Os fins podiam até ser os mais nobres, mas os meios deixam a desejar. No 50º aniversário da boneca mais famosa de sempre, a Sotheby's levou a leilão uma série de objectos do universo "Barbie", cujos fundos se destinaram a angariar fundos para uma ONG dedicada às crianças.
Sucede que entre os objectos leiloados, estava uma Barbie de burka. Uma das quinhentas que já foram postas à venda mundo fora. A artista italiana que teve esta brilhante ideia alega que a boneca simboliza a diversidade da cultura e da condição da mulher no mundo e que a criou "com o intuito de provocar as ocidentais, que se dizem livres mas não são verdadeiramente livres, vendem o seu corpo e a sua imagem".
Alguém pode dizer a esta senhora que o que realmente a devia incomodar é a (falta de) liberdade das mulheres islâmicas que estão confinadas à burka e à submissão masculina? E que é por demais vergonhoso que se recorra à polémica para vender mais? E que isto é assunto demasiado sério para ser misturado com a indústria de brinquedos?! Já agora, expliquem-lhe também que este tipo de provocação não só não livra as muçulmanas daquelas vestes como apenas acicata o clima entre o Mundo Islâmico e o Ocidente.
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