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Lê-se (e vê-se), hoje, no "Record": "Foi involuntário", disse. "Vê-se de forma clara, porque tentei tirar o braço e não tive tempo para o fazer. Creio que o árbitro avaliou bem o lance porque não era penálti", disse.
Tá bem:
- O Presidente do PSD e o seu politburo devem ser eleitos em conjunto e directamente, sendo esta última a opção. Seria idiota ter um sujeito a comandar o exército "inimigo" numa batalha que seria, feitas as contas , contra si próprio e imobilizadora do partido. Já nos meus tempos de santanismo o havia dito ao Premier da minha crença de então.
Tá mal:
- A ser verdade, é preciso ver se a intenção de expulsar automaticamente os militantes que concorram contra o PSD não contraria princípios constitucionais. Concordo com a pena, acredito que tenham meditado sobre isto, mas toda a gente tem direito a ser ouvida, por muito evidente que seja o "delito". Antes de serem passados pelas armas, pelo menos, o Gulag.
A ver vamos:
- Há medidas que são irreversíveis na nossa democracia "mediocrática", designadamente, as que tenham a ver com avanços para a democracia directa; ou seja, levantada a hipótese de consagrar o célebre lema "um militante, um voto" (é justo lembrar que, quando Santana Lopes defendeu as directas, até em fascismo se falou...), já não haverá volta a dar-lhe.
O princípio é justo e corresponde a uma formulação do regime democrático que, na sua quinta essência, nunca existiu, nem sequer na Grécia antiga. Agora, as novas tecnologias da informação tornam possível a ideia, como o demonstram ciber-apostolados que podemos ver, por exemplo, em www.vote.com.
Concretamente, se há 30 anos era necessário ir a uma sede ou ter apetência para ler um jornal, para saber das lideranças, hoje basta ligar o televisor ou telemóvel 3G para ver Marque Mendes, Luís Filipe Menezes e as demais figuras da galáxia presidencializável...
A questão é outra: se já a democracia representativa pressupõe uma cidadania muito bem informada, a democracia directa ainda mais. As minhas dúvidas residem aqui; não sei se o debate com os militantes tem sido suficientemente aprofundado
Acresce que, em campanhas de espectro nacional, o dinheiro contará muito mais para se ascender ao plateau das candidaturas (vejam-se as primárias norte-americanas).
Gosto do princípio, não sei bem se aprecio o momento...