“Compro o que é nosso” é o slogan que está por todos os super/hipermercados.
A oportuna iniciativa partiu da AEP (Associação Empresarial de Portugal) e pretende revigorar as marcas portuguesas e aumentar a venda dos produtos “Made in Portugal”.
Através desta campanha de sensibilização para o consumo de bens produzidos no país, a AEP lança o desafio aos portugueses apelando à sua consciência cívica de consumidores e alertando-os para o que pode ser um excelente e simples contributo de cada um de nós para recuperar a nossa convalescente Economia.
Eis, dez boas razões para ‘comprar o que é nosso’:
• Valorizamos a produção nacional – e o empreendedorismo, criatividade, trabalho e dedicação dos empresários portugueses.
• Contribuímos para a motivação dos empresários nacionais e dos seus trabalhadores.
• Minoramos os efeitos da Globalização pouco favoráveis à economia nacional.
• Estamos a criar mais riqueza (aumento do PIB; equilíbrio da balança comercial, etc…)
• Estamos a favorecer a criação de mais emprego.
• E, consequentemente, de mais desenvolvimento económico.
• Estamos ainda a mobilizar os produtores portugueses a serem mais competitivos.
• Ajudamos a dinamizar a nossa economia;
• Potenciamos a internacionalização dos produtos “Made in Portugal”.
• Elevamos a nossa auto-estima e estimulamos um saudável patriotismo
Agora, a tarefa está nas mãos dos portugueses.
Já que somos tão consumistas e cheios de patriotismo quando estimulados a ele, eis uma excelente oportunidade para abraçar uma causa, que no fundo, é a de todos nós.
E é tão fácil… na hora de encher o carrinho de compras, é só procurar os produtos com o símbolo deste projecto e com o mote “Compro o que é nosso”.
5 comentários:
Boa malha Dulce! Eis uma campanha para o selecionador nacional fazer, em vez de promover o relógio da selecção...
Depois do Vinho do Porto, do Mateus Rosé e do Licor Beirão, é o Vinho Verde português que invade o mercado europeu, sendo que a Itália e a Inglaterra são alguns dos maiores importadores. Porquê?Porque é bom e barato!
Mas temos outros produtos nacionais de qualidade (nos supermercados de Birmingham vende-se Bolacha Maria!) e é muito importante que se invista na sua promoção, não só cá dentro, mas também lá fora.
Marta,
Nem me lembrava dessa do Mister Scolari promocionar relógios que provavelmente foram fabricados numa qualquer fábrica chinesa...
Mau exemplo, aliás, péssimo exemplo.
Quanto aos nossos produtos no estrangeiro, apesar desses felizes exemplos, na sua maioria ainda não são justamente reconhecidos lá fora... ainda que seja inegável a sua qualidade.
Mas a questão é essa mesma: Se nós próprios ainda não reconhecemos e ainda não nos rendemos aos nossos produtos, como é que queremos que os de fora o façam?!
Minhas estimadas Donzelas:
Quando a própria selecção não "compra" um treinador fabricado cá... (estou só a meter-me convosco... Estamos na era global, embora também compre "em português", quando é a melhor alternativa ou, pelo menos, iguala a qualidade da oferta estrangeira).
É curioso, deve ser efectivamente essa a ordem das coisas. Antes de conquistar os mercados estrangeiros, conquistar o nosso.
Só que por vezes, para conquistar alguma coisa em Portugal, é preciso o reconhecimento além fronteiras. Este nosso pequeno país sempre teve dificuldade em apreciar o que é nacional.
Em Felgueiras sinto exactamente isso, um bom profissional só o é na sua terra, depois de o provar fora dela. É que a auto-estima do português sempre foi um problema, e por qualquer razão achamos que os outros são melhores, mesmo que sejam menos exigentes e criteriosos.
Exemplo disto mesmo é a nossa industria do calçado: destina-se à exportação, é muito apreciada pelos alemães, ingleses, suecos, belgas, italianos e dinamarqueses e nada do que exportamos é "vendável" em Portugal, porque temos melhor gosto que eles. (Sei que parece mal, mas é a realidade!) Conheço inúmeras empresas de sapatos e apanho sempre sustos com os modelos "pirosos" que vejo, desenhados por portugueses, fabricados por portugueses, mas para os parolinhos dos estrangeiros.
Embora também comece a haver calçado português com design moderno... Cá por mim, excepto na versão desportiva, é sempre made in cá. :)
Curioso foi que, em Fevereiro, quando andei pelo Tajiquistão e pela Quiguízia (ou Quirguistão), a mais do Figo, era o calçado que nos tornava alvo de apreciação positiva. Lembro-me que, apanhando o velho autocarro que me levava (ufff!...) do decrépito Antonov que fizera o trajecto Dushanbe-Bishkek, dois cidadãos oriundos do ponto de partida apontavam satisfeitos para os pés, depois de saberem que eu era de "Portugalia" (assim se diz por lá; não é confusão com a cervejaria!).
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