Lá fora ouvem-se palavras de ordem carregadas de angústia, a ponto de causar arrepios. O povo volta a sair à rua. Mesmo que não haja saída. Desta feita, os jovens assinalam o dia Internacional da Juventude com uma (oportuna) contestação às políticas de emprego. Os números mais recentes apontam - sem surpresas - para altíssimas taxas de desemprego e aumento do emprego precário, cenário que se agravará com as introduções ao novo Código do Trabalho. Mas Sócrates insiste em vender-nos um Portugal cor-de-rosa, de 150 mil empregos, de choques tecnológicos, flexisegurança e outros sound bites do género.
Alguém aqui ao lado pergunta com um ar nauseado se "aquela gente não tem mais que fazer?". "Se tivessem um trabalho estável com remuneração e condições dignas de certezinha não estariam a palmilhar meia Lisboa ao mesmo tempo que erguem cartazes e puxam pelos pulmões", apetece-me berrar-lhe. Eis a prova que há por aí muito português que não faz a menor ideia do que é desesperar por um emprego, ser-se mal pago mesmo quando se é altamente qualificado, não ter outra saída se não ser conivente com os malditos recibos verdes e tantas outras injustiças e humilhações a que as novas gerações estão inevitavelmente condenadas.
Alguém aqui ao lado pergunta com um ar nauseado se "aquela gente não tem mais que fazer?". "Se tivessem um trabalho estável com remuneração e condições dignas de certezinha não estariam a palmilhar meia Lisboa ao mesmo tempo que erguem cartazes e puxam pelos pulmões", apetece-me berrar-lhe. Eis a prova que há por aí muito português que não faz a menor ideia do que é desesperar por um emprego, ser-se mal pago mesmo quando se é altamente qualificado, não ter outra saída se não ser conivente com os malditos recibos verdes e tantas outras injustiças e humilhações a que as novas gerações estão inevitavelmente condenadas.
1 comentário:
No alto do trono já se vai vendo o rei, para os mais incautos, não resta a menor dúvida... o rei vai nú.
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