quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Quanto vai custar o medo em 2013?


Portugal precisa dar uma grande volta, a começar pelo medo instalado, que é transversal e nos leva ao insucesso nacional. No meio de tantas variáveis, estudos e relatórios que ouvimos falar ainda está para vir alguém explicar quanto custa o medo em economia? Uma sociedade dominada pelo medo não investe, não aposta, não se desenvolve.

Todos nós quereríamos governantes do tipo Macgyver, que conseguissem transformar caixões em jet-skis. Porém, à falta deles, era só o que faltava termos políticos que cultivem o medo e provoquem sucessivas avalanches. Isso seria a subversão completa do papel do Estado, onde o sinal que se transmitia era que não valia a pena investir em Portugal.

Vem isto a propósito do polémico relatório do FMI sobre a reorganização do Estado. Pedro Mota Soares, ministro indicado pelo CDS foi dos primeiros a colocar em causa a credibilidade do estudo. António Capucho escreveu no seu facebook que ficou “indignado com o teor”. Carlos Carreiras, alcaide de Cascais veio defender a demissão do Secretário de Estado Carlos Moedas, que entendeu dizer com toda a propriedade que era um trabalho “muito bem feito”.

Já percebemos que o coro de críticas irá muito além. À esquerda haverá naturalmente demagogia política escondida atrás de blocos, de foices e martelos. Mas também falta de comparência do PS, partido que nos levou ao estado caótico em que nos encontramos, naquele que será, porventura, o debate mais importante alguma vez feito na nossa história democrática.

A procissão vai no Adro, ainda muito será escrito e dito, mas desconfio que a montanha voltará a parir um rato. Ninguém quer cortes, está certo! Mas então não podemos ser contraditórios e há que reconhecer que o Estado como o conhecemos está excelente. É o chamado custo de oportunidade, com tudo o que daí advirá.

Até lá, não tenhamos medo de 2013! Sucesso e bom ano a todos.

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