sábado, 9 de julho de 2005

Afinal havia outro

Na 5ª feira decorreu o debate do Estado da Nação, do qual, picardias à parte, gostei, mormente no que concerne aos dois contendores principais.

Sócrates esteve com a postura costumeira, como se fosse um ponta de lança que joga ao ataque, mesmo quando a disciplina táctica aconselharia algum esforço defensivo. E a verdade é que até marca… E foi por isso que passou por cima dos três valores que foram dados para o peso da despesa pública, das reformas de dois ministros e da acusação de que gasta muito em betão. Preferiu ir à grande área contrária e acusar o centro-direita de ter suborçamentado e de ter comprometido o futuro (é notável como usou as receitas extraordinárias de Manuela Ferreira Leite para ofuscar a casa de penhores que são as SCUT), ao mesmo tempo que explicava à esquerda que “social” era ele, já que a utopia do PCP e o estilo cocktail do BE seriam financeiramente inviáveis.

Mas, a meu ver, Marques Mendes conseguiu no mesmo debate a sua mais consistente e animadora prestação. Reagiu às tentativas de culpabilização, demonstrando o caminho errado na construção de um País mais modernos.

Ficou claro que o país laranja tem um Estado menos gastador e de feições mais reguladoras do que o do país rosa, que é mais fazedor e mais obeso.

O PSD de Mendes aposta mais na iniciativa individual e qualificação dos cidadãos do que na vertente assistencial.

Ganhamos todos, pois finalmente começamos a perceber dois ideias sociais distintos.

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