domingo, 23 de julho de 2006

Vá-se lá entender…

Opiniões divergentes são o que mais há, aqui no burgo lusitano!

A Associação de Municípios considera “indispensável” a presença de autarcas na administração de empresas municipais, enquanto que o Governo não quer acumulação de funções.
A discussão parece condenada a considerações baseadas em vontades imediatas dos autarcas por um lado, e do outro a busca e promoção (esta é daquelas posições que aumentam o share!) da transparência dos agentes políticos, com patrocínio governamental.

Veremos nos próximos tempos qual o sumo a ser espremido, num tema que, urge discutir...

quarta-feira, 19 de julho de 2006

Bem me pareceu

"A onda de calor que terminou segunda-feira foi a maior dos últimos 65 anos em Portugal, pela sua extensão espacial e temporal, informou hoje o Instituto de Meteorologia."


Não andei por cá nos últimos 65 anos para aferir a veracidade! Mas pelo menos nos últimos 28, nunca vi nada assim. Já irritava!!!

Nota: foto fanada à lusa.

sábado, 15 de julho de 2006

Páscoa de ouro

“Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda”

Abraham Lincoln


Até hoje, continua a ser só Tolkien a vencer “o Senhor dos Anéis”...

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Valha-nos 2009

Não sendo eu um expert no léxico de Camões, Marques Mendes, durante o debate da Nação, voltou a atacar o nosso premier com a história da Propaganda, na qual, acusou Mendes, Sócrates é muito bom!
Além de me parecer que Mendes deveria enveredar por outro caminho, nomeadamente rever a forma e os protagonistas com que o PSD tem brindado os portugueses, as minhas leituras fazem-me crer que existem diferenças entre Propaganda e Marketing Político.
A Propaganda aplica um carácter coercivo, visa o domínio da opinião pública e a sua mensagem é doutrina.
Já o Marketing Político, assume uma comunicação estratégica com os eleitores, cria métodos, técnicas inspiradas na mercadotécnica comercial. Aliás, há autores que defendem que não existem diferenças entre o marketing comercial e o marketing político. Defendem que, na sua essência, existe uma grande semelhança, uma vez que, têm em comum todas as características principais: competição; persuasão e o uso dos media como instrumentos essenciais, de comunicação.
Pessoalmente, não concordo, visto que parece-me mais difícil obter o perfil dos eleitores que dos consumidores. Estes últimos seguem um determinado padrão de consumo, enquanto que em política, os acontecimentos resultam muitas vezes de imprevisíveis.

Remato o post, parecendo-me que devemos elogiar os adversários, ver o que eles têm de bom mas sempre com o intuito de os suplantar e não como atitude de resignação. Se para tal for necessário mudar a estratégia, que assim seja. Caso contrário, em 2009 não vamos lá.

quinta-feira, 13 de julho de 2006

A boda de Prata

Creio que Pina Prata não vê hipotecadas as hipóteses de vencer as eleições concelhias de Coimbra (PSD), por ter sido exonerado do cargo de Vice-Presidente da Câmara; Portugal adora vítimas, além do mais...
Porém, talvez agora veja que o medo de irritar o establishment redundou nisto: não só não foi tão inovador quanto poderia ter sido, como, mesmo vencendo, tem pela frente 2 anos infernais.
Até hoje, só Tolkien venceu "o Senhor dos Anéis"...

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Beija-me na boca e chama-me Tarzan!!!

Alguém podia fazer a fineza de explicar ao cavalheiro (?!) que preside à Federação Portuguesa de Futebol que o Engº Sócrates não precisa da ajuda dele, visto que já lidera destacado as sondagens, com o seu PS?...
Já nem discuto a razoabilidade do pedido de isenção de IRS no prémio de 50.000€ a receber pelos jogadores da Selecção, que muito nos orgulharam. Atendendo ao momento do País, ao facto de se tratar de um "extra" e não serem muitos os portugueses que recebem isso num ano inteiro, estava-se mesm0 a adivinhar o niet do Governo.
O que me espanta é a "balda" que Madaíl deu ao Executivo, permitindo-lhe brilhar, ao aparecer (e bem, sublinho) como agente de equidade.
A mais do que se possa dizer, a verdade é que nem o ex-deputado do PSD (Madaíl, himself) ajuda Marques Mendes...

terça-feira, 11 de julho de 2006

Um grande artista



Um grande espectáculo, protagonizado por um excelente artista (Ney Matogrosso), no Páteo das Escolas, na Universidade de Coimbra.

Num futuro, caso haja oportunidade, a não perder…

sábado, 8 de julho de 2006

Paridade, episódio segundo!

O anunciado contra ataque socialista ao primeiro veto de Cavaco Silva foi aprovado esta semana.
Por mim, e não querendo ser repetitivo, visto que os argumentos base que me levam a ser contra já foram escalpelizados, fico a aguardar expectante a resposta presidencial.
Entretanto, segundo o Expresso, a maioria das mulheres é contra a Lei da Paridade! Será que tem algo a ver com o argumento de alguns dos seus defensores, que afirmam que no futuro esta discriminação positiva poderá reverter a favor dos homens?
Eu cá fico na minha; segmentar listas partidárias com base em critérios como o sexo, raça, religião, credo, sociais, etários, ou outro qualquer que não seja a mais valia do(a) personagem política: não obrigado!

Embalado pelo incentivo

Embalado pelo último Conselho Nacional da JSD, hoje, apetece-me dedicar umas breves linhas, visto que o assunto dá pano para muitas mangas, ao (IAJ) Incentivo ao Arrendamento Jovem.
Fazer com que os jovens se inclinem mais para o arrendamento é uma tarefa que, nos dias que correm aqui para as bandas lusitanas não me parece tarefa fácil. Primeiro é preciso combater o sentimento ou a necessidade de posse que impera, muito graças à pouca diferença de euros entre ambas as modalidades.
Os incentivos devem complementar a mobilidade laboral normal nestas idades. Ou seja, contemplar o não preenchimento de toda a burocracia inicial, caso se mude de emprego e consequentemente de cidade, em busca de melhores condições. Não cessar o contrato, mas sim ajustá-lo a uma nova realidade, caso o inquilino arrende outra habitação por motivos profissionais.
Outra situação a ser abolida, a meu ver, é a declaração de IRS, caso os jovens se encontrem nos primeiros meses de laboração e não tenham atingido o terminus do ano civil. Talvez um recibo de renda, como situação provisória.
A idade máxima de acesso não me parece mal (30 anos), apenas a sua cessação no caso de se tratar de um casal, visto que prevê a sua cessação se algum dos cônjuges atingir as 30 primaveras. Quiçá aumentar um pouco este limite, digo eu!
O valor máximo do incentivo não me parece mal (249,40€/mensais), embora talvez se devesse ter em consideração a área geográfica, visto que os valores de arrendamento são díspares de cidade para cidade.
Importante também no tema é a fiscalização. No ligeiro conhecimento que disponho, oiço dizer, que muitos jovens beneficiam do subsídio para a colocação de familiares nas habitações. Ora, sem uma máquina fiscalizadora permanente, este é daqueles incentivos que caem em descrédito.

Em jeito de conclusão, fica aqui manifestada a vontade do “Je”, para que o tema não seja visto apenas como uma despesa, mas sim como um investimento de futuro. Ajudar a implementação dos jovens no mercado de trabalho, podendo estes no futuro, retribuir ao Estado o apoio que lhes foi concedido.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Ideia faustosa

A propósito da despropositada intervenção de um eurodeputado polaco sobre os méritos de Salazar e Franco (se fosse um balanço histórico objectivo ainda podiamos pensar no caso; mas não era...), Fausto Correia (que tenho em boa conta), do PS, proferiu comentários bem interessantes, que o DN de hoje reproduz:
"Para o deputado socialista, ouvir intervenções como as de Marian Giertych é 'um preço que a democracia tem de pagar': 'ouvir as asneiras que alguns eleitos pela democracia atentam contra a democracia.' "
Concordo! Porém, voltamos a uma questão lateral, mas simbólica, da nossa Constituição: por que se proíbem partidos fascistas? Se está certo, não acham que uma ou duas das associações que se têm manifestado encaixam na descrição? E por que é que só se proíbe a extrema direita e não a extrema esquerda, em bloco ou individualmente?...

O perigo da direita

Muito receou a esquerda com a eleição de um Presidente de direita.
Todavia, a mais de Cavaco Silva ter começado pelas questões sociais (que a esquerda julgava serem região demarcada), a confiança na sociedade civil (algo que a esquerda olha com desconfiança, raras vezes dispensando o paternalismo do Estado) começa a dar frutos.
Independentemente dos resultados concretos, é de louvar a iniciativa de um grupo de empresários que, na sequência do "Roteiro para a Inclusão", resolveu constituir uma associação sem fins lucrativos, para combater o abandono escolar.
As vantagens são óbvias, mas a novidade é a cultura da responsabilidade cívica; algo que converte a libertinagem em liberdade, portanto...

60% é muito bom...

Um resultado de 60% em eleições legislativas é muito bom resultado!
Pena para o PSD é que seja a soma de duas sondagens. Há uns dias, a sondagem TSF/DN dava 28% de intenções de voto, e soube-se, hoje, que a consulta da RR/SIC/Expresso aponta para fartos 32% (com o PS a manter a maioria absoluta).
Continuo na minha: por muito que os media não apreciem particularmente o PSD, será mesmo possível alegar uma conspiração gigantesca?!
Não sendo, que explicação pode dar-se sem ser presente ao Conselho de Jurisdição?

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Resta-nos OPELar aos santos...

O mais recente drama em torno do putativo encerramento da fábrica da Opel, na Azambuja, com o qual relaciono o mais recente impasse (a memória hodierna é curta, bem sei) vivido na Autoeuropa, traz à colação recentes índices sobre a alegada baixa produtividade dos trabalhadores portugueses.

Diz a Opel (General Motors) que sai mais caro produzir em Portugal do que em Espanha, imagina-se. E, factores de produção e impostos à parte, são mais do que muitas as suspeitas sobre o brio e zelo da nossa mão-de-obra. Basta lembrar que, no caso da fábrica de Palmela, enquanto os próprios trabalhadores alemães (creio que não falamos, em bom rigor, do terceiro mundo) aceitavam recuar nos salários, aprovando cortes, ou seja, perdendo um pouco para que se não perdesse tudo, os seus congéneres lusos lutavam por aumentos e pela manutenção de horas extraordinárias remuneradas regiamente (a imprensa falou, em 2005, de valores que podiam ir até aos 200%, aos sábados, e aos 500%, aos domingos).

Vendo bem, a mentalidade é mesma dos tempos em que havia o ouro do Brasil: enquanto estiver a dar, que se danem as agruras. Isto é, pensar o dia de hoje é bem mais relevante do que acautelar o futuro (próprio e dos sucessores), já que sempre nos desenvencilhámos, desde D. Afonso Henriques…

Claro que, a este ponto da prosa, posso ser acusado de insensibilidade. Far-me-ão ver que o poder de compra alemão comporta cortes, ao passo que, em Portugal, muitas famílias não suportam sequer um aumento de vinte euros na prestação da casa.

Porém, mesmo aqui, não excluindo que haja situações verdadeiramente dramáticas, não sei se um mercado de arrendamento mais atractivo não acabaria com a mania de sermos proprietários (embora tal faça sentido, se olharmos à pouca diferença que ainda existe entre os dispêndios da compra e do arrendamento) e um combate ao consumismo não dariam frutos.
Neste último capítulo, acho notável que estejamos nos lugares cimeiros das estatísticas sobre o número de telemóveis por habitante, que se vendam tantos plasmas e LCD (já vi gente com menos posses mais bem artilhada, a este respeito, do que eu que ainda me vou contentando com os clássicos televisores), que as agências de viagens esfreguem as mãos e que os carros saiam tão bem dos stands… Tudo graças ao miraculoso crédito e às sãs discípulas, as “indolores” prestações, sejam da banca ou da verdadeira agiotagem que se faz no crédito instantâneo pelo telefone.

Deveria haver mais pedagogia em todos estes domínios. Seria possível trabalhar menos horas, se produzíssemos mais e com mais espírito de grupo, nas horas laborais. Não seria preciso abrir ATL às 8h30 e depois das 17h30, se os progenitores (assim menos presentes na educação dos filhos) trabalhassem com afinco de japonês. Não faria diferença proteger o posto de trabalho, aceitando congelamento de salários, se não se derretesse dinheiro em coisas que só na publicidade são essenciais.
E por aqui me fico, antes que me torne um tipo de esquerda…

quarta-feira, 5 de julho de 2006

A prisão da cultura



Um dos pontos em que Carlos Encarnação pode deixar uma marca na autarquia (a ver vamos no que dá a candidatura a capital europeia da cultura, e se assim se acabam ou constroem algumas valências culturais) é na solução a dar aos terrenos da penitenciária.
Residências para estudantes, como já ouvi, cheira-me a primeiro passo para urbanizar, o que seria saturante. Aquela zona ficaria horrível com mais habitação, comércio e/ou serviços.
Cá por mim, combinar zonas verdes com a utilização cultural de um edifício sui generis – devidamente complementada, por exemplo, com uma fundação – resultaria numa possível e saudável rivalidade com Serralves e a Gulbenkian, se a ideia for mesmo darmos cartas na cultura.

Entretanto, fui já acusado de ingenuidade, pois há quem deduza que a deslocalização da penitenciária de Coimbra tem a ver precisamente com a angariação de receitas para um Estado falido.
Até pode ser... Porém, creio que uma das vantagens da democracia ainda é a possibilidade de criar opinião pública que, nos tempos que correm, pode influir na decisão política, com relevância crescente.

terça-feira, 4 de julho de 2006

Questão de “timing”

As incompatibilidades entre a bola e a política fizeram com que a FIFA suspendesse a Grécia, de todas as actividades desportivas ligadas à instituição.
Parece consensual a distinção que deve haver entre os dois mundos (menos para os gregos, ao que parece!). Agora o que não me parece consensual é o timing! Será que a FIFA não podia ter proibido (futebolisticamente falando) os gregos de sair da Grécia mais cedo? Não digo muito mais cedo, mas em 2004 não me parecia mal! Faria com que muito português não tivesse ficado grego.