- 1 - As sondagens diziam o contrário (ou seja, que a proposta seria rejeitada).
2 - A decisão tem valor constitucional.
3 - Presume-se que por cautela e diplomacia, no mundo ocidental os minaretes não cumprem a sua função original, que é a de chamar os fiéis para a oração.
4 - Das 180 mesquitas suiças apenas 4 têm minaretes.
Perante isto confesso que estou num impasse analítico.
Por um lado, consegue entender-se alguma islamofobia em virtude das actividades criminosas de muitos extremistas contra ocidentais, por cá e nos seus países.
Por outro lado, convenhamos que alguma da comunidade islâmica que reside na Europa resiste à integração no modus vivendi de quem os abriga. E nem me venham com a ladaínha de esquerda das diferenças culturais... Se um de nós for, por exemplo, para o Irão, a Arábia Saudita ou o Iémen e não seguir o código de conduta local está, no mínimo, frito!
O reverso da medalha, porém, consiste no facto de esta conduta só exacerbar os extremistas e enfraquecer os moderados que lutam por uma convivência pacífica.
Depois, acresce que uma decisão destas faz recear pela segurança dos cidadãos (já nem falo dos templos) ocidentais no mundo islâmico, fazendo perigar qualquer tentativa de aproximação de base ecuménica.
Por fim, deve dizer-se que os suiços nunca foram conhecidos pela sua tolerância, excepto quanto a depósitos bancários, sobre os quais não consta que sejam muito esquisitos...
Nota: a fotografia foi tirado por mim e pertence à mesquita de Dushanbe, no Tajiquistão.
Sem comentários:
Enviar um comentário