quinta-feira, 29 de março de 2007

Sai Azar - Preâmbulo

Entrando na análise ao lugar cimeiro que o Presidente do Conselho obteve no pódio do mais falado concurso da RTP, com certeza por arrogância minha, entendo que pouca coisa acertada tem sido dita.

Todavia, e em jeito de prolegómenos, devo sublinhar que o que me anima não é qualquer apologia de António de Oliveira Salazar, mas sim a busca de algum distanciamento que penso faltar na análise da História Contemporânea de Portugal. Mais de trinta anos volvidos sobre o 25 de Abril, já tínhamos idade para ter juízo...

Penso, assim, que há que reconhecer que – e tenho escrito nesse sentido , em diversas ocasiões – há factos positivos na II República, como há consequências nefastas do 25 de Abril. Não tem sido essa a visão das sumidades que os media portugueses gostam de ouvir e que os portugueses se habituaram a eleger para cargos públicos. Olha-se para o rol de opiniões, estudos e soundbytes e parece que o Doutor Salazar é primo direito de Drácula, ao passo que a gente que saqueou e saneou a seguir à Revolução dos Cravos merece um lugar na varanda de um qualquer Kremlin celestial.

Entre falta de qualidade e parcialidade intelectual, poucos foram os analistas que, sob o meu modesto prisma, procuraram descortinar um veredicto ponderado sobre “Os Grandes Portugueses. Sem predicados próprios para textos de referência, cá deixo, em capítulos (este e mais cinco), a minha ideia sobre o assunto…

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