terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O consumidor é quem mais ordena

À semelhança do que sucedeu com os Radiohead, o grupo português The Gift, que está prestes a lançar mais um álbum, entendeu deixar ao critério dos consumidores o preço a pagar pelo mesmo. Antes do lançamento oficial do álbum, e através do site do grupo, as onze músicas do novo disco estão disponíveis ao preço que achar justo (mesmo que seja zero...).
A estratégia tem implícita o combate ao download ilegal e aos riscos que este coloca à indústria musical. Muitos grupos musicais cada vez menos lucram com os discos, «sobrevivendo» com espectáculos e merchandising. Em Portugal, o consumo de música vê-se ainda prejudicado com o imposto de 21% que lhe confere estatuto de «produto de luxo». Para contornar isso, em 2008 o grupo nortenho apadrinhado por Rui Veloso, Os Azeitonas, lançou um cd revestido de livro, pois este último é fiscalmente mais leve. Não faltam razões para que os músicos comecem a pensar em alternativas ao modelo de negócio tradicional e alguns grupos portugueses já se vão dando conta disso, como é o caso dos The Gift, cuja audácia é de aplaudir.

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