Se há tipos com sorte, os do Governo parecem ter alguma.
Cá por mim, se fosse governante, numa semana em que à revelação do défice teria de juntar as amaríssimas medidas para o domar, não me lembraria de mais nada para pedir à divina providência do que um título para o Benfica.
Sabe quem me conhece sabe que o meu sangue é preto (a Briosa é intangível nas minhas preferências), mas também conhece o meu afecto pelo SLB. Portanto é sem ironia que teorizo por aqui.
Não sei quantos milhões são, mas o Benfica é o clube português com mais adeptos, em Portugal e fora de portas, o que, aliado ao jejum de uma década, faz com que as ondas de choque da conquista, a eminência de ganhar ainda a Taça e os sempre cómicos rumores sobre a nova época resultem numa anestesia que amainará o mar revolto que, de outro modo, assolaria o Governo.
E nem sequer ponho em causa o brio da oposição, mas o facto é que temos aqui mais um balão de oxigénio que espero que o Executivo use para uma governação patriótica, por muitos custos de popularidade que isso venha a ter.
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