quarta-feira, 5 de junho de 2013

O País da palhaçada

Vivemos tempos de incertezas e de surpresas em que nem os ditados Portugueses sobrevivem. Todos se recordarão do velho ditado Português “Não há dinheiro não há palhaços”, pois é, mais aqui nosso Burgo, até esta máxima conseguimos destruir, o País não tem dinheiro, as famílias não têm dinheiro, mas há palhaços todos os dias.

Digo isto a propósito da abertura de quase todos os telejornais de há uns meses para cá. É raro não haver abertura em que não apareçam uma vintena de arruaceiros, orquestrados pelas centrais sindicais, pela CDU e pelo BE, com cartazes, com insultos e com os respectivos impropérios, que tão bem caracterizam a postura desta esquerdalha caduca.

Já aqui fiz referência também à baixa qualidade dos nossos jornalistas, não sei se porque os testes de admissão são pouco exigentes como é tudo no nosso País, mas se por uma linha editorial a que eu já chamei de ditadura invisível.

Ontem em directo, um grupo de jornalistas entrevistava António José Seguro à saída de uma reunião com o CDS/PP e pasme-se, todas as questões sem excepção, eram em torno de um suposto piscar de olhos do PS à direita e à esquerda e nem uma e repito, nem uma, relativamente à suposta questão central, medidas de combate ao desemprego e crescimento económico. Já não há pachorra, porque na minha mais pura ingenuidade, sempre achei que o principal papel da comunicação social e dos jornalistas seria o de informar e novamente falharam, resta saber se deliberadamente ou por pura incompetência. Uma certeza eu tenho, a questão não poderia ser colocada, porque António José Seguro não saberia responder, porque tudo isto não passa de uma encenação e de um show-off. E assim se promove um político, na esperança de que ele quando chegar ao poder, esqueça as reformas e mantenha o status quo.

Mas os palhaços não se esgotam aqui, desde ex-Presidentes da Republica com Mário Soares a liderar, acabando nos partidos que compõem o governo, podemos encontrar mais alguns, com uma característica adicional, são palhaços desonestos.

Hoje e porque estou com uma especial disposição, vou aqui dedicar algumas linhas a este novo tipo de palhaços:
Ou eu estou senil ou o País sofre em uníssono de Alzheimer. Então Manuela Ferreira Leite, não foi a tal que afirmou e  que transcrevo para que não haja dúvidas,  «Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia...», e continuou com, «Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se» e terminou com, «E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia».

Hoje é uma referência é um ícone Nacional na oposição ao actual governo, vá-se lá saber porquê. É esta característica, a desonestidade, que se tornou quase transversal à sociedade Portuguesa que eu tanto critico, que me dá náuseas e que faz tantos Portugueses desistirem do nosso País, por já não acreditarem em nada nem em ninguém. Mais uma vez, a comunicação social é conivente com esta desonestidade, porque bastariam duas perguntas para calar esta Senhora durante uns meses, “A que reformas se referia ela” e “Se ela defende a ditadura como o melhor dos regimes políticos”. A desonestidade e incoerência desta Senhora é tal, que numa das últimas intervenções defendia que alterar o estatuto dos funcionários públicos só iria gerar mais corrupção. Pergunto eu, mais do que aquela que já existe?

Para compor a mediocridade em que estamos mergulhados, não me poderia esquecer do trotskista disfarçado de democrata, o mais desonesto da quadratura do círculo, Pacheco Pereira.
Não esqueço da purga ao estilo trotskista que fez no PSD sob a batuta de Manuela Ferreira Leite, quando afastou das listas a deputados alguns sociais-democratas, que mais tarde viriam a ganhar em eleições internas e democráticas à liderança do partido. Pois é, a democracia tem destes problemas, as purgas não são eternas, isso é apanágio das ditaduras.

Finalmente, alguém que era uma referência para mim e que nos últimos tempos também virou desilusão, Bagão Félix. Nas suas últimas intervenções, têm-se esforçado por defender o indefensável, manipulando números, recorrendo ao populismo, branqueando situações e períodos da história recente, em que tinha o poder de corrigir injustiças e reformar o estado e não o fez, mas não se coíbe de criticar as reformas em curso, só porque elas o afectarão directamente, refiro-me à reforma que usufrui.

Relativamente a esta matéria, não poderia deixar de fazer referência a duas pessoas que muito estimo pela sua verticalidade e honestidade, Silva Lopes e João César das Neves. Mais uma vez, transcrevo um parágrafo de um entrevista, que ilustra tão bem o incómodo que deverão sentir as 3 personagens que citei anteriormente. «Quando uma geração concede a si própria benesses superiores ao que pôs de parte, não se deve admirar que mais tarde isso seja cortado, por falta de dinheiro. Se alguém pode dizer-se roubado, não são os actuais pensionistas, mas os nossos filhos e netos, que suportarão as enormes dívidas dos últimos 20 anos, e não apenas na segurança social»

Para terminar, algo que hoje não me deixou surpreendido, mas que tenho a certeza não terá a divulgação que merece: Segundo um estudo publicado no jornal I, 55,3% dos Portugueses querem este governo até 2015, mas acrescenta, sem Gaspar.
Será que neste País da palhaçada, o palhaço mor Mário Soares, não ignora este estudo e se cala de uma vez por todas?

1 comentário:

Gonçalo Capitão disse...

Texto que dava pano para mangas... Infelizmente, não posso entrar neste debate. Por enquanto...

Com isso dos palhaços, vê lá se pega a moda do Professor Anibal e da PGR e ainda vais dentro :)