Para quem ainda tenha dúvidas sobre a delícia que é ver Diogo Infante representar, ir ver o "Rei Édipo" ao Teatro Nacional D. Maria II é uma boa ocasião para as dissipar.
Com encenação de Jorge Silva Melo e com as participações de Lia Gama e Virgílio Castelo, entre outros, assistimos ao desenrolar da tragédia de Sófocles, que daria origem à denominação do "complexo" homónimo.
A opção pelo cenário e pelos figurinos contemporâneo não choca, já que, a mais do dito problema psicológico, muitos oráculos e muitas fontes de poder ainda se pautam pela descrição do velho texto...
Um pequeno contratempo (que creio que será corrigido em futuras representações) foi a actuação do personagem que trouxe a notícia da morte da Rainha Jocasta (mãe e mulher de Édipo); trôpego e pouco emotivo, recomendam-se mais ensaios e melhores presenças em tão distinto palco.
Quanto ao mais, vale a pena conhecer ou rever o episódio da Esfinge, para que o enquadramento com os dizeres do Infante Rei seja total.
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