quinta-feira, 20 de abril de 2006

"Por um punhado de dólares"

Ainda por causa da gazeta, invoco o célebre filme em homenagem à esperteza saloia dos partidos à esquerda do PS, que vieram propor a exclusividade do exercício do mandato de deputado.
Eu, que até estive em exclusividade, quando passei por S.Bento, sinto-me à vontade para dizer que, mais uma vez, a extrema-esquerda portuguesa está a usar do mais miserável populismo; ou seja, aquele que se faz debaixo da máscara de uma suposta defesa dos mais desfavorecidos!...
A medida, por si só, pode até piorar as coisas para quem está mal, baixando a já não muito alta qualidade do casting parlamentar, uma vez que, sem se reverem os vencimentos dos deputados, exigir exclusividade pode acabar por afastar os poucos que ainda "têm vida" e consagração. Por muito que a dedicação à Pátria soe bem, nenhum advogado, médico, quadro superior ou outro profissional de nomeada deixará a sua vida para ir ganhar "n" vezes menos.
Certo que, mesmo melhorando o rancho, podem os lugares (então, mais apetecíveis) continuar a ser abarbatados pelos partisans de carreira (alguma rapaziada que controle grupos de votos e tenha como curriculum vitae real e exclusivo- inclui os os negócios advenientes de "conhecimentos" - cargos políticos), mas, de outro modo, a desgraça é certa com a exclusividade.

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