Vejam bem que até os profs. Carrilho e Prado Coelho já dizem coisas com acerto, a acreditar no que os meus olhos vêem no DN de hoje:
Na opinião de Carrilho, a candidatura de Soares é "um mau sinal do sistema político português". Porque, segundo o ex-ministro da Cultura dos governos de António Guterres, "num sistema semipresidencialista", o PS podia e "devia ter tomado a iniciativa". Manuel Maria Carrilho acrescenta também que chegou a conversar com José Sócrates sobre a possibilidade e até a necessidade de o PS resolver o assunto pelo menos "um ano antes" das eleições presidenciais [Janeiro de 2006]. No fundo, diz ao DN, era possível que o PS "produzisse um candidato" presidencial sem ter de recorrer ao antigo presidente da República. Apesar de não comentar argumentos como o da idade de Soares (que faz 81 no fim deste ano), Carrilho alerta para um factor a exposição mediática a que o ex-presidente irá ficar sujeito. "Os media vão mostrar um candidato em condições físicas muito diferentes do outro candidato", sublinha.
Um raciocínio que é acompanhado por Eduardo Prado Coelho, escolhido por Carrilho para primeiro suplente da lista à CML. "Mário Soares é uma solução que os militantes do PS vêem com muito bons olhos, mas que o cidadão normal nem sequer leva a sério", afirma Prado Coelho ao DN. "Já se viu, é uma repetição, um regresso ao passado", acrescenta.
Palavras para quê?
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