quinta-feira, 9 de março de 2006

Pó a mais

Sinceramente, questionei-me sobre a minha saúde auditiva, quando ontem, numa estação de rádio, ouvi uma reportagem em que se dizia, a propósito da co-incineração, que a Secil não comparecera a uma reunião na Câmara de Setúbal, não só porque não tenciona, para já, aplicar o processo de queima de resíduos na cimenteira do Outão, mas também porque a reunião não era, como de costume, nas suas (Secil) instalações.
Onde é que chegámos?!
A ser verdade é uma atitude arrogante, indelicada e com profundo défice democrático.
O edil sadino está londe de ser do PSD (foi eleito pelo PCP), mas entendo que não pode baixar-se mais o patamar de (des)respeito pelos poderes eleitos pelo povo.
Então um alto quadro empresarial já pauta a agenda de um presidente de câmara?! O dinheiro venceu mesmo a soberania popular?! Por muito que haja essa tendência, rendemos a política à economia?!
Claro que poderá haver detalhes que não se conhecem, mas, a ser verdadeiro o teor da reportagem, o pó de cimento anda a turvar algumas vistas...

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