quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Alguém falou em socialismo?

A moda de fechar áreas hospitalares por esse país fora causa-me alguma perplexidade. O encerramento das maternidades foi muito discutido (à mais de três semanas que ninguém fala do bebé que morreu por não ter chegado a tempo a Portalegre...) mas eu assumo que não conheço a realidade daqueles sítios e portanto apenas noto a longa distância a que ficam as famílias de um serviço de saúde tão necessário e a incoerência de agitar a bandeira da luta contra a desertificação e fechar maternidades no interior do país - maternidades, escolas, é melhor não entrar por aí!
No que toca ao encerramento das urgências já tenho qualquer coisa a dizer. Um dos hospitais assinalados para perder este serviço de saúde é o do Montijo. Supostamente os doentes deverão dirigir-se ao Garcia da Orta, em Almada (risos).. Ora, o Montijo dista 40 quilómetros de Almada, acrescente-se o trânsito inevitável no fim da A2 e como se não fosse suficiente, informo os demais que as urgências do Garcia da Orta não estão às moscas... habitualmente uma situação de gravidade média pode demorar horas a ser recambiada para casa...
Hilariante é o caso de Cantanhede: foram assinaladas para encerramento as urgências inauguradas em Setembro... de 2006, sim, leram bem!!! As obras ainda não acabaram, a edilidade ainda anda ressacada da inauguração e já têm morte anunciada...
Por este andar é melhor que tenhamos dinheiro para ir aos privados porque se adoecemos, morremos a caminho!

2 comentários:

Gonçalo Capitão disse...

O problema também está, a meu ver, na cultura público-dependente.

Porém, a mudança de paradigma obrigaria a que houvesse iniciativa privada digna desse nome (e não apenas as elististas "CUFs" e afins) e que as pessoas não estivessem, como em Portugal, a ficar mais POBRES.

Bia disse...

Socialismo?!?!?

O que é que é isso?!?

Algum chocolate novo?

;)