segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Reciclar, dar e receber

Neste últimos tempos tenho vindo a confirmar que, apesar de todos os defeitos a que não escapamos, o povo português é na sua generalidade um povo solidário, abnegado e atento às necessidades do seu próximo, mesmo em plena crise económica. Exemplo disso são as inúmeras plataformas que crescem na internet e nas redes sociais com vista à partilha ou doação de objectos reutilizáveis, permitindo que uns se desfaçam daquilo que já não precisam e outros façam uso desses bens. O impacto dá-se em muitas frentes: não só se ajuda quem mais precisa e tem lugar um novo ciclo de consumo, como se aumenta o período de duração dos bens, reduzindo o número daqueles que vão parar ao lixo, o que se reflecte também ao nível ambiental. Estas plataformas - de que são exemplo a Dou.pt e a Trocas de Amor - têm tido uma enorme adesão por parte de quem dá e de quem recebe. O sucesso mostra assim que mesmo em tempos difíceis os portugueses não esquecem essa elementar máxima de que «dar é receber» e fazem questão de não deitar fora ou desperdiçar aquilo que sabem poder ser reutilizado por outros. E numa altura em que tanta gente não tem como fugir às dificuldades económicas, estas iniciativas são ainda mais significativas, facilitando a vida a muitos portugueses.  

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