Inauguraram um novo estilo de intervenção social e tornaram os portugueses viciados no seu humor. Depois, fizeram um interregno e todos sentimos a sua falta. Agora estão de volta e não se fala de outra coisa.
Falo dos Gato Fedorento, um grupo de amigos que a fazer (bom) humor se tornou num fenómeno televisivo (e não só), pese embora haja muito quem esteja cheio de vontade de lhes ver as sete vidas esgotadas. É que a brincar, a brincar, há quem não ache muita piada às caricaturas que aqueles quatro ousam fazer, mormente os sujeitos alvo da sátira...
Ontem, numa entrevista ao programa Dia D, os quatro humoristas revelaram alguns dados interessantes sobre o percurso do clã fedorento. Entre o tom jocoso e a conversa séria, falaram do vai-vém entre a estação pública e o terceiro canal, dos instrumentos e métodos de trabalho, de processos judiciais a decorrer contra o grupo, das ambições futuras e do novo desafio que se inicia no próximo domingo.
O registo, garantiram, «não muda muito porque o país não muda nada». Espera-se por isso uma missa dominical a denunciar os pecados da classe política, dos dirigentes desportivos, celebridades (de)cadentes e outros que tais. Embora aleguem que não fazem política, a verdade é que os sketchs dos fedorentos que ainda retemos na memória visavam quem? Figuras políticas, na sua maioria. E qual das suas acções foi mais polémica? A do cartaz do Marquês, de que falei aqui e que satirizava o conteúdo de um cartaz precedente colocado por um movimento partidário.
Com ou sem vontade de fazer política, certo é que gozam de mais destaque que as elites, provocam merecidos terremotos no palco político deste país e deixam a um cantinho a nossa Oposição.
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