sexta-feira, 8 de maio de 2009

Tony Blair numa [ou duas!] frase[s]


Dulce: « (...) a Globalização é um conceito muito mais significante e relevante. É literalmente: Mudar o Mundo.»

«Para terem uma ideia das minhas previsões sobre o Mundo, há 18 meses atrás o meu filho perguntou-me que carreira profissional o aconselhava a seguir e eu respondi: Banca."

«O séc. XX foi o século das ideologias, dos rótulos "direita e esquerda". O século XXI oscila entre a abertura e a clausura de espiríto.»

João Morgado: «Problemas globais requerem soluções e alianças globais.»

«Os vencedores não são aqueles que comentam, são aqueles que fazem.»

Diogo Gaspar: «As várias religiões seguidas no Mundo não devem ser motivo de divergência, mas sim de convergência»

«As alianças políticas devem ser feitas com aqueles com quem partilhamos valores: apoiar ou fazer alianças políticas com ditaduras [para obter supremacia] é imprudente»

Tânia Morais: «For how long do you think I´m in politics? Of course I´m not gonna answer your question...» (quando questionado sobre se haveria diferenças na forma como geriu a Grã-Bretanha se durante o seu mandato o Presidente dos EUA fosse Barack Obama e não G. W. Bush)

2 comentários:

freitas pereira disse...

Dulce: « (...) a Globalização é um conceito muito mais significante e relevante. É literalmente: Mudar o Mundo.»


O termo de”globalizaçao”,anglicismo ao qual eu prefiro « mundialisaçao », está longe de ser compreendido como ele é realmente, isto é, uma nova forma de capitalismo de oligopoles financiarisadas , sem duvida um inimigo da democracia, no sentido em que o poder destas oligopoles multinacionais, sem fronteiras e sem pátria, exercem o poder duma maneira incontestada na gestão económica de todas as actividades económicas à escala nacional e mundial, e que a partir daí o sistema político está ao seu serviço, isto é, renuncia à intervenção na gestão da economia , abandonando-o às tais oligopoles em nome do “mercado” e da liberdade do mercado.

Um sistema democrático, é um sistema no qual a escolha, a través da eleição e dum parlamento, comporta alternativas diferentes e nas quais estas alternativas podem agir a través do poder político regulando a gestão do sistema económico.
Se os políticos renunciaram à regulação do sistema económico em favor das oligopoles que detêm o poder real desta gestão , então o voto não tem sentido. E nos países ocidentais os eleitores sabem-no bem : nestes países onde se vota relativamente honestamente, pode-se votar branco, azul, reaccionário, conservador, pode-se votar rosa, socialista e talvez mesmo vermelho, mas qualquer que seja o governo eleito após as eleições, a sua primeira reacção consiste em dizer :” Não podemos nada, é o mercado que decide” ! Muitos cidadãos dizem então : “ Para que serve o voto ? “
Senão, vejamos : nos Estados Unidos, que são o pais democrático mais avançado no capitalismo das oligopoles, mesmo as eleições presidenciais que são consideradas como eleições importantes, a participação é minoritária : menos de 50 % !E a metade que não vai votar não é a mais rica , mas sim a mais pobre ! Porquê ? Porque eles sabem que republicanos ou democratas , são a mesma coisa!
Como dizia Nyerere, homem politico da Tanzânia : “ Nos países pobres temos um partido único ! Mas vocês nos países ricos têm dois partidos ... únicos !

Graças à mundialisaçao, a democracia recua. E só tomo o exemplo dos países ditos desenvolvidos e democráticos. Esta regressão manifesta-se mesmo na língua e na linguagem. Fala-se de “problemas de sociedade”, de “problemas societários”, porque se tem receio de falar dos problemas sociais..

freitas pereira disse...

«Para terem uma ideia das minhas "previsões sobre o Mundo, há 18 meses atrás o meu filho perguntou-me que carreira profissional o aconselhava a seguir e eu respondi: Banca."

Estas palavras têm todo o seu sabor quando se pensa que o governo de Sua Majestade foi obrigado a nacionalizar alguns bancos para os salvar da falência !