavam por outra espécie de rodízio, sem sangue, mas, para os apreciadores, com suor…

O mito a afrontar era a noite do Cais do Sodré. Pensando no alívio dos marinheiros de outrora, a comitiva saciava a fome de comer com carnes bem mais inertes, embora, mercê da decadência daquele ancoradouro de muitas pulsões sexuais, se adivinhasse que a tarifa fosse idêntica.

A visita onde tantos haviam regurgitado era preparada com o afinco de quem a mais não se dispunha do que a uma eructação de aplauso gastronómico. O mesmo aplauso que merecia um circunstante que decidira jantar sem tirar os óculos de sol, mas que compensava o facto de não nos permitir contemplar o seu olhar, franqueando-nos o acesso à cor das sua meias, tal a maneira como escancarava as mandíbulas à medida que molares, caninos e incisivos estraçalhavam a presa que jazia em seu prato.

Porém, as reflexões de hesitação eram, sucessivamente, esbofeteadas por mais uma fatia de picanha ou uma coxinha de frango, e lá se desvaneceram perenemente até ao desembarque nesse ancoradouro de opróbrio…

Como isto da sonoridade também acrescenta melodia à vida, começámos pela Rua Nova do Carvalho, bem longe portanto do (carvalho) mais velho… A animação era esfusiante e contagiante, como se podia constatar pela forma denodada como uma profissional liberal dormitava, encostada a uma caixa de electricidade. Principiávamos, ali, a questionar a genuinidade da propaganda da EDP sobre as energias renováveis, tal a baixa potência da mofada prestadora de cuidados intensivos.

Contudo, cedo mudaria a maré e prestes seria reconhecido o nosso estatuto de guerreiros da noite, nada mais nada menos, quando o porteiro do Viking, reputada casa da especialidade, nos dirige um temerário “Faxavor, Senhores… Podem dar um olhinho, se agradar”. Certos de que cada um dá de si o que quiser, pareceu-nos de pôr o convite em banho-maria; banho, aliás, que fazia falta a cerca de 110% dos que, a mais dos nossos seres, por ali cirandavam.

De ego cheio pela nossa entrada triunfal, o nosso valente Diogo embarcou nas expressões sinfónicas e decidiu que “damos todas as nossas ideias e depois… compila-se”!... Receosos de abordar a última parte da sugestão, os demais circunstantes vogavam ao sabor da dúvida que reinava sobre os destinatários da quermesse de ideias… Nós?... As simpáticas senhoras de barriga encostada ao balcão?... Confesso que sonhei ver o Diogo a encetar um debate filosófico com uma “tataraneta” ao quadrado de Maria Madalena…

Havia, não obstante, que superar o choque e cruzar novos mares! À falta de melhor, atravessámos a rua, mesmo a tempo de ouvir o final de conversa de um visivelmente satisfeito cliente como um curadora de sotaque adocicadamente transatlântico… Concomitantemente, o porteiro (o imenso Jaime) do não menos nórdico “Copenhaga” sufragava o alegre desmontar da tenda (salvo seja) com um assaz parlamentar “muito bem”!

Mesmo ao lado do templo do prazer, uma loja, pudicamente encerrada àquela hora, exibia na montra, entre outras coisas, estátuas de santos!!! Assim como que a convidar ao arrependimento, depois da luxúria. Eis um bom exemplo da boa complementaridade gerada pela economia de mercado.

Contudo, estava na altura de entrar, mesmo sem fatos anti-sépticos!... O espectáculo cumpriu a contento. Bem amesendados procurávamos o sol que ditava o uso de óculos escuros por um cidadão que exibia os seus dotes de dançarino, na evocativa maison dinamarquesa. Não foi, porém, preciso muito até que nos apercebêssemos de que deveria tratar-se de uma publicidade a uma qualquer marca de cachorros quentes, já que o nosso desabotoado companheiro de copo e de cruz não tardou a ser guarnecido em cada uma das suas fachadas por duas anafadas prestadoras de serviços.

Entre o balcão e as mesas, mais três deusas da genuflexão barata mostravam como não apenas a Ponte sobrevivera aos tempos do Senhor Professor e que estavam bem melhor connosco (salvo seja) do que no lar da Misericórdia.

Todavia, a curiosidade científica do nosso corpo expedicionário clamava por novos achados e chegava a altura de “descolar” (pelo menos, era esse o nosso receio) as retaguardas dos estafados assentos.

À porta continuava a jorrar a cornucópia de acontecimentos: o porteiro voltava com um exótico transportador de um chapéu de coco, arfando depois de uma aparente e gorada perseguição digna de deixar nas covas Sonny e Crockett e de os fazer estrelas de uma próxima sequela de Miami Vice. Vem o mistério a desvendar-se por via de prova testemunhal dos próprios; sucede que ”agora quem paga é ali a Maria”!... Mas como uma desgraça nunca vem só, “fodem-me os CD todos”! – confesso que nunca me tinha ocorrido, inclusive dada a exiguidade do furo, mas parece que, interpretada a coisa a letra, a crise já gerou novos rivais para as nossas colegas de circunstância…

Nisto, um táxi carregado de turistas – olimpicamente ludibriados por alguém que não deve ter comissão nas bôites com nomes de animais, que amparam os cavalheiros nas noites solitárias da nossa Capital – despeja os ditos a nossos pés, mesmo a tempo de ouvirmos o imenso Jaime “escarrar” um profundo “comme on, my friends”! Seguros de que Jaime não ficava sozinho, continuámos a caçada.

Era mesmo o momento azado para pegar o Viking pelos cornos! No balcão era servido, ao tempo da nossa entrada, um fetiche: uma das hospedeiras da noite era massajada por outra, sem descarrilar, já que o comboio haveria de alargar-se a um circunstante que passou a massajar a generosa massagista, supra mencionada. Quem disse que o bem não atrai o bem?!

Sucede que a terceira carruagem da composição não era versada em itinerários, já que haveria de confundir as origens escandinavas do nosso abrigo com os saloons do Texas, ao pôr, categoricamente, o pé em cima do balcão.

Quereria marcar terreno em relação ao atleta que se aproximaria com uma camisola do Sporting?! Outros campeonatos para o outrora glorioso leão, bem se viu… No entanto, vitória é vitória e o jovem lá se agarrou a outra taça que estava em exposição… Dito de outra maneira, a massajada saiu da sua posição de locomotiva e decidiu atrelar-se à bochecha do leonino circunstante, quiçá em busca de uma palmada numa qualquer outra bochecha…

Tudo isto e muito mais entre “Mal acostumado” de Júlio Iglesias e “Big in Japan” dos Alphaville, perante um repetido encolher de ombros do careca de serviço, numa mesa das redondezas.

Enquanto a Sport Tv passava a Copa Libertadores, uma generosa senhora “daquelas” aborda-nos com um simpático e turístico “querem ir?”. Ficou por perceber a má cara que revelou perante a nossa recusa… Por que diabo haveríamos de ir àquela hora para a América Latina?! Ou pensaria ela que a Copa Libertadores decorria em Sacavém?! De todo o modo, o autocarro devia ser grande, porque perguntou aos três se “queríamos ir”!...

O despeito era tal, porém, que não levantou ferros sem nos perguntar se éramos “namorados”… Ao som da voz de Freddie Mercury a pergunta podia ser dúbia, mas viria Tina Turner lembrar-lhe quem era “The Best”! Não ofende quem quer, parecia quer dizer “Miss Hot Legs”.

Seguramente enviada pela ONU como força de interposição ainda chegaria Eva que arrasaria a pequena pista, libertando-se dos exíguos paramentos e comprovando com a sua progressiva ausência o tiro certeiro de Sir Isaac Newton sobre a lei da gravidade… O trabalho que deve dar recolher todas aquelas formas de volta a um posicionamento razoável… Anestesiava-nos “Cocaine” de Eric Clapton...

E entre as mesas, numa homenagem ainda em vida, um cidadão submerso em larga camada etílica simulava passos à maneira de Michael Jackson, dividindo o olhar entre a televisão e o chão, imune à volúpia da sereia que se agitava a seu lado. A mesma imunidade que devotaria, aliás à reentrada da stripper, mesmo que ela parecesse sufragar as palavras dos Kiss e lhe insinuasse um clássico “I was made for loving you”.

Era chegada a hora de levantar arraiais – a melhor coisa para se levantar, por ali… - pois a certeza científica estava adquirida: quando a vida parecer mal encaminhada, vá ao Cais, pois verá que pode sempre piorar!

Nota: pensámos em voltar ao Cais, para fazer umas fotografias condignas. Porém, concluímos que estas raridades tiradas com um telemóvel oculto fazem outra justiça à noite que por lá passámos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Urbanismo helvético

Os eleitores suiços decidiram em referendo proibir os minaretes das mesquitas muçulmanas, embora não os templos em si.
Vamos aos dados do problema:
  1. 1 - As sondagens diziam o contrário (ou seja, que a proposta seria rejeitada).

2 - A decisão tem valor constitucional.

3 - Presume-se que por cautela e diplomacia, no mundo ocidental os minaretes não cumprem a sua função original, que é a de chamar os fiéis para a oração.

4 - Das 180 mesquitas suiças apenas 4 têm minaretes.

Perante isto confesso que estou num impasse analítico.

Por um lado, consegue entender-se alguma islamofobia em virtude das actividades criminosas de muitos extremistas contra ocidentais, por cá e nos seus países.

Por outro lado, convenhamos que alguma da comunidade islâmica que reside na Europa resiste à integração no modus vivendi de quem os abriga. E nem me venham com a ladaínha de esquerda das diferenças culturais... Se um de nós for, por exemplo, para o Irão, a Arábia Saudita ou o Iémen e não seguir o código de conduta local está, no mínimo, frito!

O reverso da medalha, porém, consiste no facto de esta conduta só exacerbar os extremistas e enfraquecer os moderados que lutam por uma convivência pacífica.

Depois, acresce que uma decisão destas faz recear pela segurança dos cidadãos (já nem falo dos templos) ocidentais no mundo islâmico, fazendo perigar qualquer tentativa de aproximação de base ecuménica.

Por fim, deve dizer-se que os suiços nunca foram conhecidos pela sua tolerância, excepto quanto a depósitos bancários, sobre os quais não consta que sejam muito esquisitos...

Nota: a fotografia foi tirado por mim e pertence à mesquita de Dushanbe, no Tajiquistão.

Operação quê?

Oito detidos em "Operação Paella"

A imaginação das nossas autoridades policiais não pára de nos surpreender. Se bem que, pese embora a ligação do caso à vizinha Espanha, lamento que tenham preterido uma portuguesíssima Açorda de Marisco por um prato espanhol...

Excelente

Déjà vu com bons efeitos especiais

A nossa ajuda para a taxa de natalidade dos vizinhos

Se há feriado que sempre achei relevante foi o da Restauração da Independência!

Creio que, por muita amizade recíproca que deva cultivar-se, somos diferentes (para o bem e para o mal) dos nuestros hermanos e assim deveriamos continuar, embora cooperando, sob pena de aviltarmos o sangue, suor e lágrimas de inúmeras gerações de portugueses.

Por isso, leio com apreensão, no Público de hoje, que muitas algumas das grávidas alentejanas forçadas pelo Ministro Correia de Campos a ir ter as crianças em Espanha optam já pela dupla nacionalidade dos rebentos, por acharem que para estudos e trabalho pode convir-lhes crescerem espanholas.

Se isto não revolta, extinga-se o País! Ah, e que diz o PSD sobre isto, agora que o assunto já não é "do momento"?! Uma ajudinha: nada!