O estudo é da credível Faculdade de Medicina de Coimbra e as conclusões são deveras preocupantes: Um em cada dez estudantes universitários acha que a pílula protege da Sida. Cerca de 40% daqueles não usa o preservativo. 18% dos inquiridos revelou desconhecer os comportamentos de risco. E, last but not least, o preço dos preservativos é apontado por 13% como motivo do seu não uso.
Estes são os resultados mais assustadores do aludido estudo que vem comprovar a falta que faz a este país uma verdadeira política para a saúde pública na vertente de educação sexual e, particularmente, a necessidade de rever as traves mestras das políticas de prevenção da infecção do HIV.
Ainda recentemente foquei aqui os passos que se têm dado no sentido de promover a saúde e responsabilidade sexual, nomeadamente o da distribuição acessível e incondicional da pílula e de preservativos.
Mas se naquele post imputei exclusivamente a responsabilidade aos consecutivos detentores da pasta da Saúde e seus subalternos - de certa forma mitigando a culpa dos jovens - no presente caso o cenário muda ligeiramente. É que cabe atentar ao facto de estarmos a falar de estudantes universitários - a priori com nível intelectual superior a outras camadas da sociedade - logo, com o dever próprio de se manterem devidamente informados e de pautarem o seu comportamento com a mesma maturidade que frequentemente invocam noutros contextos...
Se os jovens universitários revelam estar mal informados e indiciam comportamentos de risco, que se passará com os demais grupos etários e de inferiores bases educacionais? ... A resposta deverá servir para alertar, de novo, aqueles que neste país insistem em preterir o "prevenir" pelo "remediar". Refiro-me não só aos governantes, respectivo ministério, instituições e profissionais de saúde, mas desta feita também ao cidadão comum. Este não pode, nem deve, passar a vida a recambiar a culpa para as aludidas entidades, porque também a ele lhe é exigível o conhecimento da realidade, atrevendo-me mesmo a considerar que a autoconsciencialização pode neste contexto configurar um dever cívico...
Estes são os resultados mais assustadores do aludido estudo que vem comprovar a falta que faz a este país uma verdadeira política para a saúde pública na vertente de educação sexual e, particularmente, a necessidade de rever as traves mestras das políticas de prevenção da infecção do HIV.
Ainda recentemente foquei aqui os passos que se têm dado no sentido de promover a saúde e responsabilidade sexual, nomeadamente o da distribuição acessível e incondicional da pílula e de preservativos.
Mas se naquele post imputei exclusivamente a responsabilidade aos consecutivos detentores da pasta da Saúde e seus subalternos - de certa forma mitigando a culpa dos jovens - no presente caso o cenário muda ligeiramente. É que cabe atentar ao facto de estarmos a falar de estudantes universitários - a priori com nível intelectual superior a outras camadas da sociedade - logo, com o dever próprio de se manterem devidamente informados e de pautarem o seu comportamento com a mesma maturidade que frequentemente invocam noutros contextos...
Se os jovens universitários revelam estar mal informados e indiciam comportamentos de risco, que se passará com os demais grupos etários e de inferiores bases educacionais? ... A resposta deverá servir para alertar, de novo, aqueles que neste país insistem em preterir o "prevenir" pelo "remediar". Refiro-me não só aos governantes, respectivo ministério, instituições e profissionais de saúde, mas desta feita também ao cidadão comum. Este não pode, nem deve, passar a vida a recambiar a culpa para as aludidas entidades, porque também a ele lhe é exigível o conhecimento da realidade, atrevendo-me mesmo a considerar que a autoconsciencialização pode neste contexto configurar um dever cívico...
1 comentário:
E que tal apontar o dedo às Instituições (tipo Abraço) que "vendem" a ideia fantasiosa que o preservativo protege da SIDA?
Quando se fala nas verdadeiras armas de combate à SIDA, vêm esses paladinos dizer que as verdadeiras não são boas?
E sugerem outras que quem fabrica nunca as admite como tal?
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