terça-feira, 4 de agosto de 2009

Revolucionários e contrabandistas

Passo esta semana na tórrida Baleizão, terra da qual tenho meia costela e que conheço desde sempre.
Por aqui todos os votos são do PCP. Não por ideologia (vá-se perguntar qual é a teoria dominante deste partido...) mas por duas razões:
Baleizão é a terra da Catarina Eufémia, moça que nos seus vinte e poucos anos foi morta numa acção de reivindicação com o filho nos braços e grávida (diz-se) qual ousou pedir ao guarda um pedaço de pão.
Catarina era comunista, esta nossa mártir.

Venho a descobrir aos poucos (nas saídas da noite ao café do 'Vete' e entre uns jogos de bilhar na sociedade cultural) que a população de Baleizão tem tido ao longo das últimas três décadas histórias de contrabando e de tráfico de narcóticos (e talvez caramelos do Rosal de la Frontera, quem sabe...) histórias estas que venho a confirmar pelo número de residentes com as cinco marquinhas pretas tatuadas na mão.
Venho a magicar numa realidade algo complexa. Aqui não há comunistas, antes pessoas que estão bem do lado de fora e para quem um PREC constante vem sempre a calhar.

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