Desde que fui colocado pelo dr. Santana Lopes na lista de dispensados para a nova temporada (atitude que acatei respeitosamente, algo que farei até que me "chegue a mostarda ao nariz"), que a minha opinião é mais desprendida de "linhas editoriais".
Por isso, ao mesmo passo que aplaudo Carmona Rodrigues, também não posso deixar de lamentar que o PSD continue a comportar-se como uma máquina trituradora de valores emergentes, e que a geração dos 40/50 anos do partido seja um eucaliptal que só deixa brotar outras existências se estas não lhes fizerem sombra ou, em alternativa, rastejarem a seus pés.
Em suma: Ana Sofia Bettencourt (que notável trabalho na juventude e na sociedade da informação!!!) e António Proa deveriam ser vereadores.
9 comentários:
Caro Mocho:
Tenho ideias muito claras sobre isso, mas não tenho por norma reescrever a História, a menos que se portem mal comigo no "diz que disse".
Para já, "é só fumaça".
A Ana Sofia Bettencourt não foi a um jantar para apoiar Santana como candidato em detrimento de Carmona? Não esteve na sede nacional numa triste romaria a criticar a decisão do partido em escolher Carmona? Não ameaçou despedir um seu assessor por se recusar a apoiar Santana?
As pessoas têm de começar a assumir as consequencias das atitudes que tomam, mesmo quando são legitimas.
O Proa sim, foi um bom vereador no curto espaço que o deixaram estar. É um autarca com muita experiência em Lisboa. Foi sempre exemplar na relação que manteve com os militantes.
Agora a Sofia?! Não!
Bem...
Há partes que desconhecia, Pedro.
E quanto à reunião na sede, sou forçado a reconhecer que obriga a assumir as consequências.
Na verdade, o meu comentário tem a ver mais com a capacidade da Ana Sofia e com o bom trabalho, que acompanhei.
Todavia, eu que o diga, há que pagar o preço das nossas opções.
Cá por mim, volto daqui a uns anos, se me derem espaço...
Há sempre espaço para quem sabe pensar... digo eu
O Gonçalo gosta sempre de "dar uma no cravo e outra na ferradura", estar bem com Deus e com o Diabo...
Como é possível colocar a par o Proa e a Sofia?!
Ela é uma arrogante detestada pelos funcionários da CML que nunca foi capaz de respeitar. Ser vereadora subiu-lhe à cabeça.
Mas o pior: fez chantagem com o Paulo Moreira para que ele apoiasse o Santana ou seria despedido.
O Proa é autarca em Lisboa há muitos anos. Conhecido por defender os interesses dos lisboetas. Respeitado por funcionários, e tem a consideração dos adeversários de outros partidos na CML.
Não tem comparação!
Caro "anónimo":
Acho legítimo, mas curioso, que me acuse de "dar uma no cravo, outra na ferradura", e depois não assine o que escreve.
Além disso, se há tipos que sempre assumiram, em lugares públicos e/ou partidários, o que pensam, eu sou um deles. Pode gabar-se do mesmo?
Quanto à questão Sofia/Proa, aprecio qualidades de ambos, não conheço, nem quero conhecer os detalhes intra-partidários, que suponho serem antigos, e guiar-me-ei pelo trato que vou tendo com as pessoas, com o mesmo carácter de sempre.
Talvez por isso não tenha sido daqueles que negou o dr. Santana, no dia seguinte, apesar de ter cortado definitivamente as amarras (em bom rigôr´até foi ele que me deixou caír; mérito a quem o tem, neste caso...).
Assine e verá que teremos um debate com elevação e democracia. Até lá, "cravo e ferradura" é mais consigo...
Caro Gonçalo Capitão,
Confesso que não o conheço pessoalmente mas sigo a sua intervenção política há largos anos (ainda no tempo da JSD).
E mais, tenho consideração e admiração por si.
Ainda há pouco enfatizei um defeito, que na minha modesta opinião julgo que tem entre muitas qualidades que lhe reconheço.
Reafirmo que o seu apoio a Santana Lopes e também a Marcelo ou a Mendes é difícil de compreender...
Quanto à Sofia e ao Proa (que conheço bem) o que descrevi é bem recente (nos últimos dois anos...). São factos. Inequivocos!
É uma questão de carácter um bom, a outra mau.
Quanto ao nome, infelizmnte, precisamente pelo que afirmei (a chantagem da Sofia) só posso dizer que sou militante de Lisboa e que me chamo Carlos. Se disser mais posso sofrer as consequencias. Como a outros aconteceu. Talvez me falte coragem. Peço desculpa.
Carlos.
Caro Carlos:
Tudo pode explicar-se, como o seu caso. Eu próprio lamento ter optado pela "espada e a parede".
Quanto ao mais, é fácil:
dr. Santana Lopes: admirava a capacidade comunicativa, que me parecia poder antecipar o caminho para a democracia directa, curto-circuitando os media.
Erro: os media não perdoam que se passe de aliado a adversário; ou seja, que se vá do contra-poder (o berço do dr. Santana) para o poder, sendo que os media (sobretudo os jornalistas que temos) gostam de se ver no primeiro campo.
Em segundo lugar, entendia que a "rebelião" do dr. Santana em relação às convenções (inclusive as emocionais) podia "quebrar" o aparelho que, a meu ver, é a explicação do "lindo" estado em que está o PSD.
Erro: é óbvio, não é?!
Moral da história: não renego o apoio que dei e que recebi, mas é um capítulo encerrado.
dr. Marques Mendes: por um lado, razões de estilo. Entendi que, depois da experiência não convencional com o dr. Santana, o PSD precisava de regressar ao tom clássico. Ademais, conheço o dr. Marques Mendes há muito, e creio que pode estabilizar as ondas internas com base na sua sobriedade.
Por outro lado, razões pragmáticas. A geração em causa (Durão Barroso, Santana Lopes, Marques Mendes, e outros) tem de ter a sua oportunidade para que outra possa florescer, sem ser necessária a forma "pactada" que, as mais das vezes, acaba na máxima de Lampedusa no "leopardo": é preciso mudar um pouco para que tudo fique na mesma...
Não serei, todavia, um mendista, uma vez que me resta o decoro de não dizer que é "assim", até um dia, e passar a dizer que é "assado", no dia seguinte.
Prof. Marcelo:nos útlimos anos, a minha relação com o Prof. Marcelo tem sido a discipulo e amigo. O Professor fez o favor de me orientar o mestrado, de me prefaciar e apresentar o livro, e de aceitar-me como doutorando.
Para que veja que falamos de um gentleman, nunca ouvi uma palavra ou senti menor consideração por ser apoiante do dr. Santana (se todos fossem assim...), e nunca me furtei a nenhuma "batata quente" que, a meu ver, fosse "osso do ofício" (incluindo questionar o engº Pais do Amaral em sede de subcomissão parlamentar), algo em que nunca senti também a menor acrimónia.
Se apoiaria politicamente o Prof. Marcelo? Como não?! Se calhar há muitos com a capacidade intelectual dele...
Como conjugar tudo isto?! Dizendo "nunca mais" aos "ismos", enquanto formas politicas de clubismo.
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