terça-feira, 6 de novembro de 2012

Os Votos e os Dólares

Que preço tem a democracia americana? O mundo inteiro vai reter a respiração até ao resultado final das eleições americanas. E portanto, elas não têm nada de democrático! Mas o impacto na marcha do mundo é indesmentível.

Que dizer da cor "verde" que empesta estas eleições? Um verdadeiro "tsunami" de dinheiro inunda o panorama politico destas eleições. E mesmo antes do voto, que credibilidade conceder a Mitt Romney e à democracia americana quando sabemos que este candidato fugiu com milhões de dólares para os paraísos fiscais? O mesmo que disse que "os americanos pobres, 47 milhões, não são o problema dele"!

Mil milhões de dólares é o preço deste combate, o mais caro da história da humanidade, no qual as empresas mais ricas apostam na vitória de tal ou tal candidato, demonstrando bem a influência que estas empresas contam obter na marcha da pseudo democracia americana. Qualquer que seja o vencedor! São elas que determinarão as decisões do governo nos próximos quatro anos. De Goldman Sachs, seguidos por outros da Citigroup, às Microsoft, RJ Reynolds Tobacco, American International Group y Bear Stearns, serão entre os principais "vencedores" destas eleições!

E que pensar do debate entre os dois candidatos patrocinado pela American Petroleum Institute? Claro que estas eleições, têm mais a ver com os dólares que que com os votos! 

Sem dúvida, nos Estados Unidos, não existe capitalismo nem democracia: Existe outrossim um capitalismo clientelista.

Que pensam os Americanos de tudo isto? Os "indignados de Wall Street" tinham indicado que o governo federal não representava os seus interesses nem partilhava as preocupações deles. Mas os tais "1%", a elite, que possuem 35% da riqueza americana, estão-se marimbando para estas manifestações...

Os Americanos têm o melhor sistema político que o dinheiro pode comprar! O "sonho americano" há muito que se transformou em pesadelo... para muitos, particularmente para os 47 milhões de Americanos que se arriscam a perder o pouco que Obama fez no plano da segurança social do seu mandato! 

As religiões também jogam a fundo a sua carta nestas eleições. Sendo profundamente laico, considero que não é uma marca de progresso na via democrática, mas uma regressão que perturba o funcionamento das instituições políticas. Mas esta será uma matéria para outro post

Freitas Pereira

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