É comum, nesta altura, as revistas e os jornais trazerem reportagens de Natal e desejos e previsões de Ano Novo. Globalizado que estou, não fugirei à regra, no mês em que passam dezasseis anos desde que o Beiras cometeu o erro de publicar um artigo meu pela primeira vez…
Sem distinção entre desejos e verdades, cá vai disto: desde logo, nem preciso de copo de cristal (quanto mais da bola…) para antever uma vitória de Cavaco Silva à primeira volta (se calhar até bastava meia volta). Não só se reconhece o perfil de estadista, como se recomenda o economista para visar as ideias luminosas do Primeiro-Ministro (seja ele Sócrates ou Passos Coelho, ou mesmo qualquer outro). Acresce que Alegre tem feito uma campanha triste… Triste pelo tom agressivo, triste pela colagem ao Bloco de Esquerda, triste pelo desânimo das hostes. Resta a expectativa de ver os bodes expiatórios que o Poeta de Águeda arranjará na noite de 23 de Janeiro.
Outra coisa que é certinha é que 2011 será a doer e nem PS nem PSD (caso avance a moção de censura) terão grande margem para repor o que perderão os funcionários públicos. Tenho para mim, como é (bom e mau) hábito dos portugueses, que lá nos acomodaremos com a ideia de vivermos pior e de sermos, cada vez mais, os últimos da Europa (mesmo atrás de países que viveram décadas de ditadura comunista). Se assim não fosse, já haveria distúrbios públicos como há sempre que chega a mostarda ao nariz dos franceses, ingleses ou alemães. Por vezes, fico sem saber se somos cívicos ou mansos…
Na “Terrinha” (a minha Coimbra), fica para ver se o PS ainda existe. Com a saída de Carlos Encarnação e a entrada de Barbosa de Melo, independentemente dos méritos deste último, abre-se uma janela de oportunidade para os socialistas lançarem um candidato carismático para a presidência da Câmara Municipal. É sabido que sai uma personalidade forte e conhecida e que entra alguém com um perfil público menos exuberante e com menor reconhecimento por parte do eleitorado (louva-se a inteligência e a generosidade de Encarnação ao sair agora, por esta mesma razão), mas também não se ignora que maior divisão do que a que existe no PS de Coimbra só mesmo a que separa as duas Coreias.
Ainda por Coimbra, vamos ver no que dá a insólita situação em que se viu a nossa Académica. Depois de um início imperial, “dois vezes cinco são dez” e ficámos sem o Jorge Costa. Sendo os motivos pessoais, nada a dizer; caso contrário seria, a meu ver, um erro de palmatória, pois a Briosa vinha fazendo bons jogos e mesmo em Braga viu-se força e harmonia ofensivas, até que a coisa se tornou desastrosa. Resta esperar que a escolha dos dirigentes em funções seja inspirada pelos bons motivos e não por alguma voz que veja a Académica como qualquer outro clube (infelizmente, embora quase inexistentes, sempre há uma ou outra voz que pensa mais em lucros do que em identidade e resultados). A esse respeito o academismo do Presidente é uma garantia a que dou valor, mormente agora que o caminho para o Jamor (ou, pelo menos, para as meias-finais da Taça) parece bem possível.
Resta-me desejar a todos festas felizes e um 2011 com a coragem necessária para as agruras vindouras, já que este vosso amigo só voltará em finais de Janeiro, depois de enfrentar o Inverno siberiano (o original…).
Sem distinção entre desejos e verdades, cá vai disto: desde logo, nem preciso de copo de cristal (quanto mais da bola…) para antever uma vitória de Cavaco Silva à primeira volta (se calhar até bastava meia volta). Não só se reconhece o perfil de estadista, como se recomenda o economista para visar as ideias luminosas do Primeiro-Ministro (seja ele Sócrates ou Passos Coelho, ou mesmo qualquer outro). Acresce que Alegre tem feito uma campanha triste… Triste pelo tom agressivo, triste pela colagem ao Bloco de Esquerda, triste pelo desânimo das hostes. Resta a expectativa de ver os bodes expiatórios que o Poeta de Águeda arranjará na noite de 23 de Janeiro.
Outra coisa que é certinha é que 2011 será a doer e nem PS nem PSD (caso avance a moção de censura) terão grande margem para repor o que perderão os funcionários públicos. Tenho para mim, como é (bom e mau) hábito dos portugueses, que lá nos acomodaremos com a ideia de vivermos pior e de sermos, cada vez mais, os últimos da Europa (mesmo atrás de países que viveram décadas de ditadura comunista). Se assim não fosse, já haveria distúrbios públicos como há sempre que chega a mostarda ao nariz dos franceses, ingleses ou alemães. Por vezes, fico sem saber se somos cívicos ou mansos…
Na “Terrinha” (a minha Coimbra), fica para ver se o PS ainda existe. Com a saída de Carlos Encarnação e a entrada de Barbosa de Melo, independentemente dos méritos deste último, abre-se uma janela de oportunidade para os socialistas lançarem um candidato carismático para a presidência da Câmara Municipal. É sabido que sai uma personalidade forte e conhecida e que entra alguém com um perfil público menos exuberante e com menor reconhecimento por parte do eleitorado (louva-se a inteligência e a generosidade de Encarnação ao sair agora, por esta mesma razão), mas também não se ignora que maior divisão do que a que existe no PS de Coimbra só mesmo a que separa as duas Coreias.
Ainda por Coimbra, vamos ver no que dá a insólita situação em que se viu a nossa Académica. Depois de um início imperial, “dois vezes cinco são dez” e ficámos sem o Jorge Costa. Sendo os motivos pessoais, nada a dizer; caso contrário seria, a meu ver, um erro de palmatória, pois a Briosa vinha fazendo bons jogos e mesmo em Braga viu-se força e harmonia ofensivas, até que a coisa se tornou desastrosa. Resta esperar que a escolha dos dirigentes em funções seja inspirada pelos bons motivos e não por alguma voz que veja a Académica como qualquer outro clube (infelizmente, embora quase inexistentes, sempre há uma ou outra voz que pensa mais em lucros do que em identidade e resultados). A esse respeito o academismo do Presidente é uma garantia a que dou valor, mormente agora que o caminho para o Jamor (ou, pelo menos, para as meias-finais da Taça) parece bem possível.
Resta-me desejar a todos festas felizes e um 2011 com a coragem necessária para as agruras vindouras, já que este vosso amigo só voltará em finais de Janeiro, depois de enfrentar o Inverno siberiano (o original…).
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