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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Aviso à Navegação

Alguns de vós, leitores, já devem ter reparado que ultimamente alguns textos por aqui são comentados em caracteres como o da foto acima, sendo que isso não significa propriamente que o Lodo seja lido na China. Trata-se de spam, cuja regularidade chateia (sobretudo para quem os tem que apagar...) e, por isso, a única forma de travar estas chinesices é mesmo a de recorrer à verificação de palavras na caixa de comentários. É chatinho, bem sei. Sobretudo porque muitas vezes as letras da palavra a transcrever estão pouco definidas. Mas tem que ser.

sábado, 5 de junho de 2010

Viva a Escola!

Em Outubro transacto, aquando da apresentação do novo Governo, congratulei-me aqui com a escolha da sucessora de Maria Lurdes Rodrigues, na pasta da Educação, entregue então a Isabel Alçada. Sucede que se até há bem pouco tempo não havia grandes motivos para falar (mal) da sua actuação, no espaço de uma semana duas medidas anunciadas fizeram-me estremecer.

A primeira delas já se abordou aqui no blog, tem que ver com o encerramento das escolas com menos de 21 alunos pois parece que, segundo o Primeiro Ministro, estas crianças ficam votadas à exclusão. As desculpas que se arranjam! Eu cá fiz a terceira classe com apenas uma colega, integradas na turma da 4.ª classe que, no total, não devia superar uma dezena e isso não fez de mim, que eu saiba, alguém socialmente excluído...

A outra medida passa pelo empurrão do Governo aos miúdos do ensino básico com 15 anos que, coitadinhos, sofrem tanto no 9.º, toca a passá-los directamente para o 10.º! Isto é que é dar-lhes sentido de reponsabilidade. E depois ainda ousam denominar a medida de "incentivo".

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tranquilidade

É o que sinto, agora que o treinador do Sporting Clube de Portugal se demitiu. Um alívio, um verdadeiro alívio. Não sei se o é para os adeptos, jogadores e dirigentes. Mas para mim, não haja dúvida que o efeito foi semelhante a um Prozac "naqueles dias". E não julguem que tal se deve a questões clubísticas. Trata-se de uma questão de saúde. É que cada vez que ouvia aquele homem a falar atacava-me um nervoso miudinho, daqueles que não mata, mas mói!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Rio, Rio, Rio [Rio para não chorar]

Eu até fiquei momentaneamente feliz quando o comissário (brasileiro, por sinal) anunciou em pleno vôo que o Rio foi a cidade eleita para acolher os Jogos Olímpicos de 2016. As outras concorrentes eram de peso (Tóquio, Madrid e Chicago) mas ainda assim o país-irmão levou a melhor, conseguindo que aquele gigantesco evento desportivo se estreasse na América do Sul e, pela primeira vez, num país de língua portuguesa.

E depois, depois lembrei-me que a Cidade Maravilhosa não é assim tão maravilhosa. Há favelas que florescem como cogumelos, criminalidade a rodos, miséria recôndita, prostituição a la carte, corrupção infiltrada por tudo quanto é sítio. E por muito que o BOPE actue, amuralhem as favelas e se abra caça a tudo e todos, não vejo que assim, do pé para a mão, seja possível tornar a cidade carioca num lugar mais visitável.

Por muito que soe a redutor, parece-me que o Brasil e seus governantes deviam ter outra espécie de prioridades. Estimam-se gastos de milhões em torno de um só evento desportivo (cuja pertinência e grandeza jamais poria em causa), mas que me parece despropositado num país que tem enormes carências, nas quais se devia concentrar toda a atenção, empenho, e claro, todos os reais.

Tenho para mim que os Olímpicos nestas circunstâncias só enchem olho a locais e forasteiros, são mais do mesmo para entreter as massas e tudo quanto se venha a fazer naquela cidade não é mais do que varrer o pó para debaixo do tapete.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Um bem-haja à função pública (grunf!)

Juro que bem tento não cair no cliché de dizer mal dos funcionários públicos só "porque sim". Até porque tenho uma irmã que trabalha (e muito) numa autarquia deste país e não vê meio de lhe ser reconhecido o mérito que tem e a entrega exemplar com que todos os dias (úteis e não úteis) se dedica ao seu trabalho. Adiante. Dizia eu que bem me esforço por não cair na generalização de criticar a função pública e de usá-la como bode expiatório só porque, como a generalidade dos portugueses, me sinto mal servida pelo Estado.

Sucede que esse meu esforço cai por terra sempre que tenho que lidar com essa estranha espécie que são os funcionários públicos. Por força do meu trabalho, vejo-me algumas vezes levada a ajudar clientes em assuntos que lhes cabiam a eles resolver mas que não conseguem, por falta de diligência dos funcionários do Estado e, sobretudo, porque lhes faltam algumas armas que se mostram necessárias usar com aquela gente.

Há dias, tentei estabelecer contacto com Direcção-Geral das Alfândegas e estive cerca de uma hora em espera, porque os sucessivos interlocutores alegavam sempre "que não era com eles" e passavam a chamada uns aos outros, sem réstia de consideração. Cheguei a falar com a mesma pessoa duas vezes e - nada que me surpreendesse - levei com um "então mas eu não lhe disse já que isso não era comigo?". Às tantas, quando lá encontraram a pessoa "certa" (que ali é a mesma coisa que dar com uma agulha no palheiro) e me deram o respectivo contacto, atende-me uma senhora cujos bons modos escasseavam e cuja mensagem foi suficientemente esclarecedora: "Agora estamos a almoçar, seja o que for, só depois das duas".

Ontem o cenário não foi muito diferente. Estive 40 minutos em espera para falar com determinado departamento da Câmara de Lisboa, para meu desespero e da telefonista que tentava, sem sucesso, passar o telefone às "técnicas que estão cheias de trabalho ao telefone". Até podia ser verdade, mas chegada a hora de me atenderem só sabiam dizer que "não era com elas", mesmo quando lhes relembrei que no anúncio do Diário da República era aquele exacto contacto o que se indicava para eventuais esclarecimentos. Até que me exigem a "coisa" por escrito, meu deus, que burocracia! Um email sem resposta (mesmo tendo rogado resposta rápida uma vez que o prazo da coisa assim o exigia) e uma tarde passada a ligar para lá, até que percebi que ainda nem sequer tinham lido o email e, tal era a fúria com que estava, lá coagi uma senhora a dar-me um número de telefone de alguém que me garantiu saber ajudar. Claro que tudo isso foi em vão, porque o senhor, mesmo sendo Director de Departamento ou raio que era, não sabia patavina! Ainda estou em choque, a perguntar-me que raio faz aquela gente, que nem sabe aquilo que exige aos munícipes!

Pois bem, não há volta a dar, a imagem depreciativa que tenho dos funcionários públicos teima em piorar de dia para dia e, razões, como bem vêem, não me faltam para isso. E assim dou por mim a desejar que tudo neste país fosse privatizado! Pronto, já um pouco mais calma concluo que bastaria aplicar as regras do privado no sector público e já seria um grande avanço...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Na mouche!

Nem as empresas de sondagens, ódio de estimação do CDS-PP, estiveram tão perto. O último cartaz do partido do táxi (que agora já enche um Minibus) acertou em cheio. Desde domingo que eles são muito mais. E, atento o cenário, ainda bem que assim é. Não fosse a eficaz campanha de Portas e o trabalho louvável que este pequeno partido fez na última legislatura, teríamos como terceira força política o partido dos bloquistas radicalistas trotskistas anti-capitalistas e outros «istas» que nunca chegaremos a perceber muito bem. Estivemos na iminência de ver concretizada uma coligação PS/BE - coisa que suspeito que levaria muito de nós a emigrar para bem longe deste Portugal - mas o partido de Portas 'resolveu'. Bem vistas as coisas, não foi só o CDS-PP que ficou a ganhar, fomos todos nós...