quarta-feira, 2 de julho de 2008

A ler


"Elfriede Jelinek escreveu um romance descarnado e directo sobre a sociedade europeia... Um livro como já não se costuma ver nesta época complacente. Excelente."

El País
Uma das minhas autoras de eleição desde que descobri a sua obra-prima - "Die Klavierspielerin" - há uns anos.
Jelinek explora e faz chegar ao leitor todos os recantos sombrios da mente dos homens, abordando sintomaticamente personagens camufladas pela pressão social. Estas deixam transparecer na perversão de vícios privados da burguesia austríaca a insatisfação e desprezo pelo real, bem ao estilo que encontramos no Estrangeiro de Albert Camus.
Para quem aprecia a ironia e um estilo narrativo tão peculiar como o de Jelinek, Os Excluídos são como uma cereja - a descida à mais absurda das vontades do ser particular e a expulsão de todas as frustrações nos comportamentos de um grupo de jovens no pós 2ªGuerra.
"Jelinek escreve sobre tudo o que de sórdido há em cada indivíduo e, pela sua soma, na sociedade em geral, demonstrando como as acções do presente são determinadas pelos pensamentos do passado"
Brilhante, sobretudo na frieza de raciocínio explícito nas palavras daquela que é considerada a mais importante autora austríaca da sua geração. Deliciosa, na abordagem aos focos nunca aceites pela ortodoxia comum.
A pergunta que faz o leitor: Mas porquê? Responde a própria: Porque sim.


1 comentário:

Gonçalo Capitão disse...

Nunca li. Mas deixaste-me curioso!