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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Fim de estação – os chumbos

Para tentar evitar a pasmaceira inerente ao final das ligas sem que haja um torneio europeu ou mundial, e enquanto os jornais desportivos não “desembestam” com milhares de transferências que não vão passar do papel, chegou a altura de debatermos alguns apontamentos relativos à época futebolística ora encerrada.

Desde logo, por motivos diferentes, sublinho três casos de destaque pela negativa: assim, começando a jogar em casa, lamento que Pedro Emanuel não tenha tido mais sucesso. Escrevi-o: entendia que, havia muito, a paleta de recursos tácticos do nosso “mister” estava esgotada. Comandar homens (ou mulheres) exige carisma, mas também sabedoria; ora, o antigo defesa boavisteiro e portista está naquele momento da vida em que pode fazer o esforço humilde de ir estudar mais um pouco com os mestres de referência, ou esperar, simplesmente, que surja um novo contrato e uma época feliz – como a de 2011/12, em que levou a Briosa a um dia de glória no Jamor – algo a que não auguro contornos de carreira brilhante.

Em segundo lugar, Jorge Jesus. Eu que nem sou de querer mal às pessoas, sempre achei que este arremedo de cidadão merecia sair pela porta pequena, mormente depois da grosseria com Édinho, no final da partida com a Académica. Os seus prognósticos saíram gorados, já que a nossa Briosa assegurou o seu lugar na divisão principal, e o inenarrável e histriónico técnico encarnado perdeu tudo o que tinha a perder. Creio, aliás, que um título nacional em quatro anos, olhando à inegável e superior valia dos jogadores que teve à disposição, diz bem do quanto este indivíduo é um verbo-de-encher. Sempre entendi, diga-se, que a sua falta de preceito era uma barreira para que se fizesse respeitar pelos próprios jogadores, já que se é verdade que o balneário tem códigos próprios, jamais um carroceiro impôs respeito nos circuitos hípicos (passo a comparação).

Por fim, uma nota negativa para José Mourinho. Sou dos que vê o treinador sadino como um dos melhores do Mundo e um dos que se compraz com a forma irreverente como eleva bem alto o nome de Portugal. Contudo, a mais de achar que por vezes se excede, entendo que o seu estilo acutilante e até mesmo arrogante só pode manter-se sem censura se os resultados o respalderem; isto é, embora não aprecie quem exiba constantemente as suas medalhas, sou mais tolerante com aqueles que, não obstante a soberba, as têm de facto ao peito.

Podemos, no caso vertente, encontrar explicações de variada sorte: seja por uma alegada conspiração anti-lusa, na capital espanhola, seja porque as vedetas madrilenas não suportam uma autoridade maior na cabine, ou até porque a equipa não jogou como tal na maioria dos desafios. Inelutável é o que rezará a história, e essa mostrará zero títulos para o Special One.

Havemos de voltar ao assunto.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Alvar

Sou daqueles que acha que há certo tipo de pessoas que, por serem de tão baixa igualha, não merecem qualquer espécie de menção. Um pouco a ideia de que há defuntos tão ruins que não merecem que com eles se gaste mais cera…

O leitor perceberá que me refiro ao treinador do Benfica, Jorge Jesus, para o qual abri uma excepção à regra supra mencionada, de tão alarve que é a criatura.

Antes porém de o fazer, duas notas preliminares: não confundo a instituição Sport Lisboa e Benfica com um ou outro energúmeno que a sirva.

Em segundo lugar, cumpre reconhecer que, no jogo de domingo, a Académica terá jogado um futebol pouco apelativo. Contudo, pego por aqui para escrever a tinta carregada o meu espanto, pois muitos dos que dizem que a Briosa estacionou um autocarro na Luz são os mesmo que acharam Alex Ferguson genial por ter jogadores deitados à frente da bola no jogo em Madrid, na semana passada, e que disseram que Mourinho era um mestre da táctica pela teia defensiva que esquissou quando, há alguns anos, o Inter de Milão dinamitou o ataque do Barcelona, no Nou Camp. E mesmo no caso dos que não apreciaram os mentores destes “estacionamentos de pesados de passageiros”, importa perguntar se queriam que a Académica desafiasse o poderoso SLB desta época, para sair de “blusa cheia” e com uma palmadinha nas costas dos jogadores por terem sido tão bons rapazes?!...

Jogou-se o que se pôde e, eu que não aprecio particularmente Pedro Emanuel, reconheço a inteligente preparação do jogo, olhando a jogadores proporcionados por uma gestão que já mereceu citação de exemplo de “fair-play financeiro” pela UEFA. Estou certo que com o passivo pantagruélico autorizado ao SLB a capacidade de luta seria maior, mas seria menor o orgulho do meu coração “negro”.

Dito isto, vem a prosa à guisa de Édinho (Briosa) ter dito que o ruminante indivíduo que conduz o SLB afirmara que a Briosa não “joga um c……” e que teria que descer de divisão.

Poderíamos encurtar razões, citando o eloquente prof. Manuel Machado: "um vintém é um vintém, um cretino é um cretino".

Porém, a boçalidade de J. Jesus merece mais comentário por ver um idiota que não consegue articular uma frase em português a falar da Associação Académica de Coimbra. Os termos em que o faz sublinham, aliás e fazendo fé no jogador da Briosa, os modos bestiais deste simulacro de cidadão.

Depois vem a questão ética. Um sujeito que, há não muito tempo, dizia que ordenara aos seus jogadores que não atirassem a bola para fora do relvado quando houvesse um adversário tombado e que “o fair-play é uma treta” (não falando sequer na ofensa que a todos faz com as suas idas ao cabeleireiro) não pode pôr em causa a deontologia de um adversário, apenas porque defendeu aguerridamente um nulo que só foi quebrado por um genial árbitro que discerniu qual dos jogadores se agarrava com mais força.

Em suma, há uma divisão à qual só o SLB vai descer: a da imbecilidade, enquanto por lá estiver Jorge Jesus.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Corda ao pescoço

Apesar da analogia, não é sobre a crise económica que vos falo hoje… Falo de outra; da crise de algum do nosso futebol…

Deixo de parte a questão de salários em atraso e dívidas ao Estado, que também seria assunto cardinal…

Começo, assim, pela Briosa. Sei que sou apenas um adepto de sofá (tirando os jogos com a União de Leiria e a segunda partida com a Oliveirense, já nem treinador de bancada posso ser), mas, tendo as quotas em dia, tenho direito a uma opinião que, admito ab initio, pode ser disparatada; a saber: creio que a Académica e Pedro Emanuel deveriam ter rescindido o contrato de trabalho deste último há quatro ou cinco jornadas atrás.

Não estão em causa o homem – parece-me um cavalheiro – ou sequer o profissional – sei que é trabalhador e nem excluo que venha a ser um treinador de sucesso, no futuro. Todavia, parece-me claro que, há muito, deixou de ter ascendente emocional (leia-se, liderança) sobre os jogadores e vejo-o sem força interior à altura da hercúlea tarefa que se lhe depara (uma das poucas vantagens de ver os jogos na televisão é poder reparar em detalhes como o que vi na escandalosa derrota com o Beira-Mar; após o segundo golo aveirense, o treinador enfiou-se no banco de suplentes com o ar mais desapontado do planeta).

Além disso, entendo que muitas opções tácticas têm sido erradas e que um ou dois jogadores seriam candidatos à dispensa imediata… Não consigo esquecer, no mesmo jogo, a cara sorridente e displicente de Édinho, depois de ter feito um dos mais desastrosos e absurdos remates da partida (daqueles que só se perdoa a um iniciado), com a equipa em desvantagem!...

Seria o maior paradoxo que já vi vencer a Taça de Portugal (honestamente, tenho fé) e descer de divisão. Creio, todavia, que não chegaremos a tal catástrofe, ganhando a tranquilidade merecida com uma vitória sobre o Olhanense (esperança para a qual em nada contribui a derrota de sexta-feira com o Arouca, em jogo de treino). Com a manutenção garantida, espero que a Direcção tire ilações de tudo isto.

A nota derradeira tem a ver com o Benfica e, sobretudo, com o treinador Jorge Jesus. Com a arrogância e boçalidade que o distinguem aquém e além fronteiras e a propósito de um elogio a Sérgio Conceição, o treinador encarnado afirmou que os treinadores não se formavam nas universidades, mas sim no campo, como ele e Conceição. Ora bem, com uma equipa fantástica, tendo tido cinco pontos de vantagem, diria que a situação actual (quatro pontos de atraso e eliminação da Taça de Portugal e da Liga dos Campeões) não deixa ao Presidente do Benfica outra solução que não a de correr com o mais caro e grotesco treinador da história encarnada… Bastava, diga-se de passagem, uma mera comparação com a gestão do Porto para chegar a esta conclusão, visto que, cirurgicamente, comprou dois jogadores (Lucho e Janko), reposicionou algumas pedras e lançou-se para um título quase certo (e "sem treinador"!!!).

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"Um vintém é um vintém"

Tenho para mim que Jorge Jesus é dos melhores treinadores intuitivos do futebol português e é o homem certo para pôr em extâse 90% dos adeptos benfiquistas.
Porém, a modalidade evoluiu e, hoje em dia, muito se passa no plano táctico e nas metodologias de treino e observação de jogadores e adversários.
Ora, creio que o treinador do Benfica é pobre nestes aspectos. O jogo com o Lyon foi mais uma sucessão de equívocos e uma mostra de pouca bagagem teórica....