"A combinação do anticomunismo e do nacionalismo tradicional recorda a ideologia de partidos ditos "revolucionários de direita" que procuram na esquerda os seus valores sociais e na direita os seus valores políticos."
in O ópio dos Intelectuais, Reymond Aron
(posso mandar uma posta de pescada? Esqueçam o Pacheco Pereira) Pronto, está lançada a acendalha política
A vida e a morte do presidente Allende obrigam igualmente ao respeito. Até ao fim, fiel ao seu sermão constitucional, ele não renunciou ao seu projecto socialista nem suprimiu as liberdades. Foi finalmente o Exército, e não a coligação de esquerda, que proclamou o estado de sitio e suspendeu o funcionamento duma democracia que durante muito tempo era dada como exemplo aos países da América Latina. Se a qualidade das almas podiam substituir-se à qualidade das ideias, se um Chefe de Estado não fosse responsável que das suas intenções, a historia do Chile deveria escrever-se em preto e branco: os demónios em armas derrubaram a virtude do poder”
Espero, Caro Gonçalo, que não vai ficar ofuscado ou que a sua modéstia não vai sofrer, mas se bem que o conheça pouco, acho realmente que certos clarões iluminam o seu discurso anti-convencional.
De Raymond Aron recordo uma frase curta : “Le choix en politique n'est pas entre le bien et le mal, mais entre le préférable et le détestable.», o que o levou talvez a apoiar Pétain durante um momento.
Se tiver a oportunidade seria interessante de ler “Le Marxisme selon Marx” de notre ami Raymond Aron e de ler em seguida “Karl Marx”, dum outro autor , Judeu como ele, Jacques Attali. Três Judeus à volta duma filosofia falida, que alguns querem reabilitar hoje.
2 comentários:
Bem... De real valor és tu! ;) Imagino daqui a uns anos, se essa ironia letal continuar a evoluir... :)
Raymond Aron é um autor que muito aprecio e acredita que esta citação me causa alguma auto-avaliação.
Considero que tenho um pouco destes sintomas, embora sem a presunção de me achar um intelectual...
Chers Tânia e Gonçalo :
Somos muitos a apreciar Raymond Aron!
Foi ele que escreveu : »
A vida e a morte do presidente Allende obrigam igualmente ao respeito. Até ao fim, fiel ao seu sermão constitucional, ele não renunciou ao seu projecto socialista nem suprimiu as liberdades. Foi finalmente o Exército, e não a coligação de esquerda, que proclamou o estado de sitio e suspendeu o funcionamento duma democracia que durante muito tempo era dada como exemplo aos países da América Latina.
Se a qualidade das almas podiam substituir-se à qualidade das ideias, se um Chefe de Estado não fosse responsável que das suas intenções, a historia do Chile deveria escrever-se em preto e branco: os demónios em armas derrubaram a virtude do poder”
Espero, Caro Gonçalo, que não vai ficar ofuscado ou que a sua modéstia não vai sofrer, mas se bem que o conheça pouco, acho realmente que certos clarões iluminam o seu discurso anti-convencional.
De Raymond Aron recordo uma frase curta : “Le choix en politique n'est pas entre le bien et le mal, mais entre le préférable et le détestable.», o que o levou talvez a apoiar Pétain durante um momento.
Se tiver a oportunidade seria interessante de ler “Le Marxisme selon Marx” de notre ami Raymond Aron e de ler em seguida “Karl Marx”, dum outro autor , Judeu como ele, Jacques Attali. Três Judeus à volta duma filosofia falida, que alguns querem reabilitar hoje.
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