Eloquente e entusiástico – foi assim que, no painel Recursos & Sustentabilidade, Carlos Pimenta expôs a sua intervenção. Preocupado, sobretudo, com o desperdício das energias e com o recurso à água, Pimenta arregaçou as mangas com a vontade de quem quer resgatar o globo de um mal sistémico. Criticou a falta de mobilização, sobretudo da classe política, mais preocupada, segundo diz, com autoestradas e esse tipo de «manias». Colhendo, mais que uma vez, os aplausos da assistência, assim se evidenciou com os apelos à classe política, à sociedade civil, mas também (como homem dos dias de hoje que é) com uma certa crença na faculty e no empowerement...!
*o título contou com a colaboração do co-repórter João Morgado.
1 comentário:
Não ouvi o discurso, mas creio que mais ninguém duvida hoje que a produção e o consumo intensivos criam as condições da nossa lenta destruição.
Poluição do ar pela emissão de CO2 acima das normas aceitáveis, desflorestaçao, poluição das reservas de água pela química, acidificaçao dos oceanos, constituem graves ataques à integridade dos fundamentais sem os quais a vida na terra é simplesmente impossível. Será que devemos contentar-nos de continuar a produzir e a consumir sempre mais? Ou melhor ainda, devemos continuar a produzir e a consumir como se não soubéssemos de nada ?
As reservas naturais da Terra não são ilimitadas.
As datas de extinção das matérias primas são conhecidas : em 2021 a prata, em 2025 o ouro e o zinco, em 2028 o estanho, em 2030 o chumbo, em 2039 o cobre, em 2040 o urânio, em 2050 o petróleo, em 2064 a platina, em 2072 o gás natural, em 2097 o ferro.
Claro que se pode contestar as datas e acrescentar um século, mas isso não mudará a situação futura do planeta.
E sobretudo, somos hoje 6,7 biliões de indivíduos, e em 2023 a previsão é de 8 biliões, o que é o máximo que a Terra pode suportar.
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