segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Descubra as diferenças (III)

2008

Ontem, estreou na RTP pela mão de Maria Elisa, "E depois do Adeus", um programa que evoca momentos que marcaram indelevelmente o país, incitando à introspecção política, social e cultural. O tema escolhido para a primeira emissão foi o das cheias de 1967 - a maior catástrofe natural ocorrida em Portugal depois do terramoto de 1755 - bem como as de 1983 e 1997.

Hoje, Lisboa acordou inundada e no resto do país o cenário não foi muito diferente.

Afinal, as cheias não são problemática do passado e de quando em quando, insistem a marcar a actualidade. E não vale a pena remeter as culpas para S. Pedro. É certo que o tempo é cada vez mais incerto e as alterações climáticas têm revelado a sua pior faceta. Contudo, os problemas que estão na origem das maior parte das incidentes relacionados com o mau tempo podiam ser evitados com coisas tão elementares como limpeza de algerozes e dos sistemas de escoamento, a regular manutenção das vias rodoviárias e fiscalização periódica de infraestruturas públicas. E há ainda que alertar para os efeitos da urbanização descontrolada, que na maioria dos casos é imune ao ordenamento de território.

O certo é que já era hora do país estar preparado para fenómenos metereológicos como este, ao invés de continuarmos a olhar para o passado (como no aludido programa), sem no entanto sabermos retirar lições dele. E insistimos nesta lógica a la portuguesa do "remediar, sobre a qual ainda há dias aqui falei.

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