tag:blogger.com,1999:blog-110564522024-03-14T03:17:37.310+00:00Ainda há lodo no caisPorque a utopia pode ser o fermento da democracia...Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.comBlogger2038125tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-62937314016553266402022-11-16T10:56:00.004+00:002022-11-16T10:56:40.138+00:00Podre<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Vários casos me conduzem ao pessimismo que, reconheço, tem pautado muito
do olhar que sobre a pátria lanço, depois do meu regresso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Desde logo, o de Miguel Alves,
ex-Presidente da Câmara Municipal de Caminha e agora ex(aleluia)-Secretário de
Estado Adjunto do Dr. Costa. Não sei o que mais aprecio na estrambólica novela:
se o pagamento do vigésimo quinto ano de renda de um arrendamento inexistente
por falta do que arrendar; se a apreciação curricular da empresa e do
empresário apostados em tornar os sonhos em filhós (porque em realidade não
seria de certeza), a qual, segundo o nosso visionário político, teria feito uma
obra virtual de alta qualidade (Guarda) e conseguiu convencê-lo da excelência
de outra que só daí a um ano seria idealizada e proposta (Alfandega da Fé); se,
por fim, a ligeireza com que se sangram 300 mil euros de portugueses que,
presentemente, cortam na alimentação por falta de dinheiro… <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Entre a vocação profética de Ricardo
Moutinho (o fazedor e cobrador de sonhos) e o amor ao serviço público do Dr.
Alves (só saiu quase que arrancado), a falta de decoro é o maior traço
simbiótico que descortino.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Em segundo lugar, acho poética a
declaração de inocência da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,
justificando a atribuição de fundos da Fundação para a Ciência e Tecnologia
(FCT) a uma associação administrada pelo marido; a mais de jurar não ter
influência sobre a FCT, Elvira Fortunato disse mesmo que o marido não podia ver
perigar a sua vida profissional (aparentemente, dependente de fundos públicos)
pela circunstância de a mulher ser ministra. Talvez… Contudo, esta podia ter
recusado aquele cargo, sabendo que era casada com alguém que, cedo ou tarde
pediria fundos a um organismo sob sua tutela. E, dando de barato que não influiu
directamente na decisão, gostava que cada um dos Leitores se pusesse na pele de
membro da FCT, sabendo que entrou um pedido de apoio do marido da “Chefe”.
Dirão os socialistas mais ferozes: eles não sabiam! Respondo eu: sim, sim, e eu
sou o Lula da Silva…<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ser Ministro deve, aliás, ser muito
bom… O Ministro da Saúde toma posse ainda como sócio de empresa de consultoria
da área da… (adivinhe lá)… isso mesmo, da Saúde! E se estava em dissolução,
como alega, a verdade é que estar moribundo é diferente de estar morto e era
soberbo que o titular da pasta o soubesse…<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sem caracteres disponíveis para
voltar a Ana Abrunhosa e ao “Ministro Supercola” (a Pedro Nuno ninguém o
despega do lugar), concluo com algo que me parece evidente: com excepção “em
fase de presunção de inocência” do primeiro caso (que parece ter barbas…), até
posso aceitar que os políticos em causa não se apropriaram de fundos, nem
atropelaram conscientemente qualquer norma fundamental. Mas deveria existir o
pudor de não influenciarem coisas para si próprios ou para a família; deveria a
ética republicana de que o PS se faz parecer dono dizer-lhes que para lá da
legalidade está a transparência e o rigor pedidos pela “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">res publica</i>”; deveria o bom senso ensinar o significado de vergonha
na cara, em suma.<o:p></o:p></p>Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-56137471549784324432022-10-19T14:36:00.002+01:002022-10-19T14:36:40.792+01:00Começa a fazer sentido<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span> </span>Passando vários anos fora do País, aproveitei para meditar nas questões que muitos de
nós (mormente os que, como eu, não têm actividade política) consideramos
promessas incumpridas da democracia, que chegou em 1974. Designadamente,
atormenta-me não conseguir respostas para algumas questões basilares como sejam
a do atraso recorrente em relação a países que nos seguiam na escala de
desenvolvimento e a do agravamento grosseiro das desigualdades sociais,
nivelando por baixo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Tendo dado o meu modestíssimo
contributo para uma iniciativa que, espero, conhecerá a luz do dia num futuro
próximo, fico, ainda assim, com a sensação de que a explicação reside, em parte
não despicienda, em nós próprios enquanto nação. Dito isto, o, hoje em dia,
obrigatório aviso de salvaguarda: não me imagino a ser outra coisa que não
português e, mais do que provavelmente, terei de me incluir em todos os
“pecadilhos” referidos “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">infra</i>”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Usufruindo da possibilidade de a confrontar
com a vivência de outras “culturas” (nenhuma delas perfeita, mas todas
diferentes), fico com a sensação de que o nosso fado será sempre triste,
enquanto não nos envolvermos num processo de mudança de mentalidade ou, como se
diz agora, de “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">chip</i>”. Desde logo,
creio que temos a tendência para invejar o sucesso alheio, perdendo preciosos
momentos de aprofundamento das nossas virtudes. Se o vizinho compra um carro
melhor ou muda para uma urbanização mais cara; se o colega é promovido ou ganha
umas coroas extra com uma regalia; se um companheiro (ou camarada, para os
praticantes da modalidade) alcança um lugar de destaque – se todas ou alguma
destas coisas tiver(em) lugar, dizia –, a tentação de muitos de nós será pensar
e até verbalizar uma ideia que atribua esse avanço a amiguismo,
“lambe-botismo”, “cunhas”, sorte ou até mesmo a suposições sobre actividades a
que, no contexto, atribuímos maior grau de perversidade (atoarda que, pese
embora os progressos na igualdade de género, continua a ser “cuspida” contra as
nossas concidadãs).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ao mesmo passo, esta mesma “dor de
cotovelo” alimenta rancores que nos distraem, nos debilitam e nos tornam
descrentes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>E é neste último ponto que entronca
uma terceira linha de pensamento: parece-me que não acreditamos no mérito. Em
vez de crermos que, trabalhando como os que têm êxito, podemos chegar a outros
patamares, preferimos refugiar-nos na azia mencionada. E o pior é que, muitas
vezes, temos razão e o sucesso anda divorciado do mérito. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Neste particular e em quarto lugar,
não vale sequer a pena (outras das nossas pechas) passar as culpas para “os
tipos do governo” (embora várias vezes apeteça e outras tantas seja merecido),
pois eles saem do meio de nós. Enquanto não melhorarmos como todo, pouca será a
excelência das partes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Por fim, uma última nota: em vez de
acreditarmos que podemos ser excelentes quando vemos exemplos de
excepcionalidade como o de Cristiano Ronaldo e outros, preferimos conservar o
nosso obscurantismo medieval e acreditar em homens providenciais. Assim, será
difícil…<o:p></o:p></p>Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-81620363324436280962022-10-07T13:40:00.001+01:002022-10-07T13:40:51.020+01:00Entre pouca e sem vergonha<p>Salvo o devido respeito pelas pessoas envolvidas, o recente anúncio por parte do</p><p>Primeiro-Ministro de que tenciona privatizar a TAP envolveu um momento inicial de</p><p>contenção para evitar grosserias e enxovalhos.</p><p><br /></p><p>Então o antipatriótico negócio de Passos Coelho que, imagine-se, ousara</p><p>privatizar a companhia de bandeira agora é bom?!</p><p><br /></p><p>Foram precisos milhares de milhões de euros para que Costa e o Ministro-que-</p><p>não-quer-perder-o-lugar Santos percebessem que a gestão pública não só pratica preços</p><p>caríssimos (exemplos disso mesmo, a Madeira e a Venezuela) como acumula prejuízos</p><p>colossais?!</p><p><br /></p><p>Que seria se fosse um governo de base PSD a gastar rios de dinheiro para chegar</p><p>à conclusão de que a decisão do executivo anterior estava correcta? Qualquer coisa</p><p>menor do que um mar de demissões não calaria a nossa esquerda, guardiã da moral que</p><p>é ou julga ser.</p><p><br /></p><p>Traz isto também à memória a Caixa Geral de Depósitos, ainda na senda da saga</p><p>“socialismo lava mais branco” (salvo seja, referindo-me à habilidade de comunicação):</p><p>de que me serve a mim português um banco público com comissões iguais ou mais</p><p>caras do que os outros bancos?! A menos que… Se calhar já devia ter percebido que</p><p>cada vez menos contamos. É tudo macro e o micro que seja devidamente entretido,</p><p>confundido e esmagado pela circunstância, ainda para mais quando os seus gestores se</p><p>deixam mansamente desalojar e produzem lucros interessantes para os novos inquilinos.</p><p>Com franqueza, o que mais me espanta é a apatia da maioria da população,</p><p>provavelmente sufocada pelas contas que não consegue pagar e encandeada pelas</p><p>esmolas que o Terreiro do Paço vai lançando seja sob a forma de uns pós de reforma</p><p>que iludem os cortes vindouros, seja como ruido imperceptível sobre a factura</p><p>energética que só entenderemos quando doer a valer.</p><p><br /></p><p>Temo que já não haja vergonha… Se a houvesse, logo desde o início, Passos</p><p>Coelho (que venceu) não teria sido destronado pelo PS com apoio do BE e do PCP; o</p><p>mesmo PS que foge do Chega como o diabo da cruz, sem referir que os nossos</p><p>camaradas apoiaram e continuam a apoiar os maiores facínoras à face da Terra.</p><p><br /></p><p>É este o despudor que leva a aceitar a continuidade de uma Ministra (de cuja</p><p>honestidade legal e financeira não duvido) cujo marido concorreu a fundos tutelados ou</p><p>administrados pelo seu ministério. Legal? Com certeza. Ético? Eu não aceitaria, mas</p><p>depois deste rol, vejo que a minha moral é medieval. Siga a festa, pois,</p><p>inequivocamente, gostamos de ser levados por sorrisos e esmolas.</p>Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-38299203960776118282022-07-26T16:55:00.001+01:002022-07-26T16:55:07.109+01:00Buraco de cor que não posso mencionar<p>Retomando a “conversa” de há um mês e dado o insano fanatismo a que chegou</p><p>o novo fascismo ético, nada melhor do que repetir o mesmo aviso ao “consumidor”:</p><p>“para evitar o fácil e já clássico insulto dos camaradas (…): sempre fui e serei contra</p><p>qualquer discriminação baseada na orientação sexual, cor da pele, religião ou qualquer</p><p>outra característica ou escolha usada para nos dividir artificialmente”. Aliás, a minha</p><p>vida pessoal atesta bem estes dizeres.</p><p><br /></p><p>Dito isto, acompanho com visível angústia as novas ditaduras do “correcto” e do</p><p>“moderno” e tudo aquilo que deixou de poder dizer-se. Por exemplo, chegámos a um tal</p><p>grau de intolerância que, antes de titular as linhas de hoje com o verdadeiro buraco</p><p>negro civilizacional para o qual caminhamos cantando e rindo, ponderei bem sobre os</p><p>tons a dar ao dito fenómeno cósmico dado que alguém dirá um dia que Carl Sagan e</p><p>Arthur C. Clarke eram racistas. E para a época vindoura não sei bem se não será melhor</p><p>dizer que o equipamento da minha Briosa é “afrodescendente”… Obviamente que</p><p>brinco com coisas sérias e que satirizo o tema, pois creio ser bem diferente combater o</p><p>preconceito (algo que defendo ferozmente) de entrar em paranoias e rever a História.</p><p>E eis o ponto: tenho orgulho de que Portugal tenha usado e comercializado</p><p>escravos? Nunca. Mas era ou não algo imposto pela força dos impérios e tolerado por</p><p>muitos receptores, nessa época? Sim, era. E mais entendo que deve explicar-se nas</p><p>escolas e nas televisões para que jamais se torne aceitável.</p><p><br /></p><p>Aquilo que não compro e não calo é aceitar que toda a nossa História se resume</p><p>à escravatura e que não trouxemos incontáveis benefícios ao Mundo com as nossas</p><p>navegações; e esse é precisamente o momento que vivemos, já que minorias ruidosas</p><p>apoiadas por alguns jornalistas ideologicamente tendenciosos e com cultura de pacotilha</p><p>acobardaram a grande maioria que tem uma visão equilibrada da nossa gloriosa</p><p>existência como pátria e como nação. Já quase só nos deixam exaltar o nosso</p><p>patriotismo quando ganha a Selecção e mesmo assim é melhor darmos graças a Deus</p><p>(ademais da preferência pessoal a menção é dedicada aos fascistas do ateísmo</p><p>obrigatório) por ter sido de Éder o golo da vitória no Europeu…</p><p><br /></p><p>Que a palermice revisionista seja bandeira dos que, sob a capa da inclusão,</p><p>querem mandar em todos e dos jornalistas libertários da “universidade da Wikipédia”</p><p>até percebo e prometo dar-lhes guerra sem quartel. Que essas posições venham de um</p><p>deputado que tinha por intelectualmente saudável - que propõe a destruição do</p><p>magnífico Padrão dos Descobrimento - ou de uma empresa prestigiada como a HBO –</p><p>que chegou a propor a suspensão de uma obra-prima como “E tudo o vento levou” – já</p><p>me preocupa a valer.</p><p><br /></p><p>Perseguirei todos os que apoucam os seus semelhantes por diferenças tão idiotas</p><p>como o tom de pele, pois não tem sentido, é maléfico, constitui um crime e é asqueroso.</p><p>Contudo jamais negarei a minha História, destruirei os seus símbolos ou apoiarei</p><p>ditadorzecos de opereta mascarados de anjos laicos.</p>Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-12449888682520085662022-06-30T12:05:00.003+01:002022-06-30T12:05:41.374+01:00Profetas e anarcas<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span>Começo a sentir
que a era presente não acomoda moderados e pragmáticos, dado que alguns dos
debates mais recentes nos espalmam entre extremos, qual fino hamburger entre
intermináveis camadas de aros de cebola, alface, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">pickles</i>”, molhos e pão. Dito de outra forma, a substância do debate
social cada vez menos tem espaço para o que realmente interessa: o consenso
democraticamente estabelecido.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Peguemos em dois casos de sinal
oposto: as recentes tomadas de posição sobre o aborto nos EUA e no Brasil e
aquilo que me começa a parecer proselitismo no que toca ao activismo LGBTQIA+.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No primeiro caso, uma sensação de
neofascismo passou diante do meu discernimento: o Supremo Tribunal dos EUA reverteu
a liberdade das mulheres para abortar e uma magistrada brasileira, acompanhada
pelo “Pastor” Bolsonaro, defendeu que uma menina de 11 anos que havia sido
violada não deveria abortar (a bem da verdade, diga-se que a gravidez era
avançada), não obstante ser essa uma situação prevista na lei penal. Recuando a
posição antiga que defendi em declaração de voto no Parlamento, num mundo ideal
não haveria aborto. O problema é que sempre houve e haverá e, enquanto se não
criam suficientes condições sociais para que, fora das situações que a lei dos
países civilizados já prevê, tal não suceda, prefiro que quem realmente queira abortar
(e admito sem rebuço tentativas de dissuasão, antes da decisão definitiva) o
possa fazer em segurança sanitária e com dignidade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Entendo, por isso, que as presentes tomadas
de posição, estando nós em 2022, representam um retrocesso do ponto de vista da
autodeterminação e, sobretudo, da possibilidade de tratar diferentemente
situações que não são iguais. Cresce nas Américas e na Europa a legião de “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">hooligans</i>” de gravata que presumem poder
decidir por todos o que, por vezes, só pode ser avaliado em relação a cada um.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Por outro lado, ao mesmo tempo que
uns se ocupam a impor uma ordem, outros visam cumprir o sonho trotskista,
marxista e maoista de destruir a ordem moral ocidental (falo em sentido ético
geral e não necessariamente religioso), algo que, a meu ver, é uma das várias
explicações para o sucesso dos trogloditas mencionados <i style="mso-bidi-font-style: normal;">supra</i>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Para evitar o fácil e já clássico
insulto dos camaradas, comecemos por uma declaração de princípios: sempre fui e
serei contra qualquer discriminação baseada na orientação sexual, cor da pele,
religião ou qualquer outra característica ou escolha usada para nos dividir
artificialmente. Contudo e ao mesmo passo, creio que, respeitada a diferença,
tampouco pode a minoria querer adquirir fictício poder maioritário e começar a
comandar os demais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A minha dúvida – que por razão de
espaço, continuarei em próxima ocasião – é, neste particular, se não estaremos
a passar do combate ao preconceito ao proselitismo, como se fosse chique,
moderno, intelectual ou socialmente mais avançado ter, por exemplo quanto ao
sexo, preferências alternativas. O clamor quanto ao novo surto de varíola pode
servir-nos de ponto de partida.<o:p></o:p></p>Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-81511311013109958632022-06-15T12:02:00.002+01:002022-06-15T12:02:27.528+01:00A involução das espécies<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span> </span><span> </span><span> </span>Depois de
Charles ter teorizado as suas origens, outro Darwin, o Núñez, coloca as
espécies no centro das nossas atenções, neste caso, como na generalidade do
planeta (da guerra ao clima), no sentido da degradação ou da involução da
espécie humana.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nada se leia aqui contra o moço que,
pelo que vi e dizem, tem realmente jeito para o pontapé-na-bola.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>E,
ainda antes da ordem do dia, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">mea culpa</i>”,
com certeza. Sou dos que “consome” avidamente partidas de futebol, sendo que,
até Fevereiro último (altura em que regressei ao País), como não existia a
pouca vergonha lusa de distribuir os jogos por três empresas de televisão sem
oferecer um pacote de desporto que as reúna (depois digam que somos mais
desenvolvidos do que Brasil, Venezuela e África do Sul…), via quase tudo o que
podia. Dito de outra maneira, com excepção destes meses desde que regressei,
alimentei a cornucópia de dinheiro em que se converteu o futebol actual.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Esse é o drama que vive, por
exemplo, a Briosa: falta dinheiro e influência no Centro de Portugal. Essa
também a razão pela qual, cada vez mais, será difícil uma vitória portuguesa na
Liga dos Campeões; mesmo com o fracasso (temporário, adivinho) da criação da
super liga europeia (num dos últimos assomos de romantismo tolerados aos
adeptos), a tendência é multiplicar o número de jogos, aumentando as receitas e
diminuindo a importância de um dia feliz dos adversários de menor dimensão
(mais frequente na Taça dos Campeões, quando eram rondas eliminatórias), bem
como restringir os ditos adversários a empresas da mesma dimensão (sim,
empresas; não foi lapso).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Dinheiro é tudo o que está em jogo
para as fábricas de futebol e seus patrocinadores, conduzindo o desporto à
exacerbação mediática e os dirigentes a declarações ridículas e poses
histriónicas, entrando ainda pela casa adentro comentadores televisivos espumando
e ostentando uma fúria quase símia que se torna tanto mais impressionante
quando, conhecendo eu um ou dois, são profissionais com responsabilidades
elevadas na “vida real” e passam a imagem de cidadãos cordatos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Tudo me soa a escalada e os mais
recentes episódios de confrontos entre adeptos – seja ou não causa directa
determinada partida de futebol – são o corolário lógico da orgia de dinheiro,
obscuridade e desmando, continuando a manchar o desporto e a esperança de
termos uma sociedade decente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Darwin – voltando ao princípio – é
um jovem que segue um sonho e tem talento inequívoco, nada havendo a
apontar-lhe. O que sim me despertou a atenção foi a coincidência dos nomes e o
retrocesso que representa, num mundo repleto de carências e problemas de
sustentabilidade, falarmos de 75 a 100 milhões de euros pelo contrato de uma só
pessoa. O futebol já não é o desporto do povo; horas e dias das partidas, preços
das assinaturas televisivas, dos bilhetes e das camisolas, e as decisões
fulcrais são factores para CEOs, agentes e outra gente que não almoça ao nosso
lado.<o:p></o:p></p>Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-80322728344552501722022-03-24T12:20:00.007+00:002022-03-24T12:24:58.888+00:00Escrita invisível com tinta laranja<p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span>Chegado há
pouco, confesso que estava curioso com o processo sucessório no PSD, depois do
fragoroso fracasso do projecto de Rui Rio.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"> Sobre o tema havia já lamentado o
processo de trituração de talentos em que, há décadas, embarcou o partido,
sendo muito difícil a mentes verdadeiramente livres contornarem as exigências
de “chefes de blocos” que toleram com dificuldade individualidades sem prévia
genuflexão. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"> Claro que, como em tudo, há
excepções quer do lado das personalidades bem-sucedidas quer do lado do
“aparelho”, mas registo, no entanto, alguma rarefacção nas opções; onde antes
havia fartura de opções de dimensão nacional e legiões de apoiantes conhecidos,
hoje o leitor lutará arduamente para nomear meia-dúzia de rostos que ladeiem os
protocandidatos.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"> E neste ponto – a popularidade dos
rostos perfilados – reside um aparente paradoxo: ao mesmo tempo que lamento a
falta de personalidades conhecidas e reconhecidas na disputa (mormente se nos
lembrarmos dos tempos do PSD até final da primeira década deste século), é de
reconhecer que os que contornam minimamente a via-sacra e a vénia pedida pela
máquina são, precisamente, os que logram ditar, com um mínimo de autonomia, o
rumo a seguir.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"> Aqui chegados, impõe-se uma
ressalva: sem aparelho partidário não há - nem nunca teria havido –
individualidades. O que discuto é a ideia (oxalá esteja errado) de que os
órgãos de circunscrição foram expandindo competências, promovendo o
distanciamento de muitos valores da sociedade portuguesa indisponíveis para
trocar carreiras de êxito por cadernos de encargos que acrescem à necessária
dedicação à participação cívica.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"> Mas falemos então do processo em
curso: até agora, leio que há um candidato a quem se promete um passeio
olímpico e vários outros que podem assegurar um espaço para batalhas futuras.
Sendo cedo, apreciaria, não obstante, conhecer ideias e sobretudo o plano de
recuperação do PSD, com uma análise e interpretação do último naufrágio como
ponto de partida, preferivelmente não limitadas à fulanização em Rio, por muito
que neste possa residir parte da explicação.<o:p></o:p></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;"> Seria de aplaudir o surgimento de
projectos empolgantes, mobilizadores e eficazmente comunicados, e não frases
sobre os dias que faltam para decidir ou sobre as condições para avançar. Do
que os militantes do PSD, em particular, e os eleitores, em geral, necessitam é
de saber quem e a razão pela qual avança, sob pena de se eternizar o PS como o
maior partido nacional e de continuarmos a ver a manta a encolher à direita.<o:p></o:p></p>Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-14193104122091666272022-03-01T09:17:00.003+00:002022-03-02T19:13:17.722+00:00Focinho de porco não é tomada<p> <span style="font-size: 18px; line-height: 21.600000381469727px; padding-left: 35px; text-align: justify;"></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px; text-align: justify;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">No momento em que escrevo ainda decorrem conversações entre Ucrânia</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px; text-align: justify;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> e Rússia. Contudo, o que digo</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px; text-align: justify;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">, em meu entender, </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px; text-align: justify;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">permanecerá </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px; text-align: justify;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">válido</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px; text-align: justify;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">.</span></span></p><p class="s7" style="font-size: 18px; line-height: 2.4; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span style="line-height: 21.600000381469727px; padding-left: 35px;"></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">Devo</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> dizer que fui presidente do grupo parlamentar de amizade Portugal-Rússia</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> e</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> que aprecio muito este país</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">e o seu povo.</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> Porém,</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> há valores que são inegociáveis – entre eles, a autodeterminação e a democracia – e há coisas que, por </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">firmes</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">que sejam as </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">justificações </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">dadas</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">(aproximação da NATO e alegada criação “administrativa”</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">da Ucrânia)</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">,</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> permanecem inaceitáveis; um focinho de porco pode ser parecido mas nunca será uma tomada…</span></span></p><p class="s7" style="font-size: 18px; line-height: 2.4; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span style="line-height: 21.600000381469727px; padding-left: 35px;"></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">Afirmo</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">,</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> portanto</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">,</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> que condeno veementemente a invasão russa</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">,</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> que vejo como um crime. Dito isto, sem embargo, apreciemos o outro lado da moeda: </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">em primeiro lugar, noutro momento haverá que ver quem andou a estimular os bravos ucranianos com a adesão à NATO</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">, para de</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">pois invocar a sua não integração como pretexto para não intervir.</span></span></p><p class="s7" style="font-size: 18px; line-height: 2.4; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span style="line-height: 21.600000381469727px; padding-left: 35px;"></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">Por outro lado, entendo que a política externa da União Europeia continua a ser obesa e flácida. Obesa porque se move com dificuldade: ante as ameaças de Putin à Suécia e à Finlândia, a única reacção de uma “senhora” respeitável era um rep</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">údio mais veemente e mesmo </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">uma mobilização militar fronteiriça </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">imediata </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">(quando há vontade, os caminhos jurídicos desenham-se) para mostrar a Putin que não faz farinha com uma Europa unida.</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"></span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">Flácida porque pouco firme: Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, afirmou que as presentes sanções aos oligarcas russos que usam dinheiro sujo vão castigar a Rússia. Pois bem, se já se sabia, por que</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> razão</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> foi necessário esperar uma invasão para actuar? </span></span></p><p class="s7" style="font-size: 18px; line-height: 2.4; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span style="line-height: 21.600000381469727px; padding-left: 35px;"></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">Por fim,</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> algumas palavras sobre </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">figuras tristes</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">: o primeiro “limão” vai</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> para a </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">FIFA e a UEFA</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> que</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">, cada vez mais</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">, se afirmam como comerciantes</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">. A selecção</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> russa</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> pode jogar, mas sem hino e nome do país?! Mesmo que corrijam, a palhaçada está feita.</span></span></p><p class="s7" style="font-size: 18px; line-height: 2.4; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span style="line-height: 21.600000381469727px; padding-left: 35px;"></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">Por fim, vergonha nacional pela posição do PCP</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> que, sendo um achado jurássico-estalinista no contexto europeu, beneficia de uma tolerância que não entendo, mesmo se olhado o 25 de Abril; se fosse pelos nossos camaradas tínhamos acabado como lacaios da União Soviética. Este é o mesmo partido que apoiou o golpe de Yanayev contra Gorbatchev, recebeu e lamentou a morte de Fidel Castro, defende as qualidades do regime norte-coreano e aplaude Maduro. A própria complacência com o comunismo só pode justificar-se com o facto de a URSS estar entre os vencedores da II Guerra Mundial.</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> Seria bom que os nossos p</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">olíticos dessem menos atenção </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">aos desventurados que a não merecem e se concentrassem </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">também</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> nesta moralmente abjecta peça de museu.</span></span></p><p class="s7" style="font-size: 18px; line-height: 2.4; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span style="line-height: 21.600000381469727px; padding-left: 35px;"></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">Deixo, no entanto, um sublinhado final para os louváveis exemplos de solidariedade para com a Ucrânia por parte das democracias e dos povos ocidentais, de muitos astros da música e do desporto e mesmo de muitos cidadãos russos.</span></span></p><p class="s7" style="font-size: 18px; line-height: 2.4; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span style="line-height: 21.600000381469727px; padding-left: 35px;"></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">A Putin</span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;"> resta-lhe deixar de disfarçar e assumir-se como ditador puro e duro, dado que não creio que </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">mesmo </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">o </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">seu </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">povo apoie esta criminosa </span></span><span class="s6" style="font-size: 12px; line-height: 14.399999618530273px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 21.600000381469727px;">conduta.</span></span></p>Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-15049795809671718672018-03-29T12:47:00.000+01:002018-03-29T12:58:36.595+01:00O último parecer<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Depois dos
estimados Victor Gaspar e José Alberto Pereira Coelho (o imparável Zé Beto),
outro amigo me deixou cada vez mais só a olhar para a tristeza política actual;
morreu o meu amigo e mestre João Calvão da Silva.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sem saber bem como prestar homenagem
a uma figura muito mais relevante do que eu, preferi dar-vos uma série de
“polaroides” da minha convivência com o Professor Doutor Calvão da Silva.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Foto 1: corria o ano de 1992 e Paulo
Pereira Coelho chama-me para me apresentar o candidato à liderança distrital do
partido, liderava eu a JSD. Retenho um diálogo muito cordial e, algo que viria
a ser constante, uma preocupação do Professor pela parte académica, perguntando
como iam os estudos (viria a ser seu aluno nas cadeiras de Direito Processual
Civil e Direito das Empresas).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Foto 2: já na faculdade, faço uma
colagem de fotografias. Lembro-me de estar à conversa com os colegas, quando
para meu espanto e gáudio daqueles o Prof. Calvão me agarra pelo braço, dizendo
“vamos fazer política”, algo a que se seguiram várias voltas pelos Gerais. Esta
prática viria, respeituosa e bem-humoradamente, a ser designada por Nuno
Freitas de “passeio peripatético à Calvão da Silva” (alusão ao método
pedagógico da escola filosófica grega).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O outro momento “escolar” teve a ver
com uma oral de Processo Civil. Tratava-se de uma melhoria de nota e a ela fui
“intimado” pelo zelo do Professor. No início da mesma e no seu decurso, mais uma
prova da integridade e do empenho académico de meu Mestre, pedindo que a oral
tivesse assistência, para afastar suspeitas de conluio laranja. Correu bem…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Foto 3: se me não atraiçoa a
memória, foi em 1993 que o meu léxico e a minha investigação seriam avaliados e
impulsionados pelo Professor, num jantar partidário, em Poiares. O primeiro
momento apareceu quando me contava a mim e ao Nuno Freitas que, noutra ocasião
recente, fizera um “discurso trans-partidário”. Tudo isto ficaria sem registo
não fora o facto de o Professor nos ter perguntado: “sabem o que quer dizer
trans?”… A partir daí, perdi a conta às vezes em que o maçávamos chamando-lhe
“trans-Professor” e perguntando pelos “trans-discursos”, algo que Calvão da
Silva “encaixava” com britânico (ou coimbrão) “fair-play”… No mesmo jantar, uma
frase do Professor sobre a relação dos media com a política, fez com que lhe
dissesse que me tinha dado uma ideia. Anos mais tarde, tal daria uma tese de
mestrado e um livro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Foto 4: por esses anos recordo uma
miscelânea de momentos marcantes como o orgulho com que, na imposição de
insígnias, sublinhou a sua mãe que das origens comuns saíra um professor de
Coimbra, o encontro em Budapeste e o convite para ver o seu Benfica (aguardo
visita policial), e a pergunta, em 95, sobre de devia contratar o “Bicho”
(trata-se de Iran Costa e do seu sucesso do momento, tendo o meu conselho sido
o de aceitar, resultando num êxito nos comícios de Coimbra e da Figueira da
Foz).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Foto
5: contudo, o momento mais marcante terá sido a frase que me revelou antes de a
pronunciar numa Assembleia Distrital; “há ideiais do comunismo que permanecem
válidos”. Calvão da Silva era um social-democrata de mão cheia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Este formato não visa caricaturar;
quer, isso sim, demonstrar que João Calvão da Silva me marcou como mestre, como
líder e como amigo. Esse será o parecer que sempre guardarei comigo.<o:p></o:p></div>
<br /></div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-53728442745889306602017-03-01T15:46:00.000+00:002017-03-01T15:46:42.425+00:00Cortejo dos condenados<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Anda o nosso
País a festejar o Carnaval (aqui no Brasil nem vos conto…) e tento perceber que
imagem colhe alguém que o mira de fora.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Verdade seja dita, apesar de ser
inquestionável e inegociável o meu patriotismo, fico com a sensação de que a
história se vai repetindo, como se todo o ano estivéssemos condenados a
manter-nos à tona de água, sem sair de um cortejo com mais toques de marcha de
condenados do que de euforia carnavalesca.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Senão vejamos: a novela em torno da
apresentação da declaração de rendimentos de António Domingues prolonga-se
indefinidamente, chegando já ao correio electrónico e às mensagens telefónicas.
Que não se iluda o leitor! Considero essencial o apuramento da verdade sobre o
que disse o Ministro das Finanças e quem mais interessar ouvir, dada a
importância da Caixa Geral de Depósitos e, mais do que isso, do valor ínsito da
verdade. Porém, parece pouco para ser o assunto do dia de uma Nação velha de
mais de oitocentos anos.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Em registo idêntico classifico a não
divulgação da fuga de capitais para paraísos fiscais. É grave? Gravíssimo! Mas
e o que temos para além disso? <i>Offshores</i>
e Paulo Núncio são o novo capítulo dos manuais de História de Portugal, daqui a
trinta anos? Oxalá que não…</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Morbidamente divertido acaba por ser
o facto de os partidos (vê-se bem no PSD) ainda não terem associado o nível
rasteiro do quotidiano político à dificuldade de recrutar gente de nomeada para
concorrer às autarquias (isto a mais de alguns dos actuais dirigentes locais e
distritais terem ando divertidíssimos a decepar cabeças pensantes e, logo,
pouco dadas a obediências acríticas).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Quem tenha uma carreira de sucesso e
a liberdade de pensamento como pedra de toque do seu existir dificilmente
quererá trocar a sua realização pessoal por salários que já pouco têm de
principesco e sujeitar-se a gerir escândalos, sem a real sensação de que
podemos dar saltos de qualidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Apesar de tudo, guardo boa dose de
expectativa para o embate entre Manuel Machado e Jaime Ramos, sendo que este
último me parece ser umas das excepções às dificuldades de recrutamento laranja
que mencionei. Espero, todavia, que o debate fuja à banalidade e ao ajuste de
contas. Li por estas páginas que o Presidente-recandidato resolveu problemas
graves com o Convento de São Francisco, o que se torna num convite à oposição
para recuperar o tema da Ponte Rainha Isabel… Creio que Coimbra precisa de
ideias e não de contabilidade política.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: left;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: left;">Vendo ao longe, fica a
ideia de que parecemos condenados a pagar a conta do leiteiro, da luz e da
mercearia e a ver se os trocos do fim do mês chegam para ir à praia. Com
franqueza, parece pouco para quem fez, como dizem, a primeira globalização…</span></div>
</div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-55325378826739195622017-02-13T18:30:00.000+00:002017-02-13T18:30:20.352+00:00Donald não é pato<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Com as evidentes
e importantes distâncias, vejo os protestos madrugadores contra a posse de
Donald Trump quase como vejo a resistência dos taxistas à <i>Uber</i>: a prazo, vale o mesmo que espetar o dedo numa fenda de uma
barragem.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Diria mesmo que as proezas do
Presidente norte-americano apenas foram espoletadas, já que, depois de
telefonemas de Taiwan e para Moscovo, e de revogações de tudo e mais umas
botas, conseguiu mesmo, segundo fontes lidas, fazer tremer uma certeza que
tinha como bíblica, virando Maria Vieira contra Ana Bola.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.4pt;">Brincadeiras à parte, a verdade é que existe um ponto de vista analítico
de que devemos partir: Trump ganhou as eleições, competindo a quem deseje
demonstrar o contrário (estribado em interferências russas ou outras
acusações). E nem vale a pena repetir as lamúrias sobre os (muitos) votos a
mais que teve Hillary. O sistema eleitoral não pode ser um exemplo democrático quando
ganham os favoritos dos artistas e jornalistas, e uma maquinação demoníaca quando
vence o patinho feio (neste caso, o Donald).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.4pt;">Não quero, com o que já vai dito, que fique a ideia de que subestimo o
que temos em mãos. Desamparar os mais desfavorecidos nos EUA pode gerar
convulsão num país que necessitamos de ter estável e atento ao mundo. Por falar
nele, “America first” significa que o nosso irmão maior vai deixar de nos
defender nas bulhas que vêm por aí e que se antevêem cada vez mais perigosas.
Por seu turno, impedir a circulação de muçulmanos em modo lato apenas lançará
fermento de ódio em massas já inclinadas a acreditar em patranhas que incitam à
violência contra o “outro”, só porque é outro. Um muro, qualquer que ele seja,
divide e aumenta ressentimentos. E por aí fora…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.4pt;">Porém, voltamos à mesma: a constituição americana permite tudo isto?
Parece que sim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.4pt;">Este Donald, assim, é todo menos pato e, escorado por uma péssima escolha
de opositor por parte do Partido Democrata, limitou-se a cavalgar os medos que
assolam as sociedades contemporâneas, muitos dos quais causadas por predadores
económicos como ele próprio, os quais, sem preocupação com uma redistribuição
mais justa da riqueza, foram subjugando milhões aos vendedores de falsas
esperanças.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 35.4pt;">Talvez resida neste momento o despertar de uma Europa balofa e frouxa que
achou que a invasão da Ucrânia e o </span><i style="text-indent: 35.4pt;">Brexit</i><span style="text-indent: 35.4pt;">
eram culpa exclusiva de, respectivamente, russos e ingleses (os britânicos mais
ansiosos por sair da UE). Já era tempo de os franceses pararem de pensar que
são a Luz, de os alemães entenderem que economias sãs hão-de resolver todos os
problemas, de os portugueses se fiarem nos brandos costumes para passar entre
os pingos da chuva, etc, etc… E, já agora, também vinha a calhar que os
comissários, eurodeputados e milhares de burocratas que sustentamos a pão-de-ló
acabassem com discursos redondos para justificar as sinecuras, passando a uma
retórica substanciada, motivadora e que responda aos problemas reais; os mesmos
para os quais buscaram respostas os eleitores de Trump…</span></div>
</div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-3230046469754029512016-11-23T12:12:00.003+00:002016-11-23T12:22:11.221+00:00Há petróleo no Beato<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Depois de um longo interregno, resolvi voltar a escrever umas linhas em prol da minha sanidade mental. Não é que tenha interrompido, suspendido ou até castrado o meu espirito crítico, mas espaços como o Facebook ou o twitter, não são propriamente espaços de reflexão mais profunda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Hoje senti-me seduzido a escrever algumas linhas sobre o suposto memorando de entendimento relativo à passagem da gestão da Carris para a CML e para melhor enquadrar esta questão, recorri a algumas passagens que tenho lido por aí.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Em Novembro de 2014 Costa Presidente da Câmara de Lisboa dizia o seguinte:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">"Entre as competências que a câmara se propõe assumir estão as de “planeamento e gestão das redes e frotas”, “fixação de tarifas e preços” e “definição de níveis de serviço e de objectivos de gestão operacional”. Quanto às indemnizações compensatórias, António Costa diz que “partilhará com o Estado os encargos anuais a pagar à Carris e ao Metro, de acordo com um critério de repartição financeiramente sustentável e adequado à partilha de riscos a estabelecer”. Esta visão contraria a visão do Governo, que pretende eliminar por completo estes subsídios, que são pagos pela prestação de serviço público. Aliás, na proposta do Orçamento do Estado para 2015 as indemnizações são reduzidas em 85 milhões de euros, restando apenas os apoios aos passes sociais +. "</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">e conluía:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">"Como “pressupostos” para que a câmara fique com a gestão das operadoras de transportes, o seu presidente elenca a assunção pelo Estado da sua dívida histórica, “incluindo os encargos decorrentes do leasing do material circulante”, a definição de um acordo “sobre um plano de investimentos estruturais para o período da parceria” e de um outro “quanto a compensações sociais”, por exemplo “em matéria de passes sociais”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Volvidos 2 anos, agora Costa como Primeiro Ministro e Medina como Presidente da CML, somos surpreendidos com este memorando de entendimento. Mas, o mais estranho de toda esta história, é que ninguém conhece o conteúdo do tal documento e por isso ao melhor estilo da esquerda dita democrática, já se encarregaram de informar o que o Povo precisa de saber.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E esta semana, Costa Primeiro Ministro, presenteia-nos com as seguintes afirmações:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">"Carris não é para produzir EBITDA. É para transportar pessoas"</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">"Desobrigamos os portugueses a financiarem os transportes dos lisboetas"</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E Fernando Medina acrescenta:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">"A partir do próximo ano, a gestão da Carris passa para a Câmara de Lisboa, mas a sua dívida permanece no Estado. A empresa será financiada com as verbas do estacionamento, multas de trânsito, IUC "e o que for necessário", como referiu Fernando Medina na cerimónia realizada esta segunda-feira."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Segundo estas mentes iluminadas, resolveram um problema com mais de 40 anos, o tema está esclarecido e não há mais explicações a dar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O caricato disto tudo, é que Costa como Presidente da CML, exigia a Passos Coelho que o estado continuasse a pagar os leasings em vigor e demais custos financeiros, para além dos custos de um novo plano de investimentos e das compensações em matéria de passes sociais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Agora na pele de Primeiro Ministro afirma, "Desobrigamos os portugueses a financiarem os transportes dos lisboetas" e aqui reside a principal dúvida/mentira ou por outras palavras o principio de mais uma narrativa com um triste epílogo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Antes com Passos Coelho ,os Portugueses tinham que continuar a financiar os transportes de Lisboa, agora já não vão contribuir mais para esse peditório e portanto emerge assim outra e não menos importante questão:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Segundo sabemos e é público, a CML continua deficitária ao ponto de ter cancelado algumas obras por falta de financiamento. Não foi por acaso, que pela primeira vez lançaram mão de novas taxas e impostos, sobre o turismo, resíduos, etc... e como é que de repente, tem folga em receitas como, multas de transito e IUC ? Todos sabemos que estas receitas são uma gota de água quando comparadas com o défice estrutural anual da Carris?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Depois de muito pensar, encontrei a explicação. Quando se trata de temas cobertos de uma enorme opacidade, o diabo está sempre nos pormenores e nas entrelinhas, senão vejamos:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Desde quando é que António Costa sabe o que é o EBITDA e esclareço: Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Ora bem, esta palavra não apareceu por acaso, foi com certeza usada por alguém, que explicou a António Costa, que a Carris depois das restruturações de que tinha sido alvo, tinha um EBITDA positivo ou próximo disso e só assim se explica que a CML consiga assumir a gestão corrente da Carris, ficando alguém com todas as outras parcelas, juros, impostos, depreciações e amortizações.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Esclarecido isto posso concluir que, António Costa mentiu aos Portugueses quando afirmou que deixavam de financiar os transportes dos Lisboetas e Medina omitiu o mais importante, quando afirmou que recorre "ao que for necessário" para viabilizar a solução.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A não ser nenhum destas hipóteses e como muito bem satirizava Raul Solnado "Há petróleo no Beato.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">P.S. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Há Petróleo no Beato é um drama, comédia e </span><a class="new" href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Revista_%C3%A0_portuguesa&action=edit&redlink=1" title="Revista à portuguesa (página não existe)"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">revista à portuguesa</span></a><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"> de </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1986" title="1986"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">1986</span></a><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">. Foi protagonizado por </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Raul_Solnado" title="Raul Solnado"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Raul Solnado</span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Numa conjuntura de instabilidade mundial provocada pelas primeiras crises petrolíferas do século passado, uma modesta família portuguesa é surpreendida pela descoberta de que tem no quintal a solução dos seus problemas financeiros e até mesmo os do País.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br /></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-72278341006239081962016-11-17T10:03:00.000+00:002016-11-17T10:03:17.688+00:00O pato e o Donald<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Comprovando a
importância capital dos EUA no Mundo, a vitória de Donald Trump, com a
extraordinária explosão dos meios de comunicação, já foi alvo de opiniões por
parte de todos e mais um. Em lugar de procurar ser diferente, deixo-me ir neste
rio (palavra heterodoxa para os sociais-democratas. Quem diria?!) de palpites…</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
E a primeira cogitação tem
precisamente a ver com a rotunda falha de quem se aventurou nas previsões,
salvo honrosas excepões; o neófito tem nome de pato, mas foi a maioria dos
analistas quem fez figura de pato, se não mesmo de urso.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Depois e como as primeiras
declarações e omissões (por exemplo, o desaparecimento da menção à interdição
de entrada de muçulmanos) parecem prenunciar, uma coisa é a retórica do
candidato, outra é o pronunciamento futuro do presidente. E, aqui chegados, não
vale a pena os cronistas pseudo-intelectuais rasgarem as vestes em sinal de
indignação ante uma putativa hipocrisia: é precisamente a profusão incontinente
de crónicas e a sede vampiresca de directos que obriga a que qualquer candidato
que queira aparecer (e, logo, existir) tenha que percorrer a estreita linha de
fronteira entre a declaração tribunícia e a demagogia populista.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Acresce que, como tantos outros nos
últimos anos, este resultado é apenas mais um aviso dos eleitorados, em tom
moderado, para uma classe política falida, putrefacta e, não raras vezes,
corrompida. Embora veja as maleitas como bem suaves no nosso Portugal, comecei
por identificar a tendência quando, há anos, Salazar foi eleito como o maior
entre os “Grandes Portugueses”. Já então estava em crer que ninguém queria
efectivamente o regresso do Professor; do que se tratava (quase nenhum analista
ou deputado chamado a perorar o percebeu, diga-se) era de aspergir bílis sobre
um conjunto de políticos e forças partidárias que, perpetuando-se, se revelavam
incapazes de nos tirar do tradicional “um dia voltaremos a ser grandes”.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Mas, por todos os lados, há alertas
que ainda (que eu tenha lido ou escutado) nenhum líder compilou e explicou de
forma integrada: Chávez, Correa, Morales, Kirchner, Marine Le Pen, a
extrema-direita alemã, Farage, Orbán, e outros que são farinha do mesmo saco,
independentemente da percentagem de trigo (parte em que assumo que simplifico em
demasia e misturo componentes locais para chegar a um corolário <i style="mso-bidi-font-style: normal;">urbi et orbi</i>, passo a heresia).</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Votaram, assim, os esquecidos pela
classe política e os isolados das urbes, mas votaram também os que
legitimamente têm medo do terrorismo (em vez de aceitarem que continuemos a
assobiar para o lado, esperando que, tendo que acontecer, só aconteça aos
outros), os que temem pela perda do seu trabalho (com o conto da
inevitabilidade, os políticos com lugar seguro vão precarizando mais e mais o
trabalho dos outros) e, no fundo, todos aqueles a quem a globalização e a
erosão do estado-nação assustam (nem ousem recrimina-los, pois imagino que 90%
da nossa Assembleia da República seja incapaz de começar sequer a explicar o
fenómeno aos seus concidadãos…).</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Mais haveria a dizer, mas termino
com uma ideia, citando Jorge Jesus (pensador com perfil adequado para o
gabinete de Trump, aliás): “foi limpinho, limpinho”!</div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-92104237551967455572016-11-13T11:25:00.002+00:002017-02-13T18:26:31.121+00:00E se deixássemos de ser parolos?!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
No mural de um
amigo em determinada rede social leio acirrada defesa do Sport Lisboa e
Benfica. O cidadão em causa é um indivíduo com actividade cívica conhecida e
reconhecida, e a instituição que defende é prestigiada. No entanto, dou comigo
a pensar: por que diabo não defende esta alma o clube da terra?! Faltam méritos
ao braço futebolístico de uma Associação velhinha de 129 anos?!</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Não representa a
Associação Académica de Coimbra/OAF, a mais de um grupo dedicado ao pontapé na bola,
uma forma de estar na vida corporizada pela casa mãe?!</div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Não é historial
da Briosa honroso de um ponto de vista desportivo, mas também no que já fez por
princípios tão importantes como a liberdade?!</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
E para quem ande
a guerrear com base em cores (li que um jogador de um alegado “grande” foi
impedido de estacionar junto dos colegas por ter um carro com a cor de um
rival), haverá maior elegância do que um negro integral?</div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
A resposta é
simples: quem é de Coimbra ou por lá passou deveria amar a Briosa e tudo o que
ela representa e, mais do que isso, habituar os filhos a entenderem que não
temos que ser todos vermelhos, azuis ou verdes.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
A mais disso,
bem sei o quanto é bom ganhar. Todavia, as vitórias numéricas não são tudo na
vida. O brio de defender uma cidade e uma universidade repletas de história e
beleza, a honra de estar em campo em nome de uma maneira de ver o desporto como
uma prática alicerçada em valores e os atletas como algo mais do que cavalos de
corrida, o orgulho de pertencer a um grupo exclusivo dada a excelência de
comportamento que se exige a um academista; tudo isto, dizia, representa um
acervo de argumentos com o qual poderíamos exaltar o fervor coimbrão e a
saudade daqueles que o viveram, embora sejam de outras paragens.</div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Todavia, é
importante não embarcarmos nós próprios na histeria colectiva que parece
tripartir os demais portugueses. É, por isso, imperioso meditar sobre o que nos
falta para remar contra a maré.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Desde logo,
tradição. O Portugal da bola é assim mesmo, e os media não vão deixar que seja
de outro modo. Como se venderiam três diários desportivos de outra forma? Como
se suportariam tantos e tão quezilentos programas televisivos de suposto debate
(na realidade mais parecem documentários sobre boçalidade)? </div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Depois há um
trabalho que compete aos dirigentes. Dei várias ideias no meu tempo, mas outros
valores se ergueram com maior urgência e entusiasmo por parte dos meus pares…</div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Em terceiro
lugar, com um estádio com capacidade para cerca de 20% da população residente,
será sempre um pouco difícil operar milagres, embora defenda acerrimamente a
localização do mesmo. Tirando o localizado fenómeno vimaranense (pese embora
escorado em argumentos muito diferentes daqueles que julgo estarem na essência
da Associação Académica de Coimbra), a indigência é a nota marcante das
assistências da esmagadora maioria dos estádios portugueses.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Por fim, com a
concorrência de azuis, vermelhos, verdes, e de todas as estupendas ligas que
passam na televisão, é necessário um futebol vistoso e que entretenha.</div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-78233629506258391572016-11-13T11:25:00.001+00:002017-02-13T18:26:31.105+00:00E se deixássemos de ser parolos?!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
No mural de um
amigo em determinada rede social leio acirrada defesa do Sport Lisboa e
Benfica. O cidadão em causa é um indivíduo com actividade cívica conhecida e
reconhecida, e a instituição que defende é prestigiada. No entanto, dou comigo
a pensar: por que diabo não defende esta alma o clube da terra?! Faltam méritos
ao braço futebolístico de uma Associação velhinha de 129 anos?!</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Não representa a
Associação Académica de Coimbra/OAF, a mais de um grupo dedicado ao pontapé na bola,
uma forma de estar na vida corporizada pela casa mãe?!</div>
<br />
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<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Não é historial
da Briosa honroso de um ponto de vista desportivo, mas também no que já fez por
princípios tão importantes como a liberdade?!</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
E para quem ande
a guerrear com base em cores (li que um jogador de um alegado “grande” foi
impedido de estacionar junto dos colegas por ter um carro com a cor de um
rival), haverá maior elegância do que um negro integral?</div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
A resposta é
simples: quem é de Coimbra ou por lá passou deveria amar a Briosa e tudo o que
ela representa e, mais do que isso, habituar os filhos a entenderem que não
temos que ser todos vermelhos, azuis ou verdes.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
A mais disso,
bem sei o quanto é bom ganhar. Todavia, as vitórias numéricas não são tudo na
vida. O brio de defender uma cidade e uma universidade repletas de história e
beleza, a honra de estar em campo em nome de uma maneira de ver o desporto como
uma prática alicerçada em valores e os atletas como algo mais do que cavalos de
corrida, o orgulho de pertencer a um grupo exclusivo dada a excelência de
comportamento que se exige a um academista; tudo isto, dizia, representa um
acervo de argumentos com o qual poderíamos exaltar o fervor coimbrão e a
saudade daqueles que o viveram, embora sejam de outras paragens.</div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Todavia, é
importante não embarcarmos nós próprios na histeria colectiva que parece
tripartir os demais portugueses. É, por isso, imperioso meditar sobre o que nos
falta para remar contra a maré.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Desde logo,
tradição. O Portugal da bola é assim mesmo, e os media não vão deixar que seja
de outro modo. Como se venderiam três diários desportivos de outra forma? Como
se suportariam tantos e tão quezilentos programas televisivos de suposto debate
(na realidade mais parecem documentários sobre boçalidade)? </div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Depois há um
trabalho que compete aos dirigentes. Dei várias ideias no meu tempo, mas outros
valores se ergueram com maior urgência e entusiasmo por parte dos meus pares…</div>
<br />
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<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Em terceiro
lugar, com um estádio com capacidade para cerca de 20% da população residente,
será sempre um pouco difícil operar milagres, embora defenda acerrimamente a
localização do mesmo. Tirando o localizado fenómeno vimaranense (pese embora
escorado em argumentos muito diferentes daqueles que julgo estarem na essência
da Associação Académica de Coimbra), a indigência é a nota marcante das
assistências da esmagadora maioria dos estádios portugueses.</div>
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<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Por fim, com a
concorrência de azuis, vermelhos, verdes, e de todas as estupendas ligas que
passam na televisão, é necessário um futebol vistoso e que entretenha.</div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-90123896333947134322016-11-13T11:25:00.000+00:002016-11-13T11:27:11.770+00:00E se deixássemos de ser parolos?!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
No mural de um
amigo em determinada rede social leio acirrada defesa do Sport Lisboa e
Benfica. O cidadão em causa é um indivíduo com actividade cívica conhecida e
reconhecida, e a instituição que defende é prestigiada. No entanto, dou comigo
a pensar: por que diabo não defende esta alma o clube da terra?! Faltam méritos
ao braço futebolístico de uma Associação velhinha de 129 anos?!</div>
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Não representa a
Associação Académica de Coimbra/OAF, a mais de um grupo dedicado ao pontapé na bola,
uma forma de estar na vida corporizada pela casa mãe?!</div>
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<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Não é historial
da Briosa honroso de um ponto de vista desportivo, mas também no que já fez por
princípios tão importantes como a liberdade?!</div>
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E para quem ande
a guerrear com base em cores (li que um jogador de um alegado “grande” foi
impedido de estacionar junto dos colegas por ter um carro com a cor de um
rival), haverá maior elegância do que um negro integral?</div>
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<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
A resposta é
simples: quem é de Coimbra ou por lá passou deveria amar a Briosa e tudo o que
ela representa e, mais do que isso, habituar os filhos a entenderem que não
temos que ser todos vermelhos, azuis ou verdes.</div>
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A mais disso,
bem sei o quanto é bom ganhar. Todavia, as vitórias numéricas não são tudo na
vida. O brio de defender uma cidade e uma universidade repletas de história e
beleza, a honra de estar em campo em nome de uma maneira de ver o desporto como
uma prática alicerçada em valores e os atletas como algo mais do que cavalos de
corrida, o orgulho de pertencer a um grupo exclusivo dada a excelência de
comportamento que se exige a um academista; tudo isto, dizia, representa um
acervo de argumentos com o qual poderíamos exaltar o fervor coimbrão e a
saudade daqueles que o viveram, embora sejam de outras paragens.</div>
<br />
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<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Todavia, é
importante não embarcarmos nós próprios na histeria colectiva que parece
tripartir os demais portugueses. É, por isso, imperioso meditar sobre o que nos
falta para remar contra a maré.</div>
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<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
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<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Desde logo,
tradição. O Portugal da bola é assim mesmo, e os media não vão deixar que seja
de outro modo. Como se venderiam três diários desportivos de outra forma? Como
se suportariam tantos e tão quezilentos programas televisivos de suposto debate
(na realidade mais parecem documentários sobre boçalidade)? </div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Depois há um
trabalho que compete aos dirigentes. Dei várias ideias no meu tempo, mas outros
valores se ergueram com maior urgência e entusiasmo por parte dos meus pares…</div>
<br />
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<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Em terceiro
lugar, com um estádio com capacidade para cerca de 20% da população residente,
será sempre um pouco difícil operar milagres, embora defenda acerrimamente a
localização do mesmo. Tirando o localizado fenómeno vimaranense (pese embora
escorado em argumentos muito diferentes daqueles que julgo estarem na essência
da Associação Académica de Coimbra), a indigência é a nota marcante das
assistências da esmagadora maioria dos estádios portugueses.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Por fim, com a
concorrência de azuis, vermelhos, verdes, e de todas as estupendas ligas que
passam na televisão, é necessário um futebol vistoso e que entretenha.</div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-34722944480637977362016-04-22T12:05:00.001+01:002016-04-22T12:19:07.641+01:00"Um Imenso Portugal?" - I<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYiRxWk0gzU8SHdfzAJ4aoEE0BUrve0TEUNYBeVEvacI2bnO4LevXnYFi-QgB9rh7uuyY0RTflnl5bZnMt4nDk0XeEuuH0K8MWwsLh-tPGFRRfBm8xr8eFEirH2Ih75q6RF_Oi/s1600/IMG_1339.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYiRxWk0gzU8SHdfzAJ4aoEE0BUrve0TEUNYBeVEvacI2bnO4LevXnYFi-QgB9rh7uuyY0RTflnl5bZnMt4nDk0XeEuuH0K8MWwsLh-tPGFRRfBm8xr8eFEirH2Ih75q6RF_Oi/s320/IMG_1339.JPG" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O início do processo de cassação do mandato da Presidente Dilma Rousseff (impeachment, seguindo a moda) paralisou o Brasil e chamou a atenção dos demais países, como não poderia deixar de ser, atendida a dimensão deste gigante quase continental.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dando por sobejamente explicado nos media o processo em si, partilho algumas reflexões pessoais. A primeira delas tem a ver com o facto de entender que, ante a já mencionada dimensão do país, o início da queda de Dilma é o fim da ilusão populista na América Latina, pelo menos nos actores de dimensão significativa. Sei mesmo que muitos venezuelanos rejubilaram com o resultado da votação domingueira, precisamente por sublinhar com tintas mais fortes o letreiro de “A Prazo” que já pairava sobre Miraflores (palácio presidencial).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Primeiro veio a derrota fragorosa dos herdeiros de Cristina, na Argentina. Depois, a conversão de Correa (Equador) ao pragmatismo. A contrario, o desenvolvimento notório da Colômbia. Agora, o mais do que provável “despedimento” de Dilma… Tudo sinais de que o sonho (a encenação – riscar o que não interessa, como nos impressos antigos) bolivariano de Chávez entrou numa derrocada irreversível. Contudo, mais do que o episódico rolar de cabeças, a leitura que faço é a de que, efectivamente, caiu a máscara dos populismos de esquerda que prometiam um mirífico igualitarismo alternativo à economia de mercado vigente nos países ocidentais, e que vieram a revelar-se propostas económicas desastrosas, projectos sociais incentivadores de indolência e corrupção, e até, em certos casos, alfobres de protoditaduras. A Venezuela será uma questão de tempo, e a Bolívia um teste ao contorcionismo político de Morales.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já na Europa, provando que até nos dislates perdemos a liderança, Bloco de Esquerda, Podemos e Syriza estão para lavar e durar, embora sem a mesma perspectiva de triunfo dos congéneres latino-americanos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O segundo corolário que extraio do ocaso da presidente brasileira poderá ser polémico, mas é algo sobre que especulo com convicção: sendo a primeira mulher a assumir a presidência Brasileira e partindo da premissa, como parto, de que a principal causa da queda verdadeiramente inerente a Dilma Rousseff foi a sua incompetência, tal comprova que a competência e uma série de outras qualificações nada têm a ver com questões de género e não são passíveis de controlar por um sistema de quotas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Note-se que a Presidente em vias de “despedimento” não foi eleita por qualquer sistema de quotas, nem tão pouco quero encetar um libelo contra as mulheres. Nada disso! Quero apenas contrariar a ideia de alguns histéricos da extrema-esquerda de que pertencer a minorias supostamente discriminadas é uma graduação social… O raciocínio equilibrado seria, pura e simplesmente, combater as discriminações (sou totalmente favorável) e reconhecer que nem todos os homens são incompetentes (algo que creio, para ser intelectualmente honesto, nunca esteve em causa), como nem todas as mulheres são competentes, como Dilma prova à saciedade. Daí a minha descrença em sistemas quantitativos de indigitação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(a continuar)</div>
</div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-51705245516100074792016-03-23T14:27:00.000+00:002016-03-23T14:28:05.492+00:00Falinhas mansas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
E lá chora a
Europa com mais um nojento atentado, desta vez na Bélgica…</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
A mais do evidente repúdio e da
óbvia revolta, creio que é tempo de acabar com as falinhas mansas.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 200%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 200%;">É bonito e eticamente gratificante
falar de direitos humanos e do quão elevada é a alegada superioridade
axiológica da civilização ocidental, em geral, e da construção europeia, em
particular, mas o facto é que essa “conversa” começa a saber a pouco às cada
vez mais numerosas famílias das vítimas de atentados, aos refugiados e
populações de “desembarque”, aos inocentes cidadãos que se vêem confrontados
com um crescente número de medidas restritivas da sua liberdade
(designadamente, de circulação), e a todos quantos, directa ou indirectamente,
associam a vida em sociedade ao respeito recíproco (que lirismo o nosso, ao que
parece…).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 200%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Desde logo, importa que os líderes
religiosos que pregam na Europa e, na medida do possível, os que ensinam a fé
muçulmana nos países cujas populações observam essa respeitável e ancestral
confissão, comecem a passar da mera condenação ao acto de denunciar quem suja o
nome de Alá com actos que nada têm a ver com o verdadeiro Islão. Não basta
continuar a dizer que quem o faz é inimigo da fé; é necessário punir ou
entregar quem inquina de forma tão vil e cobarde a paz mundial.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Depois, seria relevante entender até
quando estaremos dispostos a ser uma civilização castrada, na Europa. O facto é
que, em nome da suposta e mencionada superioridade do nosso modo de ver o ser
humano e a vida, com as honrosas excepções do Reino Unido (quase sempre) e da
França (algumas vezes), em homenagem a restrições orçamentais, por causa de
medo de baixas próprias e colaterais (as mesmas que os atentados desconsideram
e de que os terroristas se riem) – por tudo isto, dizia – não debelamos este
anátema, não cortamos o mal pela raiz, não destruímos estes canalhas… E quando
o digo, digo-o dentro e fora de portas. No primeiro caso, havendo ninhos de
víboras claramente identificados nas metrópoles europeias, é urgente acabar com
a auto-restrição imposta pela esquerda radical (que agora assobia para o ar,
como se o estado abúlico em que vivemos não fosse fruto de anos de
desconstrução da lei e ordem, sob a acusação idiota de reminiscências
fascistas) e permitir às polícias que, observados os direitos fundamentais de
presumíveis inocentes, não se detenham por anacrónicos limites horários,
impedimentos de rastreamento tecnológico ou medo de usar a força proporcional e
necessária para o combate deste flagelo (a verdade é que, mesmo que o infractor
seja brutal, aparece sempre um trotskista armado em moralista a falar de
violência policial, mesmo quando esta, que é condenável, não existe).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Se continuarmos nesta “anarquia
mansa”, os Trump deste mundo começarão a ganhar nos EUA, na Polónia, na
Hungria, na Rússia e por aí fora…</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Não reagir com mão firme, ao invés
do que possa parecer, é precisamente a forma de caminharmos para um Estado
securitário, para uma Europa fortaleza e para o fim de uma Era.</div>
</div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-27453548055527107952016-03-02T11:13:00.000+00:002016-03-02T11:13:06.322+00:00Vão chamar pai a outro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
A propaganda do
Bloco de Esquerda que diz que “Jesus também tinha dois pais” (comemorando a
aprovação da adopção por casais do mesmo sexo) é, antes de mais, uma questão de
mau gosto e de deliberada ofensa aos que não concordam com aquela organização
intelectualmente totalitária.</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
E começo por aqui mesmo: o BE
arvora-se em campeão das liberdades democráticas, mas é, provavelmente, a mais
intolerante, discriminatória e agressiva força parlamentar. Quem não concorda
com a mixórdia de marxistas-leninistas arrependidos, trotskistas psicadélicos,
maoístas bafientos e anarquistas-chiques é apelidado de reaccionário, inimigo
da democracia e outras coisas mais que, com apoio de grande parte da classe
jornalística (que mistura a revolta contra o patronato com a função de megafone
da extrema-esquerda), servem para menorizar e intimidar quem, legitimamente,
defende ideia adversa.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Aliás, muitas das actividades de
agitação e propaganda da nossa extrema-esquerda finória são “cool”, criativas e
inovadoras porque são daquele lado da fronteira; se alguém do centro-direita ou
mesmo do PS andasse em “topless” defendendo o direito ao corpo ou postergasse o
nome de Cristo, imediatamente era derretido pelos escribas que cobrem o
quotidiano bloquista. </div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Mas nada a fazer… Com colossal culpa
dos “arcos da governabilidade” europeus, a bandalheira política entrou na moda,
chame-se ela Syriza, Podemos ou Bloco de Esquerda (confesso mesmo que me
enganei rotundamente ao prognosticar a erosão do BE; coisas de “emigrante”…).</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"></span>Recentrando o assunto no enxovalho a
Cristo, diria que a primeira coisa a desmistificar é a alegada propriedade de
ideias como a adopção e o casamento de pessoas do mesmo sexo ou a
despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Nenhuma força política é
dona dessas causas! Há milhares de cidadãos que, perfilhando ou não as
orientações em debate, sempre se bateram pelo fim do que entendem como
discriminações, sendo um insulto este aparecimento de um latifundiário
intelectual das causas “justas”.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Depois, entendo que a Igreja
Católica não poderia pedir mais. Ao mesmo tempo que “Spotlight” ganha um Oscar,
relembrando o encobrimento de abusos sobre menores, o Bloco desperta uma onda
de indignação entre católicos e outras pessoas de bem.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Por fim, não venha Marisa Matias
demarcar-se da ideia, como se de um erro se tratasse. Foi deliberado e com
intenção de enxovalhar.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Ou me engano muito, ou António Costa
pagará um alto custo por esta bandeira de conveniência. Ele e todos nós…</div>
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><br /></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Impedido de me
expressar como Arnaldo Matos (MRPP) o fez recentemente, lamento e registo a
ofensa.</span><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-53269915931168543922015-11-10T11:58:00.000+00:002015-11-12T12:47:32.398+00:00António Costa, eu nunca me vou esquecer de ti…<div style="margin: 0cm 0cm 8pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Lembras-te do colega de escola que se sentava sempre ao lado
do professor para lhe dar graxa? Todas as pessoas sabiam que ele “não era
grande espingarda” na matemática mas graças à lata que tinha e à argumentação
que utilizava lá conseguia ter sempre um 3 + + para chegar ao 4 no final do ano
letivo…</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 8pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Lembras-te do colega de trabalho que se senta nas reuniões
ao lado do chefe? Aquele que normalmente “não faz puto” mas lá consegue dar
sempre a volta ao texto para justificar a sua incapacidade de trabalho e passar
por entre as gotas da chuva sem se molhar…</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 8pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Lembras-te do colega de brincadeira que só jogava futebol
porque era o dono da bola? Não tinha jeito para a bola, mas era o que tinha o
mote da brincadeira e por isso era uma obrigação acolhe-lo para que todos
conseguisses jogar. Isto quando assim era, pois corríamos o risco de ele não
querer jogar à bola o que significava que também não a partilhava com ninguém…</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 8pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Pois, lembras-te não lembras???</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 8pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Na vida política democrática de Portugal, por tudo isto, nunca te irás esquecer do António Costa!</span></div>
<br />qwertyhttp://www.blogger.com/profile/11829238393331614932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-45018777236005136482015-10-19T11:53:00.000+01:002015-10-19T11:56:34.312+01:00O dia em que Houdini se afogou<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Tentarei
escrever esta prosa com o menor número de adjectivos e com a frieza possíveis
em homenagem à moderação a que me sinto obrigado. Contudo, creio que o dr.
António Costa poderá estar, politicamente falando, a meter-se numa numa
camisa-de-onze-varas ou a criar, genialmente, o “auto-xeque-mate”.<br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Indo por partes, reafirmo que, a meu ver e usando noções sobre métodos
eleitorais que espero não estejam desactualizadas, a coligação PSD-CDS, tendo
mais votos e mais deputados eleitos, ganhou as eleições. Continuo a acreditar
nisso, apesar de as últimas notícias me tenham feito ganhar esperanças de que a
Briosa possa ir à Liga dos Campeões, aliando-se a clubes mais bem pontuados. E
nem venham os puristas dizer que se não pode comparar política e futebol; em
ambos os casos e salvaguardadas as evidentes diferenças regulamentares, é uma
questão de pontos averbados...<br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Pode, por isso, soar a mau perder que as forças derrotadas queiram o que
os portugueses não quiseram dar-lhe. Acredito que a mensagem eleitoral pode ser
plasmada do seguinte modo: siga o Governo com o bom trabalho, mas com mais
moderação e escutando propostas alternativas.<br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Pensar nem que seja num acordo de incidência parlamentar com PCP (dou por
irrelevantes Os Verdes) e Bloco de Esquerda é suicídio a prestações: por um
lado, porque estas duas formações radicais têm apenas dois caminhos possíveis:
ou se “aburguesam” e desaparecem em próximas eleições por traição ao seu
eleitorado, ou impõem os seus temas e arrastam o PS para fora da
governabilidade europeia. <br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Por outro lado, porque esta originalidade aritmética pode custar a Costa
a união do PS, tanto mais necessária quanto mais esotérico o acordo que fizer.<br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Ademais importa por os conceitos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">en
su sitio</i>: no caso do PCP, como podemos ver pelo quase estaticismo
eleitoral, falamos de um partido parado no tempo e que espera que a lei da vida
venha a erodir a sua base eleitoral, por muito que disfarce com a operação
plástica que consiste em indigitar alguns deputados jovens. Trata-se do único
partido comunista ocidental que apoiou o golpe contra Gorbatchev e que, mais
recentemente, revelou dúvidas sobre o facto de a Coreia do Norte não ser uma
democracia. Por fim, cumpre dizer que nem Mário Soares deu, alguma vez, tanto
poder aos comunistas…<br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Já no caso do Bloco de Esquerda e como não sou apreciador de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">cocktails</i>, não sei qual a sua composição
actual, mas lembro-me de um tempo em que se descortinavam marxistas-leninistas,
trotskistas, maoístas e até anarquistas na sua fórmula. É a propostas destas
maravilhas ideológicas que podemos sujeitar-nos? E se já houve fracturas
internas, como será quando tiverem que incensar a burguesia que, seguramente,
vêem no PS?<br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Se for este o caminho, que não se iluda Costa: cedo ou tarde, a factura
chegará e com IVA a 100%...<br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Já se escolher “tolerar” a coligação e derrubá-la um ou dois anos
volvidos, provavelmente, arrisca nova maioria absoluta de PSD e CDS.<br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Há habilidades que podem sair caras. A ver vemos se sai da caixa de água
em que se meteu.</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
</div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-55435326352112045642015-10-13T14:28:00.000+01:002015-10-13T14:28:01.143+01:00António Costa, acabou o recreio, larga o baloiço
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Perante os resultados eleitorais, o Presidente da República
fez uma declaração ao País em que colocou claramente quais as condições para
dar posse a um novo governo, a saber:<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;">- Uma maioria estável, acompanhada de um acordo
relativamente ao cumprimento dos compromissos internacionais aos quais Portugal
está vinculado. Com esta comunicação Cavaco Silva não poderia ter sido mais
claro, União Europeia, Euro, Nato, tratado orçamental e metas quanto à dívida,
só para citar alguns.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Ora, perante estas premissas em que apenas a coligação se
revê, pelo menos a avaliar pelas posições assumidas durante a campanha
eleitoral, Costa arriscou uma última cartada, formar uma coligação de esquerda
com todos os rejeitados das eleições de 4 de Outubro, ignorando que o País não é Lisboa.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Acredito que neste momento, a maioria dos Portugueses andem
apreensivos e preocupados, com a hipótese de termos um governo chefiado pelo
grande derrotado destas eleições, acompanhado pelos igualmente derrotados BE e
CDU. Nesta matéria estou calmo e pouco preocupado, por 3 razões:<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;">1 – Cavaco Silva só dará posse a uma hipotética solução de
governo à esquerda, se todos os partidos que compõem essa maioria integrarem o
governo. Por outras palavras, nunca daria posse a um governo chefiado por António
Costa, consubstanciado apenas e somente num acordo de incidência parlamentar, porque isso
seria desvirtuar os resultados eleitorais e lançar o País numa instabilidade
permanente. Instabilidade por instabilidade, daria posse a Paços Coelho, não só
porque venceu as eleições, mas porque lhe daria mais garantias no caso de ter
que optar por um governo de gestão.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">2 – Mesmo que a suposta maioria de esquerda, conseguisse
chegar a um acordo de incidência parlamentar, seria sempre vago e pouco
detalhado nos compromissos que Cavaco enunciou e que considerou incontornáveis.
Será crível acreditar, que Bloco e CDU assinassem um acordo em que ficasse
preto no branco e cito apenas um, “cumprimento do tratado orçamental”? Nunca,
porque isso significaria, a negação de tudo o que andaram a prometer aos seus
eleitores. Aceitar tal compromisso, seria o mesmo que admitir e concordar que em
matéria de pensões, salários da função pública, regras da segurança social na
atribuição de subsídios e outras prestações sociais, continuasse tudo na mesma.
<o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">3 – Portanto resta uma 3 alternativa, Bloco e CDU integrarem
um governo chefiado por António Costa, com um acordo assinado que contemple os
compromissos considerados irrevogáveis por Cavaco Silva. Por muitas voltas que
lhe desse ao estomago, Cavaco aceitaria, mas Bloco e CDU não, porque seria o
mesmo que preencherem todos os requisitos para uma eutanásia. Ignorando o BE,
porque tem uma base eleitoral que não ultrapassa os 5%, se a CDU integrasse um
governo, para além de todos os constrangimentos já apresentados, qual passaria a ser o papel da CGTP? Portanto, qualquer que seja a
solução à esquerda, ela será sempre pouco duradoura, porque a sobrevivência
política sobrepor-se-á sempre, ao interesse do País. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 8pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Para estes partidos de protesto, a dicotomia entre, cumprir
a principal promessa eleitoral, derrotar o governo de direita, derrotar Passos
e Portas e definhar a curto prazo, há muito que a escolha está feita e só Costa
é que não quer ver. <o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Entretanto, os sinais de desconforto de destacados militantes
socialistas estão em crescendo, Sérgio Sousa Pinto da actual direcção bateu com
a porta, Francisco Assis, Álvaro beleza, Jorge Coelho, Vera Jardim, Carlos
Silva líder da UGT, António Vitorino e muitos outros já vieram a público dizer
o que pensam da suposta coligação anti natura e não foram nada meigos para com
o actual líder Socialista.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Posto isto, resta-nos aguardar serena e pacientemente, que o
Presidente da República se farte e exija uma definição clara e inequívoca do
género, António Costa acabou o recreio, larga o baloiço e diz o que pretendes. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Já todos percebemos também, que perante os resultados
eleitorais, a esquerda sabe que qualquer que seja a solução encontrada nunca
será duradoura, não só porque a historia lhes dá razão, mas porque o principal
partido da oposição, nunca foi de fiar. Sendo assim, o tempo joga a favor
deles, quanto mais tempo durar esta fase, mais Bloco e CDU capitalizam e só
Costa ainda não percebeu que poderá ficar na história, como o líder que mais
derrotas sofreu no mais curto espaço de tempo.<o:p></o:p></span><br />
<h2>
</h2>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-39232057478331401622015-10-08T14:58:00.000+01:002015-10-08T16:09:23.793+01:00Um navio que não deu a(o) Costa<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Por muito que se
pinte de rosa o que é laranja e azul, só há uma leitura dos resultados
eleitorais: PSD e CDS ganharam, e o PS perdeu; a leitura é simples e não é preciso
estudar em Coimbra para a fazer. Interessante resultado, depois de medidas tão
penalizadoras. Mais do que masoquismo, leio maturidade democrática, quiçá até
no apoio condicionado por uma maioria relativa.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
De um ponto de vista socialista, eu
diria que o maior dilema é o julgamento moral que pode fazer-se em face da
degola política de António José Seguro; apear um cidadão que ganha por pouco por
outro que o apeia e perde… No entanto, como sabemos, a palavra “moral” é algo
de alienígena para os aparelhos partidários, e nem dou por excluído que António
Costa possa ser Primeiro-Ministro, no futuro. Note-se, porém, que creio que o
não consegue (ou logra um “inconseguimento”, segundo a Dra. Assunção Esteves)
se criar instabilidade a um Governo legitimado por uma maioria de votos e de
lugares; antes pelo contrário… Fica a obra de ciência política que é perder
algo que era seguro (que palavra ambígua!…).<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Por fim, reconheço que festejei
antecipada e erradamente um desaparecimento do Bloco de Esquerda que aproveitou
a moda hispano-grega para continuar na passarela. Continuo a entender que se
trata de uma modernidade pouco estimável, mas o facto é que “vende”.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
A respeito de “modernices” vale a
satisfação de Marinho, Joana e Cª não terem vendido as suas ilusões. Nem o tom
grave de um, nem a gravidez de outra lograram transformar em consistente o que
é coisa de megafone, assim estilo “Homens da Luta” ainda com menos graça (o que
já me parecia impossível).<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Já o PCP e o seu atrelado esperam
tristemente que a lei da vida leve o grosso da coluna dos seus votantes. Um
dia, inevitavelmente, a pauta eleitoral dirá “chega de saudade”.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 200%; text-indent: 35.4pt;">Resta esperar que uns trabalhem, e que outros deixem trabalhar.</span></div>
</div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-9743591280394431072015-09-27T14:58:00.000+01:002015-09-27T14:58:50.267+01:00Carregar (n)a cruz <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Ainda
(voluntaria e profissionalmente) comedido, importuno o leitor com um pedido
datado: a 4 de Outubro, vote!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Creio que poucas
vezes a escolha de um caminho (creio que ainda falta a proposta de uma um
destino, na política portuguesa) foi tão crucial, mormente a partir dos anos
80. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
De facto, com a
democracia e outras bases do Portugal contemporâneo consolidadas -
designadamente, o “cartão de sócio” da União Europeia (cada dia mais um clube
de negócios, e menos uma “casa” de debate) – não é comum poder decidir entre
duas propostas eleitorais tão claramente distintas. Note-se, ademais, que falo
em duas opções porque, em virtude do que já vai escrito e salvo o devido
respeito, também em rara ocasiões valeu tão pouco a pena queimar cartuchos com
os festivais de Outono da nossa política (Joanas, Marinhos e companhia), ou
sequer com as orquestras do “vira o disco e toca o mesmo” (o nosso respeitável
PCP e o seu atrelado esverdeado).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Assim, de um
lado, a coligação de PSD e CDS-PP que propõe a manutenção de políticas disciplinadoras
e causadoras de alguma contracção no <i><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">modus
vivendi</span></i><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> colectivo, com ligeiro perfume a lembrar calvinismo,
recuando o Estado e ganhando protagonismo o aspecto individual. Do outro lado,
contudo, os resultados positivos e certificados: aumento das exportações,
crescimento do PIB, diminuição do desemprego, saída de um programa de
assistência draconiano (e em certos aspectos ridículo e acintoso, como a
questão dos feriados). Importa perceber a partir de que ponto o aumento de
riqueza pode reverter para os cidadãos e para quantos cidadãos, tido por
adquirido que se assegurará um patamar mínimo de dignidade social abaixo do
qual ninguém deve cair.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Do outro lado um
PS, aparentemente sem poder coligativo (a avaliar pela <i>mise-en-scène</i> da extrema-esquerda; a do costume…) que propõe um
caminho quase sem pedras, mas, alegadamente, com uma via que não ruirá:
recuperação mais veloz de alguns dos privilégios perdidos, manutenção do lado
assistencial da República sem cortes e com sustentabilidade, um sector público
muito presente e com papel dinâmico. Se as ideias parecem agradáveis, o senão
da bela surge com o panorama globalizado do mundo actual que parece contrariar
as soluções mais garantísticas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
Seria importante
ver ainda os pergaminhos de uns e de outros, mas eis precisamente o terreno
minado que a diplomacia desaconselha…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
A minha escolha
não será para muitos a quarta parte do Segredo de Fátima; contudo, não deixo de
repetir uma ideia que ouso converter em apelo: vote. São alguns momentos que
vão decidir o modo como vai viver vários anos da sua vida.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-74552897988716767812015-09-21T11:37:00.000+01:002015-09-21T11:38:28.743+01:00A verdade nua e... grávida...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Comentei na
página de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Facebook</i> de um amigo a
recente paixão de Joana Amaral Dias pelo “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">strip-tease”
</i>para dizer que, embora a malta agradeça, a descascada postura já não tem o
que quer que seja de política.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Postas as hormonas em sentido, há
que ver que se a cidadã fosse de direita, no mínimo, era porca; sendo de
extrema-esquerda é “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">cool</i>”, ousada,
vanguardista e defensora da autonomia da mulher.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Se calhar (margem de erro quase
nula), JAD já criticou o uso da imagem das mulheres pelo imperialismo; pois
bem, haja ou não tomado tal posição, a verdade é que, em campanha eleitoral, é
disso que falamos. A candidata achou que despir-se (supostamente porque é um
gesto bonito) lhe traz vantagens, e tudo o mais que se diga são efabulações.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Dito isto, é preciso ir a outro
ponto crucial: trata-se de uma consequência clara da sociedade mediática e da
interpretação que grande parte dos jornalistas faz da sua missão. Tenho escrito
amiúde (com a clara sensação de que poderia falar directamente para a secção de
congelados de um qualquer hipermercado; instalação do século XXI para o Sermão
de Santo António aos peixes…) que, no que diz respeito ao primeiro ponto, as
empresas de comunicação procuram o lucro e não a informação. Ora, a emoção
sempre vendeu mais do que a razão.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Já parte dos jornalistas, pelo menos
em Portugal, entende a sua missão como contra-poder, sendo o jornalismo de
escola uma doce recordação de um passado que já não volta. Nessa perspectiva,
qualquer atitude que vise perturbar a ordem tradicional goza de um favor
desproporcionado nas suas peças. Nem outra, a meu ver, é a explicação da
desmesurada projecção do Bloco de Esquerda, durante anos. É ademais a mesma
ideia que me parece fundamentar o gosto de alguns jornalistas pela
desconchavada aparência à BE.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Estes factores e um certo gostinho
pela desforra que alimentamos pela desforra são os únicos temores que tenho de
que os carros alegóricos que aparecerão no boletim de voto averbem resultados
visíveis… Não será pela consistência das propostas que Marinho Pinto (repito,
uma espécie de Mário Nogueira de gama alta), Joana Amaral Dias, Bloco de
Esquerda, e outras variações em demagogia maior elegerão deputados.<br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Para que não se perca a
pedra de toque configurada nestas linhas, recentro o tema: por muito que goste
de mulheres nuas (peço desculpa pela falta de vanguardismo, mas sou de gostos
clássicos), ainda tenho uma ideia da actividade cívica em que o que importa
despir são as razões e os ideais.</span><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
</div>
Gonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.com1