Em Outubro transacto, aquando da apresentação do novo Governo, congratulei-me aqui com a escolha da sucessora de Maria Lurdes Rodrigues, na pasta da Educação, entregue então a Isabel Alçada. Sucede que se até há bem pouco tempo não havia grandes motivos para falar (mal) da sua actuação, no espaço de uma semana duas medidas anunciadas fizeram-me estremecer.
A primeira delas já se abordou aqui no blog, tem que ver com o encerramento das escolas com menos de 21 alunos pois parece que, segundo o Primeiro Ministro, estas crianças ficam votadas à exclusão. As desculpas que se arranjam! Eu cá fiz a terceira classe com apenas uma colega, integradas na turma da 4.ª classe que, no total, não devia superar uma dezena e isso não fez de mim, que eu saiba, alguém socialmente excluído...
A outra medida passa pelo empurrão do Governo aos miúdos do ensino básico com 15 anos que, coitadinhos, sofrem tanto no 9.º, toca a passá-los directamente para o 10.º! Isto é que é dar-lhes sentido de reponsabilidade. E depois ainda ousam denominar a medida de "incentivo".
3 comentários:
Independentemente da opinião que tenhas, devo dizer que a medida também foi aplicada pelo Governo de Durão Barroso.
Sim GC, mas isso não a torna numa medida justa... é necessário repensar o ensino e reorganizar os métodos de aprendizagem de forma a dignificar o estatuto de quem ensina e de quem aprende... Não é a fechar escolas nos locais onde estas fazem mais falta que resolvemos o problema da educação e da economia… querem fechar alguma coisa??? Então comecem pelos gabinetes dos assessores dos ministros e dos secretários de estado que se dedicam mais à vida interna dos partidos políticos do que ao serviço público…
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