domingo, 23 de setembro de 2012

Heróis portugueses


A “aldeia global” até estava organizada de forma simples: mão-de-obra barata a oriente, marketing, gestão e lucros a ocidente. A consequência foi obviamente a desindustrialização das economias ditas mais desenvolvidas, sobretudo a europeia.

Portugal precisa de fazer crescer a sua economia e se as reformas estruturais em curso demoram tempo a produzirem efeitos, a única esperança é pela via das exportações. Os que já exportam deverão exportar mais e aqueles que não o fazem mas que têm produtos ou serviços com capacidade exportadora devem fazê-lo.

E é aqui que se encontram os heróis portugueses que vos quero falar. Deixar de encarar as atividades de uma empresa apenas no contexto nacional virando-se para mercados externos não é fácil.

Para exportar é preciso dinheiro, algo que não abunda nos tempos que correm. Depois, são vários os exemplos de empresas que ao enveredarem por processos de internacionalização colocaram em causa a sua sobrevivência no país de origem. São conhecidos casos, a título de exemplo, em Angola, onde o sonho do lucro fácil sucedâneo ao crescimento económico que se tem verificado naquele país tem levado muitas empresas portuguesas a arriscarem a sua sorte e os resultados nem sempre têm sido os melhores.

Mas os dados conhecidos no domínio das exportações são animadores, apesar das dificuldades. Têm tido um comportamento que nos deverá deixar confiantes, dando à nossa economia uma dinâmica exportadora.

E os protagonistas desta heroicidade têm rosto e não são aqueles que mormente aparecem nos noticiários a pavonearem-se com os resultados que as exportações portuguesas têm vindo a alcançar. Os heróis são as empresas e os seus gestores, que, convenhamos, são quem estão a tentar tirar o país desta crise em que nos vimos cravados.

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