Roubei a epígrafe à denominação das tertúlias que outrora tinham lugar no São Luiz porque o que me leva a escrever este post é a indignação que se me aflorou na passada quinta-feira, quando constatei, de novo, o quão menosprezada é Cultura neste nosso país. Bem sei que já devia estar habituada... mas há sempre quem nos volte a relembrar que a ela tudo (mas mesmo tudo!!) se pode sobrepôr.
Decorreu nas últimas duas semanas a 78ª Feira do Livro de Lisboa. Esta edição chegou a estar em causa mas lá tiveram juízo e ultrapassaram as muitas tricas entre as partes envolvidas, terminando assim com o folhetim que se gerou à volta daquilo que deveria tão somente ser uma iniciativa cultural mas que se tornou numa iniciativa subordinada ao factor comercial.
Estive lá numa visita relâmpago na primeira semana e planeei um regresso mais demorado pelo recinto na passada quinta-feira, véspera de feriado cá pela Capital. Visitei nesse mesmo dia o site oficial para confirmar os horários e para saber com que programa cultural e sessões de autógrafos podia contar.
Pois bem, chegada ao recinto no final de uma tarde de trabalho e desejosa de me perder por entre aquele infinito universo de livros, começo gradualmente a aperceber-me do corropio dos vendedores, a arrumar, a fazer contas ao lucro e a fechar as barraquinhas! Sem qualquer aviso, a APEL achou por bem encerrar a feira às 21h, com o agrave de ser véspera de feriado. Uma Feira do Livro dependente dos Santos Populares, portanto.
Pergunto-me: de que mais dependerá uma feira do livro? Do futebol?! Não estive lá nos dias em que a nossa selecção jogou, mas se alguém me disser que fecharam as barraquinhas para assistir aos jogos, não me admiraria! É que ali não faltava nem o ecrã gigante (!!), uma verdadeira heresia naquele lugar que eu tomava como uma espécie de templo do conhecimento.
Decorreu nas últimas duas semanas a 78ª Feira do Livro de Lisboa. Esta edição chegou a estar em causa mas lá tiveram juízo e ultrapassaram as muitas tricas entre as partes envolvidas, terminando assim com o folhetim que se gerou à volta daquilo que deveria tão somente ser uma iniciativa cultural mas que se tornou numa iniciativa subordinada ao factor comercial.
Estive lá numa visita relâmpago na primeira semana e planeei um regresso mais demorado pelo recinto na passada quinta-feira, véspera de feriado cá pela Capital. Visitei nesse mesmo dia o site oficial para confirmar os horários e para saber com que programa cultural e sessões de autógrafos podia contar.
Pois bem, chegada ao recinto no final de uma tarde de trabalho e desejosa de me perder por entre aquele infinito universo de livros, começo gradualmente a aperceber-me do corropio dos vendedores, a arrumar, a fazer contas ao lucro e a fechar as barraquinhas! Sem qualquer aviso, a APEL achou por bem encerrar a feira às 21h, com o agrave de ser véspera de feriado. Uma Feira do Livro dependente dos Santos Populares, portanto.
Pergunto-me: de que mais dependerá uma feira do livro? Do futebol?! Não estive lá nos dias em que a nossa selecção jogou, mas se alguém me disser que fecharam as barraquinhas para assistir aos jogos, não me admiraria! É que ali não faltava nem o ecrã gigante (!!), uma verdadeira heresia naquele lugar que eu tomava como uma espécie de templo do conhecimento.
1 comentário:
Concordando com tudo o que dizes, recomendo que, para o ano, não esperes por 5ª feira e vás na 4ª... )
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