terça-feira, 7 de maio de 2013

Emitimos a 10 anos!

Os companheiros que praticam masturbação mental com o "regresso aos mercados" proclamado semanalmente pela secretaria de estado das finanças têm de parar para pensar. Ou mostrar alguma decência intelectual. A capacidade de financiamento de um país a taxas de juro competitivas só é possível quando esse demonstra poder de gerar riqueza. Leia-se, quando este tem uma economia mais ou menos pujante, quando o tecido empresarial está de boa saúde. As notícias sobre a colocação de dívida só serão positivas quando tal acontecer em Portugal, quando os impostos praticados deixarem de roçar o soviético e quando o peso do Estado na economia baixar consideravelmente. Mas como a famigerada reforma do Estado só começa a ser pensada lá para 2014, como bem disse o Sr. Ministro que não foi eleito coisíssima nenhuma, os foguetinhos lançados como se estivéssemos no início do Portugal do Homem Novo não passam de uma tentativa frustrada de atirar poeira para os olhos de quem não lê. E isso não vos fica bem.

1 comentário:

freitas pereira disse...

Excelente analise, mas o detalhe sobre os impostos na Rússia demonstram que a Tânia Morais está desatualizada. Actualmmente, o imposto sobre as empresas é de 20%, enquanto que na
maioria dos países da Europa ocidental ultrapassa os 30%. O imposto sobre rendas é de 13%, enquanto que na Alemanha é de 50% e em França ainda superior. Houve mesmo a intenção de o levar até 75% para lá do milhão de euros !

Quanto ao acesso ao mercado do capital, tem muita razão: Só quando o pais for capaz de produzir crescimento é que se poderá realmente beneficiar da taxa favorável. Mas não é para amanhã, porque quanto mais a austeridade apertar mais esta meta se afastará, porque a divida não cessará de aumentar, contrariamente ao que se crê e se diz.