quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Uma couve, um livro e dois tampões

Terça-feira, desgraçadamente fui a uma grande superfície comercial fazer compras, abandonado que estava para esse efeito (isto da igualdade de direitos e de deveres...).
Ora, para meu espanto, entre brinquedos, livros e produtos de higiene, vi uma "piquena" (sim, eu sou um militante do PSD cumpridor, mesmo no jargão) mesa com uns tipos à espera que alguém pedisse um autógrafo.
Vista a obra exposta - “A Verdade da Mentira”, sobre o desaparecimento de Maddie - voltei a fitar os entediandos circunstantes e lá estava o Inspector Gonçalo Amaral...
Se este tipo de livros (como os de Carlos Cruz e afins) já me inspira desconfiança e me parece explorar emoções momentâneas, a sua promoção como se de papel hiegiénico se tratasse mais me faz chorar pelas árvores abatidas...

5 comentários:

telegram disse...

Em Portugal toda a gente escreve livros. De preferência sobre homicidios, raptos, etc. Antigamente percorrer uma qualquer livraria era motivo de prazer pela descoberta de "novos mundos". Hoje em dia, por entre livros do género já referido, de vedetas da bola, de reformados da TV, de estrelas de novelas da TVI e afins, é uma sorte encontrar algo de realmente interessante.

Gonçalo Capitão disse...

Amen! ;)

Dri disse...

Concordo que é dificil encontrar livros que nos levem a novos mundos. No entanto sou tentada a fazer uma excepção. O livro de Gonçalo Amaral foge aos livros banais escritos por actores, cantores, futebolistas e outras vedetas. La em casa alguem comprou o livro e não resisti a folhear. O folhear prendeu-me e continuei a ler. É um livro interessante, com uma perspectiva muito real da vida da judiciaria, do direito e da investigação. agora quem vai a espera de um livro sensacionalista é melhor não comprar.

Gonçalo Capitão disse...

Cara Amiga
Não ponho em causa o valor do livro...
O problema é que se perde na imensidão e as formas de promoção não fazem justiça ao eventual mérito.

Luis Cirilo disse...

É caso para dizer,respeitando disciplinadamente os jargões partidários,todos para o ...baú !