quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

De Lisboa a Grozny


Entendo todos os argumentos adiantados: manter a prioridade dos temas da interioridade, não exaltar os ânimos, etc...
Contudo, não deixa de me espantar que o Presidente da República Portuguesa, em 2006, tenha de manter confidencial o programa da visita a um concelho do distrito de Viseu, no caso Nelas.
Por um lado, os cidadãos de Canas de Senhorim (os temidos "rebeldes") têm a obrigação legal e o dever cívico de respeitar o Chefe de Estado.
Por outro lado, acho que o Presidente não deve, jamais, "esconder-se" de nenhum habitante desta democracia de 30 anos. Ou não ía a Nelas, ou ía com toda a normalidade.
Que Putin vá assim à Chechénia e Saakashvili faça o mesmo na Ossétia do Sul, ainda vá, mas em Nelas?!

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