Fui daqueles que, em 2000, desejei a eleição de Al Gore como Presidente dos E.U.A. (tendo, inclusive, feito downloads do seu programa eleitoral e dos seus discursos, ainda hoje actuais).
Dada a relevância daquela grande democracia, creio que o mundo seria, nos dias que correm, um lugar melhor para se viver.
Visto o filme/documentário "Uma verdade inconveniente" e os seus constantes apelos à mobilização cívica (na boa tradição anglo-saxónica), escuso-me de analisar a sua relevância, algo que foi e será muito mais bem feito por especialistas da área científica e, por que não, do sector cinematográfico.
O que queria contar-vos é que, em certas passagens biográficas, fica-nos a sensação que não estará de parte (antes pelo contrário) uma recandidatura à Casa Branca.
Seria um momento feliz para o sistema de relações internacionais, digo eu...
9 comentários:
Caro Gonçalo,
Partilho da tua opinião.
Julgo que uma recandidatura de Al Gore (e a sua eleição) contribuiria, e muito, para um novo tempo nas relações internacionais, em particular no relacionamento com a Europa e com as potências emergentes.
Abraço
Bem, eu nen desejei que Gore ganhasse em 2000 e a única razão que me poderá fazer querer a sea eleição em 2008 é se a alternativa for Hillary Clinton!
Se há coisa de que não precisamos é de uma política externa baseada na moleza e nos diálogos intermináveis conducentes a lado nenhum. Quanto à relações com a Europa, já se sabe que a esquerda intectualóide europeia detesta por norma os Prsidentes Republicanos, o que só é mais um motivo para eu gostar deles.
Caro Rui Miguel:
Sabes bem do muito respeito intelectual e da amizade que tenho por ti, mas nesta questão estamos em perfeito desalinho, excepto no cepticismo em relação à Mrs. Clinton...
Gore teria a vantagem de colocar problemas decisivos na agenda internacional e de mobilizar os americanos para um caminho menos "wilsoniano"/doutrinador, levando-os para uma lógica mais solidária.
Acresce que, baseado na noção bem yankee de "empowerment", acabaria com o fatalismo em relação aos problemas globais; "you can do it", é mais o feeling...
Depois vê onde acaba a tenacidade dos "teus" republicanos: vénias ao rídiculo regime saudita e medinho de bombardear o Irão, não só pelas objecções russa e chinesa, mas sobretudo pela dependência da cotação do petróleo. Mesmo para a refrega que parece apropriar-se no caso do Ahmadinejad, com um presidente como Al Gore, se calhar, já tinhas um Ocidente menos dependente dos combustíveis fósseis e, logo, com as mãos menos atadas para pensar com base em princípios.
Por fim, digo-te que mais do que a dicotomia republicano/democrata, importa-me o candidato. Al Gore dá-me esperança, que queres que te faça?! :)
Gonçalo, os sentimentos são recíprocos e agradeço a imerecida amabilidade, mas ainda não perdi a esperança de ver as instalações iranianas irem pelos ares até 2008. Aliás deviam fazer o mesmo na Coreia do Norte. Tenho aliás um post planeado sobre isto para breve.
Quanto ao Gore, a mim não me dá esperança nenhuma e não acredito que consiga a noemação :-(; mas enfim, admito que possa estar enganado. Tenho mais feeling no John McCain....
Permitam-me estimados amigos benfiquistas(Gonçalo,Rui e António)uma perspectiva vitoriana do assunto: Eu "voto" Hillary Clinton em 2008 !
Acho que a senadora de Nova Iorque tem dado sobejas provas de determinação,conhecimento,firmeza e valia intelectual.
Confesso que ver a maior potência mundial dirigida por uma mulher será um desafio não só para os americanos como para o mundo restante.
Admito que aos fanáticos do Islão fará muita confusão (rima e é verdade) dada a particular opinião que tem sobre o papel da mulher na sociedade.
Mas acredito que dará um bom contributo para um mundo melhor.
O Bill é qie vai ficar muito tempo livre...
Enfim,não há bela sem senão !
Só mais uma notinha,sem pretender ocupar demasiado espaço no blog:
Não é totalmente de excluir que em 2008 a disputa seja entre Hillary Clinton e Condoleezza Rice.
Por mim...excelente.
O espaço do blog é todo teu, Luís!
Quanto ao voto: Gore 2008!!!
Um exemplo claro di que é discutir em Portugal.
"..Sabes bem do muito respeito intelectual e da amizade que tenho por ti,..."
e
"...Gonçalo, os sentimentos são recíprocos e agradeço a imerecida amabilidade..."
quando as pessoas são adultas, sabem o que valem e não é preciso estes salamaleques antes de criticar. Mas em Portugal antes de uma critica é sempre preciso esta introdução? Porquê? Será que alguém que tem uma ideia criticada fica ofendido pessoalmente? (Por experiência sei que sim).
Se calhar se vissemos todos as criticas como uma forma construtiva de pensar e não as interiorizassemos como ataques pessoais, Portugal seria um país mais desenvolvido, ... pq muitas vezes fica muito por dizer só para não acabar com amizadas.
PS: Faltam imensos acentos, assim ´´´´´´´´ e ``, para serem distribuidos pelas diversas palavras.
el s
Pois sim, mas este comentário é uma prova de que o salamaleque e o acessório nos interessam.
Simpatia nunca é em excesso, digo eu. No meu caso, o problema tem a ver com a noção empírica e académica que tenho de que a linguagem escrita, mormente na Internet, as mais das vezes, não traduz o sentimento com exatidão. Daí o amaciador junto com o champô...
Enviar um comentário