Agostinho Oliveira poderá ser o homem mais sóbrio do mundo, mas quem ouviu o comentário ao jogo deverá ter achado que o Dr. Oliveira estava com os copos!... É certo que tivémos domínio em termos de posse de bola e da troca da mesma em linhas recuadas, mas não é menos verdadeiro que apanhámos alguns sustos e que fomos, regra geral, inofensivos e monótonos no desenvolvimento das jogadas.
O mesmo Agostinho Oliveira pode até ser um bom adepto, mas jamais será treinador, razão pela qual diria que, há anos, "acampa" na Federação. Dispôs mal a equipa e mexeu tarde e timoratamente.
Não creio, como sempre disse, que as coisas melhorem com o regresso de Queiroz. Tem em ciência o que lhe falta em carisma e liderança. Acresce que o processo que o envolve é ridículo e devia cobrir de vergonha quem assim emporcalha o prestígio da selecção e o nome do seleccionador. Se era para despedir, que o fizessem de forma digna, por muito que o não aprecie como treinador.
A meu ver, o grande culpado é o Presidente da Federação. Gilberto Madaíl, de tanto se perpetuar no lugar e de tanto se encostar ao poder político, não só está falho de ideias como já não "assusta" quem quer que seja. Sem entrar na oportunidade da intervenção (creio que não foi a sua finest hour, confesso) do Secretário de Estado, Laurentino Dias, o mínimo que Madaíl podia fazer era defender sem apelo nem agravo o seu "funcionário" Carlos Queiroz. E o que fez?! Meias tintas (ou será meios tintos?!) como é hábito...
Este caso revela o pior do "ser português". Temo, porém, que no fim deste infame e vil processo não saíamos bem, pois já perdemos 5 pontos em 2 jogos e porque, a ser verdade, creio que Paulo Bento também está longe de caber no fato.
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